segunda-feira, 20 de março de 2023

1896 - INAUGURAÇÃO DAS ESCOLAS FARIA SOBRINHO E HUMANITÁRIA PARANAENSE.

 1896 - INAUGURAÇÃO DAS ESCOLAS FARIA SOBRINHO E HUMANITÁRIA PARANAENSE.


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Setembro 25, 1896 – Inauguração das escolas Faria Sobrinho e Humanitária Paranaense. – Aos vinte e cinco dias do mês de setembro de mil oitocentos e noventa e seis, achando-se presente no Paço Municipal desta Cidade de Paranaguá, as duas horas da tarde, o Coronel João Guilherme Guimarães, Prefeito da mesma Câmara e eu, abaixo nomeado, servindo de Secretário, mandou o mesmo Cidadão Prefeito que, para perpetua memória, visto não ser feito antes, se lavrasse este termo da inauguração e do estabelecimento, por sua deliberação, dos dois colégios municipais, existentes nesta cidade, sendo um para o sexo masculino e outro para o feminino, ambas subvencionadas pelo Estado, com a quantia de R$ 5:000.000 e inspecionados pela Câmara, os quais estão funcionando com frequência regular, o primeiro desde o dia 1o. de maio do corrente ano, sob a direção do Comendador Icilio Orlandine, na casa escolar “Faria Sobrinho”, à Rua Visconde de Nacar e o segundo, desde 15 de junho do mesmo ano, sob a direção de D. Olivia Pereira Alves, na Casa Escolar “Humanitária Paranaense”, cuja construção foi feita por contrato celebrado, à dezessete de agosto de mil oitocentos e noventa cinco, entre a Câmara Municipal e o Empreiteiro João Baptista Freceiro, pela quantia de R$ 15:000.000, por contar a mesma Câmara, com o auxílio para esse fim destinado pela antiga Associação Humanitária Paranaense, existente no Rio de Janeiro, em sua última sessão deliberativa, auxílio este, que, depois de concluída a obra do edifício e do exame nele feito pelo Secretário de Obras Públicas e informação nesse sentido, pelo mesmo prestada, e de ser o mesmo edifício aceito pelo Governo do Estado, para o fim à que é destinado, foi, em data de quatorze de agosto do corrente ano, entregue aos Srs. Siqueira & Co. e recebido pela Câmara, o excesso de R$ 10:000.000, ficando a cargo da mesma Câmara, o excesso de R$ 4:900.000, além da despesa do gradil, muro e passeio. Do que, para constar lavrou-se o presente termo. Eu, Honório Décio da Costa Lobo, servindo de Secretário, o escrevi. assignado: João Guilherme Guimarães – Prefeito.

Coleção de factos ocorridos nos anos de 1853 à 1903 organizada por por Joaquim Mariano de Ferreira Junior, Secretário da Câmara em 1903. (Grafia atualizada)
Pesquisa: Almir Silvério da Silva – 2021 - IHGP

31/10/1733 - A FUNDAÇÃO DE MORRETES.

 31/10/1733 - A FUNDAÇÃO DE MORRETES.


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O povoado de Morretes iniciou-se por volta de 1725 a 1730, oficialmente, por João de Almeida, que com sua família obteve da Câmara de Paranaguá o título de "Carta de Dacta" para oficializar sua situação de vivenda e rendeiro do Cubatão. Constava, sua família, de um filho com nome de Domingos de Almeida, um genro conhecido com o nome de Boaboçu, casado com Maria Gonçalves. Tinham três filhos: Marcelino, Martinho e Bonifácio, e consta que Boabaçu era carpinteiro.
Principiaram seus trabalhos de agricultura descortinando as matas, derrubando as grossas árvores, limpando o terreno.
Plantavam cana, mandioca, milho e feijão, por serem as margens do rio muito férteis.
João de Almeida, chefe da família, fez sua casa de morada no morro onde hoje é a Igreja Matriz de Morretes, próximo à ponte do ribeirão outra morada chamada vulgarmente a casa da farinha, na qual havia uma roda d'água, uma prensa e um pequeno engenho de moer cana, tocado por animais, havendo o porto de sua serventia, onde foi a casa do Comendador Araújo, e as casas próximas na rua hoje General Carneiro. Domingos de Almeida fez uma pequena casa de morada na rua do campo.
O Boabuçu construiu sua morada em cima da ribanceira do Nhundiaquara, em frente à Igreja Matriz e a qual, depois de sua morte, serviu de residência aos contratadores de passagem ou seus agentes, e aí se fez outra unida servindo de armazém do mesmo contrato, existindo o porto próximo à mesma. Por volta de 1800, ainda conservava o nome de Porto de Contrato.
Já nessa época existia a trilha de comunicação por terra ao Porto de Cima, e através dele os moradores se comunicavam quando não queriam servir-se das conduções do rio (pois teriam que pagar passagem).
Depois dessa mesma trilha foi aberta uma outra a se unir para o trânsito de animais. De curta extensão durou poucos anos, sendo aberto novo trilho margeando o rio na extensão de 3.410 braças medidas desde a Ponte Alta até ao Porto de Cima, em terrenos muito baixos e lamacentos, os quais, com trânsito contínuo das imensas tropas trazidas de Curitiba, formaram, em toda a sua extensão, caldeirões profundos, sendo necessário solicitar através de representações, os reparos desta trilha.
Em 1827, no dia 1 ° de maio, deu-se o início da construção de um açude geral, em toda a extensão, da várzea, com 14 palmos de largura, 2 de altura nos lados, sendo o meio mais
elevado com esgotos nas laterais. Esse trabalho levou mais de dois anos.
Em 1733 efetivou -se a Fundação de Morretes.

CAVAGNOLLI, Stella Maris, Morretes o passado sem ruínas, Gráfica e Editora Stella Maris - Morretes – Paraná, 1995
Pesquisa: AlmirSS – IHGP
Foto: Acervo digital IHGP

TERMO DA FUNDAÇÃO DE MORRETES/PR.

 TERMO DA FUNDAÇÃO DE MORRETES/PR.


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"Auto da medição e posse que fizeram os Oficiais da Câmara, de trezentas braças de terras no Porto de Morretes.
Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e trinta e três anos, aos trinta e um dias do mês de outubro do dito ano, neste Porto dos Morretes, onde assiste João de Almeida.
Termo desta Vila de Paranaguá e onde veio o Juiz Ordinário José Morato, e o Vereador mais velho Manoel Moreira Barbosa, e o segundo Antonio José de Mendonça, e o procurador do Conselho Miguel Alves, e comigo, Escrivão do público, e tabeliões Antonio José Garcia, homem que os Oficiais da Câmara elegeram por Alcaide por se achar enfermo o atual Estevão Ferreira, a quem o Juiz Presidente deu seu juramento debaixo do qual, lhe encarregou fizesse a sua obrigação, e sendo ai pelos ditos oficiais da Câmara foram medidas - trezentas braças de terras, em quadra segundo a ordem de Sua Majestade a quem Deus guarde; que começou a sua medição na barra do esteiro onde tem seu porto João de Almeida onde se acha na pedra grande meio chata, e onde foi imprimido uma letra - R -, e continuando-se com a tal medição se inteirou ao rumo que botou, o Piloto Francisco de Araújo com o aguilhão – Cento e cinquenta braços que confinou , ao dito rumo em um Ribeirão que parte pelo travessão ao rumo de su-sueste, cuja barra fica servindo de divisa a dita medição, e outro sim se continuou com outras - Cento e cinquenta braças ao rumo de Lés-sueste, que confinou dita conta na volta do rio, que faz abaixo do sítio do dito João de Almeida defronte de uma cachoeira em cuja volta se acha umas pedras no rio e a beira dele sobre o barranco se fincou um marco de pedra com letra - R - e feito assim a medição se lhe deu a quadra para o sertão por parte do rio Guarumby e sendo assim feita e dita medição perante as testemunhas dos diante nomeados, e assinadas, foi apregoado pelo dito Alcaide dizendo – posse - posse - posse Real tomam posse os Oficiais da Câmara por ordem de Sua Majestade, que Deus guarde, há quem se
oponha, ou a quem tenha embargo a ela? - e dizendo isto pegou em um punhado de terra, e o botou para o ar, e não houve quem saísse a tal posse com embargos a vista do que houveram eles ditos Oficiais, esta medição por feita, e a posse por tomada em nome de Sua Majestade a quem pertencem as ditas terras, segundo a mesma ordem que dele há e logo foi notificado ao dito João de Almeida como rendeiro do dito porto conhece-se estas trezentas braças de terras em quadra pertencentes ao Conselho desta Villa e que tivesse muito cuidado dos marcos enquanto nele morar, de modo, que senão tirem principalmente o debaixo por ser sobre o porto, que assim se obrigou, de que tudo fiz este Auto que assinarão todos os testemunhos, Luiz de Andrade, e Ignacio Morato e eu Gaspar Gonçalves de Moraes escrivão que o escrevi - João Morato de Lemos - Manoel Moreira
Barbosa - Antonio João de Mendonça - Miguel Alves Pedroso - Antonio Rodrigues Garcia Cruz - Francisco de Araújo - João de Almeida - Luiz André Ignacio Morato - e
não se continha mais no dito que eu aqui registrei neste livro do Tombo, bem, e fielmente do próprio Auto que se fez, e vai na verdade - Paranaguá, 7 de novembro de 1733 anos,
e Eu Gaspar Teixeira de Moraes Escrivão da Câmara que o escrevi - Gaspar Gonçalves de Moraes - Concertado com a própria-Moraes-Copiado pelo Escrivão da Câmara, Joaquim José de Araujo, em 19 de janeiro de 1842.

Memória Histórica e Topográfica da Cidade de Morretes e Porto de Cima - transcrito do livro de Antonio Vieira dos Santos, com a correção da grafia.

CAVAGNOLLI, Stella MariS, Morretes o passado sem ruínas, Gráfica E Editora Stella Maris - Morretes – Paraná, 1995
Pesquisa: AlmirSS - IHGP
Foto: Acervo digital IHGP

— Vista de Trecho da Avenida Presidente Getulio Vargas, ***nos anos 60 — ***

 — Vista de Trecho da Avenida Presidente Getulio Vargas, ***nos anos 60  — ***


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O Bonde passando em frente a Praça Miguel Couto no Batel em 1939, no tempo em que existia ali, uma Ervateira.

 O Bonde passando em frente a Praça Miguel Couto no Batel em 1939, no tempo em que existia ali, uma Ervateira.


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Avenida Ivahy (Getúlio Vargas), entre as Ruas Lamenha Lins e Nunes Machado. Nesta quadra moravam as Famílias de Estanislau Kirila, Rosendo Braga de Oliveira, Raimundo Ribeiro, João Maranhão e João Hackenberg. Ali também morava dona Constância, famosa benzedeira. Na esquina da Rua Nunes Machado, funcionava o Armazém de Alcebíades Dall 'Stella. Em destaque a Paróquia Imaculado Coração de Maria. Imagem de 1º de janeiro de 1940

 Avenida Ivahy (Getúlio Vargas), entre as Ruas Lamenha Lins e Nunes Machado. Nesta quadra moravam as Famílias de Estanislau Kirila, Rosendo Braga de Oliveira, Raimundo Ribeiro, João Maranhão e João Hackenberg. Ali também morava dona Constância, famosa benzedeira. Na esquina da Rua Nunes Machado, funcionava o Armazém de Alcebíades Dall 'Stella.
Em destaque a Paróquia Imaculado Coração de Maria.
Imagem de 1º de janeiro de 1940


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— Vista da Rua Barão do Serro Azul, ainda bem estreita na esquina da Inácio Lustosa, nas proximidades do atual Shopping Mueller, nos anos 1920, ao lado esquerdo aparece o muro da antiga Escola Alemã no espaço da Praça 19 de Dezembro.

 — Vista da Rua Barão do Serro Azul, ainda bem estreita na esquina da Inácio Lustosa, nas proximidades do atual Shopping Mueller, nos anos 1920, ao lado esquerdo aparece o muro da antiga Escola Alemã no espaço da Praça 19 de Dezembro.


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— A Praça Rui Barbosa em 1966 — (Sem identificação do Soldado da foto)

 — Praça Rui Barbosa em 1966 
(Sem identificação do Soldado da foto)


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