segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Pinhalão

 

Pinhalão


Pinhalão
   Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Pinhalão
Bandeira
Brasão de armas de Pinhalão
Brasão de armas
Hino
Gentílicopinhaloense
Localização
Localização de Pinhalão no Paraná
Localização de Pinhalão no Paraná
Pinhalão está localizado em: Brasil
Pinhalão
Localização de Pinhalão no Brasil
Mapa de Pinhalão
Coordenadas23° 47' 34" S 50° 03' 21" O
PaísBrasil
Unidade federativaParaná
Municípios limítrofesTomazinaIbaitiArapotiJapiraJaboti
Distância até a capital198 km
História
Fundação1951 (72 anos)
Administração
Prefeito(a)Dionísio Arrais de Alencar[1] (DEM, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2]220,692 km²
População total (Censo IBGE/2010[3])6 201 hab.
Densidade28,1 hab./km²
Climasubtropical (Cfa)
Altitude601 m
Fuso horárioHora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2016[4])0,820 — muito alto
PIB (IBGE/2008[5])R$ 57 858,174 mil
PIB per capita (IBGE/2018[5])R$ 27 595,05

Pinhalão é um município brasileiro localizado no interior do estado do Paraná. Localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 198 km. Ocupa uma área de 220,692 km², sendo que 3,532 estão em perímetro urbano, e sua população em 2014 foi estimada em 6 210 habitantes.

A sede tem uma temperatura média anual de 14,2 °C e na vegetação do município predomina a Floresta Ombrófila Mista ou Mata de Araucárias . Com 63,14% de seus habitantes vivendo na zona urbana, o município contava, em 2009, com oito estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,707, considerando como alto em relação ao estado.

Levando em consideração os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, iniciando a partida de Tomazina destinando às terras das quais é proprietário, onde se construiria uma estação ferroviária, Geraldo Vieira da Fonseca, tendo o desejo de incentivo de progredir a região, teve a necessidade de providenciar a formação do patrimônio, sendo executando o seu traçado, abrindo ruas, demarcando, medindo os lotes e muitas outras coisas. Em 24 de fevereiro de 1924, foi inaugurada oficialmente a Estação Ferroviária de Pinhalão, cujo nome se originou porque existiam muitos pinheiros na localidade. O Governo do Paraná criou o município de Pinhalão pela Lei n° 790 de 14 de novembro de 1951 e instalou oficialmente em 14 de dezembro de 1952, se desmembrando de Tomazina e Ibaiti.

História

Origens e povoamento

história de Pinhalão teve início quando o povoado se originou de uma estratégia comercial de excelente montagem, cujo executor foi Geraldo Vieira da Fonseca em 1932. Fazendo a previsão de que os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande fariam a passagem por suas terras, Geraldo estava certo, e tentando dar o incentivo ao progresso local, passou a ser o fundador da povoação, perto do local onde se instalaria uma estação ferroviária.

Homem dotado de inteligência e dinamismo, Geraldo Fonseca traçou o patrimônio, fez a abertura de ruas e a demarcação de lotes urbanos de quarteirões. A primeira rua que Geraldo abriu foi a da caixa-d'água. Foi um verdadeiro picadão, que fazia a passagem pelo centro do local e daria na caixa d'água, que os pedreiros estavam construindo perto da futura estação. Outro procedimento ao qual iniciou foi o de construir uma capela, que se consagrou a Nossa Senhora de Aparecidasanta padroeira local. Exatamente na parte da frontal desse pequeno templo devocional, Geraldo Vieira passou a ser o construtor da mais antiga casa do povo, onde residiu até a sua morte.

Não teve grande tempo de demora a chegada de novas levas de famílias para a povoação, entre elas merecem destaque as de Bonifácio Rodrigues da Cruz, Manoel Fraiz Martinez, José Moreira Paes e Frutuoso Pereira dos Santos. Para as primeiras famílias uma grande quantidade de outras vieram a andarem juntas. O desenvolvimento do município esteve ligado tanto a riqueza em madeiras, quanto a indústria Matarazzo em Jaguariaíva.

No dia 24 de fevereiro de 1924, se inaugurou o trecho ferroviário, e a Estação Ferroviária se abre ao público passando a se chamar Pinhalão, nome perpetuado com o passar dos tempos.

Formação administrativa e etimologia

A Lei nº 48 de 7 de outubro de 1936 foi a legislação criadora do Distrito Judiciário de Pinhalão, tendo sua instalação ocorrida em 16 de fevereiro de 1937, estando presente o interventor federal Manoel Ribas. Na ocasião, tomaram posse como autoridades distritais mais antigas em atividade os senhores Frutuoso Pereira dos Santos e Manoel Fraiz Martinez, como juízes de paz, e como subdelegado de polícia o senhor José Moreira Paes.

Pinhalão se elevou à categoria de município dotado de autonomia pela Lei Estadual nº 790, de 14 de novembro de 1951, e foi instalado em 14 de dezembro de 1952, sendo primeiro prefeito empossado o senhor Francisco Nogueira, que teve seu mandato incompleto porque morreu prematuramente. Foi substituído por José Pereira dos Santos. O segundo prefeito foi o senhor Calixto Domingos. Os mais antigos vereadores em exercício foram: Presidente Elias Domingos, 1º Secretário Alvaro Alfieri, 2º Secretário Jamil Wahl, Pedro de Castro, José Pereira dos Santos, Antonio de Oliveira Mariano, Antonio Gomes de Oliveira e Sebastião Alves Sobrinho.

Define-se o termo Pinhalão como o aumentativo de Pinhal, o qual é a designação de uma variedade de árvore. É originário da própria geografia do município, referindo-se ao pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), espécie da qual existem muitos indivíduos na região onde ocorreu o surgimento do município.

Geografia

A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 220,692 km², sendo que 3,532 km² constituem a Zona_urbana e os 217,16 km² restantes fazem parte da Zona_rural.[6] Situa-se a 23°47'34" de latitude sul e 50°03'21"” de Longitude oeste e está a uma distância de 198 quilômetros a oeste da capital paranaense. Limita-se ao norte com Jaboti; a nordeste com Tomazina; ao sul e a leste com Arapoti; a oeste com Ibaiti; e a noroeste com Japira.

Relevo e hidrografia

O município de Pinhalão se localiza no Segundo Planalto Paranaense ou Planalto de Ponta Grossa , sendo apresentados, geralmente, acidentes na topografia. As regiões mais declivadas se localizam ao sul e a sudoeste do município com áreas pelas quais são apresentadas até 20% de áreas declivadas.

A bacia pela qual é drenado o município chama-se a bacia hidrográfica do Rio das Cinzas, que deságua no Rio Paranapanema.

O município é possuidor de uma diversidade de rios e riachos que dão a contribuição para enriquecer o solo, merecendo destaque:

  • Rio das Cinzas, a sudeste do município de Pinhalão, faz a delimitação de um trecho limítrofe com o município de Tomazina. 
  • Rio Ribeirão Grande pelo qual é adentrado o perímetro urbano da cidade de Pinhalão, nasce no município de Ibaiti e deságua no Rio das Cinzas.
  • Ribeirão Anta Brava ou do Café, ao sul, faz a delimitação da divisa do município de Pinhalão com o município de Arapoti.

E demais rios como o Rio Taquara, Ribeirão Duas Barras, Ribeirão do Saltinho, Ribeirão Bonito, Ribeirão da Campina e Ribeirão do Lajeado, Ribeirão do Lajeadinho, e Ribeirão da Água Fria e Ribeirão da Pedrilha.

Clima

Pinhalão tem um clima subquente superúmido com subseca. A temperatura média anual tem variação entre 13 graus ao sul e 20 graus ao norte, sendo o mês de fevereiro o de maior calor e o mês de julho o de maior resfriamento. Na porção norte e leste o verão tem maior força do que no sul do município.

São temperaturas máximas médias anuais de 26 graus e temperaturas mínimas médias com variação de 14 até 15 graus. Caem chuvas em média entre 1.300mm e 1.400mm de precipitação ao ano. A umidade relativa do ar do município é compreendida num intervalo médio de 75% até 80%.

Ecologia e meio ambiente

Demografia

Dados do Censo - 2000

População Total: 6.217

  • Urbana: 3.532
  • Rural: 2.685
  • Homens: 3.211
  • Mulheres: 3.006

Densidade demográfica (hab./km²): 0,035

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 10

Expectativa de vida (anos): 75

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2

Taxa de Alfabetização: 88%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,707

  • IDH-M Renda: 0,646
  • IDH-M Longevidade: 0,673
  • IDH-M Educação: 0,802

Administração

Referências

  1.  «Eleição para prefeitura de Pinhalão». Cidade Brasil. Consultado em 25 de abril de 2021
  2.  IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3.  «Censo Populacional 2010»Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  4.  «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
  5. ↑ Ir para:a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
  6.  Embrapa Monitoramento por Satélite«Paraná». Consultado em 25 de julho de 2012Cópia arquivada em 25 de julho de 2012

Ligações externas

— Praça Tiradentes, no final da década de 1940 —

 — Praça Tiradentes, no final da década de 1940 —


Pode ser uma imagem de 3 pessoas, ao ar livre e monumento

domingo, 1 de janeiro de 2023

VILLA GUAJUVIRA E À SUA HISTÓRIA

 

VILLA GUAJUVIRA E À SUA HISTÓRIA






Há pouco mais de um ano fiz uma postagem sobre uma casa na rua Ébano Pereira, quase na Praça Garibaldi, em cuja fachada está gravada o nome Villa Guajuvira.

Na época comentei que não havia encontrado qualquer informação sobre a casa e seus moradores.

Felizmente há bem pouco tempo alguns descendentes do construtor da Villa entraram em contato comigo e um pouco da bela história da família e algumas fotos me foram passadas.

De João Raphael Nester, bisneto do construtor da casa, recebi o seguinte relato.

A casa foi construída por Estevão Julio Wagner e Helena Wagner. Eram imigrantes poloneses, chegando ao Brasil na década de 1910.  Instalaram-se no distrito de Guajuvira (daí o nome gravado na fachada), Município de Araucária, onde obtiveram grande êxito comercial, se tonando  proprietários de uma fábrica de palhões e de uma cerâmica/olaria .

A casa foi construída na década de 1940 e era a residência deles em Curitiba. No alto da torre da casa existia uma pequena carroça, que foi colocada pelo próprio Estevão, em razão de ele ter sido carroçeiro (equivalente ao serviço de taxista para a época) quando chegou no Brasil.

Em 1949 Estevão Julio Wagner faleceu. Seu filho Bogdan Wagner assumiu a administração das empresas.

Dona Helena Wagner permaneceu  morando na casa com os filhos mais novos e eventualmente seus netos até 1971, quando faleceu.

Bogdan Wagner tocou as empresas até 1988, quando um acidente ferroviário incendiou a cerâmica/olaria, mas seguiu morando em Guajuvira até seu falecimento em 2000.

Na década de 80 a casa então desocupada, foi invadida por um imigrante nordestino o qual fazia apresentações na frente da casa vestido de cangaceiro e tocando triângulo.

Perto de 1990 a casa foi reformada e foi residência de uma pessoa da família.

No final da década de 2000 a casa, já novamente desocupada, virou um ponto de consumo de drogas, ocorrendo inclusive um assassinato em seu interior.

A casa permaneceu com a família até 2010, quando foi vendida. A família ainda possui as propriedades de Guajuvira, local onde os descendentes de Estevão e Helena visitavam seus avós.

De Marilena Baumgarten (que mora em Joinville) recebi mais um relato que nas palavra dela conta que “Segundo minha mãe, única filha (de Estevão e Helena) que ainda vive, existe uma história para o nome Vila Guajuvira e a charrete em cima da Torre. Meu avô, nascido na Polônia, chegou em Curitiba e logo apos foi para Guajuvira atrás de emprego, como nada por lá conseguiu, voltou para Curitiba e começou a trabalhar como chofer de charrete na praça da estação, começando assim sua vida. Depois já bem de vida voltou a Guajuvira, onde comprou uma fabrica de palhões e uma olaria. 

Como as filhas estudavam em Curitiba no Colegio Cajuru como internas e sentiam muita falta dos familiares, principalmente mamãe, meu avô com o imenso carinho que tinha para com os filhos, construiu a Vila Guajuvira. 

Estes relatos ouvia quando criança de minha vovó Helena quando nos reuníamos para os Natais memoráveis, as festas de pascoa e tantos outros momentos nas ferias escolares que não esqueci jamais pela felicidade e união que tinha com todos e principalmente com vovó. 

Fico grata e emocionada por ler seu texto e chamar nossa casa de preciosidade pois foi e o que fez minha infância e adolescência um eterno e precioso viver.”

Agradeço imensamente à Marilena Baumgarten e João Raphael Nester pelo privilégio de receber tão importantes e belos relatos.

A penúltima foto mostra Estevão Julio Wagner e a última mostra Dona Helena Wagner e no colo dela, a mãe de João Nester, que gentilmente me enviou essas fotos.