quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Balsa Nova – Capela da Nossa Senhora da Conceição

 

Balsa Nova – Capela da Nossa Senhora da Conceição


A Capela da Nossa Senhora da Conceição, em Balsa Nova-PR, é constituída em dois corpos: nave e sacristia lateral.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Capela da Nossa Senhora da Conceição
Localização: Tamanduá – Balsa Nova-PR
Outros Nomes:Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Pilar de Tamanduá
Número do Processo: 26/70
Livro do Tombo: Inscr. Nº 26-II, de 04/09/197

Descrição: É uma construção singela com cobertura em duas águas, telhas capa-e-canal, arrematada por beiral encachorrado. É constituída em dois corpos: nave e sacristia lateral. Na fachada, encimada por tosca cruz de ferro, portada central emoldurada por requadros em cantaria, verga reta. Todas as demais aberturas – o acesso à sacristia e a janela lateral – possuem também requadros em cantaria de verga reta.
Em 1820, já bastante arruinada, a capela de Tamanduá passou por obras de conservação e restauração, o mesmo ocorrendo em 1906. Novamente restaurada em 1978 pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria da Cultura e Esporte do Estado do Paraná. | Em meados do século XVIII, de acordo com o historiador David Carneiro, “quatro locais, nos Campos Gerais, depois de Curitiba, se equivaliam em importância: Lapa, São José dos Pinhais, Castro e Tamanduá”, da qual derivou o atual município de Palmeira. Naquela época, Tamanduá era povoado em formação.
Na primeira metade do século XVIII já se constituíra em freguesia, possuía sua capela e eram inúmeras as famílias abastadas que lá moravam. Os carmelitas haviam construído um convento, a povoação contava com uma força de milícia e de vez em quando “assistia à partida de um grupo de aventureiros armados com o objetivo de conquistar e reconhecer o oeste misterioso”.
Tamanduá foi desmembrada de Curitiba e elevada à condição de freguesia em 20 de março de 1813, por alvará do príncipe regente, e em 9 de maio daquele mesmo ano foram fixados os limites entre as duas paróquias. Em 1820, como os bens de freguesia já haviam sido entregues aos carmelitas (1818), foi concedida licença para a transferência da sede paroquial para Palmeira. Segundo documentação existente, em fins do século XVII (1697) D. Rodrigo de Castel Blanco chegou aos Campos Gerais de Curitiba à procura de outro, e acampando nas proximidades do atual Campo Largo, mandou convocar todos os habitantes influentes das redondezas. Um dos mais poderosos que se apresentou foi Antônio Luiz Lamin, conhecido por Antônio Tigre, senhor de grandes extensões de terra que iam do segundo planalto, onde Tamanduá se situa, até Curitiba. Os relevantes serviços por ele prestados a D. Rodrigo e sua influência entre os habitantes locais valeram-lhe os cargos de juiz, vereador, procurador do Conselho dos Homens Bons e capitão de ordenanças em Curitiba, de 1700 a 1718.
A primeira capela de Tamanduá foi construída em madeira pelos padres carmelitas por volta de 1709, conforme vontade expressa pelo já então capitão Antônio Tigre, que não só doara meia légua de suas terras para aquele fim, como também mandara buscar em Portugal a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Um neto de D. Antônia Góes, esposa de Matheus Leme – o capitão João de Carvalho Pinto -, legou a Antônio Tigre a imagem que pertencera à sua avó e por ela fora deixada em testamento a seu filho Matheus Leme, o moço, para que erguesse uma capela. Antônio Tigre, em 1727, já bem avançado em anos, mandou erigir a atual capela, em alvenaria de pedra argamassada, cujas obras terminaram em 1730, ocasião em que foi feito o translado da imagem, que se encontrava em Curitiba. Pouco antes de sua morte. Antônio Tigre, em testamento feito, legou à capela por ele construída ”grandes datas de terra, muito gado e outros bens”. Em 1837, em 8 de dezembro, dia em que se celebrou o término das obras da igreja, em Palmeira, a imagem foi para lá transladada.
Fonte: CPC.

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