sábado, 22 de novembro de 2025

Carlos Belz Nascido a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil Baptizado a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brazil Falecido a 29 de setembro de 1953 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 72 anos

  Carlos Belz Nascido a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil Baptizado a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brazil Falecido a 29 de setembro de 1953 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 72 anos

Carlos Belz: Uma Vida Tecida com Amor, Perda e Esperança — A História de um Pai, Filho e Guardião da Família

Curitiba, 25 de janeiro de 1881 — 29 de setembro de 1953


Havia uma luz em Curitiba nos anos finais do século XIX — uma luz que nascia no coração de uma família alemã, trazida pelo vento da imigração, pela coragem de recomeçar. E nessa luz, em uma manhã fria de janeiro, nasceu Carlos Belz — um menino destinado a carregar o peso da história familiar, o fardo da perda, e, acima de tudo, a chama inextinguível do amor.

Seu batismo, realizado no mesmo dia de seu nascimento, foi mais do que um ritual religioso — foi uma promessa ao céu: este menino será protegido. Seus pais, Carl Hermann Belz e Friederika Dorothea Zimmermann, eram figuras sólidas, imigrantes que trouxeram consigo a disciplina, a fé e o trabalho duro da Alemanha. Mas a vida não os poupou. Carlos, ainda criança, viu o pai partir cedo — aos 17 anos, em 1898, Carl Hermann faleceu, deixando-o órfão de pai e herdeiro de um legado silencioso, feito de sacrifício e dedicação.

A casa dos Belz era grande, ruidosa, cheia de risos e lágrimas. Carlos cresceu entre irmãos — Maria, Emma, Rodolfo, Germano, Ema, Eduardo... cada nome uma história, cada rosto uma memória. Mas a morte visitava frequentemente aquela casa. Irmãs como Ida, nascida em 1892, viveram apenas alguns meses. Outras, como Maria, partiram jovens, em 1912, deixando um vazio que nunca se preencheu. A avó Florine, a avó materna, foi outra perda precoce, em 1894. A vida, para Carlos, começou cedo a lhe ensinar que nada é eterno — exceto o amor.

E então veio Helena Schwind.

Em 1904, aos 23 anos, Carlos casou-se com Helena — uma mulher cujo nome seria sinônimo de lar, de estabilidade, de ternura. Ela foi sua âncora em tempestades, sua companheira em dias de sol e chuva. Juntos, construíram uma nova geração — uma família numerosa, vibrante, repleta de sons de crianças correndo, vozes gritando, risadas ecoando pelas ruas de Curitiba.

Entre 1905 e 1923, nasceram nove filhos:

  • Thereza (1905) — a primogênita, guardiã das tradições.
  • Elza Olga (1906) — delicada, sonhadora.
  • Alvin Hermann (1909) — forte, determinado.
  • Albino Germano (1909) — seu nome, uma homenagem ao irmão, Germano, que também se tornaria um pilares da família.
  • Isolda Flora (1915) — florescendo em meio às sombras da guerra e da perda.
  • Irma Elli (1918) — nascida quando o mundo ainda tremia após a Grande Guerra.
  • Eli Irene (1920) — uma luz breve, partida aos poucos meses de vida — a dor mais profunda de Carlos e Helena.
  • Gilda Elvira (1923) — a última, a que viu o pai envelhecer, mas também o viu sorrir.
  • Norma — cuja história, talvez, permanece em silêncio, mas certamente foi amada.

Cada filho foi uma página escrita com carinho, com lágrimas, com orgulho. Carlos trabalhou incansavelmente para sustentá-los, para educá-los, para dar-lhes o que ele mesmo não teve: a segurança de um lar inteiro, sem ausências prematuras — embora a morte, cruel, insistisse em visitá-los.

A mãe, Friederika, sobreviveu ao marido por mais de quarenta anos, testemunhando a expansão da família, a chegada dos netos, as conquistas dos filhos. Morreu em 1940, aos 88 anos — uma matriarca que viu o Brasil mudar, Curitiba crescer, e seus descendentes se tornarem parte da própria história da cidade.

Mas Carlos não parou. Mesmo velho, mesmo cansado, continuou presente. Viu seus filhos crescerem, casarem, terem filhos próprios. Viu Alvin e Albino se tornarem homens fortes, Isolda e Irma se tornarem mães dedicadas, Gilda se tornar a última flor de seu jardim. Viu, também, a partida de irmãos queridos — Germano, em 1951; Ema, em 1945; Eduardo, em 1944. Cada enterro era uma facada no peito, mas ele segurava a mão de Helena e seguia em frente.

E então, em 29 de setembro de 1953, aos 72 anos, Carlos Belz partiu.

Não foi uma partida triste — foi uma despedida serena, de quem viveu intensamente, amou profundamente, sofreu bravamente. Ele deixou atrás de si uma árvore genealógica robusta, raízes profundas em solo paranaense, e uma legião de netos, bisnetos e tataranetos que carregam seu nome — e seu espírito.


Carlos Belz não foi apenas um homem. Foi um símbolo.

Símbolo da resiliência daqueles que vieram de longe, mas escolheram ficar.
Símbolo do pai que, mesmo diante da dor, ergueu os filhos com ternura.
Símbolo do marido que amou até o fim.
Símbolo do irmão que jamais esqueceu os que partiram antes dele.

Hoje, em 2025, quando o vento sopra pelas ruas de Curitiba, talvez você possa sentir — mesmo que por um instante — a presença de Carlos. Talvez em um sorriso de criança, em uma foto antiga, em uma conversa entre gerações. Porque ele está aqui — não apenas nos registros históricos, mas na memória viva de quem o amou.

E isso, mais do que qualquer título ou reconhecimento, é a verdadeira imortalidade.


“Carlos Belz — Pai. Filho. Irmão. Marido. Guardião. Herói silencioso da nossa história.”

Por aqueles que o amaram e por aqueles que ainda hão de conhecer seu nome.

  • Nascido a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil
  • Baptizado a 25 de janeiro de 1881 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brazil
  • Falecido a 29 de setembro de 1953 (terça-feira) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 72 anos

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

(esconder)

 Acontecimentos

25 de janeiro de 1881 :
Nascimento - Curitiba, PR, Brasil
25 de janeiro de 1881 :
Baptismo - Curitiba, Parana, Brazil
10 de setembro de 1904 :
MARR - Curitiba, Parana, Brazil
--- :
Casamento (com Helena Schwind)
29 de setembro de 1953 :
Morte - Curitiba, PR, Brasil


 Fontes

  • Pessoa:
    - Árvore Genealógica do FamilySearch - 24 OCT 2024 - Adicionado através de um Record Match - Discovery - 40001:880636165:
    - César Hübsch - Hübsch Web Site

    Árvore genealógica da MyHeritage

    Site de família: Hübsch Web Site

    Árvore genealógica:329290561-1 - Discovery - 329290561-1 - Carl Michael Julius Belz - 15 NOV 2024 (Smart Matching)


188125 jan.
188125 jan.
18836 abr.
2 anos

Nascimento de um irmão

188629 mar.
5 anos

Nascimento de uma irmã

188821 jun.
7 anos
189018 mar.
9 anos

Nascimento de um irmão

18921 jan.
10 anos
189211 fev.
11 anos
189412 jul.
13 anos
189426 set.
13 anos
18985 ago.
17 anos
190410 set.
23 anos
190511 mar.
24 anos

Nascimento de uma filha

190628 set.
25 anos

Nascimento de uma filha

19092 out.
28 anos

Nascimento de um filho

 
Baptismo a 1 de janeiro de 1910 (Curitiba, Parana, Brazil)
190920 out.
28 anos
191222 maio
31 anos

Morte de uma irmã

191222 maio
31 anos

Morte de uma irmã

191517 out.
34 anos

Nascimento de uma filha

19181 out.
37 anos
1920
39 anos

Nascimento de uma filha

 
Baptismo em 1920 (Curitiba, Parana, Brazil)
192013 dez.
39 anos

Morte de uma filha

192321 jan.
41 anos

Nascimento de uma filha

19386 mar.
57 anos
194016 abr.
59 anos
194411 mar.
63 anos

Morte de um irmão

 
Brasil
19459 dez.
64 anos

Morte de uma irmã

19516 jul.
70 anos
195329 set.
72 anos

Antepassados de Carlos Belz

Johann Belz 1800-1872 Caroline Schunemann 1826- Johann Friedrich Zimmermann 1821-1888 Florine Frederike Dorothea Helwig 1825-1894
| | |- 1850 -|



 


| |
Carl Hermann Belz 1848-1898 Friederika Dorothea Zimmermann 1852-1940
|- 1873 -|



|
Carlos Belz 1881-1953


Descendentes de Carlos Belz

  





























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