terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Parque Histórico de Carambeí: conheça um pedacinho da Holanda no Brasil!

 

Parque Histórico de Carambeí: conheça um pedacinho da Holanda no Brasil!

Já ouviu falar sobre o Parque Histórico de Carambeí? A apenas 2 horas de carro de Curitiba, este lugar lindo é um pedacinho da Holanda no Paraná!

Um ambiente gostoso para levar os filhos, passar uma tarde e comer muito bem!

PARQUE HISTÓRICO DE CARAMBEÍ. FOTO SITE APHC

Começando o passeio

Carambeí é uma cidade pequena e charmosa que fica a 140 km de Curitiba, logo após Ponta Grossa, acessada pela Rodovia do Café.

Depois de entrar na cidade, as ruas que te levam até o Parque já têm diversos casarões, campos e prédios que fazem você se sentir na Holanda.

JARDINS DO PARQUE. FOTO SITE APHC

Parque ou Museu?

O Parque Histórico de Carambeí é considerado o maior museu a céu aberto do país. Isto porque ele oferece uma experiência histórica desde que o visitante passa pela entrada, até deixar o lugar.

UMA DELICIA ANDAR PELO PARQUE. FOTO APHC

Cada detalhe foi pensado para transportar você até a Holanda do começo do século passado, quando os migrantes europeus começaram a colonizar o município.

A PONTE QUE ATRAVESSA O LAGO É O CHARME DO LOCAL. FOTO APHC

As pontes, estradas, passarelas e toda a decoração são temáticas e você não pode perder nenhum pedacinho.

CASAS QUE CONTAM HISTÓRIAS. FOTO APHC

A Holanda é logo ali.

O parque tem várias casas espalhadas por toda a sua extensão. Estas casas, feitas de madeira, são decoradas conforme os lares dos holandeses.

MUSEU DO PARQUE. FOTO SITE APHC

As réplicas reproduzem a igreja, a escola, a casa dos agricultores, a garagem de veículos e outros ambientes da vida e do trabalho das famílias holandesas.

DE VOLTA AO PASSADO. FOTO AHPC

Muitos dos itens são originais e pertenciam às famílias colonizadoras, vindos direto da Europa.

SAPATOS HOLANDÊS. FOTO AHPC

São roupas, calçados utensílios domésticos, móveis, veículos e outros itens. Alguns com mais de 100 anos!

LIVRO ANTIGO DE RECEITAS. FOTO AHPC

Vale conhecer a réplica e a história do carrinho de leite, que eram de madeira e divido em duas partes: nas laterais eram colocados os galões de leite, no centro havia um compartimento fechado para carregar os litros de leite e derivados como a manteiga. Com esse transporte o entregador passava de casa em casa deixando os produtos.

CARRINHO DO LEITEIRO. FOTO SITE APHC

Conta o historiador do parque que o leiteiro estava presente no cotidiano dos holandeses, entregavam leite em todas as localidades, algumas vezes disputava com outros os seus clientes, mas muitos desses profissionais eram de confiança e chegavam possuir a chave das casas.

FOTOGRAFIA DO ACERVO DO MUSEU ZUIVELMUSEUM. FOTO: SITE APHC

Parque com muita história.

Um encanto em cada olhar! Observe na arquitetura da casa a réplica da primeira escola da colônia, com seus Lambrequim, que são recortes e pendentes, feitos em madeira por um marceneiro polonês, que usou da técnica eslava para homenagear a colônia com motivos holandeses, as tulipas!

CASAS COM LAMBREQUINS. FOTO APHC

Réplica da Igreja Evangélica Reformada construída na década de 1930, representa a fé e é um dos pilares que sustentaram os imigrantes que se estabeleceram em Carambeí.

RÉPLICA DA IGREJA 1930

As crianças vão adorar explorar cada parte deste parque que é enorme, colorido, cheio de verde e muita história boa.

Seguindo para a próxima entrada, existe um pequeno parquinho infantil com vários brinquedos, como o cavalinho de concreto que é o preferido para os pequenos tirarem fotos divertidas.

Depois de andar e conhecer cada cantinho, sente-se e relaxe nos bancos ao redor da estradinha e fique à vontade observando a tranquilidade do local e os pequenos canais de água inspirados nos holandeses.

ESPAÇOS DELICIOSOS PARA CURTIR O PASSEIO. FOTO AHPC

Humm.. Tortas e salgados Holandês!

Afinal, Carambeí é conhecida como a cidade das tortas!  Então vamos fechar o passeio, experimentando a culinária Holandesa ?

Dentro do parque há um restaurante e confeitaria chamado Koffiehuis, que serve almoço e cafés.

Na parte superior da confeitaria, possui uma exposição de materiais usados pelos primeiros colonizadores holandeses da região. Vale a pena conhecer!

CONFEITARIA E RESTAURANTE. FOTO AHPC

No cardápio uma variedade de tortas e salgados, mas a torta que você precisa experimentar é a Holandesa.

A Torta Holandesa é servido em pedaços bem generosos. Lembra um bolo de biscoito, mas é muito mais saborosa, pois é feito por um leve creme espesso com chocolate suíço, licor de cassis e uma fina base de biscoito. Esta torta é servida levemente fria e o sabor vai te surpreender.

TORTA HOLANDESA. FOTO AHPC

Um outro pedido que merece a sua atenção, é o petisco Bitterballens! Que são bolinhos de carne com especiarias, macios por dentro e crocantes por fora.

BITTERBALLEN, BOLINHO DE CARNE COM ESPECIARIAS. FOTO AHPC

Termine o passeio na loja de souvenirs que possui bibelôs importados da Holanda e artesanato local.

A CASA DA MEMÓRIA, FICA LOGO NA ENTRADA, OCUPA UM ANTIGO ESTÁBULO CONSTRUÍDO EM 1946 E ABRIGA PARTE DO ACERVO HISTÓRICO. FOTO AHPC

O Parque está aberto de terça a domingo, das 13h às 17h. O valor do ingresso é a partir de R$ 20 por pessoa.

É obrigatório usar máscara em todo parque nos ambientes internos e externos. O tempo máximo de visitação ao parque está sendo de 1h30 por visitante, com permanência máxima de 15 minutos em cada ambiente.

Em tempos de pandemia vale antes de sair de casa, consultar o site do parque, para obter mais informações e não esqueça a máquina fotográfica, pois o visual é irresistível!

Dica MCities: Estenda o seu passeio mais alguns quilômetros e vá até a cidade de Castro, que fica do lado de Carambeí. Lá você pode conhecer o centro cultural da Castrolanda, que tem um moinho de vento com 37 metros da altura, além de outras atrações desta cidade que também é histórica!

CENTRO CULTURAL DE CASTROLANDA. FOTO ADRIANO ALVES ROSA/ PREFEITURA DE CASTRO

Endereço: Av. dos Pioneiros, 4050| Carambeí – PR| (42) 3231-5063|Site do parque 

A antiga Vila Brusca

 

A antiga Vila Brusca

Era um angu de negada, uma casinha do lado da outra”. É assim, com essa curiosa expressão, que a ex-moradora, dona Maria do Rosário da Luz, de 73 anos, explica como era a antiga Vila Brusca.

O nome do local foi dado por pessoas que achavam o lugar “Brusco” (escuro, rude). Entre os moradores o local era chamado também de favela. A vila existia já na década de 1950 e foi formada ao lado da  Rua Octávio José Kuss, antes conhecida como rua da linha velha.

O empresário e vizinho da antiga vila, Octavio Neto, explica como era o local.  A vila Brusca iniciava onde mais ou menos hoje é o Adolescentro e se estendia pela rua, com casas dos dois lados, até uma quadra antes do Colégio Polivalente. As casas eram muito simples, precárias, os moradores ganhavam pedaços de tábuas, materiais de construção e levantavam a casa conforme conseguiam. A grande maioria tinha apenas um cômodo.  Até por isso as crianças sempre estavam pela rua”, conta.

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Com o tempo, por ser uma favela no centro da cidade, o local passou a ser marginalizado. Mas, a maioria dos ex-moradores sente saudades. Comprei uma casinha na vila brusca, era uma peça, uma casinha pequenininha, mas dava pra morar. Eu me lembro até o valor que paguei, R$ 100 reais na casinha com o terreno, mas documento ninguém tinha, era tudo invasão. Já nos primeiros dias que morei lá, minha casa foi assaltada por uma ladra que morava atrás. Mas, só tive problemas com essa menina, de resto tive vizinhos muito bons, fiz muitas amizades. Eu me dava com Deus e o mundo e queria muito bem todo mundo que morava lá. Apesar das dificuldades nos ajudávamos. E naquele tempo não existiam as drogas e a bandidagem que existe hoje, tenho saudade e preferia morar lá”, conta Dona Maria, que hoje mora no bairro São Lucas.

O mesmo sentimento de saudade tem o seu Pedro dos Santos, coletor de lixo reciclável, de 79 anos de idade. Fui morar lá novo, no tempo que saí do quartel (década de 1960). Eu tinha uma casinha simples, a vizinhança era tudo gente boa. Lá que eu comecei a lidar com lixo reciclável, era tudo pertinho. Mas fomos obrigados a sair de lá, se a gente não saísse eles atropelavam. Nós não fazíamos mal pra ninguém, sinto muita saudade”, afirma.

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O fim da Vila Brusca é um capítulo à parte que nem mesmo os ex-moradores sabem explicar com precisão. Com o crescimento da vila, e os terrenos sem regularização, a administração municipal da época (final da década de 1980 e início de 1990), propôs aos moradores uma mudança para lotes regularizados, onde hoje é o bairro São Lucas. Começaram a falar que a Brusca ia acabar, diziam na época que iam fazer uma fábrica grande no local e que a gente tinha que sair de lá. Nessa época estavam fazendo o loteamento aqui no São Lucas. Quase todo mundo veio para cá, tivemos que sair da Vila Brusca e a tal fábrica nunca foi feita. Hoje o local onde morávamos lá virou mato”, relembra Dona Maria.

Atualmente, quase 30 após o fim da Vila Brusca, sobraram as lembranças na memória de quem viveu no local ou passava por ali. A maioria das casas foram desmanchadas e levadas para o bairro São Lucas. Os registros do fotógrafo Altivir Gaio Filho (Foto Gaio) mostram como era a vila que deixou de existir.

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Princesa Mascarada de Mariental

 

Princesa Mascarada de Mariental


Por: Luciana do Rocio Mallon. Repentista, bailarina folclórica, pesquisadora de causos e autora do livro Lendas Curitibanas.No século dezenove alguns alemães foram trabalhar na região do rio Volga, na Rússia. Porém, eles foram maltratados e vistos como escravos lá. Por isto, resolveram fugir num navio para o Brasil.

Nesta embarcação também existiam: piratas e ciganos. Junto com os alemães havia uma adolescente muito bonita, descendente de nobres, e os ciganos quando a viram tentaram violenta-la. Porém os piratas a salvaram e ameaçaram jogar no mar quem fizesse algum mal para esta garota. Por isto ela foi vigiada durante toda a viagem.Em 1878 estes viajantes colonizaram uma região que foi batizada de Mariental, localizada perto da cidade da Lapa, a oitenta quilômetros de Curitiba. A família da moça bonita também fez uma casa de dois andares nesta região e se dedicou à agricultura. O problema é que no começo estas pessoas recebiam as visitas constantes dos ciganos que cobiçavam a linda adolescente.  Assim, a família tratou de esconder a moça no andar de cima e taparam seu lindo rosto com máscaras. Toda vez que os ciganos iam visitar esta residência, o patriarca perguntava:

– Vocês querem roupas?

– Vocês querem comida?

Mas, os ciganos sempre apontavam para o andar de cima, fazendo referência para a jovem.

Durante este tempo, a menina traumatizada não saia de casa e vestia diversas máscaras durante o dia. A sua avó sempre dizia:

– Nunca tire a máscara do seu rosto e nem saia de casa. Pois se isto acontecer os homens maus tentarão a pegar de novo.

Uma certa noite, o patriarca levou um curandeiro que fez uma magia forte para os ciganos nunca mais voltarem e deu certo.

Mesmo assim a adolescente continuou usando máscaras e nem pensava em sair de dentro da residência. Naquela época ela ficou conhecida como A Princesa Mascarada de Mariental.

Um dia, essa garota pegou tuberculose, faleceu e sua família mudou de endereço .

Porém dizem que toda a noite de lua cheia, a moça mascarada aparece para as pessoas que entram no terreno de sua velha residência.

Reza a lenda que em 1983 um grupo de estudantes resolveu acampar em Mariental, perto da antiga casa da princesa mascarada. Em volta da fogueira eles resolveram contar histórias de terror.

Paulo, um dos aventureiros, afastou – se do grupo para explorar a floresta. Então, no meio do mato, ele viu uma mulher mascarada e a seguiu. Esta criatura levou o rapaz até um casarão abandonado. Quando a moça tirou a máscara, o garoto desmaiou. Ele só foi encontrado no dia seguinte e afirmou ao grupo que viu um fantasma que fez seu coração disparar.

Os edifícios do IAPC (ou Edifício Iapó, segundo Geraldo Mazza)

 

Os edifícios do IAPC (ou Edifício Iapó, segundo Geraldo Mazza)


Os edifícios do IAPC (ou Edifício Iapó, segundo Geraldo Mazza)

Os edifícios do IAPC (ou Edifício Iapó, segundo Geraldo Mazza)

Estes dois edifícios ficam na Avenida Paraná, umas duas quadras do Terminal do Cabral. Foram construídos pelo IAPC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários. O IAPC foi criado em 1934 por Getúlio Vargas. O instituto, para aplicar o dinheiro que estava sendo acumulado para a aposentadoria dos seus associados, passou a investir em projetos de habitação popular em diversas cidades. Mais tarde, durante a ditadura militar, o IAPC e diversos outros institutos semelhantes foram todos incorporados para criar o atual INSS.

Quando vim morar em Curitiba, um amigo cujo o pai tinha uma padaria nas Mercês, um belo dia pegou a Kombi e levou eu e outro amigo com quem dividia um apartamento na Rua Desembargador Motta a passear pela cidade. Naquela época a Av. Paraná depois da Igreja do Senhor Bom Jesus do Cabral era uma rua no meio do nada, com umas poucas casas ao longo dela. Isso até chegar na Santa Cândida, que era quase que uma vila distante da cidade. Lembro que achei meio estranho aquela enorme rua em uma região meio que deserta.
Outra coisa que chamou a atenção foi estes dois predinhos, que na época pareciam isolados e distantes.

Como Geraldo Mazza mudou o nome dos edifícios


Geraldo Mazza é um daqueles jornalistas que todos conhecem em Curitiba (ou escutaram seus comentários no rádio, como é o meu caso) e que mora em um dos prédios.
Escrevendo sobre a festa de aniversário de oitenta anos que os amigos fizeram para o Mazza em 2011, o jornalista Aroldo Murá escreveu o seguinte em sua coluna no “Indústria & Comércio”:

“… Bernardo Bittencout revela outro ângulo da criatividade do Lulu: no prédio desbotado em que Mazza mora na Avenida Paraná, o nome colocado em relevo na entrada – IAPC, Lulu transformou em IAPÓ”, com a ‘mágica do fechamento do ‘C’; …”

Referência:

A história da empresa Leitoles inicia-se na década de 1940 na cidade de Curitiba-PR.

 A história da empresa Leitoles inicia-se na década de 1940 na cidade de Curitiba-PR.


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Olímpio Leitoles tinha um armazém de secos e molhados na região do Barigui. Em 1946 resolveu se instalar no bairro Santa Quitéria e aumentar seu negócio. No armazém ele iniciou a produção própria de doce de banana, que era feito em tacho de cobre mexido a mão e vendido em sacos e latas. Olímpio Leitoles e Ema Leitoles tinham seis filhos, que o ajudavam no armazém e na produção e comercialização do doce de No início da década de 1960 o doce de banana começou a ficar famoso e se destacava no armazém. As pessoas vinham de longe para compra-lo. Foi então que em 1963 foi criada a empresa Irmãos Leitoles Ltda., em homenagem aos seis irmãos. No ano de 1965 o armazém fechou para dar continuidade apenas à produção do doce de banana.