ANTIGO BRASÃO DO PARANÁ CRIADO POR ALFREDO ANDERSEN
Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878.
ANTIGO BRASÃO DO PARANÁ CRIADO POR ALFREDO ANDERSEN
Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878. No começo da década de 1880, freqüenta a Academia Real de Belas Artes de Copenhague, onde recebe orientação do retratista Carl A. Andersen. Leciona desenho, entre 1881 e 1883, na Escola para Rapazes em Vesterbron Asyl. Em 1891, o artista empreende viagem pela América do Sul, e passa pela costa brasileira. Retorna à Noruega, e, em 1893, realiza uma segunda viagem ao Brasil.
Reside por cerca de dez anos em Paranaguá, Paraná. Transfere-se em 1902 para Curitiba, onde cria uma escola particular de desenho e pintura. Leciona também desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Em 1909, assume a direção das aulas noturnas da Escola de Belas Artes e Industriais, em Curitiba.
Em 1910, como reconhecimento do seu prestígio, Andersen executa projeto para o brasão do Estado do Paraná, adotado pela lei nº 904, de 21/03/1910. De lá para cá o brasão foi modificado várias vezes , mas a figura do ceifador, Idealizada por ele, permanece até a última alteração em 1990.
Descritivo do brasão Idealizado por Andersen, objeto da pintura anexa:
- O lavrador, ceifando a messe farta, colocado no primeiro plano do campo do escudo, assinala com precisão o carácter do nosso meio étnico e econômico, e representa as inclinações naturais do nosso tempo e da nossa raça, retemperada pela colonização;
- A orla de pinheiros, esfumada no segundo plano do escudo, dá a ideia da extensão da nossa natureza vegetal;
- A cordilheira marítima, limitando o horizonte, diz sobre a natureza do solo, variado por divisões de altitudes que lhe são características;
- O sol nascente é o simbolo illuminado de uma grandeza que surge, de um futuro que se ergue promissor e fecundo;
- O falcão paranaense, pairando proctoralmente sobre o escudo, ao passo que representa o mais galhardo exemplar da nossa avifauna, condiz com o pensamento adoptado universalmente para a representação simbolica que põe nas azas condoreiras as humanas inclinações para a liberdade;
- As grinaldas de pinho e matte, emfim, que contornam a parte inferior do escudo, definem as preocupações industriaes da actualidade, que fazem a riqueza econômica do Estado.
Este brasão permaneceu inalterado até 1933 quando a Constituição Federal de 1934 aboliu o símbolos estaduais, sendo o Brasão do Estado substituído pelo Brasão Nacional.
Em 1946, a Constituição Federal restabeleceu a autonomia dos Estados, sendo reinstituído em 1947 o brasão estadual anterior com pequenas modificações e que permaneceu até 1990, quando foi alterado por lei estadual.
Em 2002, após uma decisão de inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, foi restabelecido o brasão de 1947.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani
Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878. No começo da década de 1880, freqüenta a Academia Real de Belas Artes de Copenhague, onde recebe orientação do retratista Carl A. Andersen. Leciona desenho, entre 1881 e 1883, na Escola para Rapazes em Vesterbron Asyl. Em 1891, o artista empreende viagem pela América do Sul, e passa pela costa brasileira. Retorna à Noruega, e, em 1893, realiza uma segunda viagem ao Brasil.
Reside por cerca de dez anos em Paranaguá, Paraná. Transfere-se em 1902 para Curitiba, onde cria uma escola particular de desenho e pintura. Leciona também desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Em 1909, assume a direção das aulas noturnas da Escola de Belas Artes e Industriais, em Curitiba.
Em 1910, como reconhecimento do seu prestígio, Andersen executa projeto para o brasão do Estado do Paraná, adotado pela lei nº 904, de 21/03/1910. De lá para cá o brasão foi modificado várias vezes , mas a figura do ceifador, Idealizada por ele, permanece até a última alteração em 1990.
Descritivo do brasão Idealizado por Andersen, objeto da pintura anexa:
- O lavrador, ceifando a messe farta, colocado no primeiro plano do campo do escudo, assinala com precisão o carácter do nosso meio étnico e econômico, e representa as inclinações naturais do nosso tempo e da nossa raça, retemperada pela colonização;
- A orla de pinheiros, esfumada no segundo plano do escudo, dá a ideia da extensão da nossa natureza vegetal;
- A cordilheira marítima, limitando o horizonte, diz sobre a natureza do solo, variado por divisões de altitudes que lhe são características;
- O sol nascente é o simbolo illuminado de uma grandeza que surge, de um futuro que se ergue promissor e fecundo;
- O falcão paranaense, pairando proctoralmente sobre o escudo, ao passo que representa o mais galhardo exemplar da nossa avifauna, condiz com o pensamento adoptado universalmente para a representação simbolica que põe nas azas condoreiras as humanas inclinações para a liberdade;
- As grinaldas de pinho e matte, emfim, que contornam a parte inferior do escudo, definem as preocupações industriaes da actualidade, que fazem a riqueza econômica do Estado.
Este brasão permaneceu inalterado até 1933 quando a Constituição Federal de 1934 aboliu o símbolos estaduais, sendo o Brasão do Estado substituído pelo Brasão Nacional.
Em 1946, a Constituição Federal restabeleceu a autonomia dos Estados, sendo reinstituído em 1947 o brasão estadual anterior com pequenas modificações e que permaneceu até 1990, quando foi alterado por lei estadual.
Em 2002, após uma decisão de inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, foi restabelecido o brasão de 1947.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani
Nenhum comentário:
Postar um comentário