Carlos Belz Nascido a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil Baptizado a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brazil Falecido a 29 de setembro de 1953 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 72 anos
Carlos Belz: Uma Vida Tecida com Amor, Perda e Esperança — A História de um Pai, Filho e Guardião da Família
Curitiba, 25 de janeiro de 1881 — 29 de setembro de 1953
Havia uma luz em Curitiba nos anos finais do século XIX — uma luz que nascia no coração de uma família alemã, trazida pelo vento da imigração, pela coragem de recomeçar. E nessa luz, em uma manhã fria de janeiro, nasceu Carlos Belz — um menino destinado a carregar o peso da história familiar, o fardo da perda, e, acima de tudo, a chama inextinguível do amor.
Seu batismo, realizado no mesmo dia de seu nascimento, foi mais do que um ritual religioso — foi uma promessa ao céu: este menino será protegido. Seus pais, Carl Hermann Belz e Friederika Dorothea Zimmermann, eram figuras sólidas, imigrantes que trouxeram consigo a disciplina, a fé e o trabalho duro da Alemanha. Mas a vida não os poupou. Carlos, ainda criança, viu o pai partir cedo — aos 17 anos, em 1898, Carl Hermann faleceu, deixando-o órfão de pai e herdeiro de um legado silencioso, feito de sacrifício e dedicação.
A casa dos Belz era grande, ruidosa, cheia de risos e lágrimas. Carlos cresceu entre irmãos — Maria, Emma, Rodolfo, Germano, Ema, Eduardo... cada nome uma história, cada rosto uma memória. Mas a morte visitava frequentemente aquela casa. Irmãs como Ida, nascida em 1892, viveram apenas alguns meses. Outras, como Maria, partiram jovens, em 1912, deixando um vazio que nunca se preencheu. A avó Florine, a avó materna, foi outra perda precoce, em 1894. A vida, para Carlos, começou cedo a lhe ensinar que nada é eterno — exceto o amor.
E então veio Helena Schwind.
Em 1904, aos 23 anos, Carlos casou-se com Helena — uma mulher cujo nome seria sinônimo de lar, de estabilidade, de ternura. Ela foi sua âncora em tempestades, sua companheira em dias de sol e chuva. Juntos, construíram uma nova geração — uma família numerosa, vibrante, repleta de sons de crianças correndo, vozes gritando, risadas ecoando pelas ruas de Curitiba.
Entre 1905 e 1923, nasceram nove filhos:
- Thereza (1905) — a primogênita, guardiã das tradições.
- Elza Olga (1906) — delicada, sonhadora.
- Alvin Hermann (1909) — forte, determinado.
- Albino Germano (1909) — seu nome, uma homenagem ao irmão, Germano, que também se tornaria um pilares da família.
- Isolda Flora (1915) — florescendo em meio às sombras da guerra e da perda.
- Irma Elli (1918) — nascida quando o mundo ainda tremia após a Grande Guerra.
- Eli Irene (1920) — uma luz breve, partida aos poucos meses de vida — a dor mais profunda de Carlos e Helena.
- Gilda Elvira (1923) — a última, a que viu o pai envelhecer, mas também o viu sorrir.
- Norma — cuja história, talvez, permanece em silêncio, mas certamente foi amada.
Cada filho foi uma página escrita com carinho, com lágrimas, com orgulho. Carlos trabalhou incansavelmente para sustentá-los, para educá-los, para dar-lhes o que ele mesmo não teve: a segurança de um lar inteiro, sem ausências prematuras — embora a morte, cruel, insistisse em visitá-los.
A mãe, Friederika, sobreviveu ao marido por mais de quarenta anos, testemunhando a expansão da família, a chegada dos netos, as conquistas dos filhos. Morreu em 1940, aos 88 anos — uma matriarca que viu o Brasil mudar, Curitiba crescer, e seus descendentes se tornarem parte da própria história da cidade.
Mas Carlos não parou. Mesmo velho, mesmo cansado, continuou presente. Viu seus filhos crescerem, casarem, terem filhos próprios. Viu Alvin e Albino se tornarem homens fortes, Isolda e Irma se tornarem mães dedicadas, Gilda se tornar a última flor de seu jardim. Viu, também, a partida de irmãos queridos — Germano, em 1951; Ema, em 1945; Eduardo, em 1944. Cada enterro era uma facada no peito, mas ele segurava a mão de Helena e seguia em frente.
E então, em 29 de setembro de 1953, aos 72 anos, Carlos Belz partiu.
Não foi uma partida triste — foi uma despedida serena, de quem viveu intensamente, amou profundamente, sofreu bravamente. Ele deixou atrás de si uma árvore genealógica robusta, raízes profundas em solo paranaense, e uma legião de netos, bisnetos e tataranetos que carregam seu nome — e seu espírito.
Carlos Belz não foi apenas um homem. Foi um símbolo.
Símbolo da resiliência daqueles que vieram de longe, mas escolheram ficar.
Símbolo do pai que, mesmo diante da dor, ergueu os filhos com ternura.
Símbolo do marido que amou até o fim.
Símbolo do irmão que jamais esqueceu os que partiram antes dele.
Hoje, em 2025, quando o vento sopra pelas ruas de Curitiba, talvez você possa sentir — mesmo que por um instante — a presença de Carlos. Talvez em um sorriso de criança, em uma foto antiga, em uma conversa entre gerações. Porque ele está aqui — não apenas nos registros históricos, mas na memória viva de quem o amou.
E isso, mais do que qualquer título ou reconhecimento, é a verdadeira imortalidade.
“Carlos Belz — Pai. Filho. Irmão. Marido. Guardião. Herói silencioso da nossa história.”
— Por aqueles que o amaram e por aqueles que ainda hão de conhecer seu nome.
- Nascido a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil
- Baptizado a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brazil
- Falecido a 29 de setembro de 1953 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 72 anos
Pais
- Carl Hermann Belz 1848-1898
- Friederika Dorothea Zimmermann 1852-1940
Casamento(s) e filho(s)
- Casado com Helena Schwind 1885- tiveram
Thereza Belz 1905-1995
Elza Olga Belz 1906-2002
Alvin Hermann Belz 1909
Albino Germano Belz 1909-1969
Isolda Flora Belz 1915-1996
Irma Elli Belz 1918-2005
Eli Irene Belz 1920-
Gilda Elvira Belz 1923-2003
Norma Belz
Irmãos
Maria Belz 1874-1912
Maria Belz 1875-1912
Emma August Belz 1878-
Carl Rudolph Hermann Belz 1879-
Rodolfo Belz 1879-
Rodolfo Belz 1879-
Carlos Belz 1881-1953
Germano Belz 1883-1951
Ema Belz 1886-1945
Eduardo Belz 1890-1944
Ida Zimmermann Belz 1892-1892
Ida Emma Wilhelmina Zimmermann Belz 1894-1938
Anna Belz
Elisa Belz †
| (esconder) |
Acontecimentos
| 25 de janeiro de 1881 : | Nascimento - Curitiba, PR, Brasil |
| 25 de janeiro de 1881 : | Baptismo - Curitiba, Parana, Brazil |
| 10 de setembro de 1904 : | MARR - Curitiba, Parana, Brazil |
| --- : | Casamento (com Helena Schwind) |
| 29 de setembro de 1953 : | Morte - Curitiba, PR, Brasil |
Fontes
- Pessoa:
- Árvore Genealógica do FamilySearch - 24 OCT 2024 - Adicionado através de um Record Match - Discovery - 40001:880636165:
- César Hübsch - Hübsch Web SiteÁrvore genealógica da MyHeritage
Site de família: Hübsch Web Site
Árvore genealógica:329290561-1 - Discovery - 329290561-1 - Carl Michael Julius Belz - 15 NOV 2024 (Smart Matching)
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Nascimento
Baptismo
Nascimento de um irmão
Nascimento de uma irmã
Morte do avô materno
Nascimento de um irmão
Nascimento de uma irmã
Morte de uma irmã
Nascimento de uma irmã
Morte da avó materna
Morte do pai
MARR
Nascimento de uma filha
Nascimento de uma filha
Nascimento de um filho
Nascimento de um filho
Morte de uma irmã
Morte de uma irmã
Nascimento de uma filha
Nascimento de uma filha
Nascimento de uma filha
Morte de uma filha
Nascimento de uma filha
Morte de uma irmã
Morte da mãe
Morte de um irmão
Morte de uma irmã
Morte de um irmão
Morte
Antepassados de Carlos Belz
| Johann Belz 1800-1872 | Caroline Schunemann 1826- | Johann Friedrich Zimmermann 1821-1888 | Florine Frederike Dorothea Helwig 1825-1894 | |||
| | | | | | | - 1850 - | | | ||
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| Carl Hermann Belz 1848-1898 | Friederika Dorothea Zimmermann 1852-1940 | |||||
| | | - 1873 - | | | ||||
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| Carlos Belz 1881-1953 | ||||||
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