domingo, 30 de abril de 2023

Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba

 Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba


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TAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA
Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.
Uniformizados à rigor, usando terno, luvas, quepe e sapato de couro rigorosamente lustrados, os taxistas, então chamados "Chauffeure" (plural), eram profissionais muito educados. A maioria saia da boléia para abrir a porta do outro lado do carro, para recepcionar o passageiro.
Era um tempo em que a estação era quase o único portao de entrada e saída da cidade, de modo que o transporte de passageiros em táxi, além de ser um meio de conexão rápida e segura com o destino, era também um facilitador na acomodação das malas e outros pertences dos usuários do trem.
Neste contexto, vamos rever a história da nossa saudosa estação:
"A estação de Curitiba foi inaugurada em 1885 para servir à linha Curitiba-Paranaguá. Em 1891, a linha foi continuada dali para atingir Ponta Grossa e, em 1894, para o resto do Paraná.
Mas a grande conquista para Curitiba foi em 1909, quando a cidade saiu de seu isolamento com a inauguração da ligação ferroviária com as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, através da junção do ramal de Itararé, da Sorocabana, e da linha Itararé- Uruguai, na então São Pedro do Itararé.
No ano seguinte, por Marcelino Ramos, seria possível também viajar de Curitiba a Porto Alegre de trem. As estradas de acesso a Curitiba eram péssimas. Por navio, via Paranaguá, era demorado demais. Há autores que afirmam que até meados dos anos 1920, o único acesso para Curitiba era por trem, pois as outras alternativas continuavam precaríssimas.
Somente nos anos 1960, com a abertura da rodovia Regis Bittencourt, através do vale do Ribeira, Curitiba passou a ter um acesso decente e mais rápido por automóvel e o trem passou a ser bem menos usado, pois vir de automóvel por Itararé e Ponta Grossa era extremamente longo e pela estrada do Ribeira, via Capão Bonito e Apiaí... bem, essa estrada tinha trechos de terra e de difícil uso em época de chuvas. Em 2006, foi finalmente asfaltada no trecho paranaense.
A estação de Curitiba permaneceu ativa até 13/11/1972, quando dela saiu o último trem para Paranaguá. Nesse dia, foi inaugurada a estação chamada Curitiba-nova, ou Rodoferroviária, como é mais conhecida. Alguns trens turísticos para a Lapa ainda saíram dessa estação por algumas oportunidades, até os anos 1980.
No início dos anos 1990, os trilhos foram definitivamente retirados e antiga ligação com a Rodoferroviária e a saída para Ponta Grossa, que ainda persistia, foi finalmente desfeita. Hoje, somente sobram os trilhos à frente da plataforma, abrigando algumas locomotivas e carros que fazem parte do museu que dentro da estação está instalado. O antigo pátio foi totalmente coberto com o Shopping Estação.
(Adaptado de: estacoesferroviarias.com.br / Foto: curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani

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