O RETORNO DOS PRACINHAS À CURITIBA
Nestas fotos de agosto de 1945, vemos uma multidão de pessoas que reuniu-se-se desde a Rua Barão do Rio Branco
Os pracinhas seguiram desfilando pela Rua Barão do Rio Branco em direção à Rua XV de Novembro, sempre aclamados pela população sob chuvas de papel picado.
Os pracinhas em Montese, na Itália, um dos palcos de sua brilhante atuação.
Os soldados devidamente fardados são calorosamente recepcionado por todos.
A multidão segue atrás dos pracinhas pelas ruas do centro de Curitiba.
Momento da chegada dos pracinhas no Porto do Rio de Janeiro.
A população emocionado aglomera-se na faixa do cais do Porto do Rio de Janeiro.
O RETORNO DOS PRACINHAS À CURITIBA
Em 1939 teve início um dos piores conflitos da história: a Segunda Guerra Mundial. Durante os primeiros anos, o Brasil se declarou neutro e manteve relações diplomáticas e comerciais tanto com os países Aliados quanto com o Eixo. Mas logo acabou se aproximando mais dos Aliados. Assim, em 31/08/1942, o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e, em 1943, o presidente Getúlio Vargas criou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviando 25.000 soldados para a Itália, os quais, logo foram chamados de pracinhas.
O termo pracinha surgiu da expressão “sentar praça”, que significa se alistar nas Forças Armadas. O apelido foi atribuído aos soldados rasos, detentores da patente mais baixa da hierarquia militar.
Ao final da guerra, em maio de 1945, os pracinhas voltaram ao Brasil e foram recebidos com entusiasmo pela população. No dia 09/05/1945, às 9h da manhã desembarcaram na Estação Ferroviária de Curitiba o primeiro contingente de pracinhas paranaenses da FEB. Era feriado Municipal em Curitiba e Curitiba se uniu para receber os soldados. Por onde eles passavam eram recebidos com chuva de papel picado. As famílias que não haviam mandado familiares para o conflito, acolheram em suas casas os pracinhas que eram do interior do Estado, durante os dias que eles se dispuseram ficar na Capital.
Logo após, a FEB foi dissolvida e os pracinhas foram dispensados do Exército e não receberam a ajuda financeira prometida na época do alistamento, o que resultou com que muitos expedicionários ficassem abandonados à própria sorte.
Sem a ajuda do governo, restou aos pracinhas se unirem por uma causa comum. Em Curitiba (PR) foi criada em 20/11/1946 a Legião Paranaense do Expedicionário (LPE), uma associação para reunir os pracinhas, e tinha como principal objetivo prestar assistência médica aos ex-combatentes, além de ajudá-los a encontrar emprego. Como a procura por seus serviços tornou-se grande, foi necessária a construção de um local maior a Casa do Expedicionário, inaugurada em 15/11/1951. Hoje, a antiga Casa do Expedicionário funciona como Museu do Expedicionário (localizado na Rua Comendador Macedo, 655, no bairro Alto da XV em Curitiba) e tem o objetivo de preservar a história e a bravura dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial.
Mais de 400 pracinhas pereceram nos campos de batalha em combate e cerca de 3.000 ficaram feridos.
Paulo Grani
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