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domingo, 22 de outubro de 2023

Muitos prédios históricos de Paranaguá se perderam ao longo de três séculos. Porém a primeira obra pública construída na cidade, segundo os historiadores, ainda se mantém: a Fontinha

 Muitos prédios históricos de Paranaguá se perderam ao longo de três séculos. Porém a primeira obra pública construída na cidade, segundo os historiadores, ainda se mantém: a Fontinha


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Nesse esboço, nota-se as bicas originais, além da portinhola de acesso 'as galerias e a bela luminária.

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Nesse esboço o totem com a escultura de um menino com uma bica entre as pernas por onde escoava a água excedente.

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Nota-se nessa foto a retirada dos capitéis laterais no epitáfio, descaracterizando grandemente o projeto original

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Família Grani, em 1960. Edevino, Iolanda, Sônia, Luiz e Paulo

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Nota-se nessa foto ainda a existência do tanque em seu tamanho original e o caminho que levava até 'a fábrica de fotos de artifício

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Muitos prédios históricos de Paranaguá se perderam ao longo de três séculos. Porém a primeira obra pública construída na cidade, segundo os historiadores, ainda se mantém: a Fontinha.
Também chamada "Fonte de Cima", tem ela sua origem num olho d'água que serviu, desde séculos, 'a aldeia carijó que havia na baixada do antigo e desaparecido "Campo Grande". Quando os moradores da Cotinga, chefiados por Domingos Peneda, vieram de lá para o continente, à margem esquerda do rio Taguaré (hoje Itiberê), procuraram logo o chapadão onde se achava o "olho d'água" usado pelos carijós.
Os anos passavam-se e a população aumentava e, em decorrência, o abastecimento da água tornava-se um grande problema a ser resolvido. Assim, com a chegada de Gabriel de Lara, os vereadores reuniram-se em 10 de abril de 1655, decidindo-se favoráveis 'a realização da limpeza do caminho que conduzia 'a Fonte da Gambôa.
Os indígenas assim a chamavam porque o local logo à frente da fonte tinha um braço de água do rio "Taguaré" que até ali chegava, o qual os índios usavam cercar no final da maré alta, fazendo um curral para a captura de peixes, os quais ficavam presos com a vazante da maré. Os índios usavam o termo "gamboar" quando iam retirar os peixes aprisionados daquela forma. Com o tempo, o termo sofreu uma corruptela para "camboar", ao ser usado pelos brancos.
Quase um ano após a reunião dos vereadores, as obras de represamento da água em um reservatório foram iniciadas a fim de suprir as necessidades da crescente população. A obra ficou a cargo de Roque Dias e João Gonçalves Peneda (este último era filho de Domingos Peneda), ficando pronta em 30 dias, sendo concluídas em 4 de abril de 1656 e passou a se chamar rua da Fonte (hoje Conselheiro Sinimbú).
No ano seguinte, a Câmara resolveu melhorar o aspecto do local contratando um pedreiro com mais habilidades construtivas, orientando-o para construir um reservatório fechado em forma de abóbada, tendo, na parede frontal ao rio, uma portinhola para acesso de um operário para fazer sua manutenção.
Segundo o contrato, o empreiteiro daria os escravos para conduzir as pedras, o saibro e a cal, bem como colocaria a bica de pedra e os ladrões, para escoar o excesso d'água. A obra ficou pronta em agosto de 1658 e até hoje, passados 359 anos, a edificação permanece firme em sua estrutura.
A Fonte supriu as necessidades da população até 1914, ano que Paranaguá recebeu o serviço de água encanada nas residências centrais.
(Fonte de pesquisa: documentos históricos escritos pelo Dr. Rafael P. Pardinho e prof. Wistuba)
Pesquisado por,
Paulo Grani

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