Eduardo Fernando Chaves: Projetista na empresa Gastão Chaves & Cia
Denominação inicial: Projecto de casa para Snra. Elisa Constantino Rocha
Denominação atual:
Categoria (Uso): Residência
Subcategoria: Residência de Médio Porte
Endereço: Rua Loureiro
Número de pavimentos: 2
Área do pavimento: 240,00 m²
Área Total: 240,00 m²
Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de Tijolos
Data do Projeto Arquitetônico: 15/03/1926
Alvará de Construção: N° 1176/1926
Descrição: Projeto Arquitetônico para construção de uma residência.
Situação em 2012: Demolido
Imagens
1 - Projeto Arquitetônico.
Referências:
1 - GASTÃO CHAVES & CIA. Projecto de casa para Snra. Elisa Constantino Rocha. Plantas dos pavimentos térreo e superior e de implantação, corte e fachada frontal apresentados em uma prancha. Microfilme digitalizado.
1 - Projeto Arquitetônico.
Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba.
Residência de Elisa Constantino Rocha – Projeto Arquitetônico de Eduardo Fernando Chaves (1926)
Um marco da arquitetura residencial curitibana dos anos 1920, executado pela renomada Gastão Chaves & Cia
Denominação Inicial e Atual
- Denominação inicial: Projecto de casa para Snra. Elisa Constantino Rocha
- Denominação atual: Residência de Elisa Constantino Rocha (demolida)
Categoria e Subcategoria
- Uso: Residência
- Subcategoria: Residência de Médio Porte — típica das famílias burguesas em ascensão na Curitiba dos anos 1920, que buscavam conforto funcional, representatividade social moderada e solidez construtiva, sem exuberâncias ostensivas.
Localização
- Endereço: Rua Loureiro — bairro histórico do Centro de Curitiba, área de intensa ocupação residencial e comercial no período entre-guerras.
(A Rua Loureiro, hoje integrante do centro histórico, era uma via de prestígio na década de 1920, com casas de família, pequenos comércios e edifícios administrativos. A presença da residência nesse local indica o status socioeconômico da proprietária.)
Características Físicas
- Número de pavimentos: 2
- Área do pavimento: 240,00 m²
- Área total construída: 240,00 m² (indicando que não havia sobreposição de áreas ou mezaninos — provavelmente um pavimento térreo e um superior, ambos com a mesma metragem.)
Técnica e Material Construtivo
- Material principal: Alvenaria de tijolos — técnica tradicional e dominante em Curitiba na época, valorizada por sua durabilidade, isolamento térmico e facilidade de manutenção.
- Estrutura complementar: Telhado provavelmente em duas águas, com estrutura de madeira; esquadrias de madeira ou ferro; varandas e detalhes decorativos em alvenaria ou ferro forjado, conforme padrão da arquitetura residencial da cidade.
Data do Projeto Arquitetônico
- Data de elaboração: 15 de março de 1926
(O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Eduardo Fernando Chaves, então atuante na empresa “Gastão Chaves & Cia”, uma das mais importantes construtoras e projetistas de Curitiba na primeira metade do século XX.)
Alvará de Construção
- Número: 1176/1926
(Registro oficial que atesta a legalidade da construção perante a prefeitura municipal. O fato de haver alvará indica que a obra seguiu procedimentos regulamentares da época — raro para residências particulares menores, mas comum para projetos de maior porte ou com destaque social.)
Descrição do Projeto
O projeto arquitetônico para a residência da Sra. Elisa Constantino Rocha foi apresentado em uma única prancha, contendo:
- Plantas dos pavimentos térreo e superior
- Planta de implantação (localização da casa no terreno)
- Corte longitudinal (mostrando a seção vertical da edificação)
- Fachada frontal (com detalhes de janelas, portas, varandas e revestimentos)
O projeto revela uma preocupação com a funcionalidade espacial, distribuição racional dos ambientes e estética sóbria, típica da arquitetura residencial curitibana da década de 1920 — influenciada pelo academicismo e pelo neocolonial, mas já com traços de modernização.
Situação em 2012
- Demolida.
(A demolição ocorreu em algum momento anterior a 2012, sem documentação pública sobre as razões exatas. É provável que tenha sido substituída por um edifício comercial ou residencial de maior densidade, comum nas transformações urbanas do Centro de Curitiba ao longo do século XX — especialmente após a implantação do Plano Diretor de 1968 e a intensificação da verticalização.)
Imagens Disponíveis
- Projeto Arquitetônico original — microfilme digitalizado, preservado no Acervo do Arquivo Público Municipal de Curitiba.
(Este documento é de extrema importância histórica, pois oferece uma visão precisa da planta, elevações e cortes da edificação — permitindo reconstruções virtuais ou estudos de caso em arquitetura histórica.)
Referências
- GASTÃO CHAVES & CIA. Projecto de casa para Snra. Elisa Constantino Rocha. Plantas dos pavimentos térreo e superior e de implantação, corte e fachada frontal apresentados em uma prancha. Microfilme digitalizado.
Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba.
(Importante notar que este projeto faz parte de um conjunto significativo de obras da empresa Gastão Chaves & Cia, que desempenhou papel crucial na formação urbana de Curitiba entre 1920 e 1950.)
Contexto Histórico e Arquitetônico
A Empresa Gastão Chaves & Cia
Fundada por Gastão Chaves, pai de Eduardo Fernando Chaves, a empresa foi uma das pioneiras em projetos e execução de obras em Curitiba. Atuava tanto no setor público quanto no privado, realizando desde casas de família até prédios comerciais e institucionais. Seu estilo era funcionalista, mas ainda ancorado nos princípios acadêmicos e neocoloniais, com ênfase em solidez, simetria e bom uso do espaço.
Eduardo Fernando Chaves em Curitiba
Embora mais conhecido por seu trabalho em São Paulo, Eduardo Fernando Chaves também atuou intensamente em Curitiba durante a década de 1920, especialmente como projetista da empresa familiar. Seus projetos refletem uma transição entre a arquitetura tradicional e os primeiros ventos modernistas — com atenção à iluminação natural, ventilação cruzada e distribuição racional dos ambientes.
A Rua Loureiro e a Curitiba dos Anos 1920
Na década de 1920, a Rua Loureiro era uma via de prestígio, com casas de família de classe média-alta, pequenos comércios e escritórios. A construção de uma residência de dois pavimentos com 240 m² nessa rua indicava status social e econômico elevado — características que se aplicam à Sra. Elisa Constantino Rocha, cuja identidade pessoal ainda aguarda mais pesquisas.
Conclusão
A residência de Elisa Constantino Rocha, projetada por Eduardo Fernando Chaves em 1926 e executada pela Gastão Chaves & Cia, representa um exemplo valioso da arquitetura residencial de médio porte em Curitiba no período entre guerras. Embora demolida, seu projeto arquitetônico — preservado no Arquivo Público Municipal — permite reconstruir visual e funcionalmente uma parte importante da história urbana da cidade.
Mais do que uma casa, ela é um documento vivo da vida cotidiana, do gosto arquitetônico e da estratificação social de Curitiba nos anos 1920. Preservar e estudar esses registros é fundamental para entender a identidade arquitetônica e cultural da capital paranaense — e para inspirar novas formas de valorizar o patrimônio construído, mesmo quando ele já não existe fisicamente.
Atualizado até: Sunday, November 23, 2025
Fontes: Arquivo Público Municipal de Curitiba; pesquisa histórica sobre Gastão Chaves & Cia; contexto arquitetônico de Curitiba (1920–1940); documentos do Museu Paranaense e do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Curitiba.

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