segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Soldado José Kresinski - In Memoriam Ferido em Combate pelo Brasil Veterano do 6º RI (Regimento Ipiranga):

 Soldado José Kresinski - In Memoriam
Ferido em Combate pelo Brasil
Veterano do 6º RI (Regimento Ipiranga):



Soldado José Kresinski 
(Grafia correta "Kezsynski")
1G-332976
Classe 1922
Nasceu em 05/05/1922
Ponta Grossa - Paraná




Ingressou no Exército em 02 de Maio de 1940 no 1º/13º Regimento de Infantaria (1ª Praça), servindo no CMII da 3ª Cia e foi excluído em 21 de Maio de 1941. 


O 13º Batalhão de Infantaria Blindado (13º BIB), também conhecido como Batalhão Tristão de Alencar Araripe, é uma unidade do Exército Brasileiro, localizada em Ponta Grossa, no estado do Paraná, e subordinado à 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, sediada na mesma cidade. Seu nome histórico evoca o Marechal Tristão de Alencar Araripe, insígnie militar e antigo Comandante do 13º Regimento de Infantaria (13º RI), unidade predecessora do 13º BIB. Por ocasião da 2ª Guerra Mundial, enviou um contingente de 336 militares para compor a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combateu no norte da Itáli

Foi voluntário (2ª Praça) e foi incorporado no 15º BC (Batalhão de Caçadores) em 1942, na Praça Rui Barbosa em Curitiba/PR, unidade extinta cujas instalações são hoje ocupadas pelo 20º Batalhão de Infantaria Blindado (20º BIB), foi  da 1ª Cia., mesma unidade do Sargento Max Wolff Filho antes dele ir para 11º RI!


Apresentou-se voluntariamente para compor a Força Expedicionária Brasileira e 
foi de Curitiba foi para o 6º Regimento de Infantaria de Caçapava, em São Paulo.






Foi para a Vila Militar no Rio de Janeiro. Estes transportes foram feitos de caminhão e trens de carga. No Rio de Janeiro começou a receber instruções com instrutores americanos, recebeu uniformes de campanha.




Embarcou em 02 de Junho de 1944 no 1º Escalão pelo navio de transportes da US Navy "General Mann", sob o comando do General Zenóbio da Costa, tendo chegado a Nápoles em 16 de julho. Acompanhou este Escalão o General Mascarenhas de Moraes. Composição: Escalão Avançado dos Quartel General da 1ª DIE; Estado Maior da ID da 1ª DIE; o 6º RI; a 4ª Cia. e 1º Pel. de Mrt. do 11º RI; o II/1º ROAuR; 1ª Cia. do 9º BE; 1/3 das Sec. Supr. e de Man. do 9º BE; 1º Pel. do Esquadrão de Reconhecimento; a Sec. Explr. e elementos da Sec. Cmdo. da 1ª Cia. de Transmissões; a 1ª Cia. de Evacuação, o Pel. Tratamento e elementos da Sec. Cmdo., todos do 1º Batalhão de Saúde; a Cia. de Manutenção; o Pelotão de Polícia Militar; um pelotão de viaturas, uma Sec. do Pel. de Serv. e elementos da Séc. de Cmdo. da 1ª Cia. de Intendência; e elementos da FEB anexos à 1ª DIE; o Correio Regulador, o Depósito de Intendência, a Pagadoria Fixa, correspondentes de guerra, elementos do Hospital Primário, Serviço de Justiça e Banco do Brasil. Efetivo: - 5.075 homens, inclusive 304 oficiais.


Não foram poucas as dificuldades que, de começo, teve que vencer a primeira tropa brasileira (1º Escalão de Embarque) desembarcada na Itália. Os chefes americanos, de menor graduação, estranhavam, a princípio, a presença de nossos soldados em território italiano e não escondiam a dúvida sobre as vantagens do emprego da tropa brasileira na luta, pois, do Brasil, apenas tinham notícia das bases aéreas de Belém e Natal, que, aliás, de brasileiras só possuíam o chão. Muito pouco se avançou no adestramento militar do 1º Escalão de Embarque durante o seu primeiro mês de permanência no Teatro de Operações na Itália.

O obstáculo principal a esse desenvolvimento foi, como no Brasil, a falta material de instrução. A ansiedade geral da tropa brasileira de entrar em ação de combate induziu o General Mascarenhas de Moraes, desde os primeiros dias da sua estada em Bagnoli, perto de Nápoles, a interessar-se vivamente pelo recebimento do material de guerra e pela transferência do 1º Escalão de Embarque para uma área de treinamento, o que tornaria possível a melhoria do nosso padrão de adestramento.

Como decorrência das repetidas entrevistas que manteve com as autoridades militares americanas, objetivando a concretização daqueles propósitos, o chefe divisionário conseguiu, no dia 26 de julho de 1944, a autorização deslocar o 1º Escalão de Embarque para a região de Tarquinia. Ainda mais, em Tarquinia o contingente deveria receber armamento e equipamento de toda a natureza. Na noite de 5 de agosto de 1944 estava o 1º Escalão de Embarque concentrado em Tarquinia, onde, dentro de uma quinzena, recebia grande cópia de variado e complexo material de guerra. Naquela mesma data ficou a tropa subordinada ao V Exército Americano, Grande Unidade que vinha tendo brilhante atuação militar, desde a Campanha da África .

De 18 a 20 de agosto o 1º Escalão de Embarque deslocou-se de Tarquinia para Vada, que distava, nessa ocasião, 25 quilômetros da frente de batalha do Arno. Instalara-se o 1º Escalão de Embarque no Acampamento de Vada, com o objetivo de ultimar o seu adestramento para o combate. Disfarçava-se sob esplêndido parreiral o nosso acampamento. Mas, os cuidados que deviam manter, dadas as vizinhanças da zona de combate, não eram poucos. O funcionamento dos Serviços, com a nova situação que exigia disciplina de luzes e de circulação, veio a ser encarado com espírito mais objetivo. As necessidades passaram a ser satisfatoriamente atendidas, principalmente pela adoção do sistema das visitas diárias dos oficiais de ligação e chefes de serviço americanos.


A permanência dos brasileiros na área de Vada desde os primeiros dias, caracterizou-se por uma intensificação de nosso adestramento. Assim, iniciaram a 2 de agosto o "período de instrução final", com a duração de três semanas. A instrução, já com a dotação completa de material progrediu brilhantemente. Os últimos dias do "período de instrução final" foram vividos dentro do grande exercício de 36 horas, e iniciado a 10 de setembro, o qual constituiu a recordação emocionante do acampamento de Vada. Tal exercício contou com a desvelada assistência do comandante do V Exército, general Mark Clark. Esse "exercício-teste", no qual tomaram parte mais de quatro mil expedicionários, constituiu quase um verdadeiro combate. Quando concluído, ouviram-se os árbitros. Manifestaram eles o parecer de que os magníficos resultados, evidenciados nesse exercício, atestavam excelente grau de adestramento para o combate. "In continenti" o general Mark Clark felicitou o general Zenóbio da Costa e declarou o 1º Escalão de Embarque apto para entrar em linha. Essa tropa, em conseqüência, iria atuar na frente geral de Pisa, integrando as forças do brilhante e operoso general Crittenberger, comandante do IV Corpo de Exército. Indescritível a exultação patriótica que então empolgou o acampamento de Vada.

Estava o Destacamento FEB atuando no vale do Serchio, quando o grosso da Divisão Brasileira (2º e 3º Escalões de Embarque), avaliado em 10.000 homens, alcançava a Área de Treinamento situada na Quinta Real de San Rossore. Aí, nessa bela quinta real, onde os pinheiros, álamos e ciprestes, plantados na planura interminável, configuravam o traçado de numerosas alamedas, os elementos componentes dos 2º e 3º Escalões de Embarque, em data de 11 de outubro de 1944, encontraram um acampamento militar dotado de todos os recursos higiênicos e dispostos em ordem impecável.


Além das providências de ordem material para um bom rendimento da instrução, particularmente tática, o General Mascarenhas de Moraes considerou necessário e oportuno o restabelecimento dos laços orgânicos da Divisão, uma vez que havia já chegado ao teatro de guerra o restante de seu efetivo. Para isso o chefe brasileiro assumiu a direção das operações da frente de combate a 1º de novembro de 1944, designando, ao mesmo tempo, os Generais Zenóbio e Cordeiro de Faria para organizarem e reverem os "testes" de instrução da infantaria e da artilharia respectivamente, o que veio a realizar-se na ampla área de treinamento de Filettole para a tropa recém-chegada. 

Os esplêndidos resultados do exercício realizado em Vada, nas jornadas de 10 e 11 de setembro, decidiram em definitivo a entrada em linha do contingente brasileiro. Como acontecera a todas as tropas que ainda não tinham recebido o "batismo de fogo", os Brasileiros foram destacados para um setor relativamente calmo, "onde deveriam receber a inoculação do combate", conforme se expressou o General Mark Clark. Foi o Destacamento FEB constituído pela tropa do 1º Escalão de Embarque, e sob o comando do General Zenóbio da Costa, empregado no âmbito do IV Corpo de Exército, comandado pelo General Ceittenberger. A zona de ação atribuída ao Destacamento FEB situava-se entre a planície que borda o litoral do mar Tirreno e o pitoresco vale do Serchio. Enfeixava o divisor entre esse curso d'água e os tributários daquele mar, ou melhor dito, encerrava, desde o início, os contrafortes dos Apepinos mais conhecidos pela designação de Alpes de Apuânia. Na noite de 15 de setembro de 1944 a tropa brasileira substituía a tropa americana que se achava em linha, disposta em larguíssima frente, à esquerda da 1ª Divisão Blindada.

A 18 de setembro os brasileiros se apoderam de Camaiore e, com as ações da jornada de 19 de setembro, conseguem cerrar sobre os postos avançados da famosa Linha Gótica. Duras jornadas enfrentou a nossa tropa para atingir Monte Prano, onde chegou a 26 de setembro. Constituiu a vitória de Monte Prano um feliz remate da primeira manobra das armas brasileiras no teatro de guerra italiano, merecendo lisonjeira repercussão nos círculos militares aliados. A estréia do Destacamento FEB foi evidentemente auspiciosa, mormente por se tratar de uma tropa de formação e treinamento recentes a defrontar-se com um inimigo ardiloso e veterano de muitas batalhas.

Na jornada de 27 de setembro, as nossas patrulhas perdem o contacto com o inimigo, que se furta ao combate, protegido pelas escarpas e grotões de um terreno difícil. Resolve, por isso, o Comando americano transferir para o vale do Serchio a tropa do General Zenóbio da Costa, transferência esta que terminou em 2 de outubro.


São inúmeras as vilas e cidades engastadas no formoso vale do Serchio, destacando-se: Lucca, Borgo a Mozzano, Bagni de Lucca, Fornaci, Gallicano, Castelnuovo do Garfagnana. Prosseguindo o seu movimento para o Norte, ao longo do referido vale, ocupou o Destacamento FEB a 6 de outubro, as localidades de Fornaci e Coreglia Antelminelli. No dia 11 de outubro os brasileiros ocupam Barga e as alturas que dominam, pelo Sul, a vila de Gallicano. Durante alguns dias procurou o General Zenóbio consolidar as suas posições e, mediante o lançamento sistemático de patrulhas, foi colhendo as melhores informações sobre o dispositivo e o efetivo inimigos, tendo em vista atacar Castelnuovo di Garfagnana, ponto-chave das comunicações dos contrários. Na manhã de 30 de outubro, apesar da lama e da chuva, o Destacamento FEB, num primeiro tempo de operação, atingiu a linha de alturas, de onde deveria se lançar sobre Castelnuovo.

Servida por uma transversal rodoviária, que se destinava à planície costeira, era a localidade de Castelnuovo de importância vital para o comando alemão. Decidiu, por isso, o inimigo desfechar contra-ataques, destinados a nos afastar daquele importante baluarte estratégico. Nossas tropas foram surpreendidas e recuaram para a sua posição inicial, pagando caro o seu erro de subestimar o valor combativo do inimigo. Foi esse o primeiro revés dos brasileiros na Campanha da Itália. Apesar desse lamentável acontecimento, conquistou o Destacamento FEB, de 16 de setembro a 31 de outubro, 40 quilômetros de progressão, capturou 208 prisioneiros, algumas cidades e uma fábrica de acessórios para aviões, sofrendo 290 baixas entre mortos, feridos, acidentados e extraviados. Encerrou-se com tais resultados a ação do General Zenóbio da Costa como comandante do Destacamento FEB, uma vez que a chegada do grosso da 1ª DIE estava a exigir a sua presença no preparo de dois Regimentos de Infantaria (1º e 11º RI).

Em cumprimento à ordem do IV Corpo de Exército, o comandante da 1ª DIE, General Mascarenhas de Moraes, assumiu às zero horas do dia 1º de novembro de 1944, com a chegada das demais Unidades da Divisão, o controle da totalidade de seus meios, inclusive das operações que se processavam no vale do Serchio. Substituindo no período de 3 a 7 de novembro algumas unidades americanas empenhadas no vale do Reno, nossas tropas, ombro a ombro, com forças mecanizadas americanas, concorreram para o desafogo da situação que se criara naquela frente. Fora sobremaneira honrosa e árdua a herança que coubera à Divisão Brasileira em tão importante setor de guerra, sobre a estrada número 64 ao Norte de Porretta Terme. A frente brasileira, no setor do Reno, foi aos poucos se ampliando com as novas missões recebidas e à proporção que vinham entrando em linha as unidades restantes da Divisão, aspiradas prematuramente à zona de combate. Nos últimos dias de novembro, distendia-se a Divisão Brasileira em uma frente da ordem de 15 quilômetros, completamente devassada pelas alturas em que o inimigo se firmara.

Motivos de alta relevância induziram, sem dúvida, o Alto Comando Americano a empregar a Divisão Brasileira em operações de ataque, cuja amplitude reclamava meios mais vigorosos, em número e adestramento. A defensiva no vale do Reno se caracterizou por quatro ataques, mal sucedidos, contra Monte Castello. Os primeiro e segundo ataques foram realizados a 24 e 25 de novembro, respectivamente, por tropa americana, comandada por general americano e reforçada por um Batalhão e outros elementos da Divisão Brasileira. Os terceiro é quarto ataques foram desfechados por tropa brasileira, nos dias 29 de novembro e 12 de dezembro, respectivamente, com os mais dolorosos insucessos, pelas baixas sofridas e pelo abalo moral produzido nos combatentes estreantes. Entre as causas que determinaram os nossos lamentáveis reveses em Monte Castello, destaca-se a do imperfeito adestramento da tropa, levada prematuramente à frente de combate, por imposição dos acontecimentos da guerra. Os referidos ataques, apesar de mal sucedidos foram pródigos em ensinamentos preciosos para a tropa brasileira.

No momento que o 11º RI estava substituindo o 6º RI, num dia muito frio e com chuvisco às 22h receberam fogo inimigo. O tiroteio começou às 22h e durou até as 5h da manhã do dia 2/12. 

O Sd José Kresinski foi ferido em 02 de dezembro de 1944 em Bombiana na frente de Monte Castello com um tiro e quase perdeu a perna.

Foi evacuado em 16/06/1945.
(Estamos pesquisando para saber se foi para o Brasil ou EUA)





Registro do Sd Kresinski na FEB:





Medalha e Diploma da Medalha "Sangue do Brasil":









Imagens de soldados da FEB feridos em recuperação:









"Dog Tag" americano entregue 
enquanto estava se recuperando:





Medalha e Diploma da Medalha de Campanha,
 entregue somente em 1951!









Continuou no Exército até os Anos 50:






Foi membro ativo da Associação Nacional 
dos Veteranos da FEB de Ponta Grossa/PR:




Lembrança de guerra:









O 6.º Regimento de Infantaria, hoje denominado 6.º Batalhão de Infantaria Leve ("Regimento Ipiranga"), Caçapava-SP, é uma Unidade do Exército Brasileiro.



História na Segunda Guerra Mundial:

Na Segunda Guerra Mundial, quando do ingresso do país no conflito com a constituição da Força Expedicionária Brasileira, o 1.º Batalhão do 6.º Regimento de Infantaria, sob o comando do Major João Carlos Gross embarcou em um transporte do Naval Transportation Service estadunidense, partindo do Rio de Janeiro no dia 29 de junho de 1944, rumo à Itália, onde desembarcou no porto de Nápoles. Daí seguiu, por ferrovia, para a região do Bagnoli e daí, em marcha, para a de Agnaro, onde estacionou.



No dia 4 de agosto, de acordo com as ordens recebidas, o comandante Major Gross, se deslocou com o Batalhão, às 5 horas do dia 1.º, por via férrea, até à região de Litória e daí, em caminhão, para a de Tarquinia, onde chegou no dia 2, acampando na elevação de Fornace.

O Exército Brasileiro, 17 de Agosto de 1944, passou a fazer parte do V Exército dos Estados Unidos, a contar do 5 do corrente, em face da incorporação do R.I. ao mesmo.

No dia 21, deslocou-se com o Batalhão, da região de Tarquinia, com seus próprios meios, por estrada de rodagem, às 10 horas atingindo às 21 horas do mesmo dia a região de Vada, acampando na Vila Barabino. A 14 de setembro deslocou-se, com o Regimento de Infantaria, por via terrestre, em diversos comboios, a partir das 6 horas do dia 13, da região de Vada para a de Ospedaleto, tendo os últimos elementos chegado ao destino às 20 horas do mesmo dia, acampando.

No dia 17 de setembro, conforme ordens recebidas do Grupamento Tático, deslocou-se, com o Batalhão, dia 15, a partir das 6 horas, vindo para orlas noroeste de Vechiano e nessa noite, substituiu com o R.I., o 334.º R.I. dos Estados Unidos da América, recebendo a missão de progredir para o Norte. A 2-10 se deslocou com o R.I., a 17, de Filetole para Le Corti; a 18 desta para Maggiano e a 26, de Maggiano para Valpromaro. A 14-10, se deslocou a 12, de Valpromaro para Borgo a Mozzano.


A 16-9 deslocou-se para a região de Vechiano aí substituindo tropas americanas do 333º R.I., que se mantinham em contato com so alemães na região de Lecorti-Bozzapila-Santa Maria Acoli-Nozzano-Filetole, operação essa que terminou às 24 horas desse dia, sem interferência do inimigo.

A 17-9 prosseguiu o movimento para o Norte e, em fim de jornada, ocupou as localidades de Monte Ciano-Fibiala-Piazzano-Vila di Forci, sem encontrar resistência. Na mesma data foram ocupadas as cidades de Quiesa e Massarosa, apesar do fogo da artilharia inimiga.

A 18-9 conquistou a cidade de Camaiore, apesar do fogo da artilharia alemã.

A 19-9, prosseguiu o movimento para o Norte e atingiu a linha: cota 238-cota 297-Meshino-ponto 319-cota 431-ponto 472-Miggliano-cota 464-Monsegrati-cota 250-garupa um quilómetro de I1 oleto.

A 21-9, continuou a progressão sobre Monte Prano-Morro Pedone-Morro Rudinaja-cota 562, progressão essa feita sob fogos de artilharia e morteiro.

A 26-9 o R.I. prosseguiu o movimento a fim de retomar o contato com o inimigo e, em fim de jornada, atingiu a linha prevista na Ordem de Operação; Lombrice-Bologno-Pomezzano-Coleto-Piano-S.Martino-Formoli.

A 30-9 ocupou a cidade de Borgo a Mozzano e a localidade de Formoli

A 6-10 foi ocupada a cidade de Fornaci di Barga, de 13.000 habitantes, tendo o inimigo oferecido alguma resistência.


Elogios - O coronel João de Segadas Viana, comandante do 6 R.I. de ordem do Sr. General Euclides Zenóbio da Costa, Cmt. do Grupamento Tático, elogiou o Major Gross e seus valorosos soldados, nos seguintes termos:

"Louvo pelo esforço, dedicação e amor ao trabalho que tem revelado desde a partida da F.E.B., colaborando para que essa fôrça represente dignamente o nosso Brasil nos campos de luta da Europa.
A 11-10, Gen. Crittenberger, elogia não só pela atuação de nossa tropa, senão também pela captura da cidade de Camaiore abandonada pelo inimigo Alemão em consequência de nossa cerrada pressão no eixo Massarosa-Camaiore".

A 17-10 Cel. João de Segadas Vianna, o Major Gross, oficial inteligente, leal e dotado de preparo militar e geral, tem conduzido com acerto o seu Btl., como pode verificar por ocasião em que o mesmo substituiu o 334 R.I. Americano, no início das operações da F.E.B. e na ocupação de uma série de elevações intercaladas entre a posição de seu Btl. e as do inimigo. Pelas suas qualidades sabe-se fazer estimar e respeitar pelos seus subordinados o que muito contribui para o bom êxito de seu comando.

A 30-10 atacou as posições inimigas, a leste do Rio Serchio e conquistou, apesar da resistência inimiga, as regiões de Lama di Soto-La Rocheta-Coli e M.São Quirico, tendo feito 40 prisioneiros.

Outras conquistas, cidades de Soprasasso-Castelnuovo,Braine, Rincoli, Santa Maria Villiana, Montese, Monte Guerro, Rochetta,Colechio e Fornovo di Taro.

A 3-11, se deslocou a 30 do mês próximo findo, de Borgo a Mozzano para Osteria (Ghivizzano).

A 9-11 se deslocou, com o Btl., a 5, de Ghivizzano para a frente de Porreta e a 8, desta para a de Riola.



Rendição da 148º Divisão Infantaria Alemã

Fornovo di Taro: O I Btl. cerrou sobre Colecchio para ocupar a base de partida. Às 9 horas foi enviada a seguinte intimação ao Comando Alemão: " Ao comando da tropa sitiada na região de Fornovo e Respicie. Para poupar sacrifícios inúteis, de vidas intímo-vos a render-se incondicionalmente ao comando das tropas regulares do Exército Brasileiro que estão prontas para vos atacar. Estais completamente cercada e impossibilitado de qualquer retirada.

Quem vos intima é o Comandante da vanguarda da Divisão Brasileira que vos cerca. Aguardo dentro do prazo de 2 horas a resposta de presente ultimatum. Cmt do 6 R.I. Col.Nelson de Mello recebeu a resposta nos seguintes termos "Nach eingang Biner Weissung der vurgesetzten Kommandobe - hoerde erfolgt Antwort. Major Kuhm." (Depois de receber instrução do Comando superior (alemão) seguirá a resposta).



Ataque do I Btl à 148º D.I. Alemã

Às 13 horas, foi iniciado o ataque nas seguintes condições: O I Btl. apoiado pela Cia. de Obuses, uma Bia. do III Grupo, um pelotão de Carros de Combate Norte Americanos do 760 B.I., atacou na direção de Collecchio - Fornovo di Taro a cavaleiro da estrada. Nas operações do I Btl. os tanques que presidiam a infantaria foram detidos ao S. de Pentescedegna.

Às 21 horas o inimigo iniciou forte bombardeio de artilharia, morteiros e tiros de armas automáticas sobre nossas linhas em Segalara. Com este dispositivo o I Btl. passou a fixar as alturas de Gaiano, onde os alemães se haviam instalado defensivamente, seguido de um contra ataque que foi repelido pela 3.ª Cia. (I.Btl.).

Às 22 horas, cruzaram as linhas três soldados alemãs chefiados pelo Major Kuhn, Chefe do Estado Maior da 148º D.I. Alemã procurando o Comando Brasileiro, signatário da intimação, propuseram a redição incondicional da 148.º Alemã e também ao Comando do Tenente General Pice e da Divisão Italiana ao Comando do General Carloni. Os entendimentos relativos a rendição prosseguiram toa a noite já agora em presença de todo o Comando Brasileiro da 1.ª D.I.E., vindos ao P.C. por solicitação do Comandante do 6.º R.I. Coronel Nelson de Mello (Marechal).

O Desespero do Inimigo

Em Segara foi repelido outro contra ataque alemão, como relutado das démarches para a rendição incondicional ficou estabelecido que a ação da artilharia brasileira cessasse a partir das 5h20 de 29 de Abril de 1945. O Major Kuhn e outros cruzaram as linhas de regresso. O inimigo começou bombardear nossas posições com artilharia e carros blindados.

Às 14 horas nossos carros iniciaram a ação, deslocando-se pelas linhas de crises desorganizando as resistências alemãs. Durante toda as operações a reação inimiga foi intensa, particularmente com fogos de artilharia e Carros.

Às 22 horas dois Oficiais alemães cruzaram as linhas, propondo a rendição incondicional da Infantaria a partir das 24:00 horas. A partir das 24 horas começaram a cruzar nossas linhas os primeiros prisioneiros cessando a atividade em toda frente. Durante toda a operação a reação inimiga foi intensa.

Em 29 de Abril de 1945, o 6.º R.I. (I. II. III. Btl.) permaneceu durante a jornada nas posições conquistadas, enquanto se processava as medidas decorrentes a rendição da 148.º D.I. Alemã e da Divisão Italiana.

No dia 30 de Abril de 1945, o I. Btl. reagrupou na região ocupada S. Colecchio.


Embarque para o Brasil

Iniciou-se o deslocamento para o retorno ao Brasil, 4 de Maio de 1945 o I Btl. foi para a cidade de Voghera, mantendo a 1ª Cia, em Castegio; a Cia de Obuses para Tortona. Obs: I Btl. 1.ª Cia, 2.ª Cia, 3.ª Cia.

Iniciou-se o seu deslocamento para a área de Francolise cerca de 40 kms, ao Norte de Nápoles, na via Apia, estrada n.º 7, onde estacionou num acampamento americano tipo permanente, aguardando o embarque para o Brasil. O movimento realizou-se nas seguintes condições:

- No dia 5 de Junho de 1945, partiram os estacionadores que destinavam ao ponto de destino geral (Francolise) e os bivaques intermediários de repouso durante o percurso de 810 quilômetros. Livorno e Orlas Norte de Roma.

- No dia 9 de Junho de 1945, o I Btl. do 6.º Regimento de Infantaria, estacionou em Francolise.

Com este movimento o 6.º Regimento de Infantaria, reagrupou todos os seus elementos em Francolise o I, II, III, Batalhões de Infantaria.

Fim da jornada vitoriosa

No dia 10 de Julho de 1945 foram transportados em caminhões, a partir das 10:20 horas da manhã, da região Francolise para o porto de Nápoles embarcando no Navio de Guerra Americano General M.C. Meigs deixando o porto de Nápoles.


No dia 18 de Julho de 1945 o Navio de Guerra Americano General M.C. Meigs atracou no porto do Rio de Janeiro.



Fonte: http://tropasearmas3.xpg.uol.com.br/brasil-FEB.html

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