domingo, 22 de janeiro de 2023

Rock curitibano. Saiba onde tocam as bandas daqui

 

Rock curitibano. Saiba onde tocam as bandas daqui

“Todo o artista tem de ir aonde o povo está”, já cantava Milton Nascimento em “Nos Bailes da Vida”.

E o povo que se interessa pela música autoral (sim, ele existe!) costuma se reunir em espaços que, apesar das dificuldades, da concorrência das bandas cover, dos DJs e do sertanejo, continuam abrindo espaço para a produção musical curitibana. Confira os principais:

Lino’s Bar – O berço da música underground

Comandado há 35 anos por um ex-boina azul da ONU e ex-cantor sertanejo, Antônio José Lino, o Lino’s Bar virou o berço da música underground curitibana em 1982, quando o líder do Beijo AA Força, Rodrigo Barros Del Rey, pediu a ele para ensaiar no local. Logo os ensaios viraram shows e várias outras bandas passaram a se apresentar no icônico e democrático espaço na esquina da Alameda Cabral com Augusto Stellfeld.

Hoje o bar funciona nos fundos da casa do dono, na Barreirinha, quase ao lado da linha do trem. A casa abre de terça a domingo, a partir das 18 horas, mas os shows são sempre aos domingos. Não cobra entrada e não tem nada para comer – mas de vez em quando nas terças acontece um “churrasco tabajara”, onde cada um leva uma coisa e às vezes rola uma banda.

Endereço: Rua Paula Prevedelo Gusso, 154 – Barreirinha | Telefone: (41) 3328-4248 | Site do Lino’s.

PÚBLICO ROQUEIRO É FIEL E ADORA O SEU LINO.

92 Graus – O quixotesco e exclusivo palco do rock autoral

Outro espaço sagrado da música autoral atende pelo nome de 92 Graus The Undreground Pub, funciona há 25 anos e é capitaneado por outro anjo da guarda dos músicos curitibanos: JR Ferreira. O palco do 92 é exclusivo para a música autoral, mais precisamente os subgêneros do rock pesado – punk, metal, rockabilly, psychobilly, entre outros – e abriga mais de 500 shows por ano.

A exemplo do Lino’s, é um boteco simplão e despojado e também não servia nada para comer, mas agora dispõe de uma estufa com salgados e petiscos roots como rollmops, amendoim e pipoca.

Para não correr o risco de ir na louca e topar com uma banda de um estilo que você não curte, JR aconselha a dar uma conferida na programação, disponível na página do bar no Facebook, e chegar cedo para evitar a muvuca. Funciona de quinta a sábado, das 20 às 2 horas, e aos domingos, das 16 às 22 horas.

Endereço: Avenida Manoel Ribas, 108 – São Francisco | Telefone: (41) 3045-0764 | Facebook do 92 Graus.

92 GRAUS É O PONTO DE ENCONTRO DO ROCK AUTORAL DA CIDADE.

Bardo Tatára – Segundas com a bênção do padrinho dos compositores

Se os compositores da cidade têm o seu herói (o velho Lino) e o seu anjo da guarda (JR Ferreira), também podem contar com um padrinho: o cantor e compositor João Gilberto Tatára. O figura que sustenta uma barba e uma cabeleira branca no estilo bem hippie, tem 71 anos é autor de mais de 800 músicas compostas em mais de 40 anos de carreira.

Vive intensamente o mundo da música e é amigo de gigantes da MPB como Toquinho, Vinícius, Elis e Belchior, além de proprietário do Bardo Tatára, no Água Verde. Em 2009, ele se reuniu com quatro compositores, sentaram em volta de uma mesa no boteco e passaram a noite tocando suas músicas.

Nascia ali a famosa “Segunda Autoral”, que hoje recebe cantores e compositores de Curitiba e de fora, com o palco à disposição para apresentar suas obras a um público curioso e interessado. Para completar, a esposa do anfitrião, Cleusa Machado, sempre prepara um jantar para a galera, servida de graça! E é um prato diferente a cada semana! A casa abre às 20 horas, mas às 21h30 o agito já é grande.

Endereço: Avenida dos Estados, 810 – Água Verde | Telefone: (41) 3329-3542 | Facebook do Tatára

SEGUNDA AUTORAL REÚNE COMPOSITORES DA CIDADE E DE FORA.

Lado B Bum – Música boa, sem entrada e chope artesanal barateza

Quem passa pela Rua Inácio Lustosa nas noites de domingo já deve ter reparado na multidão que se aglomera na calçada próxima à Trajano. É o público do Lado B Bum, bar aberto em 2010 por Babbur Fabrício e Regina Walger para preencher a lacuna deixada na região central pela mudança do Lino’s Bar para o Barreirinha.

No início apenas um boteco para bater papo com bebida barata, começou a ser frequentado por músicos e produtores que resolveram fazer um som.

Surgiu a então a ideia de promover shows gratuitos aos domingos. A coisa cresceu e atualmente o espaço recebe bandas nacionais e internacionais – sempre com entrada franca. Não deixe de provar uma das opções de chope artesanal (de marcas como Way e Diabólica)!

Ah, o pão com bolinho é considerado um dos melhores da cidade. O sistema de cobrança é igual ao dos pubs londrinos, sem fichas nem comandas, paga-se no momento do pedido.

Endereço: Rua Inácio Lustosa, 517 – São Francisco | Telefone: (41) 3233-9496 | Facebook Lado B

QUANDO TEM BANDA, DENTRO E NA CALÇADA O PESSOAL ENCHE A CASA.

Dom Capone Pizza Rock – A casa do rock na periferia

De um lado, uma pizzaria familiar, mesas e cadeiras, salão iluminado e um grande aquário na parede. Do outro, um ambiente escuro com um palco bem equipado e shows com grandes nomes da música alternativa da cidade.

Sobem no palco bandas como Relespública, Escambau, Anacrônica, Uh La La! e Wander Wildner. Assim é o Dom Capone, o principal espaço do rock na região sul de Curitiba, tocado desde 2005 por um ex-garçom da casa, que até então era uma pizzaria normal de bairro.

Além das pizzas, não deixe de experimentar o cachorro quente e a caipirinha, considerada a melhor da região. Um bom dia para conhecer a casa é numa quinta-feira, quando se apresenta o líder da Relespública, Fábio Elias, com um set acústico. Ele já declarou que o Dom Capone é o espaço que mais respeita o músico em Curitiba. Lá ninguém toca de graça, tem camarim e até um estúdio, palco decente e técnico de som.

Endereço: Rua Pedro Gusso, 4.047 – Cidade Industrial | Telefone: (41) 99648-5967 | Site do Dom Capone.

FÁBIO ELIAS DO RELESPÚBLICA SEMPRE TOCA LÁ!

Lavanderia – Onde o público do underground se renova

Um dos caçulas entre os espaços para a música autoral é o Lavanderia. Inaugurado no fim de 2016 pelo agitador cultural Rick Lavanders, o bar recebe DJs e bandas de punk rock, hardcore e indie. Funciona também como espaço para bazares, exposições e eventos temáticos, venda de quadrinhos, roupas, LPs, K7s e CDs.

Além disso, é um dos endereços preferidos pela molecada interessada na música alternativa. Funciona de quarta a sexta-feira, das 14 às 20 horas, e aos sábados das 10 às 15 horas. O quintal, o sofazinho e a máquina de lavar são um sucesso.

Endereço: Rua Padre Agostinho, 325 – Mercês |  Facebook do Lavanderia.

Renove sua fé: Conheça algumas novenas em Curitiba

 

Renove sua fé: Conheça algumas novenas em Curitiba

Na prática são nove dias (uma novena por semana) em que as pessoas dedicam-se à oração durante uma hora. Esse tempo é uma forma de relembrar os nove dias que se deram entre a subida aos céus de Jesus e a descida do Espírito Santo.

Você também acredita que a fé é transformadora e pode ser uma grande aliada, fique ligado, pois separamos três novenas conhecidas dos curitibanos.

Novena no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Essa novena é tão famosa que a Prefeitura criou até uma linha de ônibus específica para ela. Os números impressionam: são mais de 30 mil pessoas reunidas ao longo de toda a quarta-feira no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Alto da Glória. É difícil explicar o motivo do sucesso, mas são diversas histórias de graças alcançadas. Além disso, um grande número de devotos a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, aquela que socorre eternamente.

São 17 novenas oferecidas no dia. Elas acontecem de hora em hora das 6h às 22h. Ou seja, dá pra escolher a melhor hora para cada um. A história da novena do Perpétuo Socorro tem começo na década de 60, com a chegada dos missionários redentoristas a Curitiba. Hoje, 58 anos depois, a novena é uma das mais famosas da capital.

E parece que socorre mesmo. E quem diz isso são os mais de 2 milhões que frequentam o Santuário. A procura é tão grande que o local oferece até uma rádio e uma TV web, onde os fiéis podem acompanhar não só as novenas, mas todas as principais celebrações da Igreja.

Durante todo o dia de novena, cinco padres se revezam. O Padre Celso é um dos mais queridos, o que garante um espaço agradável e estimulante espiritualmente. Para quem não conhece, a Igreja está localizada em uma região privilegiada, bem pertinho do Centro da cidade.

Por isso, se você é fã de novena, mas ainda não teve a experiência, reserve uma quarta-feira para ir até o Alto da Glória. Para quem quiser, a linha de ônibus novena sai da Praça Rui Barbosa, passa pelos principais pontos centrais, como Praça Osório e Tiradentes e desembarca bem em frente ao Santuário. Além disso, todas as quartas, o dia todo, sempre meia hora antes das missas, os padres atendem confissões e aconselhamentos.

Dezessete oportunidades de renovar a sua fé às quartas-feiras no Perpétuo Socorro. Foto: Divulgação.

DEZESSETE OPORTUNIDADES DE RENOVAR A SUA FÉ ÀS QUARTAS-FEIRAS NO PERPÉTUO SOCORRO. FOTO: DIVULGAÇÃO.

Endereço: Praça Portugal, s/n – Alto da Glória | Telefone: (41) 3253-2031 | Site Santuário Perpétuo Socorro 

Novena no Santuário Nossa Senhora do Carmo

Um templo com espaço para todos. Assim podemos chamar o Santuário Nossa Senhora do Carmo, localizado no Boqueirão, um dos bairros mais populosos de Curitiba. Com 1.900 m² de construção, o local consegue abrigar até mil fiéis sentados. Porém, em dias de novena, esse número chega a 10 mil pessoas, tamanha a devoção.

A novena acontece desde 1998 também sempre às quartas-feiras, com 15 horários disponíveis. Os temas de cada novena variam de acordo com as necessidades dos fiéis. Assuntos relacionados às questões familiares são bem recorrentes.

O grande número de depoimento de pessoas que tiveram suas famílias restauradas, doenças e graças alcançadas reforça o grande poder que a novena possui, garantindo assim que o Santuário esteja sempre cheio de fé e devoção.

Para poder atender a todo esse público, três sacerdotes se revezam com o auxílio de três convidados. No local não são oferecidas somente as novenas, mas também missas. A devoção a Nossa Senhora do Carmo está intimamente ligada ao escapulário que representa o manto da Virgem Maria, que, segundo os fiéis é um sinal de salvação e proteção dos perigos.

Para quem ficou interessado, a primeira novena tem início às 7h e o último horário é às 21h, sempre ofertada em horas cheias.

Desde 1998 fiéis de reúnem no Boqueirão para a novena da Nossa Senhora do Carmo. Foto: Divulgação.

DESDE 1998 FIÉIS DE REÚNEM NO BOQUEIRÃO PARA A NOVENA DA NOSSA SENHORA DO CARMO. FOTO: DIVULGAÇÃO.

Endereço: Avenida Marechal Floriano Peixoto, 8520 – Boqueirão | Telefone: (41) 3276-1936 | Site Santuário do Carmo 

Novena no Santuário Nossa Senhora do Guadalupe

O Santuário de Nossa Senhora do Guadalupe está localizado bem no centro de Curitiba, próximo ao terminal do Guadalupe. Ou seja, é um refúgio de paz para cristãos que trabalham no centro, que estão passeando no centro ou para quem gosta do famoso Padre Reginaldo Manzotti.

Além das tradicionais missas ofertadas no local, é possível realizar novenas nos mais diferentes dias da semana. No santuário, que oferece local para cerca de mil pessoas sentadas, as novenas são ofertadas terças, quartas e sextas.

Nas terças, a novena das santas chagas é realizada sempre às 11h15, seguida da tradicional missa do meio-dia  com o Padre Reginaldo. Nas quartas, a novena de Nossa Senhora do Guadalupe é ofertadas às 07h30, meio-dia e 16h30, sendo que no primeiro dia de novenário é realizada a troca do manto e no 9º dia a bênção das rosas. Na sexta, a novena é de Jesus Misericordioso e os horários são 07h30, meio-dia e 19h.

Em todas as opções são realizadas missas juntamente às novenas. E sempre que o Padre Reginaldo está em Curitiba é ele quem realiza a missa do 12h. Que tal essa mãozinha pra quem quer renovar a fé na hora do almoço?

As novenas no Santuário são fixas e, para cada uma delas, uma intenção. Normalmente os temas são relacionados à família, enfermidades e saúde emocional e espiritual. Por isso, se você estiver passando pelo centro, vá até lá, quem sabe você não consegue aquela graça tão desejada?

No Guadalupe você pode emendar a missa do Padre Reginaldo Manzotti após a novena. Foto: Divulgação.

NO GUADALUPE VOCÊ PODE EMENDAR A MISSA DO PADRE REGINALDO MANZOTTI APÓS A NOVENA. FOTO: DIVULGAÇÃO.

Endereço: Praça Senador Corrêa, 128 – Centro | Telefone: (41) 3233-4884 | Site Padre Reginaldo Manzotti 

Você é um cristão de fé e tem certeza que um dos caminhos para o sucesso e a felicidade é unir forças em oração, as novenas são excelentes opções de estar mais próximo de Deus. Mas, não esqueça, para que sua motivação seja atendida é preciso realizar a novena corretamente, durante os nove dias.

Separamos 4 lugares para curtir o som de jazz em Curitiba.

 

Separamos 4 lugares para curtir o som de jazz em Curitiba.

Seja no frio ou no calor, não tem programação mais gostosa do que ouvir e curtir um jazz em lugares aconchegantes em Curitiba. Bora conhecer ?

Jazz Raiz

Seja ao vivo ou na vitrola, sempre tem jazz tocando no bar O Pensador. Cada dia da semana você encontra uma programação diferente, mas o destaque fica para as terças quando rola um jazz estilo anos 20, e no sábado com apresentações de jazz quarteto ou de jazz cigano com estilo bem frances, usando mais os violões e bandolins como instrumentos principais.

Dicas MCities: Chegue no local até 19h30 que a entrada é gratuita, depois o valor da entrada é de R$ 10. Vamos ?!

NO PENSADOR TEM JAZZ DE TODOS OS GÊNEROS. FOTO: FACEBOOK O PENSADOR

Endereço: Rua Visconde do Rio Branco, 766 – Centro | Telefone: (41) 3092-0011 | O Pensador

Um passo de NY

Uma luz suave ilumina as cortinas vermelhas que servem de fundo para o palco onde todas as noites tocam o jazz nacional. No ambiente decorado com fotos em preto e branco de grandes jazzistas, as mesas contornam o palco, criando um clima intimista e de proximidade com a banda. Assim é o Dizzy Café Concerto.

A casa abre todos os dias a partir das 19h, e você vai encontrar lá música ao vivo e uma programação de qualidade. É uma ótima pedida para marcar aquele encontro romântico, com os amigos ou mesmo para ir sozinho, só para curtir um som em um local que não perde em nada para aqueles clubes de jazz de Nova York que a gente vê nos filmes.

O CLUBE DE JAZZ DA CIDADE. FOTO: DIVULGAÇÃO.

Endereço: Rua Treze de Maio, 894 – Centro | Telefone: (41) 3527-5060 | Facebook

Café e um som do bom

Passando pelo cruzamento da Rua Riachuelo com a São Francisco, no final da tarde de uma quinta-feira, você provavelmente vai ouvir por ali as notas de algum clássico de Duke Ellington, John Coltrane, ou de outros gigantes do jazz.

Isso porque o Caffeine promove apresentações de jazz ao vivo, toda quinta, a partir das 18h, mas fique ligado que a partir do mês de março as apresentações vão passar para os domingos.

O local tem um ambiente bem descolado, que mistura o rústico com o urbano, naquela melhor estilo faça-você-mesmo, usando paredes de tijolos à vista, sofás e outros objetos antigos na decoração.

Dicas MCities: aproveite que está sempre rolando promoção de double dos drinks da casa e experimente o espresso gin tônica, é super refrescante!

JAZZ NO CORAÇÃO DA CIDADE. FOTO: DIVULGAÇÃO.

Endereço: Rua Riachuelo, 194 – Centro | Facebook

Charutaria com Jazz

O Tesoro de Cuba é uma charutaria toda decorada no estilo dos anos 20. Uma casa super charmosa localizado na rua comendador em Curitiba.

Todas as quartas rola o Jazz por lá, a partir das 18h. Vale você sentar nas mesas em frente à loja, na calçada, para curtir um ótimo som e um bom drink ou café, acompanhado de um dos vários charutos da casa.

CHARME DA CASA. FOTO DIVULGAÇÃO FACEBOOK.

Endereço: Rua Comendador Araújo, 497 | 41 3029-2780 | Facebook O Tesouro de Cuba

O local da antiga “Vila Olga”

 

O local da antiga “Vila Olga”


O local da antiga “Vila Olga”

O local da antiga “Vila Olga”

"Vila Olga". Já demolida
Neste terreno, localizado na Avenida Munhoz da Rocha, em frente ao  Graciosa Country Club, ficava situada a “Vila Olga”.
Residência projetada pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves (1892-1944) em 1919/20 para Caetano Munhoz da Rocha (1879-1944).
A vila foi demolida nos anos 1950 e o local foi ocupado por órgãos públicos (lembro que um deles foi o Instituto Brasileiro do Café - IBC). Atualmente é ocupado pela Advocacia Geral da União - AGU.

Caetano Munhoz da Rocha 


Caetano Munhoz da Rocha, formado em medicina, casou em 1903 com Olga de Souza. Foi eleito para o Congresso Legislativo Estadual em 1904, onde ficou até 1917. Foi eleito também prefeito de Paranaguá em 1908 (na época era possível acumular os cargos) e eleito novamente para os quatro anos seguintes. Renunciou ao cargo de prefeito em 1915, quando mudou-se para Curitiba.
Foi vice-presidente do estado no período de 1916-1920, durante o governo de Affonso Camargo. Exerceu nesse período os cargos de Secretário da Fazenda, Agricultura e Obras Públicas.
Ao final do mandato de Affonso Camargo elegeu-se presidente do estado para o período 1920-1924. Seu governo foi caracterizado principalmente por investimentos na educação pública, saneamento, saúde e assistência social. Mas a sua maior realização foi sanear as finanças do estado, que estava quebrado.
No início de 1921 ficou viúvo e casou uma segunda vez (em dezembro do mesmo ano) com Domitila Almeida. Como a segunda esposa também faleceu, casou uma terceira vez em janeiro de 1924, com Sílvia Lacerda Braga. Teve no total 21 filhos, frutos dos três casamentos.
Naquela época a reeleição não era permitida pela Constituição Estadual, mas foi providenciada uma alteração e elegeu-se para um segundo mandato (coisa que Affonso Camargo não gostou).
Em 1930, elegeu-se senador da República, de onde foi tirado em 1930 pelo golpe de Getúlio Vargas.
Foi um administrador competente, “economizando com avareza e gastando sem desperdício”

Quem sabe, no futuro


O terreno, onde encontram-se os imóveis ocupados atualmente pela AGU e bem arborizado, com diversos pinheiros (Araucaria angustifolia) e outras espécies.
Imaginando que a propriedade seja da União, quem sabe, no futuro (em tempos menos bicudos) a prefeitura não consiga o imóvel em algum tipo de negociação. Os prédios poderiam virar centro de atividades, com biblioteca e coisas do gênero e, abrindo o bosque para a população

Referências:

A antiga Casa Cruzeiro

 

A antiga Casa Cruzeiro


A antiga Casa Cruzeiro


Na Rua José Bonifácio, 139, em frente ao Largo Coronel Enéas, tem um pequeno sobrado bem interessante. Ele passa quase despercebido ao lado da sua vizinha mais conhecida, a “Casa Vermelha”.

Estreito, toda a fachada é praticamente tomada por três portas no térreo e três janelas no andar superior, todas em arco semicircular. As colunas são decoradas com volutas nos capitéis. A platibanda com balaústres é encimada por quatro urnas.
Não sei quando a casa – que é uma Unidade de Interesse de Preservação – foi construída, mas arrisco dizer que é da segunda metade do século XIX.


Anúncio publicado em 1947.
Entre a segunda metade dos anos 1940 até 1960 o local abrigou a “Casa Cruzeiro”, que comercializava ferragens, louças e artigos para presente.
Na foto pequena em preto e branco, possivelmente tirada nos anos 1950, aquele senhor com gravata listrada é Amadeu Sbalqueiro (1918-1987), meu sogro.


Referência:

Anônimas da História: um grito por justiça “Artigo 5º, inciso I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;” (Constituição Federal Brasileira, 1988)

 Anônimas da História: um grito por justiça
“Artigo 5º, inciso I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;” (Constituição Federal Brasileira, 1988)

A Constituição Federal, que é a lei máxima que rege nosso país, promulgada em 1988, deixa muito clara a condição de igualdade entre homens e mulheres no Brasil. Mas essa condição de igualdade é muito recente na história brasileira e mundial.
Um exemplo disso foi expresso no Código Civil dos Estados Unidos do Brasil, na forma da Lei n. 3071 de 1 de janeiro de 1916, onde ficava claro no Artigo 233 o quanto os homens eram privilegiados em relação às mulheres: “O marido é o chefe da sociedade conjugal.” A lei também também estipulava as competências que cabiam ao homem: “I. A representação legal da família; II. A administração dos bens comuns e dos particulares da mulher, que ao marido competir administrar em virtude do regime matrimonial; IV. O direito de autorizar a profissão da mulher; V. Prover à manutenção da família.” Ou seja, como fica muito claro, era o homem quem ditava as regras e deveres de sua família - e amparado por lei. Mesmo em se tratando de comunhão de bens, a mesma lei acrescentava o seguinte: “Art. 266. Na constância da sociedade conjugal, a propriedade e posse dos bens é comum. Parágrafo único: A mulher, porém, só os administrará por autorização do marido.” Ou seja, a última palavra sempre era a do homem. A mesma lei deixava clara a vantagem até mesmo entre irmãos. Segundo o Art. 454, parágrafo 2º: “Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos, e, dentre os do mesmo grau, os varões às mulheres.”
Isso se aplicava, também, nos casos das mulheres que desejassem trabalhar fora, o que não era permitido sem a autorização expressa de seus maridos. Até mesmo para viajar desacompanhada, a mulher precisava de autorização por escrito de seu marido, o que ocorreu até 1969. No Arquivo Histórico há um documento da Polícia Civil do Paraná - Delegacia de Ordem e Política Social em que consta autorização por escrito de um marido para que sua esposa fosse para o estado de Santa Catarina a passeio.
Apenas em 1962 algumas situações começaram a se modificar em relação às mulheres, com a promulgação da Lei n. 4121, que dispunha sobre a situação jurídica da mulher casada. Ali o Artigo 233 se manteve quase igual ao do Código Civil, porém, a parte em que era necessária autorização do marido para que a mulher pudesse trabalhar fora foi suprimida.
Além disso, as mulheres por muito tempo também foram proibidas de estudar. A filósofa britânica Mary Wollstonecraft, que escreveu “Uma Reinvindicação pelos Direitos da Mulher (1792)”, realizou uma série de denúncias aos teóricos da educação do século XVIII, afirmando que as mulheres deveriam ter uma educação igual à dos homens, o que demonstra que a luta já era antiga. No caso do Brasil, somente em 1827, na época do império, após muitas reivindicações, foi promulgada a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que meninas frequentassem as escolas elementares, porém, o ingresso em instituições de ensino superior só seria permitido a elas em 1879, mas ainda sob muitas críticas da sociedade. Antes de ser assinada pelo imperador dom Pedro I e virar lei, a proposta que estruturava o ensino primário do Brasil foi discutida e votada na Câmara e no Senado. Os senadores travaram acalorados debates sobre qual seria o currículo mais apropriado para as crianças do sexo feminino, sendo que alguns deles defendiam a ideia de que o currículo de matemática para as meninas deveria ser o mais enxuto possível, já que, segundo eles, as mulheres não tinham capacidade intelectual para fazer operações mais complexas de aritmética e geometria.
É importante observar que eram homens que decidiam sobre o currículo de ensino que achavam mais apropriado para as meninas, já que as mulheres não tinham voz na sociedade nem mesmo para questões relativas a elas. Isso porque os membros do poder legislativo, cargos elegíveis mesmo no tempo do imperador, eram todos homens, pois as mulheres não tinham nem mesmo direito ao voto. Foi somente em 1931, já em um Brasil republicano, que, através de um Código Provisório, as mulheres passaram a ter direito ao voto, desde que fossem solteiras ou viúvas com renda própria, e casadas com a permissão dos maridos, visto que pelo Código Civil, mulheres casadas eram consideradas incapazes. Porém, graças aos protestos incansáveis dos movimentos feministas, em 1932, foi publicado um novo Código Eleitoral que concedia pleno direito de voto às mulheres sob as mesmas condições que os homens.
Quando se estuda História, percebe-se que, por muito tempo, as mulheres foram caladas, inclusive por lei. E foi somente com muita luta que ganharam, aos poucos, pequenos espaços entre os domínios masculinos. Por isso, é de suma importância a atuação dos movimentos feministas, que seguem buscando plenos direitos às mulheres, e equidade entre homens e mulheres, como seres humanos de igual capacidade. Afinal, como escreveu Virginia Woolf, “Pela maior parte da História, ‘anônimo' foi uma mulher”.
Texto escrito por Luciane Czelusniak Obrzut Ono - historiadora, e Natalia Piccoli - graduanda de História
Legendas das fotografias:
1 - Autorização do marido de Eva Wolski para que ela fosse a passeio para Santa Catarina. Polícia Civil - Delegacia de Ordem Política e Social, 1942. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
2 - A Companhia São Patrício foi responsável por empregar muitas mulheres de Araucária, em uma época em que isso não era tão comum. Na foto: Mulheres na sala de penteação da Cia São Patrício, década de 1940. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
3 - Lecionar foi uma das primeiras profissões que poderiam ser exercidas por mulheres, sendo que, por um período, representavam sua maioria. Na foto: curso de professoras, 1971. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
4 - Professoras em frente ao Grupo Escolar Dias da Rocha, sd. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
5 - Alunos e professoras do Grupo Escolar Dias da Rocha, 1938. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
6 - Professora Engeberta Furman na carroça em Lagoa Suja, sd. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
7 - 1° Encontro da Mulher Rural, promovido pela Prefeitura Municipal de Araucária na Colônia Cristina, em 16 de junho de 1994. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
8 - 3° Encontro da Mulher Araucariense, promovido pela Prefeitura Municipal de Araucária no Caic, em 25 de maio de 1994. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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Autorização do marido de Eva Wolski para que ela fosse a passeio para Santa Catarina. Polícia Civil - Delegacia de Ordem Política e Social, 1942. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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A Companhia São Patrício foi responsável por empregar muitas mulheres de Araucária, em uma época em que isso não era tão comum. Na foto: Mulheres na sala de penteação da Cia São Patrício, década de 1940. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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Lecionar foi uma das primeiras profissões que poderiam ser exercidas por mulheres, sendo que, por um período, representavam sua maioria. Na foto: curso de professoras, 1971. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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Professoras em frente ao Grupo Escolar Dias da Rocha, sd. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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Alunos e professoras do Grupo Escolar Dias da Rocha, 1938. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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1° Encontro da Mulher Rural, promovido pela Prefeitura Municipal de Araucária na Colônia Cristina, em 16 de junho de 1994. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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3° Encontro da Mulher Araucariense, promovido pela Prefeitura Municipal de Araucária no Caic, em 25 de maio de 1994. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

HONÓRIO SERPA P..R.História

 HONÓRIO SERPA P..R.História


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Por volta de 1896, fugindo dos resquícios da Revolução Federalista, Diógenes Serpa, sua esposa Eufrásia e mais os filhos Honório e Ozório, debandaram-se dos pampas com destino ignorado, fugiam da morte, da degola certa. De mochila nas costas puseram-se em marcha, a pé, rumando ao norte. Ao cruzarem o Rio Chopim pararam; estavam na fazenda de Paulo de Siqueira, um rico pecuarista, pai de Maria Joaquina. Diógenes Serpa ali se estabeleceu, juntamente com sua família. Em 1914, Honório Serpa, um dos filhos de Diógenes, se casou com Maria Joaquina, com a qual teve treze filhos. Honório se transformou no capataz da fazenda e se fortaleceu política e financeiramente, com o apoio do sogro. Da primeira povoação, nomeiam-se pioneiros, além da família Serpa, as famílias Bufon, Brito, José Madureira, Sebastião Eleutério, José Antônio Ozório, Helpídio dos Santos, Beto Madureira, Crescêncio Ferreira, Juventino Cordeiro, Noredin dos Santos. )Formação Administrativa
A 11 de agosto de 1964, pela Lei n.º 4.901, foi criado o distrito de Honório Serpa. Pela Lei n.º 9.184, de 08 de agosto de 1990, foi criado o município, com território desmembrado de Mangueirinha, sendo instalado a 1º de janeiro de 1993.

MANGUEIRINHA P.R.História

 MANGUEIRINHA P.R.História


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Até a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, a região de Mangueirinha pertencia à Espanha, devido ao Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha.
Entre 1836 e 1839, duas expedições descobriram os campos, que chamaram Campos de Palmas, abrangendo os atuais municípios de Mangueirinha, Palmas, Clevelândia, Água Doce, Irani, entre tantos outros.
Por Ato de 20 de janeiro de 1887, foi criado o distrito judiciário e policial de Mangueirinha, no município de Palmas.
Na região, a primeira fazenda de que se tem notícia é a Fazenda da Lagoa, fundada em 1839/1840, pelo célebre Pedro Siqueira Cortes, comandante da expedição de ocupação dos Campos de Palmas.A criação de gado na região surgiu concomitantemente com a atividade dos tropeiros, pois foram eles que trouxeram as primeiras reses, provenientes de Guarapuava, para o início das fazendas. Alguns anos depois, foram abertas as trilhas, que deram origem ao Caminho de Palmas ou das Missões, que conduzia as tropas de gado desde a Região das Missões, no Rio Grande do Sul, passando por Chapecó e Xanxerê, em Santa Catarina, Palmas e Mangueirinha, seguindo para Guarapuava e Ponta Grossa, rumo a Sorocaba, em São Paulo.
Após a criação do território do Iguaçu, em 1943, que foi formado por áreas que pertenciam ao Paraná e à Santa Catarina, o Presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei que criou o Município de Mangueirinha, desmembrando de Palmas.Com a queda do Presidente Getúlio Vargas, a nova Constituição de 1946 declarou extinto o Território Federal do Iguaçu, e, em consequência, Mangueirinha voltou a pertencer ao Estado do Paraná.
O topônimo Mangueirinha representa o diminutivo de mangueira (curral), lugar onde se recolhe o gado; nos primórdios do município, ali existia uma mangueira, que face ao seu exíguo tamanho era chamada “Mangueirinha”, daí, a origem do nome do município.. Formação Administrativa
Por Ato de 20 de janeiro de 1887, foi criado o Distrito Judiciário e Policial de Mangueirinha, no Município de Palmas.
Em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, figura no município de Palmas o distrito de Mangueirinha.
Em 13 de setembro de 1943, através do Decreto-Lei Federal nº 5812, foi criado o Território Federal do Iguassu e, o Distrito de Mangueirinha, então pertencente ao Município de Clevelândia passou a integrar a nova Unidade Federada, desmembrado que foi do Estado do Paraná.
Pelo Decreto-Lei Federal nº 5839, de 21 de novembro de 1943, o Distrito de Mangueirinha foi elevado à categoria de Município do Território Federal do Iguassu.
Face ao artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, promulgado em 18 de setembro de 1946, o Território Federal do Iguassu foi extinto e, em consequência, Mangueirinha voltou a pertencer ao Estado do Paraná.
Considerando a conveniência de ser mantida a mesma divisão judiciária e administrativa existente ao tempo da extinção daquele Território, em 21 de novembro de 1946, foi criado o Município de Mangueirinha no Estado do Paraná Sede no antigo distrito de Mangueirinha. Constituído de 2 distritos: Mangueirinha e Chopin. Instalado em 30-12-1946.
Em divisão territorial datada de 1-07-1950, o município é constituído de 2 distritos: Mangueirinha e Chopin.
Pela Lei Estadual n.º 790, de 14-11-1951, é criado o distrito de Coronel Vivida (ex-povoado de Barro Preto) e anexado ao município de Mangueirinha. Sob a mesma Lei o distrito de Chopin passou a denominar-se Chopinzinho.
Pela Lei Estadual n.º 253, de 26-11-1954, é desmembrado do município de Mangueirinha o distrito de Coronel Vivida. Elevado à categoria de município. Sob a mesma Lei é desmembrado o distrito de Chopinzinho. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o município é constituído do distrito sede.
Pela Lei Estadual n.º 3.213, de 30-07-1957, é criado o distrito de Covó (ex-povoado) e anexado ao município de Mangueirinha.
Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o município é constituído de 2 distritos: Mangueirinha e Covó. Pela Lei Municipal n.º 237, de 04-06-1964, o município de Mangueirinha passou a denominar-se Conceição do Rosário.
Pela Lei Estadual n.º 4.901, de 11-08-1964, é criado o distrito de Honório Serpa e anexado ao município de Conceição do Rosário (ex-Mangueirinha).
Pela Lei Municipal n.º 304, de 25-03-1968, o município de Conceição do Rosário voltou a denominar-se Mangueirinha.
Em divisão territorial datada de 1-0I-1979, o município é constituído de 3 distritos: Mangueirinha, Covó e Honório Serpa.
Pela Lei Estadual n.º 9.184, de 08-01-1990, alterada pela Lei Estadual n.º 9.441, de 16-11-1990, é desmembrado do município de Mangueirinha o distrito de Honório Serpa. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-06-1995, o município é constituído de 2 distritos: Mangueirinha e Covó.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.