A Marechal Deodoro é uma das ruas mais antigas da cidade e surgiu com a expansão territorial na direção sul, a partir da Praça Tiradentes. A então "Rua Nova da Carioca", posicionada no prolongamento da "Rua da Entrada" (Emiliano Perneta), foi consolidando-se ao longo dos anos como o acesso mais direto para os que vinham do interior. Com esta posição estratégica, a função inicial de ligação da pequena vila com as águas do Rio Ivo transforma-se e, em meados do século XIX, ela já é conhecida como a "Rua do Comércio".
O mapa de 1857 mostra a "Rua do Comércio", com início no Rio Ivo, onde atualmente encontra-se a Praça Zacarias. No desenho é possível constatar também que ela, a "Rua das Flores" (atual XV de Novembro) e a face frontal da antiga Matriz são paralelas entre si e perpendiculares à Rua da Assembleia (hoje, Dr. Muricy). Este ângulo reto torna-se uma referência para os arruamentos posteriores, como pode ser visto no Mapa de 1927.
No final da década de 1920, a agora Rua Marechal Deodoro encontra-se plenamente inserida na malha urbana de Curitiba. A vocação comercial, que impôs em meados do século XIX a denominação de "Rua do Comércio", permanece. Cada vez mais, lojas, bancos e escritórios escolhem a Marechal Deodoro como seu endereço, fator que, aliado à sua localização central, faz com que receba continuamente melhorias em sua infraestrutura.
A partir do final da década de 1940, o centro de Curitiba sofre um acentuado processo de verticalização e a Marechal Deodoro apresenta uma grande renovação em sua paisagem.
São poucos edifícios remanescentes da passagem do século XIX para o XX. Os mais significativos são: a antiga casa da família Lustosa, de 1881, na esquina com a Rua Barão do Rio Branco; e a atual Capela Santa Maria (1939), espaço cultural dedicado à música erudita, pertencente à Fundação Cultural de Curitiba, localizado na esquina da Rua Conselheiro Laurindo.
Entre os arranha-céus, pode-se destacar o conjunto Galeria Lustoza e Edifício Visconde de Taunay; o Shopping Itália; o edifício da Delegacia Regional da Receita Federal; a sede da Procuradoria da República e o edifício-sede do Citibank.
Rua Marechal Deodoro esquina com Barão do Rio Branco, em 1904. Ao fundo, a Praça Zacarias.
Coleção Julia Wanderley. Acervo: Instituto Histórico e Geográfico do Paraná / Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba
Rua Marechal Deodoro esquina com Barão do Rio Branco, em 1905.
Coleção Julia Wanderley. Acervo: Instituto Histórico e Geográfico do Paraná / Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba.
Vista aérea de Curitiba, em 1938. À direita, a Rua Marechal Deodoro e, ao centro, a Praça Santos Andrade.
Coleção João Baptista Groff. Acervo: Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba / Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba
Vista aérea de Curitiba, em 1969. No centro da imagem, a Rua Marechal Deodoro. A comparação com a fotografia anterior permite visualizar a intensa verticalização do centro de Curitiba, ocorrida em 30 anos.
Acervo: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba.
Rua Marechal Floriano, em 1948. Ao fundo, a Praça Zacarias.
Fonte: Curitiba Antiga. Disponível em: http://www.curitibaantiga.com/. Acesso em 21/04/2015.
Esquina das ruas Marechal Floriano e Marechal Deodoro.
Coleção Arthur Wischral. Acervo: Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba.
Esquina das ruas Marechal Floriano e Barão do Rio Branco, em 1944.
Coleção Arthur Wischral. Acervo: Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba.
Esquina das ruas Marechal Deodoro com Monsenhor Celso, em 1949.
Coleção Arthur Wischral. Acervo: Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural / Fundação Cultural de Curitiba.
Vista aérea de Curitiba, em 1969. No centro da imagem, a Rua Marechal Deodoro, no trecho entre as ruas Barão do Rio Branco (à esquerda) e Presidente Faria (à direita). Ao fundo, o Passeio Público.
Acervo: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba.
1854
Fonte: Jornal O Dezenove de Dezembro. Anno I, n.° 22. Curityba, 26 de agosto de 1854. p.4.
1854
Fonte: Jornal O Dezenove de Dezembro. Anno I, n.° 23. Curityba, 2 de setembro de 1854. p.4.
1901
Fonte: Almanach do Paraná para 1901.
1923
Fonte: Estado do Paraná. São Paulo: Empreza Editora Brazil, 1923.
1923
Fonte: Estado do Paraná. São Paulo: Empreza Editora Brazil, 1923
1934
Fonte: Álbum Commemorativo da Exposição-feira Interestadoal de Curityba – 1933-1934.
1952
Fonte: Rosa, J. G. Curitiba. Monografia editada sob os auspícios da Prefeitura Municipal. Curitiba: Editora Habitat, 1952.
1952
Fonte: Rosa, J. G. Curitiba. Monografia editada sob os auspícios da Prefeitura Municipal. Curitiba: Editora Habitat, 1952.
1947
Fonte: Revista Técnica. n.° 11, Tomo III. Curitiba: Diretório Acadêmico de Engenharia do Paraná, abril e junho de 1947.
1952
Fonte: Rosa, J. G. Curitiba. Monografia editada sob os auspícios da Prefeitura Municipal. Curitiba: Editora Habitat, 1952.
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