Muitos prédios históricos de Paranaguá se perderam ao longo de três séculos. Porém a primeira obra pública construída na cidade, segundo os historiadores, ainda se mantém: a Fontinha
Nesse esboço, nota-se as bicas originais, além da portinhola de acesso 'as galerias e a bela luminária.
Nesse esboço o totem com a escultura de um menino com uma bica entre as pernas por onde escoava a água excedente.
Nota-se nessa foto a retirada dos capitéis laterais no epitáfio, descaracterizando grandemente o projeto original
Família Grani, em 1960. Edevino, Iolanda, Sônia, Luiz e Paulo
Nota-se nessa foto ainda a existência do tanque em seu tamanho original e o caminho que levava até 'a fábrica de fotos de artifício
Também chamada "Fonte de Cima", tem ela sua origem num olho d'água que serviu, desde séculos, 'a aldeia carijó que havia na baixada do antigo e desaparecido "Campo Grande". Quando os moradores da Cotinga, chefiados por Domingos Peneda, vieram de lá para o continente, à margem esquerda do rio Taguaré (hoje Itiberê), procuraram logo o chapadão onde se achava o "olho d'água" usado pelos carijós.
Os anos passavam-se e a população aumentava e, em decorrência, o abastecimento da água tornava-se um grande problema a ser resolvido. Assim, com a chegada de Gabriel de Lara, os vereadores reuniram-se em 10 de abril de 1655, decidindo-se favoráveis 'a realização da limpeza do caminho que conduzia 'a Fonte da Gambôa.
Os indígenas assim a chamavam porque o local logo à frente da fonte tinha um braço de água do rio "Taguaré" que até ali chegava, o qual os índios usavam cercar no final da maré alta, fazendo um curral para a captura de peixes, os quais ficavam presos com a vazante da maré. Os índios usavam o termo "gamboar" quando iam retirar os peixes aprisionados daquela forma. Com o tempo, o termo sofreu uma corruptela para "camboar", ao ser usado pelos brancos.
Quase um ano após a reunião dos vereadores, as obras de represamento da água em um reservatório foram iniciadas a fim de suprir as necessidades da crescente população. A obra ficou a cargo de Roque Dias e João Gonçalves Peneda (este último era filho de Domingos Peneda), ficando pronta em 30 dias, sendo concluídas em 4 de abril de 1656 e passou a se chamar rua da Fonte (hoje Conselheiro Sinimbú).
No ano seguinte, a Câmara resolveu melhorar o aspecto do local contratando um pedreiro com mais habilidades construtivas, orientando-o para construir um reservatório fechado em forma de abóbada, tendo, na parede frontal ao rio, uma portinhola para acesso de um operário para fazer sua manutenção.
Segundo o contrato, o empreiteiro daria os escravos para conduzir as pedras, o saibro e a cal, bem como colocaria a bica de pedra e os ladrões, para escoar o excesso d'água. A obra ficou pronta em agosto de 1658 e até hoje, passados 359 anos, a edificação permanece firme em sua estrutura.
A Fonte supriu as necessidades da população até 1914, ano que Paranaguá recebeu o serviço de água encanada nas residências centrais.
(Fonte de pesquisa: documentos históricos escritos pelo Dr. Rafael P. Pardinho e prof. Wistuba)
Pesquisado por,
Paulo Grani
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