terça-feira, 26 de julho de 2022

CADÊ O VENDEDOR DE BARQUILHA ? Na minha infância, logo de manhã, em certos dias da semana, meus ouvidos aguçavam-se ao ouvir aquele barulho bem-vindo de uma matraca, pela rua, ecoando téc-téc-téc-téc

 CADÊ O VENDEDOR DE BARQUILHA ?
Na minha infância, logo de manhã, em certos dias da semana, meus ouvidos aguçavam-se ao ouvir aquele barulho bem-vindo de uma matraca, pela rua, ecoando téc-téc-téc-téc

CADÊ O VENDEDOR DE BARQUILHA ?
Na minha infância, logo de manhã, em certos dias da semana, meus ouvidos aguçavam-se ao ouvir aquele barulho bem-vindo de uma matraca, pela rua, ecoando téc-téc-téc-téc ..., quase sem parar, com o objetivo de despertar o desejo na criançada da vila. Em seguida, o autor, soltava sua cantiga: "barquilha, barquilha, fresquinha ".
A matraca era feita de um pedaço de madeira com uma argola de ferro que, com um movimento rápido da mão, fazia o seu barulhento téc-téc; era um grito e uma matracada, e assim a molecada toda desembestava pela rua para trocar suas moedinhas pela crocante casquinha de barquilha (formato de barco).
Tinha gosto de não-sei-o-quê. Feito de farinha de trigo, água e açúcar, prensada em chapa de ferro quente, e enrolada antes de esfriar, era feita artesanalmente por famílias que detinham o conhecimento, geralmente passado de geração a geração.
Recentemente, localizei um rapaz, numa esquina junto ao Shopping Jardim das Américas, vendendo barquilhas em pacotes plásticos, porém, sem o encanto da velha lata de zinco nas costas e sem o agradável barulho da velha matraca. Mesmo assim, fiquei freguês dele, pois nunca perdi o costume de comer aquela casquinha com gosto de nao-sei-o-quê.
Paulo Grani.

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