quinta-feira, 18 de maio de 2023

Augusto Lustoza de Andrade Ribas

 

Augusto Lustoza de Andrade Ribas


Augusto Lustoza de Andrade Ribas, foi um político ponta-grossense, que nasceu em 27 de agosto de 1847, casado com Pureza Maria da Conceição Ribas, Pureza Maria era irmã de Balbina Carvalho Guimarães (NEGRÃO, 1950, p.285-287).

Augusto era filho do brigadeiro Ribas, que fez a expedição ao Alto Paraná a fim de guarnecer as fronteiras durante a Guerra do Paraguai.

Foi Pai de Manoel Ribas

Almanake da Província 1876 edição 1 página 01.

Possuía loja de tecidos em Pnta Grossa em 1876 conforme o Almanake da Província nos informa.

Em 1877 foi Presidente da Camara de Ponta Grossa.

Cidadão com militância ativa na vida pública desta cidade.

Fez parte da comissão de ajuda as vitimas de inundacões em Portugal no ano de 1877, conforme gazeta de noticias do Rio de Janeiro em data de 18 janeiro de 1877.

Edição 17 pagina 2.

Em 1886 era diretor da sociedade de emigração de Ponta Grossa.

Periódico “A emigração” 1886 página 7 edição 0020.

Em 1880, o imperador Pedro II e a imperatriz Tereza Cristina, acompanhados de políticos, membros do governo, militares, vieram ao Paraná a pretexto de conhecer a província e suas colônias, mas particularmente para presidirem o lançamento da pedra fundamental da construção da estada de ferro de Paranaguá a Curitiba e a inauguração da Santa Casa de Misericórdia da nossa cidade, além de mais propósitos oficiais.

A caravana viajou 600 km numa província com 21 municípios e 150 mil habitantes, em tempo de chuva e frio, por estradas de terra e no maior desconforto, recepcionados com festas de rua e salão, celebrações oficiais e populares, nas cidades e vilas de Curitiba, Paranaguá, Antonina, Quatro Barras, São Luiz do Purunã, Palmeira, Ponta Grossa, Castro, Lapa e Araucária.

No século XIX participou da organização e recepção do Imperador D. Pedro II, e de sua comitiva a Ponta Grossa. Junto a outras lideranças locais realizou a mudança do traçado da Estrada de Ferro do Paraná, cujo trecho afastava se muitos quilômetros do então centro da cidade, um grande feito para a cidade.

Em Ponta Grossa a casa de Augusto foi a escolhida. Era de praxe o Imperador dar título de barão a quem o hospedasse. Entretanto, Augusto Lustosa ficou sabendo, e por ser republicano, não aceitou tal honraria. Mesmo assim foi-lhe concedido o título de Comendador.

Abaixo parte do relato do diário do Imperador informando que encontrou-se com o Presidente da Camara de Ponta Grossa que era Augusto Lustoza de Andrade Ribas.

Conforme “Anuário do Museu Imperial” Rio de Janeiro de 1959 edição 20 página 01.

Marco de Dom Pedro em Ponta Grossa.

Em 1889 foi condecorado com a Ordem do Rosa no grau de Oficial, conforme Jornal do Comércio.

Jornal do Comércio RJ ano 1889 edição 281 página 6.Aos seus esforços e convicções conseguiu que construísse um novo cemitério, Cemitério São José, inaugurado em 12 de outubro de 1890.

Em 1891 foi eleito Deputado por Ponta Grossa.

Jornal Diário do Comércio 1891 edição 103 página 17.
Jornal Diário do Comércio 1891 edição 42 página 1.

Em 1892 foi nomeado coronel comandante da guarda nacional de Ponta Grossa.

Gazeta de noticias 1892 24 de Junho ed. 175 pág 1.

Em 1894 na Revolução Federalista, entrou para a lista de desafetos do Marechal Floriano Peixoto, tratado como Maragato devido e ter sido indicado pelo General Gumercindo Saraiva para a Comissão de Empréstimos de Guerra na cidade de Ponta Grossa.

Periódico “A Federação” 1894.

Também incentivou a prática do hipismo na região. Como congressista representou os cidadãos ponta-grossenses por questões de interesse geral da população.


          A rua que foi denominada com seu nome liga a zona sul com a zona norte, cruzando o centro comercial da cidade.

Outrora esta rua era conhecida como “rua das tropas”. Este nome dar-se-á em função do tropeirismo entre os séculos XVIII e XIX.

Na época alguns fazendeiros reclamavam da passagem dessas tropas por suas fazendas. Surgiu então a necessidade de um novo trajeto. 

Esse caminho entrava na cidade, ao sul, pela atual Rua Augusto Ribas (Rua das Tropas) e saía, em direção ao norte, pela Rua Tiradentes e Avenida Rocha Pombo, fazendo a ligação entre Ponta Grossa e Castro.O Maçom

Foi um dos irmãos presentes na “regularização” da Loja Estrela do Paraná, Ponta Grossa.

Podemos afirmar que foi um dos fundadores da Loja Estrela.

“Loja Estrela” , fundada na Cidade de Ponta Grossa, recebeu sua Carta Constitutiva em 12 de Setembro de 1874, para o Rito Escocês, jurisdicionada ao Grande Oriente Unido do Brasil, mas só em 29 de maio do ano seguinte esta oficina foi “regularizada”.

1875 Boletim do Grande Oriente Unido e Supremo Conselho Pág 344 edição 3-4.

Neste outro documento encontramos menção de sua participação na Loja Estrela e ainda o seu envolvimento na comissão de obras da Matriz, informando a grande participação de maçons na “Irmandade do Santíssimo Sacramento” na cidade de Ponta Grossa.

Augusto Ribas faleceu com 49 anos em 20 de julho de 1897.

Hamilton Ferreira Sampaio Junior∴

https://www.tjpr.jus.br/desembargadores-tjpr-museu/-/asset_publisher/V8xr/content/des-augusto-lobo-de-moura/397262?inheritRedirect=false

POMBO, Rocha. PARA A HISTORIA. In: PARA A HISTORIA. 1. ed. Curitiba: IMPRESSORA TYPOGRAFIA PARANAENSE, 1894. v. 1, cap. 1, p. 2.

SPOLADORE, Hércule. HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. In: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. 1. ed. LONDRINA: Ruahgraf Gráfica e Editora Ltda, 2007. v. 1, cap. 1, p. 2. ISBN 8590725804, 978859072580.
REVISTA PANORAMA. nº 44, p. 50, 51, 25, jan.1956.

Museu Maçônico Paranaense – imagens

SAMPAIO, Hamilton. ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. 1. ed. Curitiba: Novagrafica, 2019. v. 1, cap. 1, p. 2.

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Genealogia Paranaense

Biblioteca Nacional
O PARANAENSE. Curitiba, n. 16, p. 3, 14 abr. 1878. 36 NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências. v. 8. São Paulo: Saraiva, 1977. p. 83. 37 Ibid. 59.

Vida e Obra do Irmão Manoel Ribas – Hercule Spoladore

Aureliano Teixeira Baptista

 

Aureliano Teixeira Baptista


Nasceu em 2 de Janeiro de 1852 em Ponta Grossa, era filho de Anacleto Teixeira Baptista e Gertrudes da Glória Gonçalves, foi um grande comerciante em Castro Paraná, era proprietário de madeireiras, industrias e engenhos de farinha.

Casou-se com Maria da Conceição Macedo Guimarães em Tibagi Paraná, 23 de Agosto de 1890.

Registro de Casamento de Tibagi em 1890.

Sua casa em Castro era onde hoje é o hotel Buganville, no Centro na praça Manoel Ribas 55, na recepção do hotel existe um quadro com a antiga casa.

Em 1894 durante a Revolução Federalista, ele foi nomeado por Menezes Dória como Camarista na Camara de Castro.

Segundo Samuel Guimarães, o governo do Estado “ocupado” inicia sua revanche para excluir todos àqueles que tiveram ao lado do movimento federalista.

Conforme notícia do Jornal A Federação, intitulado no período como Órgão do Governo do Estado, tem-se exemplos de nomeações realizadas pelo governo.

A Federação, em 9 de fevereiro de 1894. Informa a decisão do Governador Menezes Dória, com o objetivo de retirar do poder àqueles que representavam o “vicentismo” e imprimiram limites às ações revolucionárias.

As implicações foram efêmeras, mas seus atos constam como os seguintes: Atos: – O governador provisório do Estado do Paraná, nomeia para Prefeito e Camaristas da Câmara Municipal de Serro Azul, os seguintes cidadãos: Prefeito: – Alfredo Von der Olsten Camaristas: – Guilherme Straube, Alexo Ciola, Jacinto Bassetti, Roberto Lins Machado, João Miguel da Costa, Guilherme Bestel.

O Governador Provisório do Estado do Paraná, concede a exoneração pedida pelo cidadão Aureliano Ferreira de Andrade do cargo de continuo da Secretaria dos Negócios do Interior, Justiça e Instrução Publica.

O Governador Provisório do Estado do Paraná, resolve reintegrar o cidadão Francisco Machado Ferreira Chaves na serventia de escrivão de órfãos e ausentes do termo de S. José dos Pinhaes em substituição ao cidadão José Craveiro de Sá que fica exonerado.

O Governador Provisório do Estado do Paraná, nomeia para os lugares de Juízes Distritais da Vila Serro Azul os seguintes cidadãos: 1º. José Amâncio de Moura e Castro. 2º. Conrado Von der Olsten. 3º. José Blome.

O Governador Provisório do Estado do Paraná, nomeia o cidadão João Marques Evangelista, para exercer o lugar de Continuo da Secretaria do Interior, Justiça e Instrução Publica.

O Governador Provisório do Estado do Paraná, nomeia para os cargos de Juízes Distritais da vila Araucária os seguintes cidadãos: 1º. Sizino Pereira de Souza. 2º. Polycarpo Gonsalves Ferreira. 3º. Pedro do Valle Ribeiro.O Governador Provisório do Estado do Paraná, resolve nomear os cidadãos abaixo para constituírem a Câmara Municipal de Castro: Prefeito: Herculano de Albuquerque. Camaristas: Pedro Carneiro de Mello, Felisbino Gonçalves Pereira Bueno, Francisco Stumbo, João Gaisler, José Nunes de Marins, Aureliano Teixeira Baptista.

Em 1898 ele foi nomeado Capitão Assistente da Guarda Nacional em Castro Paraná, provavelmente esta fotografia de Aureliano foi nesta época.

Em 1900 encontramos este anúncio de Aureliano negociando suas terras.

Maçom

Nos indica o Boletim que em 1898 Aureliano já era Grau 18.

Boletim do Grande Oriente do Brasil 1898. Página 405.

Segundo Hércule Spoladore em sua obra “História da Maçonaria do Paraná no Século XIX” nos conta que Aureliano foi ARTESATA do Capítulo Fraternidade entre 1901-1902.

Boletim do Grande Oriente do Brasil de 1901 mês de Dezembro página 368.
Imagem encontrada no Museu Maçônico Paranaense (Area Pública).

Informa que assinou um manifesto contra a decisão do Padre Casimiro, sobre a proibição da participação de maçons nos atos religiosos da igreja.Em 1905 encontramos seu registro no Partido republicano o qual fazia parte desde 1900.

1905 Diário da Tarde 17 de Março de 1905.

Em 1907 era Vice-Presidente do Grêmio Dramático de Castro.

1915 Nos informa o Alamanake Laemmert  em sua pág 3508 que Aureliano era proprietário de um engenho de farinha de mandioca e um Moinho em Castro desde antes de 1910.

Em 1917 Aureliano era Presidente da Camara, abaixo encontramos uma nota informando o Dr Affonso Camargo Presidente do Estado sobre a criação de uma Rua com seu nome.

Faleceu 24 Agosto 1927 com 75 anos de idade em Castro Paraná.

Hamilton Ferreira Sampaio Junior∴

https://www.tjpr.jus.br/desembargadores-tjpr-museu/-/asset_publisher/V8xr/content/des-augusto-lobo-de-moura/397262?inheritRedirect=false

POMBO, Rocha. PARA A HISTORIA. In: PARA A HISTORIA. 1. ed. Curitiba: IMPRESSORA TYPOGRAFIA PARANAENSE, 1894. v. 1, cap. 1, p. 2.

SPOLADORE, Hércule. HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. In: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. 1. ed. LONDRINA: Ruahgraf Gráfica e Editora Ltda, 2007. v. 1, cap. 1, p. 2. ISBN 8590725804, 978859072580.
REVISTA PANORAMA. nº 44, p. 50, 51, 25, jan.1956.

Museu Maçônico Paranaense – imagens

SAMPAIO, Hamilton. ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. 1. ed. Curitiba: Novagrafica, 2019. v. 1, cap. 1, p. 2.

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O PARANAENSE. Curitiba, n. 16, p. 3, 14 abr. 1878. 36 NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências. v. 8. São Paulo: Saraiva, 1977. p. 83. 37 Ibid. 59.

Vida e Obra do Irmão Manoel Ribas – Hercule Spoladore

Benedicto Antonio Correia

 

Benedicto Antonio Correia

Nascido em Paranaguá na comunidade de Rio das Pedras, filho de Antonio José Correia, e Bernardina Maria Miranda, em data desconhecida, sabemos apenas que seu pai faleceu em 7 de Junho de 1890 com 82 anos, Benedicto era professor de instrução primária e atuou no Bairro de itaquy em Paranaguá em Rio das Pedras e, em Guarqueçaba.

Era Capitão da Guarda Nacional.

Casado com Maria Isabel do Carmo Correia, temos informação de somente uma filha que faleceu antes de completar 1 ano de idade.

Em 1876 já estava como professor de instrução primária a serviço do munícipio de Paranaguá.

Almanake da Província do Paraná ano de 1876 pág 159.

Em 1876 encontramos Benedicto como sócio do Clube Literário de Paranaguá.

Clube Literário de Paranaguá História A Ribeiro Filho.Em 1880 encontramos atuando como professor em Rio das Pedras, Paranaguá
Almanake da Província do Paraná 1880 edição 002 pág 128.

Em 1881 Benedicto já tinha se fixado em Guaraqueçaba com um engenho de arroz

aparece neste documento como testemunha de um casamento.

Em 1886 era Primeiro Secretário da Sociedade de Emigração de Guaraqueçaba.
Em 1889 temos um documento o qual ele relata o falecimento de sua filha com menos de 1 ano de idade.

Nesta mesma época ganhou o título de Capitão da Guarda Nacional e foi nomeado 2 suplente de Delegado em Guaraqueçaba.

1894 Foi Nomeado Juiz Distrital de Guaraqueçaba pelo Governo Provisório.

Em 1895 foi 3 suplente de Delegado em Guaraqueçaba.

Em 1910 o periódico Almanake Laemment nos informa que Benedicto era Industrial em Guaraqueçaba possuidor de um Engenho de Arroz entre outros.

Maçom

Segundo Hercule Spoladore em sua obra “História da Maçonaria Paranaense no Século XIX”, Benedicto foi iniciado na Loja Perseverança em 1888.

CURITIBA EM TEMPOS DE GUERRA - EPISÓDIOS

 CURITIBA EM TEMPOS DE GUERRA - EPISÓDIOS


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Década de 30 e 40. Tempos de guerra na Europa e ditadura de Getúlio Vargas no Brasil. Não havia televisão, e nos cinemas, antes da exibição dos filmes programados, eram transmitidos com o nome de “atualidades”, filmes curtos com noticiários nacionais e do exterior, principalmente dos movimentos da 2ª Guerra Mundial entre as forças do Eixo (Alemanha nazista, Itália fascista e Japão) e as dos Aliados (principalmente os Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra).
Tudo isso levava a população a frequentar os cinemas com assiduidade. O Cine Avenida com lotação para 2000 espectadores costumava, quando apresentava um filme bem avaliado, a superar a lotação com gente assistindo o filme em pé, Na época não havia controle de lotação máxima. Eu assisti “O Fantasma da Ópera” de 1943, em pé.
Nós, estudantes, nos reuníamos quase diariamente à tarde para fazer o “trottoir” (no bom sentido) percorrendo a calçada ao longo da Rua XV de Novembro, principal rua da cidade. O intuito era cruzar com as mocinhas, que geralmente em dupla, também percorriam o mesmo caminho e com troca de olhares, às vezes acompanhados de chistes nem sempre delicados.
Curitiba era conhecida como cidade de estudantes. Grande número deles vindos do interior e de outras capitais. A quantidade de universidades era pequena e a de Curitiba era bem conceituada.
Na universidade as aulas em geral não respeitavam horários continuados. Entre uma aula e outra, estudantes se deslocavam para a rua XV de Novembro bem próxima à universidade.
Mais até que o “trottoir”, o costume era encostar nas paredes dos prédios, em geral entre lojas e ficar apreciando as pessoas passarem. Chamava-se isso de “escorar as paredes”. Para os estudantes o chamariz eram as “gurias”, como são chamadas em Curitiba as mocinhas, passando pela calçada.
Chegando a noite, íamos escolher o cinema que apresentasse o melhor filme, ou pelo menos o que ainda não tínhamos visto durante a semana.
Certa noite saímos da última sessão de cinema, eu e mais dois amigos com uma missão especial: trazer pão para casa.
Era tempo de guerra e muitos produtos eram racionados. Gasolina era vendida em quantidades restritas para cada cliente. Os proprietários de veículos que o utilizavam muito, passaram a montar uma geringonça na traseira do veículo, chamada “gasogênio”.
Era constituído de uma caixa metálica ou cilindros sobressaindo na traseira do carro onde era queimado carvão ou até lenha em ambiente fechado. O combustível, queimado lentamente, produzia gás que alimentava o motor do carro. A solução, além de dar uma aparência feia ao veículo, promovia o desgaste mais rápido do motor previsto para o uso de gasolina. Mas era a guerra.
Produtos essenciais eram racionados e vendidos em pequena quantidade para cada freguês. O açúcar, por exemplo, tinha que ser procurado para encontrar em qual estabelecimento comercial estava disponível, e se dispor a entrar em longas filas com o risco do estoque acabar antes de chegar nossa vez.
Uma brincadeira conhecida na época era quando se cruzavam donas de casa amigas à procura de açúcar, e uma perguntava à outra com um toque de malícia: “Tem açúcar no seu Rego?”, em referência a uma das mais conhecidas lojas varejistas da cidade, denominadas na época de “Secos e Molhados”, e conhecida pelo nome do proprietário, “seu” Rego.
Quanto ao pão, o racionamento da farinha de trigo obrigava a maioria das padarias a produzir um pão misto, uma mistura da farinha de trigo com outros sucedâneos. O gosto era tolerável mas nada como um pãozinho normal . Descobrir uma padaria que ainda fabricava pão com farinha de trigo puro era um tento.
Por isso, nossa missão especial quando saímos do cinema. Alguém nos havia informado da existência de uma padaria assim nos arredores da cidade. Ela abria às 6 horas da manhã.
Passamos a madrugada inteira sentados na calçada em frente à padaria batendo animados papos. Éramos muito jovens, e apesar da guerra, nosso espírito adolescente nos mantinha vivazes e dispostos.
Quando a padaria abriu, éramos os primeiros na fila que já se formara, e pudemos adquirir os pãezinhos.
Voltamos para nossas casas orgulhosos por ter cumprido a missão: trazer pães deliciosos para nossas famílias.
Assim foi até o término da 2ª Guerra Mundial que durou de 1939 a 1945. 

Vista do centro, de 1901. Além da Catedral (concluída em 1893) vê-se o novo prédio ( de 5 pavimentos ) de José Hauer & Filhos ( Bertholdo , Paulo e José Júnior) na Praça Tiradentes, esquina com Monsenhor Celso (antiga Primeiro de Março)

 Vista do centro, de 1901. Além da Catedral (concluída em 1893) vê-se o novo prédio ( de 5 pavimentos ) de José Hauer & Filhos ( Bertholdo , Paulo e José Júnior) na Praça Tiradentes, esquina com Monsenhor Celso (antiga Primeiro de Março)


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Rua Coronel Dulcídio, em Ponta Grossa; anos ??? 50 ???

 Rua Coronel Dulcídio, em Ponta Grossa; anos ??? 50 ???


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— Igreja de Santa Teresinha e Edifício Social, construídos por Monsenhor Jeronimo Mazzarotto, na Avenida Visconde de Guarapuava 4787 - Foto de 1950

 — Igreja de Santa Teresinha e Edifício Social, construídos por Monsenhor Jeronimo Mazzarotto, na Avenida Visconde de Guarapuava 4787 - Foto de 1950


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Em primeiro plano a Rua Emiliano Perneta. Avista-se o descampado da Praça Rui Barbosa. Década de 1940

 Em primeiro plano a Rua Emiliano Perneta. Avista-se o descampado da Praça Rui Barbosa. Década de 1940


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Vista da Rua Comendador Araújo em 1900.

 Vista da Rua Comendador Araújo em 1900.


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Lindo postal da Rua XV de Novembro, da década de 1910.

 Lindo postal da Rua XV de Novembro, da década de 1910.


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