sábado, 21 de janeiro de 2023

Conheça os Jardins Secretos em Curitiba

 

Conheça os Jardins Secretos em Curitiba

Curitiba é uma cidade de achados. Numa portinha você encontra uma livraria cheia de memórias e em uma rua sem saída um bosque histórico, cada desencontro acaba sendo a porta para uma descoberta inesquecível.

Encontramos os jardins secretos que talvez tenham passado despercebidos por você no dia a dia. Borá lá?

Fica ali no Batel, logo atrás..

Da Gazebo e do café Mornings, você vai ter uma surpresa! Ao lado do muro da floricultura, uma porta de garagem proporciona uma viagem que, de cara, causa um estranhamento e até um certo grau de desconfiança, será que posso entrar? Não só pode como deve.

ATRÁS DAS LOJAS ESTÁ O JARDIM SECRETO. FOTO GOOGLE MAPS

Logo na entrada do jardim secreto no Batel, você verá uma estrada de pedra e as samambaias que te convidam a andar mais um pouquinho.

ENTRADA DO JARDIM SECRETO. FOTO LARISSA ABRÃO

O caminho com um ar de romantismo que parece sair direto dos filmes mais doces, termina em um jardim muito bem cuidado. De brinde, você encontra a Nanica, dona das tortas banoffe que vale provar.

Mas deixa a gente te contar, o jardim não é novidade, ele existe há 37 anos e é conservado pelo pessoal da floricultura Gazebo. Quem levou boa parte das plantas para lá foi o Seu Mauro, dono da floricultura, que todos os dias rega as plantinhas que fizeram dali seu lar.

EM CADA CANTINHO UM DETALHE. FOTO LARISSA ABRÃO

Perceba que esse carinho é palpável em todos os cantos, do pessoal do Nanica que transformou o local em um espaço divertido e colorido, quanto ao verde do jardim que demonstra vida e saúde.

É por isso que o Seu Mauro convida todos a conhecer, desfrutar e se inspirar nesse pequeno, mas encantador jardim secreto. Você pode entrar para conhecer o jardim sem pagar nada. O local fica aberto enquanto nos horários da loja Nanica estiver abertos, todos os dias da semana das 11h às 22h.

UMA LUZ APÓS O TUNEL. FOTO LARISSA ABRÃO

Dica MCities: aproveite o passeio para experimentar uma das tortas do Nanica, são quatro sabores diferentes que harmonizam perfeitamente com o ambiente! Ah, além disso, pode levar o seu pet juntinho de você nessa aventura.

E tem lugar mais perfeito para a banana do que pertinho da terra? A Nanica possui a torta mais famosa de Curitiba, a banoffi que e vale a pena a experimentar !

APROVEITE O CLIMA E EXPERIMENTE AS TORTAS DA NANICA . FOTO LARISSA ABRÃO

Endereço: R. Cel. Dulcídio, 540 – Batel, porta ao lado da Gazebo

Centro Histórico

No Largo da Ordem, aquele trechinho do Cavalo Babão até a rua Barão do Serro Azul que reúnem a feirinha e vários bares conhecidos. Afinal, estamos no Centro Histórico.

Logo atrás do Solar do Rosário, você não consegue ver da rua, mas existe sim, um jardim secreto ! Vamos conhecer ?

ENTRADA PELO PORTÃO DO SOLAR DO ROSÁRIO. FOTO RAQUEL MACHADO/ GOOGLE MAPS

Entre a Casa histórica e a Cafeteria, você vê um portão, esse é o caminho que dá passagem para mergulhar em um jardim secreto e surpreendente!

LUGAR TRAZ UMA PAZ EM MEIO AO BARULHO DO CENTRO HISTÓRICO. FOTO LARISSA ABRÃO

Não precisa pagar nada para conhecer o local e você vai ver esculturas, cerejeiras, camélias e os jardins de mel são um convite singelo, mas encantador.

Os bancos de descanso abaixo de plantas trepadeiras proporcionam um tom de chalé, ideal para um casal se encontrar para aproveitar a brisa do fim da tarde. Ao lado, a imponente obra de escultura azul, que mal cabe na foto, se destaca no jardim bem arborizado.

APRECIE A NATUREZA. FOTO LARISSA ABRÃO

O jardim é uma extensão das aulas do Solar do Rosário, principalmente dos alunos de paisagismo, jardinagem, desenho e pintura. Este último, fica à cargo das crianças que aproveitam o espaço para pintar e desenhar o jardim.

Dica MCities: termine o passeio passando no Brisa Café, logo em frente ao jardim, um acompanhamento perfeito para uma tarde de sol.

VOCÊ VAI DESCOBRIR ALGUMAS ESCULTURAS PELO JARDIM. FOTO LARISSA ABRÃO

Endereço: R. Dr. Claudino dos Santos, 142, São Francisco | Horários: De segunda a sexta das 9h às 19h30, aos sábados das 09h às 13h e no domingo das 10h30 às 14h.

Naquela Rua

Quem pode imaginar que em uma rua normal, cheia de residências, você encontra um jardim secreto? O jardim apesar de se chamar secreto está longe de ser discreto e se destaca na rua do bairro Vista Alegre pelas suas cores vibrantes e ar curioso.

Vale levar as crianças, nesse passeio, a entrada é gratuita e vocês irão se divertir vendo como a criatividade em transformar objetos de uso do dia-a-dia em decorações com plantas e flores deixando um local diferente e atrativo.

JARDIM SECRETO . FOTO LARISSA ABRÃO

Podemos definir o jardim em uma palavra seria: aleatório. Afinal, o local tem de tudo um pouco. De ponte do amor à molduras, de bancos à balanços, de trilha às simpáticas plaquinhas pra lá de inspiradores. É como se alguém achasse tudo de mais interessante e colocasse no mesmo lugar.

AS PLACAS COM FRASES QUE VOCÊ ENCONTRA NO DECORRER DO PASSEIO. FOTO: LARISSA ABRÃO

Na realidade, foi mais ou menos isso. Os moradores da região usaram o terreno como uma verdadeira tela em branco, acrescentando detalhes, personalidades e amor nesse cantinho especial, que antes estava entulhado de lixo.

Logo na entrada, você lê na moldura a frase “vejo flores em você”, um recado que ressalta qual é a vibe do local: te deixar mais feliz. Nessa história, as peças recicladas e que estavam sem utilidade ganharam vida, alegria e propósito no jardim do Vista Alegre.

VOCÊ VAI DESVENDANDO O JARDIM. FOTO LARISSA ABRÃO

Você percebe em cada passo como os balanços são um convite a retornar à infância, as flores são um lembrete de como a vida pode ser mais alegre e as árvores te conectam à energia mais pura que existe, a da natureza. Já se encantou? Ainda tem mais!

A gelateca, uma antiga geladeira amarela que chama atenção de longe, está cheia de livros que podem ser emprestados para serem devorados. Seja durante o passeio enquanto aproveita o vem e vai do balanço ou até mesmo no conforto do seu próprio lar. Ei, não esquece de na próxima visita deixar um outro livro na gelateca!

GELATECA. FOTO LARISSA ABRÃO

Endreço: Rua Arthur Leinig, ao lado do número 400, próximo ao Farol do Saber Machado de Assis | sábado e domingo, das 15h às 18h

Importante

Passe repelente e protetor solar, afinal você vai estar pertinho da natureza e se cuidar faz um bem danado! Cheque os horários antes de ir ao local, para poder aproveitar o passeio ainda melhor e não esqueça a máscara e o álcool em gel. Bom passeio!

Viva a inspiração do Bosque de Portugal, uma trilha repleta de tranquilidade e poesia esperam por você!

 

Viva a inspiração do Bosque de Portugal, uma trilha repleta de tranquilidade e poesia esperam por você!

Todo mundo precisa, de vez em quando, de um minutinho de caminhada tranquila, pertinho da natureza, e com muita inspiração para retomar a rotina com as baterias recarregadas. Em Curitiba, esse minutinho está aqui: no Bosque de Portugal.

BOSQUE DE PORTUGAL FOTO: MAPIO

Em uma região residencial, no bairro Jardim Social, o pequeno o charmoso bosque é como um oásis. Já na entrada é possível sentir essa tranquilidade acolhedora, em meio aos dias tão agitados da capital.

O Bosque de Portugal, como diz o nome, é uma homenagem ao país que colonizou o Brasil e às suas contribuições para a história. E é justamente aqui que mora seu charme!

POESIAS ENFEITAM AS TRILHAS DO BOSQUE. FOTO: CESAR BRUSTOLIN/SMCS

No bosque, há apenas uma trilha, calçada de pedras, que acompanha um pequeno riacho. Caminhar por ela já é maravilhoso apenas pelo contato com a natureza e o clima de serenidade. Mas, tem mais!

Ao longo do caminho, totens de concreto trazem azulejos com trechos de poesias de autores portugueses. Entre eles, Luís de Camões, Gregório de Matos, Castro Alves e Camilo Pessanha.

O trecho que inicia nosso texto está entre esses poemas, e é de Mário de Sá-Carneiro: “Um pouco mais de sol – eu era brasa. Um pouco mais de azul – eu era além”. São vários versos para você enxergar a vida com outros olhos e aprender sobre nossa história e a própria poesia. Vai ser impossível não guardar vários deles no coração!

POESIAS DE LUIS DE CAMÕES E GREGÓRIO DE MATTOS. FOTO: CESAR BRUSTOLIN/SMCS

As homenagens ao povo português estão, também, no piso de mosaico da entrada do bosque, que representa o mar e uma caravela, em menção às grandes navegações.

Em volta dele, sete colunas trazem os nomes de países de língua portuguesa (Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Brasil, Cabo Verde, Angola e Guiné Bissau).

PISO DE MOSAICO (CALÇADA PORTUGUESA) COM DESENHOS DE ONDAS QUE LEMBRAM O MAR E UMA CARAVELA PORTUGUESA, EM ALUSÃO ÀS DESCOBERTAS. FOTO @ADRIKUKLA

Ainda na entrada, pela Rua Fagundes Varella, há um painel de azulejos, o marco da poesia e a praça de eventos. Depois de exercitar a mente, ainda dá para exercitar o corpo em uma pista de cooper em torno do bosque!

Endereço: R. Fagundes Varela, s/n – Jardim Social | Telefone: (41) 3350-9630 | Site da Prefeitura de Curitiba

A antiga Papelaria Requião na Alameda Doutor Muricy

 

A antiga Papelaria Requião na Alameda Doutor Muricy


A antiga Papelaria Requião na Alameda Doutor Muricy

Por muitos anos este sobrado na Alameda Doutor Muricy foi ocupado pela Papelaria Requião.

O prédio em estilo eclético aparentemente foi construído em 1920 (se levarmos em consideração a data inscrita nele) e é bem interessante. Com platibanda na maior parte vazada como uma grade de tijolos e com a data nas duas extremidades. A sacada do segundo andar tem guarda-corpo também de tijolos, com estilo em harmonia com a platibanda. Chama atenção as seis portas/janelas, sendo duas, as das extremidades, diferentes das demais. Quanto ao primeiro andar, a impressão que dá é que as aberturas sofreram alterações ao longo do tempo.
O sobrado é uma Unidade de Interesse de Preservação

A Papelaria Requião


A primeira livraria da família foi aberta em 1900, na Rua XV de Novembro, com o nome de Livraria Econômica. Mais tarde, uns vinte anos depois, passou a levar o nome da família.
Em 1942 o prédio mostrado na foto foi comprado e passou a ser a matriz da empresa, que em determinado momento chegou a ter treze filiais espalhadas pela cidade.
Na terceira geração da família os diversos estabelecimentos foram divididos entre os vários herdeiros, mas foram fechando gradativamente.
A loja da Alameda Dr. Muricy fechou em abril de 2004.

Referência:

Sobrado Stolz

 

Sobrado Stolz 


Sobrado Stolz - outro belo exemplo de restauro

Sobrado Stolz - outro belo exemplo de restauro

Localizado na Rua São Francisco, entre a Rua Barão do Serro Azul e a Igreja da Ordem, o Sobrado Stolz foi restaurado recentemente pelos seus proprietários. Ele é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Na frente do excelente trabalho de restauro esteve a arquiteta Loriane Stolz Cisz Portes, que com o seu escritório de arquitetura – Stolz Arquitetura – em parceria com a AquiBrasil, foi responsável pelo projeto arquitetônico. A execução da obra esteve a cargo da Zelta Construções.

Transcrevo a seguir um trecho de reportagem da “Gazeta do Povo” sobre o restauro do imóvel:

“ O Sobrado Stolz pertence à família de mesmo sobrenome há mais de um século. Em agosto de 1907, o bisavô da arquiteta Loriane, Luiz Bussmann, adquiriu o imóvel por cinco contos de réis e fez dele a moradia de sua família. Bussmann também era proprietário do prédio vizinho – na esquina das ruas São Francisco e Mateus Leme –, onde funcionava sua padaria. Com a saída da família do endereço, o sobrado serviu de sede para uma autoescola e para um bar antes de ficar fechado. A família não tem registros sobre o ano de construção do imóvel, nem sobre quem foram seus primeiros proprietários. …”

As dificuldades dos proprietários de Unidades de Interesse de Preservação


O que achei interessante na reportagem do jornal foi que pela primeira vez tive uma ideia do que representa o incentivo de venda de potencial construtivo na manutenção desses imóveis.
O restauro do casarão foi custeado pelo Sr. Leonardo Cisz, pai de Loriane.
Eles captaram recursos através da venda do potencial construtivo do imóvel e esses recursos cobriram aproximadamente trinta porcento dos gastos. A família pretende recuperar o dinheiro próprio investido com a locação do imóvel. Não sei se ele já foi alugado, mas na última fez que passei por ele ainda não havia sido.

“Hoje, materiais como as madeiras de lei utilizadas no piso e no teto são muito caros. Além disso, tivemos que buscar marceneiros que pudessem reproduzir as portas e janelas nos moldes da época da construção.”. São outras dificuldades apontadas pelo engenheiro Rogério Muniz, da Zelta Construções.

Certa vez, conversando com um proprietário de um outro imóvel – que também é uma Unidade de Interesse de Preservação – ele comentou sobre as dificuldades burocráticas. Disse que qualquer coisa que queira fazer no imóvel envolve muita papelada e que tudo é muito demorado.

A nova Lei do Patrimônio Cultural de Curitiba


Recentemente a administração do prefeito Gustavo Bonato Fruet aprovou uma nova Lei do Patrimônio Cultural de Curitiba, que entre outras coisas regula esses imóveis de interesse. Não sou um especialista no assunto, mas cheguei a conclusão que ela representa um avanço em relação à anterior, principalmente por dois itens:
● a inclusão da possibilidade de tombamento;
● a possibilidade dos proprietários captarem recursos pela venda de potencial construtivo a cada quinze anos.
Por outro lado fiquei com a sensação que a burocracia aumentou e continuo achando que os incentivos para os proprietários privados desses imóveis são insuficientes.

As críticas em relação a conservação de algumas Unidades de Interesse de Preservação


Quem acompanha o blog pode ter percebido que evito fazer críticas a conservação de imóveis (seja eles UIP ou não). Faço isso primeiro porque não conheço os fatos que levaram a essa situação. Quem sabe se os proprietários não são um casal de velhinhos que vive com uma aposentadoria miserável, que mal dá para os remédios?
Também acredito que os incentivos para os proprietários privados manterem esses imóveis são insuficientes. É fácil querermos o bônus de usufruir da existência desses imóveis, enquanto o ônus da manutenção cabe aos proprietários. Se todos queremos que esses imóveis sejam bem conservados, todos devemos contribuir - via dinheiro de impostos - para isso.

A coisa é um pouco diferente quando o imóvel é propriedade do Estado, com foi o caso da publicação “Governo do Estado quer vender Unidade de Interesse de Preservação”. O poder público quando proprietário deve preservar e conservar o que na verdade é patrimônio de todos.

Parabéns


Parabéns aos proprietários do Sobrado Stolz pela decisão de manter o imóvel na família e pelo investimento no seu restauro.

Referências:

A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu

 

A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu


A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu

A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu

Essa casa foi de Vicente Machado, onde residiu até a sua morte em 1907. Não consegui descobrir quando foi construída, mas provavelmente antes de 1900.
Vicente Machado é aquele que exercendo o cargo de governador do estado em 1893, quando os maragatos chegaram às portas da cidade, a abandonou. Fugiu (levando junto as tropas que poderiam defender a cidade) primeiro para Castro e depois para São Paulo. Só retornou em 4 de maio de 1894, depois que os Federalistas já tinham ido embora.
Após o retorno de Vicente Machado, o Barão do Serro Azul foi assassinado (20 de maio de 1894) e muita gente foi executada, acusados de colaboracionismo. Dizem que as pessoas eram obrigadas a cavar a própria sepultura antes de serem degoladas.
Ironicamente Vicente Machado faleceu em 3 de março de 1907 (aos 46 anos e sete meses) de câncer na garganta.

A casa, localizada na esquina da Rua Comendador Araújo com a Rua Coronel Dulcídio, é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Em uma rede social o Sr. Fernando Fontana fez o seguinte comentário: “Recebi a informação de uma das netas do Dr. Marins Camargo que a casa foi construída por Lamenha Lins e posteriormente adquirida por VM. Há documentos comprobatórios de posse de parentes de Marins.”

Mas existem visões diferentes de Vicente Machado, como é o caso da senhora Cassiana Lacerda que fez o seguinte comentário na divulgação desta publicação em uma rede social: “Que blog burro. Curitiba não aceitou a convocação de Vicente Machado para resistir. Aliás, os curitibanos pagaram para ficar numa falsa paz. Diante da fuga do comandante e do desinteresse da população curitibana, VM transferiu a capital para Castro, próxima da fronteira de SP, de onde efetivamente veio o Exército Legal e por os invasores em fuga. Cabendo apenas a Gumercindo Saraiva e seu homens resistir em Ponta Grossa. Seria tão bom se aprofundassem o assunto, mas houve uma lavagem cerebral para vitimizar alguns e condenador outros sem o devido conhecimento.”

Texto complementado em 11 nov. 2019

Um pouco mais sobre esta história:
Solar do Barão
Solar da Baronesa (com a carta que ela escreveu ao Barão de Ladário narrando o que aconteceu com seu marido).
Placa comemorativa da inauguração da Catedral (outra história com o envolvimento de Vicente Machado)

Referência:
FONTANA, Fernando. [comentário em uma rede social]. 12 out. 2016. Disponível em: <https://www.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/710301282468406/>. Acesso em: 18 out. 2016
LACERDA, Cassiana [comentário em rede social].  5 nov. 2019. Disponível em: <https://www.facebook.com/groups/417557358409468/permalink/710301282468406/>. Acesso em: 6 nov. 2019.

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

 

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia


A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

A casa Manoel Francisco Ferreira Correia

Esta casa é uma Unidade de Interesse de Preservação. Localizada na Rua Desembargador Motta, 1861, foi propriedade do engenheiro Manoel Francisco Ferreira Correia

Em estilo eclético, a casa é bem bonita. Repare nas molduras das janelas e portas, na pequena sacada com grade, nas aberturas de ventilação do porão e, principalmente, na platibanda com pinhas e no centro dela uma espécie de frontão curvo com urna no ápice, a data da construção e um brasão decorativo de motivos florais e as iniciais FC.

Quando tirei as fotos estavam terminando uma reforma e a fachada dela foi bem restaurada.

Li mais recentemente na “Gazeta do Povo” que o imóvel foi ocupado por uma loja de móveis e objetos de decoração.

Manoel Francisco Ferreira Correia


No site do IPPUC encontrei a seguinte biografia resumida:

“Manoel Francisco Ferreira Correia nasceu em 25 de outubro de 1.862, em Paranaguá, Paraná.
Era filho de Francisco Ferreira Correia e Nicia Pereira Correia.
Em 1.885 formou-se como Engenheiro Geógrafo, na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1.887 foi nomeado para o cargo de engenheiro ajudante da Inspetoria Especial de Terra e Colonização, neste Estado, cabendo a chefia ao saudoso paranaense Dr. Cândido Ferreira de Abreu.
Em 1.893 foi nomeado ajudante do Engenheiro-Chefe do Distrito Telegráfico neste Estado, sendo logo após removido para o Estado de Pernambuco e em 1.895 foi designado para servir no Estado do Pará.
Em 1.897 veio trabalhar neste Estado, na construção da estrada de ferro São Paulo – Rio Grande, que então se iniciava.
Em 1.906 adquiriu o “Diário da Tarde”, nesta Capital, mas no ano seguinte o revendeu a seu antigo proprietário Sr. José Celestino de Oliveira Júnior e voltou a exercer a sua profissão de engenheiro da construção da Estrada de Ferro Norte do Paraná.
Como delegado de Serviço de Povoamento do Solo no Paraná, fundou os seguintes municípios: Cruz Machado, Cândido de Abreu, Itapará, Jesuíno Marcondes, Irati, Vera Guarani, Iapó, Apucarana, Senador Correia, Ivaí, Muquem e Itaiópolis, no Estado de Santa Catarina.
Dr. Correia foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná.
Em 1.920 publicou, com a colaboração do Desembargador Emydio Westphalen, uma brochura sob o título “O ESTADO DO PARANÁ em 1.920”.
Aposentou-se em 1.930, aos 67 anos de idade.
Faleceu em 3 de junho de 1.939.“

Referências:

Até o final dos anos 1970 os trens transportavam cargas e também passageiros, até o próprio Getúlio Vargas, quando presidente, passou em um trem por Araucária acenando para o povo.

 Até o final dos anos 1970 os trens transportavam cargas e também passageiros, até o próprio Getúlio Vargas, quando presidente, passou em um trem por Araucária acenando para o povo.

Ferroviários de Araucária: a história que ajudaram a trilhar
Há tempos atrás os trens representavam o mais significativo meio de transporte do Brasil. Sua história iniciou-se ainda na época do império, através de um sistema de concessões, e se expandiu durante a república, quando foi gradualmente transferida para o
controle do governo federal. Durante o governo de Getúlio Vargas foi criada a Rede Ferroviária Federal S.A. – a RFFSA, e, entre sua malha encontrava-se a Rede de Viação Paraná-Santa Catarina - RVPSC, que atravessava os trilhos de Araucária e empregou muita
gente dessas terras, até voltar a ser concessionada, a partir de 1992, o que levou à dispensa da maior parte de seus funcionários e à liquidação da RFFSA, em 1999.
Até o final dos anos 1970 os trens transportavam cargas e também passageiros, até o próprio Getúlio Vargas, quando presidente, passou em um trem por Araucária acenando para o povo. E para mover esses trens eram necessários os trabalhos de toda uma equipe, de gente que ficava nos trens, nas estações e nas oficinas (o que deu o nome à Vila Oficinas, em Curitiba). O foguista, como podemos deduzir, alimentava o fogo para produzir vapor na
locomotiva, carinhosamente chamada de “maria fumaça”. Mas você sabe o que fazia um guarda-chaves? Não tem nada a ver com fechadura, se é o que imaginava. Esse profissional era o responsável por acionar a chave de desvio de trilhos na estação através de uma alavanca, de acordo com a direção que deveriam seguir. Muita prática e disposição física deveria ter o guarda-freio, pois antes de existirem os trens com freios à vácuo, os vagões eram freados por manivelas, só que elas ficavam na parte de cima do vagão, e o guarda-freio deveria se deslocar de um vagão para outro, por cima do trem, para freá-los à mão. Uma verdadeira aventura!
Antes da era do telefone a comunicação entre as estações era feita via telégrafos, e o telegrafista tinha que ter o ouvido tão treinado a ponto de ouvir os códigos como se ouvisse alguém falando. Para tanto, eram meses de treinamento não remunerado antes de tornar-se um telegrafista. Já o maquinista só podia seguir viagem depois de receber o “pode”, através da informação que chegava via telégrafo de uma estação para outra, informando a posição dos trens para que não se encontrassem, provocando grave acidente. Por falar em maquinista, segundo o relato de testemunhas da época, alguns deles quando passavam perto das casas das namoradas, “choravam” o apito para elas saberem que seu amor estava passando. Essas histórias encontramos nas memórias de quem vivenciou a magia dessa época, e que desvendamos como verdadeiros tesouros, que aos olhos de quem valoriza o passado reluzem ao serem reveladas.
(Texto escrito por Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono - historiadoras)
(Legendas das fotos:
1 - Funcionários em locomotiva na Estação Araucária. Recordação de José Perine (ex guarda-chave da Estação)/ sem data
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
2 - Estação de Guajuvira, 1950
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
3 - Antiga Estação de Guajuvira, sem data
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
4 - Antiga Estação Araucária, no atual bairro Estação, 1926
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres)

Nenhuma descrição de foto disponível.
Funcionários em locomotiva na Estação Araucária. Recordação de José Perine (ex guarda-chave da Estação)/ sem data
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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Estação de Guajuvira, 1950
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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Antiga Estação de Guajuvira, sem data
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

Nenhuma descrição de foto disponível.
Antiga Estação Araucária, no atual bairro Estação, 1926
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres