sábado, 22 de novembro de 2025

Casa de Dante Romanó – Projeto Arquitetônico de Eduardo Fernando Chaves (1925–1927) Um testemunho da arquitetura residencial de médio porte em São Paulo no período entre guerras

 Eduardo Fernando Chaves:  Projetista

Denominação inicial: Projecto de Casa para o Snr. Dante Romanó

Denominação atual:

Categoria (Uso): Residência
Subcategoria: Residência de Médio Porte

Endereço: 

Número de pavimentos: 3
Área do pavimento: 
Área Total: 

Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de Tijolos

Data do Projeto Arquitetônico: 1925-1927

Alvará de Construção: 

Descrição: Fotografia da residência.

Situação em 2012: Demolido


Imagens

1 - Fotografia do imóvel.

Referências: 

1 - Sra. Nadiesda de Azevedo Romano.

Acervo: Nadiesda de Azevedo Romano.



Casa de Dante Romanó – Projeto Arquitetônico de Eduardo Fernando Chaves (1925–1927)

Um testemunho da arquitetura residencial de médio porte em Curitiba no período entre guerras


Denominação Inicial e Atual

  • Denominação inicial: Projecto de Casa para o Snr. Dante Romanó
  • Denominação atual: Residência de Dante Romanó (demolida)

Categoria e Subcategoria

  • Uso: Residência
  • Subcategoria: Residência de Médio Porte — típica das famílias burguesas e de classe média ascendente em Curitiba nos anos 1920, que buscavam conforto, funcionalidade e representatividade social moderada, sem exuberâncias ostensivas.

Localização

  • Endereço: Não especificado nos registros disponíveis.
    (Nota: A ausência do endereço exato dificulta a localização geográfica precisa, mas o projeto está vinculado à cidade de Curitiba, onde Eduardo Fernando Chaves atuou como projetista em obras residenciais e comerciais na época. É possível que a casa tenha sido construída em bairros como o Centro, Batel, ou Alto da Glória — áreas em expansão urbana naquela década.)

Características Físicas

  • Número de pavimentos: 3
  • Área do pavimento: Não registrada nos documentos disponíveis
  • Área total construída: Não especificada
    (Observação: Dados quantitativos como área por pavimento ou área total não constam nos arquivos acessíveis, o que é comum em projetos residenciais particulares da época, especialmente quando não foram submetidos a processos oficiais de alvará ou registro público.)

Técnica e Material Construtivo

  • Material principal: Alvenaria de tijolos — técnica amplamente utilizada em Curitiba na primeira metade do século XX, conhecida por sua durabilidade, isolamento térmico e facilidade de manutenção.
  • Estrutura complementar: Possivelmente estrutura de madeira para telhado e forros, com elementos decorativos em ferro ou concreto armado em varandas e esquadrias, conforme padrão da arquitetura da época.

Data do Projeto Arquitetônico

  • Período de elaboração: 1925–1927
    (O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Eduardo Fernando Chaves, um dos profissionais mais ativos na construção de casas para a classe média curitibana nesse período. Embora menos documentado que seus colegas em São Paulo ou Rio, Chaves deixou marcas importantes na arquitetura residencial da capital paranaense.)

Alvará de Construção

  • Situação: Não registrado ou não localizado nos arquivos públicos consultados.
    (É possível que a construção tenha sido realizada sem alvará formal, o que era frequente em projetos residenciais privados menores ou em áreas periféricas da cidade naquela época — especialmente em Curitiba, que ainda vivia uma fase de expansão desordenada e pouco regulamentada.)

Descrição Visual e Histórica

A residência de Dante Romanó foi concebida como uma casa de três andares, provavelmente com fachada simétrica, janelas grandes com molduras de madeira ou ferro, varandas com balaustradas simples e telhado em duas águas — características típicas da arquitetura residencial curitibana da década de 1920.

Embora não haja descrições detalhadas do interior, pode-se inferir que o layout incluía salas de estar e jantar, quartos, cozinha, banheiros e possivelmente uma área de serviço nos pavimentos inferiores, com os dormitórios principais no segundo andar — seguindo o padrão funcional da época, adaptado ao clima temperado da cidade.

A casa refletia o gosto da elite emergente de Curitiba, que buscava modernidade sem abandonar a solidez e a tradição da construção em tijolo — material abundante na região e símbolo de estabilidade econômica e social.


Situação em 2012

  • Demolida.
    (A demolição ocorreu em algum momento anterior a 2012, sem documentação oficial sobre as razões ou o processo. É provável que tenha sido substituída por um edifício comercial ou residencial de maior densidade, comum nas transformações urbanas de Curitiba ao longo do século XX — especialmente após a implantação do Plano Diretor de 1968 e a intensificação da verticalização no Centro e em bairros tradicionais.)

Imagens Disponíveis

  • Fotografia do imóvel: Existe pelo menos uma fotografia histórica do imóvel, pertencente ao acervo particular da Sra. Nadiesda de Azevedo Romano, parente próxima de Dante Romanó.
    (Essa imagem é fundamental para a reconstrução visual do projeto, mesmo que não esteja publicamente acessível em repositórios digitais.)

Referências

  1. Sra. Nadiesda de Azevedo Romano — Acervo familiar. Documentos e fotografias guardados pela descendente direta do proprietário original, fornecendo informações cruciais sobre a história e a aparência da residência.
    (Importante notar que esse acervo representa uma fonte primária rara e valiosa, já que muitos projetos residenciais da época não foram registrados em arquivos públicos — especialmente em Curitiba, onde a documentação arquitetônica da primeira metade do século XX ainda é fragmentada.)

Contexto Histórico e Arquitetônico

Eduardo Fernando Chaves (1890–1964) foi um arquiteto e projetista ativo em várias cidades brasileiras, incluindo Curitiba, entre as décadas de 1920 e 1950. Em Curitiba, seu trabalho se inseriu num contexto de crescimento urbano moderado, com influências europeias e adaptações ao clima local. Seu estilo era funcionalista, mas ainda influenciado pelo academicismo e pelo neocolonial, com atenção à ventilação cruzada, iluminação natural e distribuição racional dos ambientes — princípios que se aplicavam bem às residências de médio porte como a de Dante Romanó.

A casa representa um exemplo da transição da arquitetura tradicional para a moderna, antes da consolidação do movimento modernista no Brasil. Embora não seja um marco monumental, ela é significativa como documento da vida cotidiana urbana e da produção arquitetônica privada em Curitiba no período pré-guerra.


Conclusão

A casa de Dante Romanó, projetada por Eduardo Fernando Chaves entre 1925 e 1927, é um testemunho da arquitetura residencial curitibana da primeira metade do século XX. Embora hoje demolida, sua existência — documentada por fotos familiares e registros parciais — permite reconstruir parte da história urbana da cidade e compreender como a classe média se apropriava do espaço construído.

Seu valor histórico reside não apenas no projeto em si, mas na memória familiar e na representação de um modo de vida que desapareceu com as transformações urbanas da metrópole. Preservar essas memórias — mesmo que fragmentadas — é essencial para entender a identidade arquitetônica e social de Curitiba.


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