quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

10 melhores bares do Comida di Buteco em Curitiba

 

10 melhores bares do Comida di Buteco em Curitiba

1.Boteco de Sampa | Centro

Na Rua Alferes Poli, 1850 | Centro, Curitiba, o Boteco de Sampa entrou pra lista do Comida di Buteco com a Costelinha do Sampa, um delicioso prato feito de costelinha suína defumada com molho agridoce. Charmoso, o local funciona de Segunda a Sábado, sendo que sábado é dia de feijoada e samba. Música ao vivo todos os dias. Reserve pelo whats: (41) 995644646

2. Cabana Bar e Petiscaria | Cristo Rei

Bar tradicional com molhos e conservas artesanais, feitos especialmente pelo tão querido Zé. Além de um cardápio variado, com opções de frutos do mar, carnes, bolinhos, ensopados e muito mais. O prato escolhido para participar do Comida di Buteco foi o Bolinho de Cascudinho, um delicioso bolinho crocante e sequinho com recheio de cascudinho. O Cabana Bar fica na Avenida Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, 655, Cristo Rei. Telefone 41.3153-0935 Horário: Seg a Sáb 18h à 00h

Foto: Comida di Buteco

3. Casa Velha | Abranches

O que dizer do Casa Velha, um estabelecimento que funciona há mais de 90 anos no mesmo casarão? "92 anos funcionando no mesmo casarão, mantendo as tradições de bom atendimento e a melhor comida de boteco da cidade". É lindo, histórico e corajoso. Entre tantos pratos saudosistas, o eleito deste ano foi o Barriga Cheia: barriga de porco recheada com linguiça blumenau assada e frita. Acompanha tutu de feijão e banana à milanesa. Na Mateus Leme, 5981, tel (41) 3354-4050 e atendimento de segunda a sexta das 17 à meia-noite e sábado do meio-dia à meia-noite.

4. Clássico Music Pub | Barreirinha

Pelo menos até agora, quase metade da lista, tem muito boteco raiz campeão no lado norte da cidade. No Barreirinha, o clássico "Salsicho" com bacon crocante, feito com salsicho enrolado no bacon e passado na farinha de arroz, com batata palito e molho da casa. | Avenida Anita Garibaldi, 3431 | Barreirinha, Curitiba – PR | Telefone: (41) 98809-1188 | Horário: Quartas a domingo, das 19h à meia-noite.

Foto: Comida di Buteco

5. Dom Rodrigo | Santa Felicidade

De Santa Felicidade vem o cheirinho de polenta cremosa com moela, acompanhada de pão fatiado, torresmo e geleia da casa. Mas não se engane: seu destino não é um dos grandes e lotados restaurantes do bairro, mas o Dom Rodrigo, um boteco raiz mezzo italiano mezzo brasuca. Endereço: Avenida Vereador Toaldo Túlio, 2275 | Santa Felicidade, Telefone:
(41) 99138-6566, Horário: de segunda à sexta das 18 às 23h

Foto: Comida di Buteco

6. Gordo & Magro | Santa Cândida

O peculiar e simpático Gordo & Magro fica Rua Theodoro Makiolka, 2009, Santa Cândida e funciona de terça a Sábado das 18h às 23h, Telefone:
(41) 98432-4811. Lá, experimente o Bolinho Bourguignon: um bolinho de carne de panela desfiada, cozida lentamente com batatas, cenouras, bacon, cebola, alho, ciboulette e vinho tinto, empanada e servida com patê de pimenta biquinho.

Imagem: Comida di Buteco

7. Ite's Bar | Cajuru

O Ite's Bar, no Cajuru, um local simples e aconchegante, com comida boa e cerveja gelada, entrou no jogo com a Isca de Tilápia Empanada servida com pasta de maionese industrial, ketchup, mostarda amarela e páprica picante. Rua Luiz Franca, 287 | Cajuru, Telefone: (41) 98746-8118, Horário:
Segunda a sexta, das 14h às 23h e sábados das 11 às 23h.

8. Jacobina Bar |Juvevê

Desde 2005, o Jacobina é um dos bares mais populares da cidade. Atendendo de segunda a sexta das 11h30 às 15h e das 18 até meia-noite, aos sábados e domingos, das 11h30 às 16h. No Comida di Buteco deste ano, a aposta teve Duelo das Raparigas: barcas de massa de abóbora empanadas com recheio de ossobuco desfiado e barcas de batata empanada recheada com picadinho calabresa. Já deu água na boca? Rua Conselheiro Carrão, 348 | Juvevê, Whats 3016-6111, de segunda à sexta das 11h30 às 15h e das 18h à meia-noite; sábados e domingos das 11h30 às 16h

9. Jambu Bar | Água Verde

Tá com vontade de experimentar algo diferente? Então é hora de vir para o Jambu Bar, Rua Petit Carneiro, 790, Água Verde e pedir a Galinhada para Petiscar, uma versão original da tradicional galinhada em forma de petisco que leva discos de arroz fritos, frango defumado e vinagrete de milho tostado com jambu. Telefone (41) 3528-2396. Horário: de terça a sexta das 18h20 às 23h; sábados das 11h à meia-noite e domingo das 17h às 23h30.

Comida di Buteco
Imagem: Comida di Buteco

10. Nosso Boteco | Boa Vista

Pra encerrar a lista, um prato alemão de dar água na boca. Agora, pense comigo: esses botecos realmente escondem preciosidades. Na Rua Vicente Ciccarino, 699, o Nosso Boteco tem o Kassler: bisteca suína defumada e selada no disco de arado, com cebola refogada. Acompanha chucrute na mostarda, purê de batatas e salsichões bockwurst e wisswurst. Tel (41) 99891-3999. De à sexta, das 17h às 22h e sábados das 12 às 15h.

Comida di Buteco

Para conferir a primeira parte dessa lista, clique aqui. E fique ligado: na próxima quarta, 30/11, sai a última parte com mais 11 participantes.

"Antenando" - Notícias do Rádio

 

"Antenando" - Notícias do Rádio


Na foto: Paulo Lenier Jorge (Lagarto), Itamar Bandeira Barbosa (Ratinho), Ivan Bandeira Barbosa, irmão de Ratinho (Coelho), Alcides Vaz (Cágado), Airton José Valentin (Tamanduá)
Anjos da Lua: Paulo Lenier Jorge (Lagarto), Itamar Bandeira Barbosa (Ratinho), Ivan Bandeira Barbosa, irmão de Ratinho (Coelho), Alcides Vaz (Cágado), Airton José Valentin (Tamanduá)

Anjos da Lua, este formidável conjunto que Maringá já se acostumou, nasceu do trio Vocalistas do Luar, composto de Itamar, Ivan e Paulo Jorge, e tinha a participação de Deneval Amaral e Gilberto. Em Curitiba, passou a integrar o conjunto, o Paciência, exímio baterista, juntamente com Alcides do contrabaixo. Nascia então o conjunto “Anjos da Lua”, que durante mais de um ano atuou na Cidade Sorriso (Curitiba), onde como em Maringá, grangearam grande número de amigos e simpatizantes.

Os simpáticos rapazes aqui aportaram no dia 21 de novembro de 1957 para uma pequena estada. Uns 3 meses talvez. Mas criaram em pouco tempo uma tal legião de fãs que lhes vedaram a partida. Resultado, os “Anjinhos”  sem dúvida alguma permanecerão mais dois ano em nossa cidade.

Não resta menor dúvida, que tem havido certo espírito de prevenção contra eles, mas como se sabe, nem Glenn Miller conseguia agradar toda uma multidão. Houve mesmo, época em que os Anjos repisaram certos arranjos, como Fita Amarela, e outros que fazia a plateia retorcer de “saturada”. Mas para felicidade geral, de uns meses para cá eles estão dando completa faxina no seu velho repertório, trazendo muita coisa nova, muita coisa boa, por sinal. Bravos, rapazes.

Mas não parem nunca. Variedade sempre. E vocês  morrerão em Maringá...

*

Lindolfo Luiz (com o microfone), o nosso melhor locutor, não deve nada aos grandes do nosso Rádio. Na reportagem, no improviso, na animação de auditório, na locução comercial, o menino se sai maravilhosamente. Não resta dúvida, que se está em Maringá por amor à terra.
*

Zezinho e Zorinho marcam o evento mais importante de sua carreira artística, gravando pela “Chantecler” 4 composições de nossos compositores. Esta dupla era sucesso no Brasil e viviam sempre em Maringá, muito querida dos amigos maringaenses.

Em 1959, gravaram a música "O Desastre de Avião", onde narram o tragédia do avião caça da FAB no centro de Maringá, em 11 de maio de 1957.

Abaixo, a toada:



 *

Moacyr Saveli é indiscutivelmente um dos excelentes elementos da Organização Samuel Silveira. Dirigindo o “Clube do Caçula”, já fazem vários anos, vem dando um feitio inteligente a esse club mirim da Rádio Cultura de Maringá

 *

Mais:

Joe Silva, foi escolhido para dirigir a novíssima Organização Samuel Silveira, Rádio Cultura de Apucarana, cujo funcionamento está na dependência da entrega da aparelhagem por parte da Sociedade Técnica Paulista.


Fonte: Revista A Estampa do Norte do Paraná (1958 e1959)

Fotos sem créditos (Dep. Fotográfico: Jasson Figueiredo/Inácio Takeuti) 

Acervo: JC Cecilio

1941 - O Café no Norte do Paraná - Nacionalidades

 

1941 - O Café no Norte do Paraná - Nacionalidades

Em 1941, o município de Londrina compreendia toda a área entre os rios Tibagi e  Ivaí.
Somente em 1942 Maringá começava a aparecer no mapa, como distrito de Londrina. 

Londrina: 1572 propriedades cafeeiras.


Município Londrina - Propriedades/cafeeiros (pés de café) por nacionalidades: 
Brasileiros:  702  /  5.322.782
Italianos: 230  /   1.974.490
Portugueses: 58  /   363.570
Japoneses: 316  /  2.921.920  
Espanhóis: 84  /  677.640
Ingleses: 2  /  66.000
Alemães: 66  /   395.482
Hispano-Americanos: 1  /  4.000
Turcos-árabes: 0
Outros europeus:  79  /  287.900
Não especificados: 34  /  293.930


Naquela época até mesmo as crianças e adolescentes eram mão-de-obra no trabalho rural e contabilizados como trabalhadores nas estatísticas oficiais.


Fonte:  DNC - Departamento Nacional do Café - Estatística (1941) - Acervo:  JC Cecilio

Uma paranaense de Rio Negro-Paraná

 Uma paranaense de Rio Negro-Paraná


Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, pessoas em pé e texto que diz "Aracy de Carvalho, em foto de 1939 (Foto: AROSHOA USP)."

ANJO DE HAMBURGO

Em 1956 o filósofo judeu alemão Günther Anders escreveu esta reflexão: ′′Para sufocar antecipadamente qualquer revolta, não deve ser feito de forma violenta. Métodos arcaicos como os de Hitler estão claramente ultrapassados. Basta criar um condicionamento coletivo tão poderoso que a própria ideia de revolta já nem virá à mente dos homens. O ideal seria formatar os indivíduos desde o nascimento limitando suas habilidades biológicas inatas...
Em seguida, o acondicionamento continuará reduzindo drasticamente o nível e a qualidade da educação, reduzindo-a para uma forma de inserção profissional. Um indivíduo inculto tem apenas um horizonte de pensamento limitado e quanto mais seu pensamento está limitado a preocupações materiais, medíocres, menos ele pode se revoltar.
É necessário que o acesso ao conhecimento se torne cada vez mais difícil e elitista... que o fosso se cave entre o povo e a ciência, que a informação dirigida ao público em geral seja anestesiada de conteúdo subversivo.
Especialmente sem filosofia. Mais uma vez, há que usar persuasão e não violência direta: transmitir-se-á maciçamente, através da televisão, entretenimento imbecil, bajulando sempre o emocional, o instintivo. Vamos ocupar as mentes com o que é fútil e lúdico. É bom com conversa fiada e música incessante, evitar que a mente se interrogue, pense, reflita.
Vamos colocar a sexualidade na primeira fila dos interesses humanos. Como anestesia social, não há nada melhor. Geralmente, vamos banir a seriedade da existência, virar escárnio tudo o que tem um valor elevado, manter uma constante apologia à leveza; de modo que a euforia da publicidade, do consumo se tornem o padrão da felicidade humana e o modelo da liberdade.
Assim, o condicionamento
produzirá tal integração, que o único medo (que será neces- sário manter) será o de ser excluído do sistema e, portanto, de não poder mais acessar as condições materiais necessárias para a felicidade. O homem em massa, assim produzido, deve ser tratado como o que é: um produto, um bezerro, e deve ser vigiado como deve ser um rebanho.
Tudo o que permite adormecer sua lucidez, sua mente crítica é socialmente boa, o que arriscaria despertá-la deve ser combatido, ridicularizado, sufocado...
Qualquer doutrina que ponha em causa o sistema deve ser designado como subversiva e terrorista e, em seguida, aqueles que a apoiam devem ser tratados como tal ′′Günther Anders - ′′ A obsolescência do homem (1956).
Aracy nasceu em Rio Negro, no Paraná, em 1908. Era filha de Sidonie Moebius de Carvalho, natural da Alta Saxônia, na Alemanha e de Amadeu Anselmo de Carvalho, um comerciante luso-brasileiro que, mais tarde, seria dono do Grande Hotel de Guarujá, cidade onde a família foi morar quando Aracy ainda era criança.
Em 1930, Aracy casou-se com o alemão Johann Eduard Ludwig Tess com quem teve o filho Eduardo Carvalho Tess, mas cinco anos depois se separou, indo morar com sua tia, Lucy Luttmer, na Alemanha. Um ano depois ela retornou ao Brasil para formalizar o desquite. Por falar quatro línguas (português, inglês, francês e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Seção de Passaportes.
Em 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra "J", que identificava quem era judeu.
Desse modo, Aracy livrou muitos judeus da prisão e do Holocausto. Ainda na Alemanha, Aracy casou-se com João Guimarães Rosa, à época cônsul adjunto. Os dois permaneceram na Alemanha até 1942, quando o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com aquele país e passou a apoiar os Aliados da Segunda Guerra Mundial. Seu retorno ao Brasil, porém, não foi tranquilo. Ela e Guimarães Rosa ficaram quatro meses sob custódia do governo alemão, até serem trocados por diplomatas alemães. Aracy e Guimarães Rosa casaram-se, então, no México, por não haver ainda, no Brasil, o divórcio. O livro de Guimarães Rosa "Grande Sertão: Veredas", de 1956, foi dedicado a Aracy.
Sua biografia inclui também ajuda a compositores e intelectuais durante o regime militar implantado no Brasil em 1964, entre eles Geraldo Vandré, de cuja tia Aracy era amiga.
Aracy enviuvou no ano de 1967 e não se casou novamente. Sofria de Mal de Alzheimer e morreu no dia 28 de fevereiro de 2011 em São Paulo, de causas naturais, aos 102 anos. Foi sepultada no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, ao lado de seu marido, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.
Foi agraciada pelo governo de Israel com o título de “Justa entre as Nações” pela ajuda que prestou a muitos judeus a entrarem ilegalmente no Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. A homenagem de inclusão do nome de Aracy no Jardim dos Justos entre as Nações do Yad Vashem (Museu do Holocausto), em Israel, foi prestada em 8 de julho de 1982. Ela é uma das pessoas homenageadas também no Museu do Holocausto de Washington (EUA).
É conhecida pela alcunha de O Anjo de Hamburgo.
#memoriaparanaense #Parana #Brasil #judeus #historiaparanaense

Santo Antonio da Platina Pr

 Santo Antonio da Platina Pr

Nenhuma descrição de foto disponível.

Compartilhado André Luiz Valgrande
A história de Santo Antonio da Platina passa pela Vila Portuguesa: Esta foto me foi cedida pela amiga, Maria Helena Melo Laranjo e é de uma importância histórica sem par. Não sei precisar a data, mas remonta o início do século passado. Neste registro clamo o apoio do amigo, Kleber Arrabaça, a mãe dele, Maria Cristina Zimmermann Tramontin. O Armazém do Arrabaça ficava na esquina da Rua Sete de Setembro com a Rua José Bonifácio. Observem a pujança da loja, tinha de tudo: tecidos, brinquedos, utilidades domésticas, cereais, etc.
As pessoas adultas eram todas de Vieira de Leiria, os pequenos não sei. Este momento era uma reunião de primos e vieirenses que tinham o hábito se encontrar. Reparem que sempre de paletós e chapéus, preferencialmente, Ramenzoni. Do lado de fora do balcão, de arma no coldre, ele nunca deixou de usar, o Sr. Manoel Laranjo, na sequência meu Tio, Antonio Farto Valgrande, morador na cidade de Uraí, PR, e o irmão dele, apagadinho no fundo, meu pai, Manoel Farto Valgrande. No lado de dentro do balcão o Sr. Manoel Arrabaça Pimenta e sua esposa Dona Luzia Farto Arrabaça. Dona Luzia era prima direta dos dois irmão que estão fora do balcão. As crianças não sou capaz de nominar.
O Sr. Arrabaça possuía este armazém, cujo depósito fazia frente para a rua Sete de Setembro e as portas de entrada para a Rua José Bonifácio. Anexo a este prédio ficava a residência do casal. Na sequência tinha um posto de gasolina com uma oficina mecânica especializada em conserto de "Studebaker". A casa da Anália, filha do casal, um açougue e mais uma residência, que não lembro a pessoa que ali morava. Tudo isto fazendo frente para a rua José Bonifácio e fazendo fundo com o Hotel Brasil, que ficava para a rua Sete de Setembro.

Castelo Hauer

 

Castelo Hauer


Castelo Hauer

Castelo Hauer

Castelo Hauer

Castelo Hauer

Castelo Hauer

Esta casa na Rua do Rosário, conhecida como Castelo Hauer, foi construída no final do século XIX por Joseph Hauer.
Dizem que o Sr. Joseph gostava de observar a Serra do Mar e por isso construiu a torre.
Em 1905 a casa passou a ser propriedade da Congregação das Irmãs da Divina Providência, que passou a usar a casa como uma escola.
Construída em uma região alta da cidade, a casa é bem imponente. No entanto, com o tempo, foi cercada por edifícios muito mais altos e hoje em dia fica meio que eclipsada por eles, fazendo com que pareça bem menor e menos imponente.

O Sr. Joseph Hauer nasceu em Breslau (atualmente na Polônia, que na época tinha deixado de existir).
Em 1863 o Sr. Joseph deixou a Alemanha e depois de um naufrágio em São Francisco (SC) foi parar na Colônia Dona Francisca, atual Joinville. Ficou por lá pouco tempo (dois meses), rumando logo para Antonina, de onde subiu a serra à pé até Curitiba. Aqui estabeleceu-se inicialmente com uma oficina de selaria.
Já bem estabelecido, por volta de 1870 promoveu a vinda de 12 de seus irmãos para Curitiba: Anton Paulo, Franciska, Anna, Julius, Maria, Roberto, Bertha, Emma, Ottilia, Francisco e Augusto, que foram chegando aos poucos, ao longo dos anos.
Em 1905 o Sr. Joseph Hauer parece que ficou decepcionado com alguma coisa (ainda não descobri que coisa era essa) e decidiu retornar para a Alemanha, onde viveu até a sua morte. Foi por ocasião do retorno no Sr. Joseph à Alemanha que o Castelo foi doado para as Irmãs da Divina Providência.

Trabalhadores e empreendedores, os Hauer tornaram-se importantes na vida econômica da cidade fundaram muitos negócios, como a Ferragens Hauer (Hauer & Irmãos, fundada por Francisco e Augusto), Casa Metal, Chic de Paris, O Louvre, entre outros. A Joseph Hauer & Filhos foi a empresa responsável pela geração e distribuição de energia elétrica na cidade a partir de 1898 (quando a cidade tinha uns 40.000 habitantes).
O Sr. Joseph Hauer foi também um dos fundadores da Sociedade Thalia e, amante do teatro, criou o Teatro Hauer.
Arthur, Waldemar e Alfredo Hauer, sobrinhos do Sr. Joseph e filhos de Roberto, participaram da fundação do Coritiba F. C.
A família também adquiriu e construiu diversos prédios e casas pela cidade e investiu em terras no entorno dela. Algo em torno de 700 alqueires. Hoje essas terras são os bairros Hauer, Fanny e Lindóia.

O Colégio da Divina Providência


O Colégio da Divina Providência que durante muitos anos funcionou no Castelo Hauer, foi fundado como uma escola paroquial para filhos de católicos alemães no ano de 1896. Inicialmente estava instalado em um outro prédio na mesma Rua do Rosário, no número 44. Foi oficializado como Colégio em setembro de 1903.
Em 1905 mudou-se para as instalações do Castelo Hauer, após a Sr. Joseph Hauer retornar para a Alemanha.
Em 1958 a Congregação adquiriu as instalações do antigo Cassino do Ahú. Por um tempo o Colégio manteve duas sedes. Hoje o Colégio da Divina Providência funciona apenas no Ahú e é administrado pelo Grupo Educacional Bom Jesus, vinculado à Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.

O Castelo Hauer é uma Unidade de Interesse de Preservação

Publicações relacionadas:
Nos fundos do Castelo Hauer
Palácio Hauer
Sociedade Thalia
Antigo Theatro Hauer

Referências:
ANTONELLI, Diego. Há 150 anos, os Hauer fincavam o pé no Brasil. Gazeta do Povo, Curitiba, 1 nov. 2013. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ha-150-anos-os-hauer-fincavam-o-pe-no-brasil-3volh0pj5st651salukfthcni>. Acesso em: 29 abr. 2017.
FERNANDES, José Carlos. Ferragens Hauer renasce no Centro. Gazeta do Povo, Curitiba, 19 abr. 2015. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ferragens-hauer-renasce-nocentro-4i4z7xasnjhp7jqtj1kg636bd>. Acesso em: 29 abr. 2017.
FERNANDES, José Carlos. A linha do tempo da família Hauer em Curitiba. Gazeta do Povo, 19 abr. 2015. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/a-linha-do-tempo-da-familia-hauer-em-curitiba-7j5alqdcq3fw9q6v3lcw8blbt>. Acesso em: 29 abr. 2017
CENTRO Histórico de Curitiba. O Castelo e a família Hauer. Disponível em: <http://www.centrohistoricodecuritiba.com.br/o-castelo-e-familia-hauer/>. Acesso em: 29 abr. 2017.
CURITIBA Space. Castelo Hauer. Disponível em: <http://curitibaspace.com.br/castelo-hauer/>. Acesso em: 29 abr. 2017.
COPEL. História da Energia no Paraná. Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F0%2F938F473DCEED50010325740C004A947F>. Acesso em: 29 abr. 2017.
OSNI. Divina Providência faz 100 anos. Tribuna do Paraná, Curitiba, 27 jul. 2002. Disponível em: <http://www.tribunapr.com.br/noticias/parana/divina-providencia-faz-100-anos/>. Acesso em: 4 mai. 2017.

A antiga sede da revista “Paraná em Páginas”

 

A antiga sede da revista “Paraná em Páginas”


A antiga sede da revista “Paraná em Páginas”

A antiga sede da revista “Paraná em Páginas”

Esta casa situada na Alameda Augusto Stelffeld, 70 foi a sede da revista “Paraná em Páginas”.

Cândido Gomes Chagas (1932-2012), também conhecido como Candinho, era advogado de formação, mas jornalista de profissão. Trabalhou em rádio no início e mais tarde passou para a imprensa escrita, trabalhando no “Diário do Paraná” e “Estado do Paraná”.
Em 1965 resolveu fundar a sua própria revista, a “Paraná em Páginas”. Não sei exatamente até quando a revista circulou, pelo que lembro, por mais algum tempo após o falecimento de seu fundador. A revista foi considerada recordista paranaense de edições. Não sei se continua sendo, mas independente disto, foi uma revista que circulou por muitos anos.

Quando saiu o primeiro decreto (Decreto nº 1549 de 20 de dezembro de 1979) criando as Unidades de Interesse de Preservação, durante a primeira gestão de Jaime Lerner como prefeito, a sede da “Paraná em Páginas” foi incluída na lista de UIP.
O Sr. Cândido Gomes Chagas moveu uma ação contra o município e no final, acabou ganhando, derrubando o tal decreto. Mais tarde novas leis foram feitas, incluído a isenção de impostos para os proprietários, criando o potencial construtivo e a mais recente lei sobre o assunto (Lei 14.794/2016 criou também a possibilidade de tombamento e aos proprietários venderem o potencial construtivo a cada 15 anos.

Tomei conhecimento da “Paraná em Páginas” em 1974, quando, após ter passado no vestibular, comecei a trabalhar meio expediente. A revista chegava mensalmente na empresa onde trabalhava. Na época, curitibano de pouco tempo, não conhecia direito a cidade e nem a sua política, mas a lembrança que tenho é que parecia-me que a “Paraná em Páginas” era contra qualquer coisa que o Sr. Jaime Lerner fizesse (e eu gostava, gosto ainda, das idéias dele). Não sei dizer se a oposição feita pela revista ao então prefeito era por razões pessoais ou políticas.

A casa é bem interessante, mas não é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Referências:

Vila Ida II

 

Vila Ida II


Vila Ida II

Vila Ida II

Vila Ida II

A Vila Ida está localizada na Alameda Doutor Muricy, 1089, esquina com a Alameda Augusto Steffeld.
Foi projetada em 1926 pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves para Paulo Grötzner (1873-1933) e Ida Hauer Grötzner (1877-1963).
A construção foi concluída em 1927 e tinha no seu acabamento,  principalmente no seu interior, diversos materiais importados, como os ladrilhos cerâmicos vindos da Bélgica.
Na planta original da casa o engenheiro chama o projeto de “Villino para Paulo Grötzner”.
O Sr. Paulo Grötzner, industrial,  tinha uma outra casa no Alto do Cabral, também chamada de Vila Ida, onde residiu de 1912 a 1927. O engenheiro Eduardo Fernando Chaves, professor na Faculdade de Engenharia, levava seus alunos para verificarem as corretas proporções das colunatas tocadas existentes ao redor de toda a casa. Esta casa não existe mais.

A Vila Ida II, que vemos na foto, originalmente era pintada de branco. Não gosto da cor atual dela, mas, enfim, esta questão de gosto por cor é algo pessoal.

A casa é uma Unidade de Interesse de Preservação e atualmente é ocupada por um bar e um restaurante.

O Sr. Paulo Grötzner teve uma grande padaria na Avenida João Pessoal (atual Avenida Luiz Xavier): Em 1912 mudou a empresa para o Cabral onde criou a fábrica de biscoitos, balas, sorvetes e doces Lucinda. As instalações da antiga padaria foram mais tarde (segunda metade dos anos 1930) adquiridas da já então viúva Ida Grötzner por David Carneiro, que construiu no local um prédio de seis andares, o Edifício Eloísa, que tinha no térreo uma confeitaria e o Cine Ópera (inaugurado em 1947).

Referências:

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

COXINHA DE FAROFA: sinônimo de Lapa

 

COXINHA DE FAROFA:  sinônimo de Lapa

Conhecida como uma iguaria tipicamente lapeana, a coxinha de farofa ainda divide opiniões quanto a preferência dos lapeanos em relação a sua maior rival, a coxinha de massa. Já entre turistas, o interesse pela novidade faz da coxinha “enroladinha” a mais procurada.

A história que deu origem a esse salgado típico da cidade remonta aos anos 40, quando durante uma festa em louvor a São Benedito, Maria da Glória Ribas Kuss (05/11/1901 – 19/03/1997), que coordenava os trabalhos de cozinha da festa, teve a ideia de juntar a farofa que recheava o frango assado e envolvê-la com massa de pastel.

Maria de Jesus Rosa do Rosário (Dona Mariquinha), conta que naquela época dezenas de pessoas reuniam-se na casa de Maria da Glória para o trabalho voluntário de preparar os alimentos vendidos na festa. Certa vez acabou a carne moída e sobrou massa de pastel. Para que não houvesse desperdício, como também restou uma grande quantidade de farofa para recheio dos frangos, a iniciativa foi juntar a massa e a farofa em formato de coxinha para fritar.

Conforme conta Dona Rosa Mazur Kugeratski, o Monsenhor Henrique Falarz, pároco da Lapa durante vários anos, incentivava a produção das coxinhas de farofa nas festas religiosas pensando nas famílias mais pobres. “Ele dizia que quem não pudesse comprar um frango assado compraria uma coxinha de farofa e estaria bem alimentado”, relembra.  É importante salientar que a arrecadação obtida com a venda das coxinhas de farofa foram muito importantes para a construção do Santuário de São Benedito.

Formato

Benedita de Aguiar Berghauser aprendeu a fazer a coxinha de farofa com a dona Maria da Glória e, segundo conta, inspirada nos canudinhos de maionese, teve a ideia de cortar a massa de pastel em tiras para envolver a farofa, dando origem ao formato atual. “Antes o recheio era colocado num pedaço de massa e juntavam-se as pontas, formando uma trouxinha”, recorda.

No início, a coxinha de farofa era produzida apenas para as festas religiosas. Com o passar dos anos, várias pessoas foram aprendendo a receita, expandindo sua produção para o meio comercial.  Atualmente, existem diferenças na consistência e no sabor da farofa, que varia conforme quem a produz.  Mas, o legado deixado por Dona Maria da Glória para a cidade atravessou décadas como referência da culinária típica lapeana, conquistando o paladar de muitos.

Festa

Nos anos de 2015 e 2016, a Festa da Coxinha de Farofa foi promovida pela Prefeitura,  trouxe atrações nacionais, valorizou a cultura local, popularizou de vez o salgado, divulgou o município e ainda incentivou a criação de novos recheios para a coxinha, como por exemplo a vegetariana, de carne seca, entre outras. No entanto, com a mudança de gestão na Prefeitura da Lapa o evento deixou de ser realizado.

As entrevistas para o vídeo editado para esta reportagem foram gravadas em 2015 para a divulgação da Festa da Coxinha de Farofa. Crédito paras as imagens: Douglas Coelho.

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