quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Casamentos de Destaque em 1957: A Elite Paranaense em União

 Casamentos de Destaque em 1957: A Elite Paranaense em União



Casamentos de Destaque em 1957: A Elite Curitibana em União

O ano de 1957 foi marcado por uma série de casamentos que se tornaram verdadeiros eventos sociais em Curitiba. Em plena era do modernismo e da ascensão da classe média, as uniões matrimoniais eram celebradas com grande pompa, refletindo não apenas o amor dos noivos, mas também o prestígio das famílias envolvidas. Os artigos aqui apresentados, extraídos de publicações locais da época, oferecem um retrato vívido e detalhado desses enlaces, revelando a complexa teia de relações familiares, políticas e econômicas que sustentavam a elite curitibana.

Este registro analisa, página por página, os casamentos documentados, respeitando rigorosamente as regras de redação e apresentação da época — com ênfase na formalidade, na hierarquia social e na importância dos padrinhos e testemunhas. Através dessa análise, compreendemos o papel do casamento como instituição social e como instrumento de consolidação de alianças entre as famílias mais influentes da capital paranaense.


Página 1: Enlace Correia / Siqueira – A União que Abalou a Sociedade Curitibana

A primeira página documenta o casamento de Arly Reinaldo Correia e Olga Correia, realizado em 18 de janeiro de 1957, na Igreja de Santa Tereza, em Curitiba. O evento é descrito como "um dos mais concorridos" da cidade, evidenciando seu caráter de grande cerimônia social.

Detalhes do Casamento:

  • Data e Local: 18 de janeiro de 1957, Igreja de Santa Tereza, Curitiba.
  • Noivos: Arly Reinaldo Correia (filho de José Lourenço de Siqueira Júnior e Olga Correia) e Olga Correia (filha de José Lourenço de Siqueira Júnior e Olga Correia). Nota-se que ambos os noivos compartilham o sobrenome "Correia", o que sugere uma união entre ramos da mesma família ou uma escolha deliberada de manter o nome familiar.
  • Padrinhos Religiosos: Foram padrinhos na cerimônia religiosa os irmãos do noivo, Dr. José Lourenço de Siqueira Júnior e sua esposa, e os irmãos da noiva, Dr. Arlindo Siqueira e sua esposa, Alice Miguez.
  • Cerimônia Civil: Realizada na residência dos pais da noiva, com testemunhas importantes: o major Francisco G. de Luz, a sra. Cláudia Luz de Almeida, o sr. Gerson Maia, a sra. capitã Forte Martins, e o sr. e sra. de Francisco de Paula Soares Filho.
  • Recepção: Realizada na casa dos pais da noiva, com uma "recepção esplêndida".

Análise: Este casamento é emblemático da elite curitibana. A presença de múltiplos membros da família Siqueira/Correia como padrinhos e testemunhas indica uma forte coesão familiar e um desejo de reforçar laços internos. A escolha da Igreja de Santa Tereza, um dos templos mais tradicionais da cidade, adiciona um peso simbólico ao evento. A menção à "recepção esplêndida" sugere que o casamento foi um evento de grande ostentação, comprovando o status social dos noivos.


Página 2: Enlace Santos / Lins – O Casamento Político e Econômico de Curitiba

A segunda página registra o casamento de Flora Lins e Dr. Roberto Konder Bornhausen, celebrado em 19 de fevereiro de 1957, na Igreja de Nossa Senhora da Piedade, em Curitiba. O texto descreve o evento como "o acontecimento máximo da vida social curitibana", destacando a presença de personalidades políticas, econômicas e intelectuais.

Detalhes do Casamento:

  • Data e Local: 19 de fevereiro de 1957, Igreja de Nossa Senhora da Piedade, Curitiba.
  • Noivos: Flora Lins (filha do industrial e ex-governador Inácio Bornhausen e da sra. Mariana Konder Bornhausen) e Dr. Roberto Konder Bornhausen (filho do mesmo casal).
  • Padrinhos Religiosos: Foram padrinho da noiva o sr. Dr. Paulo Konder Bornhausen, e da noiva, o sr. Dr. Mário Lins, sr. Marcos Konder Bornhausen e a sra. Adelaide Konder Bornhausen.
  • Cerimônia Civil: Realizada na residência dos pais da noiva, com testemunhas incluindo o governador do Estado, a primeira-dama, o arcebispo, o prefeito, e outros membros da elite política e econômica.
  • Recepção: Realizada na residência dos pais da noiva, com uma "recepção esplêndida".

Análise: Este casamento é um exemplo claro de uma aliança política e econômica. A presença do governador do Estado, da primeira-dama e de outros líderes políticos como padrinhos e convidados demonstra o alto nível de influência da família Bornhausen/Lins. A união entre Flora Lins e Dr. Roberto Konder Bornhausen, que são primos, reforça a tendência da época de manter o patrimônio e o poder dentro da própria linhagem familiar. A escolha da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, um dos templos mais prestigiados da cidade, confirma o caráter solene e oficial do evento.


Página 3: Enlace Konder / Bornhausen – A União da Indústria e da Política

A terceira página foca no casamento de Santos Lins e Mariana Konder Bornhausen, realizado em 20 de fevereiro de 1957, na Igreja de São Francisco, em Curitiba. O texto destaca que o casamento foi "um dos mais concorridos" da cidade, com a presença de personalidades importantes da indústria e da política.

Detalhes do Casamento:

  • Data e Local: 20 de fevereiro de 1957, Igreja de São Francisco, Curitiba.
  • Noivos: Santos Lins (filho do industrial e ex-governador Inácio Bornhausen e da sra. Mariana Konder Bornhausen) e Mariana Konder Bornhausen (filha do mesmo casal).
  • Padrinhos Religiosos: Foram padrinhos na cerimônia religiosa os irmãos do noivo, Dr. Paulo Konder Bornhausen, e os irmãos da noiva, Dr. Mário Lins, sr. Marcos Konder Bornhausen e a sra. Adelaide Konder Bornhausen.
  • Cerimônia Civil: Realizada na residência dos pais da noiva, com testemunhas incluindo o governador do Estado, a primeira-dama, o arcebispo, o prefeito, e outros membros da elite política e econômica.
  • Recepção: Realizada na residência dos pais da noiva, com uma "recepção esplêndida".

Análise: Este casamento é um exemplo claro de uma aliança entre a indústria e a política. A presença de personalidades importantes da indústria e da política como padrinhos e convidados demonstra o alto nível de influência da família Bornhausen/Lins. A união entre Santos Lins e Mariana Konder Bornhausen, que são primos, reforça a tendência da época de manter o patrimônio e o poder dentro da própria linhagem familiar. A escolha da Igreja de São Francisco, um dos templos mais prestigiados da cidade, confirma o caráter solene e oficial do evento.


Página 4: Enlace Eliane / José Maria – A União da Família Tradicional

A quarta página documenta o casamento de Eliane e José Maria, realizado em 8 de dezembro de 1957, na Igreja de Santa Tereza, em Curitiba. O evento é descrito como "um dos mais concorridos" da cidade, evidenciando seu caráter de grande cerimônia social.

Detalhes do Casamento:

  • Data e Local: 8 de dezembro de 1957, Igreja de Santa Tereza, Curitiba.
  • Noivos: Eliane (filha do sr. Américo Machado de Luz e da sra. Cidé de Souza Luz) e José Maria (filho do sr. Álvaro Monteiro de Barros e da sra. Eugênia Monteiro de Barros).
  • Padrinhos Religiosos: Foram padrinhos na cerimônia religiosa o sr. e sra. Professor Lourenço de Macedo Machado, o sr. e sra. José Inácio Vieira, e o sr. e sra. Antônio Lima.
  • Cerimônia Civil: Realizada na residência dos pais da noiva, com testemunhas incluindo o major Francisco G. de Luz, a sra. Cláudia Luz de Almeida, o sr. Gerson Maia, a sra. capitã Forte Martins, e o sr. e sra. de Francisco de Paula Soares Filho.
  • Recepção: Realizada na casa dos pais da noiva, com uma "recepção esplêndida".

Análise: Este casamento é emblemático da elite curitibana. A presença de múltiplos membros da família Machado/Luz como padrinhos e testemunhas indica uma forte coesão familiar e um desejo de reforçar laços internos. A escolha da Igreja de Santa Tereza, um dos templos mais tradicionais da cidade, adiciona um peso simbólico ao evento. A menção à "recepção esplêndida" sugere que o casamento foi um evento de grande ostentação, comprovando o status social dos noivos.


Página 5: Enlace Rachel / Renato – A União da Família Tradicional

A quinta página documenta o casamento de Rachel e Renato, realizado em 3 de janeiro de 1957, na Igreja de Santa Tereza, em Curitiba. O evento é descrito como "um dos mais concorridos" da cidade, evidenciando seu caráter de grande cerimônia social.

Detalhes do Casamento:

  • Data e Local: 3 de janeiro de 1957, Igreja de Santa Tereza, Curitiba.
  • Noivos: Rachel (filha do sr. Achilles de Maggiatto e da sra. Zecita de Maggiatto) e Renato (filho do sr. Ary Nogueira dos Santos e da sra. Mateus Pereira de Carvalho).
  • Padrinhos Religiosos: Foram padrinhos na cerimônia religiosa o sr. e sra. Ary Nogueira dos Santos, o sr. e sra. Mateus Pereira de Carvalho, o sr. e sra. Dagmar P. Mandel, e o sr. e sra. de José Nogueira Sobrinho.
  • Cerimônia Civil: Realizada na residência dos pais da noiva, com testemunhas incluindo o sr. e sra. Hava Zappel, o sr. e sra. Cláudio Marder Junior, a sra. Luz P. de Carvalho, o sr. e sra. Augusto Ferreira Abreu, e o sr. e sra. de Leonor Bitencourt.
  • Recepção: Realizada na casa dos pais da noiva, com uma "recepção esplêndida".

Análise: Este casamento é emblemático da elite curitibana. A presença de múltiplos membros da família Maggiatto/Carvalho como padrinhos e testemunhas indica uma forte coesão familiar e um desejo de reforçar laços internos. A escolha da Igreja de Santa Tereza, um dos templos mais tradicionais da cidade, adiciona um peso simbólico ao evento. A menção à "recepção esplêndida" sugere que o casamento foi um evento de grande ostentação, comprovando o status social dos noivos.


Conclusão

Os casamentos registrados nestas páginas refletem a estrutura social de Curitiba em 1957: uma sociedade onde a tradição, a religião e o prestígio familiar eram pilares fundamentais. Cada união não era apenas um ato de amor, mas um gesto político, econômico e simbólico, destinado a consolidar alianças e reafirmar o lugar de cada família na hierarquia social da cidade. A pompa das cerimônias, a escolha das igrejas mais tradicionais e a presença de figuras públicas como padrinhos e testemunhas demonstram que, em Curitiba, o casamento era muito mais do que um contrato entre duas pessoas — era um ato de afirmação da identidade e do poder da elite local.



















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