quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Colônia Orleans Relação de Imigrantes, segundo o Livro de Ruy Wachowicz. Orleans: Um século de subsistência. Curitiba: Ed. Paiol,1976.

 Colônia Orleans 
Relação de Imigrantes, segundo o Livro de Ruy Wachowicz. Orleans: Um século de subsistência. Curitiba: Ed. Paiol,1976.

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Colônia Araucária ​ Relação de imigrantes, segundo o Livro: Pe. Wendelin Swierczek. A Seara do Semeador, Curitiba:Vicentina,1980.

 Colônia Araucária

Relação de imigrantes, segundo o Livro:  Pe. Wendelin Swierczek. A Seara do Semeador, Curitiba:Vicentina,1980.




Casa Pierkarz

 

Casa Pierkarz


Casa Pierkarz

Localizada na Rua São Francisco, a Casa Pierkarz foi construída em 1910 e foi residência da família de origem polonesa Pierkarz.
 A casa é um primor de conservação. Coisa que não é de estranhar, uma vez que faz parte do complexo do Centro de Documentação e Pesquisa Casa da Memória, administrado pela Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC) da Fundação Cultural de Curitiba (FCC).
Naturalmente, a casa é uma Unidade de Interesse de Preservação.

Publicações relacionadas:
Centro de Documentação e Pesquisa Casa da Memória
Casa Romário Martins

Braz Hotel

 

Braz Hotel


Braz Hotel

O edifício do antigo Braz Hotel (a esquerda, na foto) está localizado na Avenida Luiz Xavier.
O prédio faz parte da paisagem da “Boca Maldita”, como é conhecido aquele trecho da rua. Repare também nas linhas do prédio ao lado, que é igualmente interessante.  Este prédio ao lado também foi ocupado por um hotel, o King’s Hotel.

A Avenida Luiz Xavier por um tempo (cerca de vinte anos) foi chamada de Avenida João Pessoa. Dizem que essa alteração foi feita apenas para “puxar o saco” de Getúlio Vargas. João Pessoa foi companheiro de chapa de Getúlio na eleição de 1930. No mesmo ano João Pessoa foi assinado no Recife e Getúlio, que perdeu a eleição, deu um golpe de estado, instalando uma ditadura no país.

O Braz Hotel


A origem do Braz Hotel é uma pequena casa de madeira em Três Barras, onde Maria Braz, casada com Luiz Braz, servia refeições. Ainda na mesma cidade, mas em uma casa maior, começaram a hospedar pessoa em quatro quartos. A casa foi sendo ampliada e chegou a ter doze quartos.

Depois mudaram para São Mateus onde montaram hotel com 25 quartos.

Mais tarde vieram para Curitiba onde montaram o Braz Hotel na Praça Tiradentes, 39.

Não consegui levantar as datas de cada um dos eventos relatados até agora, mas encontrei um anúncio do hotel quando estava instalado na Tiradentes, com a data de 31 de outubro de 1931 (“Diarias de 12$000. Banhos quentes e frios independente de pagamento”).

Em junho de 1935 o hotel mudou para a Rua João Pessoa, 24 (a mesma atual Av. Luiz Xavier, mas o prédio era outro). Em um anúncio que informava a mudança diziam: “… prédio construído especialmente para este fim. Dispondo de 80 confortáveis quartos, todos servidos por Elevador, agua corrente, campainhas e Telefones, offerecendo a seu hospede o maximo conforto. …”. A empresa na época chamava-se Luiz Braz & Filhos.

O prédio que vemos na foto foi inaugurado no dia 8 de setembro de de 1940. Quem cortou a fita foi o interventor Manoel Ribas, que discursou. Depois foi servido um coquetel aos convidados.

Em um notícia publicada no “O Dia” de 10 de setembro, eles descrevem o prédio assim:

“ … O edificio de nove andares tem a adorná-lo artisticamente o marmore negro, sendo que a sua entrada moderna, dispõe de uma porta-giratoria de vidro, a primeira de Curitiba. …”.

Além da porta-giratória, outra coisa que as notícias nos jornais destacavam era o salão para banquetes e festas no último andar e “dois grandes salões para refeitório, sala de leitura e bar”, no primeiro andar. Falavam também que o prédio era servido por três elevadores, o que parece, era novidade também. A empresa naquela ocasião chama-se Irmãos Braz & Cia.

A Dna. Maria Braz faleceu em maio de 1937 e o Sr. Luiz em abril de 1942. Tiveram três filhos, Joaquim, Francisco e Emilia Braz.

O hotel sempre hospedou artistas e outros viajantes ilustres. Um deles foi Getúlio Vargas por ocasião da sua visita à cidade em dezembro de 1953 para as comemorações do centenário da emancipação do Paraná. Naquela ocasião o então presidente (dessa vez eleito pelo voto popular) fez um discurso na sacada do primeiro andar para a multidão reunida na rua em frente. Como uma espécie de comemoração ao evento, o bar atualmente ali instalado chama-se Bar Getúlio.

O Braz Hotel fechou em 1978. Mais tarde o imóvel foi comprado por uma rede de hotéis da cidade e abriu novamente em 1991.

Referências:

Maringá Velho - Bar do "Ponto" / "Bar do Serviço"

 

Maringá Velho - Bar do "Ponto" / "Bar do Serviço"


Prédio histórico localizado na Avenida Brasil esquina com a Rua Lafayette Tourinho (em 2018). Interessante fachada em estilo arquitetônico  art deco  - popular nas décadas 1940/1950.
Fragmentos de reboco das paredes da fachada do prédio acima.  Constatamos várias camadas das pinturas ao longo do tempo. (entre 1950 e 2018)

    Um dos poucos edifícios sobreviventes dos primeiros anos da década de 1950 na Avenida Brasil (bairro do Maringá Velho), cujo proprietário foi o pioneiro e primeiro médico de Maringá: Dr. Lafayette da Costa Tourinho que construiu em terreno ao lado deste, (antiga Rua Jumbo, atual Dr. Lafayette Tourinho) o Hospital Santa Cruz em 1944.

    Este prédio abrigou nos últimos 70 anos salões de barbeiro/barbearias, bazares, tabacaria, mercearia e bares entre outros estabelecimentos comerciais.

   Após o encerramento da antiga rodoviária na década de 1960 (esquina em frente) abrigou o Bar do "ponto" ou Bar do "Serviço" onde havia um guichê que vendia passagens de ônibus intermunicipais.

Em 2019 o imóvel foi adquirido e demolido. Atualmente um novo prédio com dois pavimentos está em fase de finalização naquele endereço.

Acervo/foto: JC Cecilio (2018/2019)  

CAPELA MORTUÁRIA DO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE MANDAGUARI

 CAPELA MORTUÁRIA DO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE MANDAGUARI


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A origem do Cemitério Municipal de Mandaguari adveio da doação do terreno pela Companhia de Terras Norte do Paraná, construído em 1939. Conforme consta no Livro das Inumações da Prefeitura Municipal de Londrina.
Segundo anotações de Registro de Óbitos, Livro 1º, página 1, contém o registro do primeiro sepultamento do cemitério de Lovat. Clementina Maria de Jesus, cor branca, com dezoito meses de idade, causa de morte: broncopneumonia, o médico que atestou o óbito foi L. Moronha, lavrado no dia 14 de setembro de 1939. O primeiro coveiro foi o Sr. Manuel Henrique Manso.
Antes de 1939 os mortos eram enterrados no cemitério de Rolândia-PR, se, porventura, a família não tivesse transporte, o defunto era levado no bagageiro do ônibus que ficava sobre o teto.

Data: 02/11/2021
Foto: Levi Avelino Martins
#mandaguarihistorica 

Estação de bondes da praça Tiradentes - década de 1940 / acervo IPPUC. | Praça tiradentes,

 Estação de bondes da praça Tiradentes - década de 1940 / acervo IPPUC. | Praça tiradentes,


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— Rua Jacarezinho esquina com Avenida Cândido Hartmann. Ao fundo ve-se o Armazém Darif. Antigo caminho para o Bairro Santa Felicidade. Foto da década de 1940.

 — Rua Jacarezinho esquina com Avenida Cândido Hartmann. Ao fundo ve-se o Armazém Darif. Antigo caminho para o Bairro Santa Felicidade. Foto da década de 1940.


Pode ser uma imagem de 4 pessoas, pessoas em pé e ao ar livre

— Rua Primeiro de Março(Monsenhor Celso),ao fundo a Praça Tiradentes. Ano 1911

 — Rua Primeiro de Março(Monsenhor Celso),ao fundo a Praça Tiradentes. Ano 1911


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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

‘Passagens secretas’, túneis de Curitiba eram abrigos antinazistas

 

‘Passagens secretas’, túneis de Curitiba eram abrigos antinazistas

Saídas subterrâneas foram usadas no período de guerras, diz pesquisador.
Túneis teriam saídas estratégicas para vários pontos da cidade



“É bem provável que exista alguma ligação secreta escondida. Até porque atrás do colégio fica o Círculo Militar, e o exército sempre teve essa estratégia subterrânea em toda a sua história”. É com essa afirmação que o pesquisador Marcos Juliano Ofenbock descreve uma das mais curiosas histórias de Curitiba.

Os túneis espalhados pela região das Mercês e do Centro da cidade até hoje chamam a atenção de aficionados pelo tema. Há quem acredite que seja possível desvendar, através de escavações, os mistérios guardados por diversas gerações nessas passagens subterrâneas da capital paranaense.

Marcos conta que os túneis foram utilizados entre o período da primeira e segunda Guerra Mundial e teriam conexões entre o antigo Clube Concórdia (atual Clube Curitibano), e as igrejas Catedral, da Ordem, Rosário e Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem. Cada um desses túneis teria saídas estratégicas para outros lugares.

O G1 publica até sexta-feira (29), dia em que Curitiba completa 320 anos, uma série de reportagens sobre lendas urbanas. As histórias possuem várias versões e foram relembradas por pequisadores.

“Eu acredito que a conexão da Igreja Matriz [Catedral] foi utilizada pelo exército durante a Segunda Guerra Mundial e que conectava com o depósito de munição do exército que fica na esquina das Ruas Carlos Cavalcanti com a Rua Riachuelo”, diz Ofenbock.

O pesquisador argumenta que, em 2012, durante o período de reformas da Catedral, foi descoberto um poço sobre o chão do altar. “Ninguém sabe dizer o porquê deste poço. Na minha opinião era o respiradouro do túnel que foi alagado pelo exército”.

Segundo Marcos Juliano Ofenbock, essas passagens subterrâneas serviam para esconder tesouros, documentos, restos mortais e até mesmo para que imigrantes pudessem empreender fuga. “Eles precisavam dessa passagem secreta para uma possível invasão nazista, caso os alemães ganhassem a guerra na Europa e viessem para a América do Sul. Acho que a igreja poderia ser um local de reunião de líderes de uma possível resistência e distribuição de suprimentos”.

Empolgado, Marcos também fala da passagem no Colégio Estadual do Paraná (CEP). “Outro ponto da cidade que todos relatam que existe uma saída subterrânea é o CEP. O interessante é que a planta do colégio é a mesma da academia militar das Agulhas Negras (unidade de treinamento do Exército em Resende, no Rio de Janeiro), e o prédio possui um subterrâneo preparado para servir como abrigo antiaéreo”, explica Ofenbock.

Para o pesquisador, há chances de que tenham outras passagens secretas ainda dentro da estrutura do colégio. “Se essa construção foi baseada em um modelo militar, é bem provável que exista alguma ligação secreta escondida. Até porque atrás do colégio fica o Clube Círculo Militar, e o exército sempre teve essa estratégia subterrânea em toda a sua história”.

Sobre o antigo Clube Concórdia ele afirma que o túnel levava a dois lugares. “Uma conexão iria para as galerias do Largo da Ordem, e, a outra, em direção a Fundição Muller, onde atualmente está instalado o Shopping Muller”, explica.

Busca sem fim

Na busca por outras passagens subterrâneas, Juliano conta que já entrou em vários lugares da cidade. Entre eles estão os porões da Câmara de Vereadores e casarões antigos. Ele explica que o interesse em estudar os possíveis túneis, é apenas para resgatar a história da cidade. “Resgatar a história é uma coisa legal porque a gente resgata para as gerações futuras e para si próprio”.

O G1 foi até a sede do antigo Clube Concórdia citado pelo pesquisador e constatou que existe um porão com uma entrada para um túnel quem tem aproximadamente 97 cm x 1,10 m de diâmetro.

Segundo Claudio Mader, um dos associados do clube, há muitas histórias, mas não é correto afirmar nada com convicção. “Não sei até onde é história ou lenda. Desse porão sai um túnel perto do banheiro e termina num alicerce de uma construção feita entre 1956 e 1957. Dali para frente é suposição, mas não tem registro oficial disso em lugar nenhum”, conta.

Para Mader, os associados acreditam que existe muita chance de não existir túnel nenhum, tendo como base o desenvolvimento da cidade de Curitiba. “Se existisse esse túnel com conexão para outros lugares como a igreja Matriz, por exemplo, com todas as galerias de água e esgoto que se tem em Curitiba, já teria sido descoberto esse túnel”, pondera Claudio.

Segundo a assessoria de imprensa do Curitibano, o prédio foi construído muito antes da primeira Guerra (1914-1918). A data de fundação do clube é 1886. Diante disso, o associado não vê a possibilidade do túnel ter servido de abrigo para refugiados. “Essa construção é muito anterior a primeira guerra mundial, não tem nada a ver e a suposição que o túnel teria sido construído para esconder”.

O porão, que é atualmente é ocupado pelo bar do clube, antigamente era o espaço da cozinha. Os mantimentos eram guardados nesse local porque na época não havia geladeira, e o local era o mais bem ventilado entre os demais.

A assessoria de imprensa confirmou ainda que existem projetos de restauração da sede, recém-incorporada, mas não afirma que serão feitos investimentos para que se investigue a procedência do túnel. “Trata-se de um patrimônio cultural de Curitiba, e por isso, todo cuidado histórico é tomado para que a composição do prédio seja resguardada”.