CONHECENDO A CHAMADA "CASA PARANISTA"
Projetada por João Turin, por volta de 1928
CONHECENDO A CHAMADA "CASA PARANISTA"
Esse edifício apresentava uma complexidade ornamental singular, onde, além de invenções imaginativas, como o portão em ferro com sua estilização do pinheiro, destacavam-se, na fachada, as citadas colunas paranistas, esboçadas por Ghelfi e concretizadas por Turim.
Turin também criou uma arquitetura paranista: colunas, capitéis e outros ornamentos que lembram pinhas, pinhões e o pinheiro; uniu o decorativo ao simbólico no intuito de levar imagens simbólicas para o cotidiano.
Embora não tenham sido preservados, alguns projetos de Turim em estilo paranista foram, de fato, construídos, como a decoração do Salão Paranaense do antigo Clube Curitibano na Rua XV de Novembro, a casa-ateliê do artista, na Rua 7 de Setembro e a casa do Dr. Leinig.
O Movimento Paranista tem como papel central a construção de uma identidade regional para o Estado do Paraná. Movimento contou com participação de intelectuais, artistas e literatos que cultuaram e divulgaram a história e as tradições da terra paranaense. Foi um movimento que não teve a consistência de um manifesto, de uma escola ou de uma estruturação teórica ou acadêmica.
Foi principalmente através das artes plásticas que se procurou construir uma identidade regional do Paraná, para criar na população local um sentimento de pertencimento à terra.
O primeiro símbolo paranaense foi a bandeira, de autoria de Manoel Correia de Freitas. Os artistas paranaenses criaram um estilo próprio que se tornou marca; tendo representações de grupos étnicos (índios e imigrantes), o pinheiro, a pinha, o mate e a paisagem foram temáticas recorrentes das suas produções. Guido Viaro, João Turin e De Bonna, Zaco Paraná, Lange de Morretes e João Ghelfi contribuíram para deixar impressos os símbolos paranistas.
(Fonte: diaadiadaeducacao.pr.gov.br)
Paulo Grani.