sábado, 31 de março de 2018

Centro Cívico

A proposta de criação do Centro Cívico de Curitiba foi elaborada, entre 1941 e 1943, por Alfred Agache, urbanista francês, que desenvolveu um estudo urbanístico para Curitiba a convite do governo estadual. Consistia em um conjunto de edifícios administrativos estaduais (Palácio do Governo e respectivas secretarias, Assembleia Legislativa e tribunais de Justiça e de Contas) situados em torno de uma esplanada e ligados à cidade por um eixo monumental, a Avenida Candido de Abreu, que chegava até a Praça Tiradentes - marco inicial da cidade e onde seria erguida a nova sede da prefeitura. A proposta, no entanto, não foi levada a cabo.
Em 1950, a ideia principal de Agache foi retomada: no mesmo local escolhido, um novo projeto urbanístico e arquitetônico cria o Centro Cívico, símbolo da prosperidade econômica que o Paraná vivia e marco a ser erguido em homenagem ao centenário da sua emancipação da província de São Paulo, a ser comemorado em 1953. O projeto, referência da arquitetura modernista da cidade, foi elaborado pelos arquitetos David Azambuja, Olavo Redig dos Santos, Sérgio Roberto Santos Rodrigues e Flávio Régis do Nascimento.
As obras tiveram início em 1951 e, mesmo aceleradas, não foram concluídas a tempo para os festejos do centenário: o prazo exíguo, os problemas técnicos e construtivos resultantes de erros de sondagens, de projetos e de cálculos estruturais e, sobretudo, a grande geada do inverno de 1953 foram alguns dos problemas que inviabilizaram sua conclusão. Paulatinamente, os diversos edifícios projetados para o Centro Cívico foram concluídos, apresentando alterações em relação à proposta inicial. Outras edificações, inclusive o Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura Municipal, foram acrescentadas ao conjunto, que, desde 2012, encontra-se tombado pelo Patrimônio Estadual.

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