Fernando IV de Leão e Castela
Fernando IV de Leão e Castela
Sosa : 2.359.320
- Nascido a 6 de dezembro de 1285 - Alcázar de San Juan, Ciudad Real, Castilla-La Mancha, Espanha
- Falecido a 7 de setembro de 1312 - Jaén, Andaluzia, Espanha, com a idade de 26 anos
- Rei de Castela e Leão
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Pais
- Sancho IV de Leão e Castela, o Bravo 1258-1295
- Maria de Molina 1265-1321
- Sancho IV de Leão e Castela, o Bravo 1258-1295
- Maria de Molina 1265-1321
Casamento(s) e filho(s)
- Casado com Constança de Portugal 1290-1313 tiveram
- Afonso XI de Castela, "o Implacável" 1311-1350
- Casado com Constança de Portugal 1290-1313 tiveram
- Afonso XI de Castela, "o Implacável" 1311-1350
Irmãos
- Fernando IV de Leão e Castela 1285-1312
- Dona Beatriz de Castela 1293-1359
- Fernando IV de Leão e Castela 1285-1312
- Dona Beatriz de Castela 1293-1359
Notas
Notas individuais
Nota (1):
Fernando IV, o Emprazado (Alcázar de San Juan, 6 de dezembro de 1285 - Jáen, 7 de setembro de 1312) foi rei de Castela e Leão de 1295 até à sua morte.
Fernando era filho do rei Sancho IV e de Maria de Molina, senhora de Molina e Mesa, pertencente à família real castelhano-leonesa, uma vez que neta paterna da rainha Berengária de Castela e do rei Afonso IX de Leão.
Em 1295, o rei Sancho IV de Castela faleceu. Fernando foi coroado rei em Toledo com apenas 9 anos de idade. A rainha-mãe Maria de Molina assumiu a regência até à sua maioridade em 1301, o que causou alguns confrontos com a nobreza castelhana e leonesa e deu lugar a intrigas urdidas pelos reis Afonso III de Aragão, Jaime II de Aragão, Dinis de Portugal e Filipe IV de França, senhor de Navarra.
Mas a hábil regente conseguiu manter Fernando no trono, pretendido para o seu primo Afonso de Lacerda por uma facção de nobres encabeçada pelo seu tio, o infante D. João. Esta pretensão fôra originada quando o seu pai Sancho IV se apoderara do trono legado a Afonso de Lacerda, em desrespeito à vontade testamentária do anterior rei Afonso X.
Era um tempo de relativa anarquia. Os nobres levantaram-se contra o rei e pediam novos benefícios em troca de uma certa lealdade, mas uma vez obtidos estes, voltavam aos seus feudos para maquinar novas sublevações. Com os nobres rebeldes aliados aos reis de Aragão, França, Maria de Molina negociou.
O rei D. Dinis de Portugal acabou por aceitar terminar a invasão em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a Paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.
Pouco a pouco, e graças ao grande prestígio político que ganhou durante o seu governo, Maria de Molina foi conseguindo desarmar estes nobres revoltosos. O próprio infante D. João, seu cunhado, chegou a prestar vassalagem ao rei.
D. Maria lutou com todas as suas armas para manter o reino em paz e para o entregar ao seu filho em condições bastante favoráveis, mas os historiadores contam que quando Fernando IV chegou à maioridade, mostrou-se ingrato com a sua mãe. Pediu contas dos gastos do reino, que tinham sido empregues para manter a paz.
A rainha-mãe enfrentou a situação humilhante com firmeza e dignidade e apresentou as contas em pormenor, onde se podia ver como tinha usado o seu próprio dinheiro para o erário público. Também apresentou as jóias de Sancho IV intactas, a pedido do seu filho, juntamente com as suas próprias jóias.
Fernando foi um rei fraco, apoiado numa política de cedências. Uma das decisões importantes do novo rei foi o acordo de fronteiras com Jaime II de Aragão em 1304, a Sentença Arbitral de Torrellas: estabeleceu-se o limite para Castela na margem direita do rio Segura, incluindo a cidade de Múrcia, conquistada por Jaime de Aragão a Fernando de Castela com o auxílio de Afonso de Lacerda. Foi um convénio pouco favorável para Castela.
Depois, Fernando pretendeu aplacar as pretensões do seu primo Afonso de Lacerda, a quem concedeu vilas e lugares. A paz teve curta duração porque outro rival, o seu tio infante D. João, rebelou-se novamente até que finalmente Maria de Molina conseguiu fazer fracassar o seus intentos. Aliando-se com os reis de Aragão e Portugal, Fernando IV tentou conquistar o Reino de Granada, mas esse projecto foi um fracasso. Só teve êxito na conquista de Gibraltar, onde entrou triunfante em Agosto de 1305.
Em 1309, juntamente com Jaime II de Aragão, cercou Algeciras, domínios dos mouros nasridas, mas levantou o cerco em troca de Bedmar e Quesada. Iniciou também a tomada de Granada, mas morreu durante a preparação desta empresa.
Faleceu na sua tenda em Jaén, a 7 de Setembro de 1312, deixando dois filhos pequenos e a sua consorte viúva, que veio a falecer um ano depois. A regência em nome de Afonso XI seria entregue mais uma vez a Maria de Molina.
Uma lenda não confirmada diz que a sua morte deveu-se à maldição dos irmãos Carvalhal, inimigos do monarca. Fernando IV sentiria um grande ódio por estes dois rivais, João e Pedro Afonso de Carvalhal, e encarregou o seu favorito João Afonso de Benavides do assassínio destes.
Houve uma luta, mas como quem morreu foi o favorito do rei, este mandou prender os irmãos, que foram encontrados na feira de Medina del Campo, quando compravam arreios para os seus cavalos. A pena consistiu em encerrá-los numa cela do castelo de Martos (perto de Jaén) e lançá-los do precipício em poucos dias. Os irmãos Carvalhal declararam-se inocentes, uma vez que tinha agido em legítima defesa, não por assassinato.
No momento da sua morte garantiram que o rei seria levado ao juízo de Deus no prazo de um mês, caso eles fossem realmente inocentes. O rei morreu exactamente um mês depois desta execução. Por este motivo, Fernando IV foi cognominado de o Emprazado.
A lenda não é contemporânea da morte de Fernando e parece uma cópia da maldição que Jacques de Molay, o último grão-mestre da Ordem dos Templários, teria lançado sobre Filipe, o Belo e outros poderosos de França aquando da sua execução.
Fernando casou-se em 1302 em Valladolid com Constança, infanta de Portugal, filha da Rainha Santa Isabel e do rei D. Dinis I de Portugal. Deste casamento nasceram:
1. Leonor de Castela (1307-1359), casou-se com Jaime, príncipe herdeiro de Aragão (em 1319) e com
2. Afonso IV de Aragão (em 1329) Constança, infanta de Castela (1308-1310)
3. Afonso XI, rei de Leão e Castela (1311-1350)
Nota (1):
Fernando IV, o Emprazado (Alcázar de San Juan, 6 de dezembro de 1285 - Jáen, 7 de setembro de 1312) foi rei de Castela e Leão de 1295 até à sua morte.
Fernando era filho do rei Sancho IV e de Maria de Molina, senhora de Molina e Mesa, pertencente à família real castelhano-leonesa, uma vez que neta paterna da rainha Berengária de Castela e do rei Afonso IX de Leão.
Em 1295, o rei Sancho IV de Castela faleceu. Fernando foi coroado rei em Toledo com apenas 9 anos de idade. A rainha-mãe Maria de Molina assumiu a regência até à sua maioridade em 1301, o que causou alguns confrontos com a nobreza castelhana e leonesa e deu lugar a intrigas urdidas pelos reis Afonso III de Aragão, Jaime II de Aragão, Dinis de Portugal e Filipe IV de França, senhor de Navarra.
Mas a hábil regente conseguiu manter Fernando no trono, pretendido para o seu primo Afonso de Lacerda por uma facção de nobres encabeçada pelo seu tio, o infante D. João. Esta pretensão fôra originada quando o seu pai Sancho IV se apoderara do trono legado a Afonso de Lacerda, em desrespeito à vontade testamentária do anterior rei Afonso X.
Era um tempo de relativa anarquia. Os nobres levantaram-se contra o rei e pediam novos benefícios em troca de uma certa lealdade, mas uma vez obtidos estes, voltavam aos seus feudos para maquinar novas sublevações. Com os nobres rebeldes aliados aos reis de Aragão, França, Maria de Molina negociou.
O rei D. Dinis de Portugal acabou por aceitar terminar a invasão em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a Paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.
Pouco a pouco, e graças ao grande prestígio político que ganhou durante o seu governo, Maria de Molina foi conseguindo desarmar estes nobres revoltosos. O próprio infante D. João, seu cunhado, chegou a prestar vassalagem ao rei.
D. Maria lutou com todas as suas armas para manter o reino em paz e para o entregar ao seu filho em condições bastante favoráveis, mas os historiadores contam que quando Fernando IV chegou à maioridade, mostrou-se ingrato com a sua mãe. Pediu contas dos gastos do reino, que tinham sido empregues para manter a paz.
A rainha-mãe enfrentou a situação humilhante com firmeza e dignidade e apresentou as contas em pormenor, onde se podia ver como tinha usado o seu próprio dinheiro para o erário público. Também apresentou as jóias de Sancho IV intactas, a pedido do seu filho, juntamente com as suas próprias jóias.
Fernando foi um rei fraco, apoiado numa política de cedências. Uma das decisões importantes do novo rei foi o acordo de fronteiras com Jaime II de Aragão em 1304, a Sentença Arbitral de Torrellas: estabeleceu-se o limite para Castela na margem direita do rio Segura, incluindo a cidade de Múrcia, conquistada por Jaime de Aragão a Fernando de Castela com o auxílio de Afonso de Lacerda. Foi um convénio pouco favorável para Castela.
Depois, Fernando pretendeu aplacar as pretensões do seu primo Afonso de Lacerda, a quem concedeu vilas e lugares. A paz teve curta duração porque outro rival, o seu tio infante D. João, rebelou-se novamente até que finalmente Maria de Molina conseguiu fazer fracassar o seus intentos. Aliando-se com os reis de Aragão e Portugal, Fernando IV tentou conquistar o Reino de Granada, mas esse projecto foi um fracasso. Só teve êxito na conquista de Gibraltar, onde entrou triunfante em Agosto de 1305.
Em 1309, juntamente com Jaime II de Aragão, cercou Algeciras, domínios dos mouros nasridas, mas levantou o cerco em troca de Bedmar e Quesada. Iniciou também a tomada de Granada, mas morreu durante a preparação desta empresa.
Faleceu na sua tenda em Jaén, a 7 de Setembro de 1312, deixando dois filhos pequenos e a sua consorte viúva, que veio a falecer um ano depois. A regência em nome de Afonso XI seria entregue mais uma vez a Maria de Molina.
Uma lenda não confirmada diz que a sua morte deveu-se à maldição dos irmãos Carvalhal, inimigos do monarca. Fernando IV sentiria um grande ódio por estes dois rivais, João e Pedro Afonso de Carvalhal, e encarregou o seu favorito João Afonso de Benavides do assassínio destes.
Houve uma luta, mas como quem morreu foi o favorito do rei, este mandou prender os irmãos, que foram encontrados na feira de Medina del Campo, quando compravam arreios para os seus cavalos. A pena consistiu em encerrá-los numa cela do castelo de Martos (perto de Jaén) e lançá-los do precipício em poucos dias. Os irmãos Carvalhal declararam-se inocentes, uma vez que tinha agido em legítima defesa, não por assassinato.
No momento da sua morte garantiram que o rei seria levado ao juízo de Deus no prazo de um mês, caso eles fossem realmente inocentes. O rei morreu exactamente um mês depois desta execução. Por este motivo, Fernando IV foi cognominado de o Emprazado.
A lenda não é contemporânea da morte de Fernando e parece uma cópia da maldição que Jacques de Molay, o último grão-mestre da Ordem dos Templários, teria lançado sobre Filipe, o Belo e outros poderosos de França aquando da sua execução.
Fernando casou-se em 1302 em Valladolid com Constança, infanta de Portugal, filha da Rainha Santa Isabel e do rei D. Dinis I de Portugal. Deste casamento nasceram:
1. Leonor de Castela (1307-1359), casou-se com Jaime, príncipe herdeiro de Aragão (em 1319) e com
2. Afonso IV de Aragão (em 1329) Constança, infanta de Castela (1308-1310)
3. Afonso XI, rei de Leão e Castela (1311-1350)
Fontes
Ver árvore
Afonso X o Sábio 1221-1284 Violante de Aragão † Afonso de Molina † Maior Afonso de Menezes
Sancho IV de Leão e Castela, o Bravo 1258-1295 Maria de Molina 1265-1321
Fernando IV de Leão e Castela 1285-1312
|
Cronologia de Fernando IV de Leão e Castela
- 12856 dez.
Nascimento
12938 mar.7 anosNascimento de uma irmã
129525 abr.9 anosMorte do pai
131113 ago.25 anosNascimento de um filho
13127 set.26 anosMorte
Antepassados de Fernando IV de Leão e Castela
Descendentes de Fernando IV de Leão e Castela
Fernando IV de Leão e Castela 1285-1312 & Constança de Portugal 1290-1313 | | | Afonso XI de Castela, "o Implacável" 1311-1350 & Leonor Nunes de Gusmão 1310-1351 | | | | Henrique II de Castela, o das Mercês 1334-1379 Fradique Alfonso de Castela 1334-1358 Sancho Afonso de Castela 1342-1374 & Joana Manuel de Castela 1339-1381 & Constanza de Angulo 1330- & Beatriz de Portugal 1347-1381 | | | | | | | | | João I de Castela 1358-1390 Dona Leonor de Castela 1350- Leonor Urraca de Castela de Albuquerque 1374-1435 & Leonor de Aragão 1358-1382 & Dom Diego Gomez Sarmiento 1344-1385 & Fernando I de Aragão Castela e Leão 1380-1416 | | | | | | | | | Fernando I de Aragão Castela e Leão 1380-1416 Dona Maria Sarmiento 1366- Leonor de Aragão 1400-1445 & Leonor Urraca de Castela de Albuquerque 1374-1435 & Dom Fernan Perez de Ayala, o Neto 1360- & Duarte I de Portugal, 'o Eloquente' 1391-1438 | | | | | | | | | Leonor de Aragão 1400-1445 Dona Maria Lopez de Ayala Sarmiento 1385- Afonso V de Portugal, o Africano 1432-1481 & Duarte I de Portugal, 'o Eloquente' 1391-1438 & Pedro Garcia de Herrera 1380- & Isabel Avis de Coimbra 1432-1455 | | | | | | | | | Afonso V de Portugal, o Africano 1432-1481 Diego Garcia de Ayala y Herrera 1405-1485 João II de Portugal, 'o Príncipe Perfeito' 1455-1495 & Isabel Avis de Coimbra 1432-1455 & Dona Inês Peraza de Las Casas 1415-1503 & Ana Furtado de Mendonça 1458-1525 https://curitibaeparanaemfotosantigas.blogspot.com/
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