Abatiá (PR): O Berço do Café e do Grão que Encanta o Norte Pioneiro!

 

Abatiá

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Município de Abatiá
Bandeira Brasão
Hino
Fundação	17 de outubro de 1947 (72 anos)
Gentílico	abatiaense
Prefeito(a)	Nelson Garcia Junior (PDT) (2017 – 2020)
Localização
Localização de Abatiá no Paraná Abatiá Localização de Abatiá no Brasil
23° 18' 14" S 50° 18' 46" O
Unidade federativa	Paraná
Mesorregião	Norte Pioneiro Paranaense IBGE/2008[1]
Microrregião	Cornélio Procópio IBGE/2008[1]
Municípios limítrofes	Santo Antônio da Platina, Ribeirão do Pinhal, Santa Amélia, Bandeirantes, Cornélio Procópio e Jundiaí do Sul
Distância até a capital	450 km
Características geográficas
Área	229,083 km² [2]
População	7 457 hab. estimativa IBGE/2019[3]
Densidade	32,55 hab./km²
Altitude	620 m
Clima	Subtropical Cfa
Fuso horário	UTC−3
Indicadores
IDH-M	0,71 alto PNUD/2000[4]
PIB	R$ 58 765,784 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita	R$ 7 378,00 IBGE/2008[5]

Abatiá é um município brasileiro do estado do Paraná.

Etimologia

Abatiá é vocábulo tupi que significa grão de milho. De abati ou ybatim: milho (por ubá ou ybá: fruto; tim: afilado, pontudo); e á: grão. semente.

História

A história de Abatiá começou quando na metade do ano de 1925, pelos pioneiros João Carvalho, Antonio Maria, Cândido Coelho, João Ramalheiro, João Vicente e Manoel José Pereira, foram trazidas suas famílias a tiracolo e chegaram nas terras banhadas pelo Rio Laranjinhas, mais precisamente no local que conheciam pelo nome de Lajeado. Os pioneiros foram os fundadores de um povoado, o que, de modo efetivo, teria acontecido. Isso se deve a esses desbravadores de coragem que fundaram o núcleo, que deu origem ao atualmente conhecido município de Abatiá.^[6]

O primeiro nome que o pequeno povoado recebeu foi Lajeado. Essa denominação faz referência a geografia e também à história do local. De maneira posterior, com a maioria das famílias que ali se fixavam, o núcleo recebeu a denominação de Patrimônio de Carvalhópolis, nome este que homenageava o pioneiro e líder comunitário, senhor João Carvalho.^[6]

De maneira efetiva, o que constituiu-se em atração para os primeiros habitantes que passaram a morar no lugar, foi o fato de existir o solo de terras roxas de grande fertilidade, disponibilidade e clima que favorece a cafeicultura.^[6] Na época do "boom" colonizador do Paraná Setentrional, o acontecimento histórico que motivou a cafeicultura em Abatiá foi a chegada de Lord Lovat e seu grupo de capitalistas ingleses que chegaram na região a serviço da Companhia de Terras Norte do Paraná.^[7] A responsabilidade dessa empresa de capital britânico era colonizar um terreno cuja área era da ordem de 545 mil alqueires.^[7]

A cafeicultura era um negócio de excelente qualidade, cuja legislação que motivou foi Convênio de Taubaté, sendo este firmado no ano de 1906 como uma aliança, entre os estados brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A proibição taxativa prevista pela legislação foi de aumentar a área onde os camponeses pudessem plantar a rubiácea, naqueles estados.^[8] Foram favorecidas por esse convênio as numerosas fazendas que surgiram. A atividade econômica primária dessas fazendas foi a cafeicultura, que permitiu aos núcleos urbanos que se proliferassem na região, que hoje em dia os geógrafos e historiadores a conhecem pelo nome de norte pioneiro e que fora constituído numa grande área despovoada no fim das primeiras décadas do século XX.

A elevação do Patrimônio de Carvalhópolis à categoria de Distrito Administrativo ocorreria em 1939, passando a fazer parte do município de Santo Antônio da Platina (na ocasião, o Governo do Paraná alterou a sua denominação para Lajeado). O Interventor Federal Manoel Ribas assinou o Decreto-Lei Estadual nº 199, de 30 de dezembro de 1943, legislação esta que deu permissão para que o distrito perdesse o antigo nome de Lajeado, passando a se chamar Abatiá.^[6]

Em 10 de outubro de 1947, o governador do paraná, Moisés Lupion, sancionou a a Lei Estadual nº 02, sendo esta a legislação que criou o município de Abatiá, quando este se desmembrou de Santo Antônio da Platina, instalado oficialmente no dia 17 de outubro de 1947. O governo estadual da época nomeou, para o cargo de primeiro prefeito de Abatiá, o senhor Everaldo Reis da Rocha.^[6]

De acordo com o censo demográfico de 1950, a população do município era de 10 830 habitantes sendo que, deste total, a população rural era de 9 581, demonstrando que a principal atividade econômica do município sempre foi o setor agropecuário (com predomínio da cafeicultura).^[9]

Geografia

Possui uma área de 229,083 km² (representando 0,1149 % do Paraná), 0,0407 % da região e 0,0027 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 23°18'14" sul e a uma longitude 50°18'46" oeste, estando a uma altitude de 620 metros. Sua população estimada em 2018 era de 7 507 habitantes.

Abatiá (PR): O Berço do Café e do Grão que Encanta o Norte Pioneiro! ☕🌾

Escondido entre colinas verdes e campos férteis do Norte Pioneiro Paranaense, o município de Abatiá é um daqueles lugares onde a história brota da terra — literalmente. Com pouco mais de 7.400 habitantes (IBGE/2019), essa pequena cidade a 450 km de Curitiba carrega em seu nome uma homenagem indígena: “Abatiá” vem do tupi e significa “grão de milho” — símbolo de fartura, colheita e renovação. E não há metáfora mais justa para uma terra que, desde os anos 1920, se ergueu com o suor dos agricultores e o aroma do café de alta qualidade.

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Das Terras Roxas ao Título de Município

Tudo começou em 1925, quando um grupo de corajosos pioneiros — João Carvalho, Antônio Maria, Cândido Coelho, João Ramalheiro, João Vicente e Manoel José Pereira — chegou às margens do Rio Laranjinhas, atraídos pela fertilidade das terras roxas e pelo clima ideal para a cafeicultura. Ali fundaram o povoado de Lajeado, que depois se tornaria Carvalhópolis, em homenagem ao líder comunitário João Carvalho.

A virada veio com a chegada da Companhia de Terras Norte do Paraná, ligada a Lord Lovat e seus investidores ingleses, que transformaram a região num dos maiores polos cafeeiro do Brasil. Movidos pelo Convênio de Taubaté (1906) — que limitava o plantio de café em São Paulo, Minas e Rio —, produtores migraram para o Paraná, e Abatiá surgiu como um dos frutos desse êxodo agrícola visionário.

Em 1939, o distrito foi oficialmente criado, e em 1943, trocou o nome de Lajeado por Abatiá, resgatando sua raiz indígena. A emancipação política veio em 17 de outubro de 1947, quando se desmembrou de Santo Antônio da Platina, tornando-se município com identidade própria. Seu primeiro prefeito foi Everaldo Reis da Rocha, nomeado pelo governo estadual.

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Terra de Café, Gente e Belezas Serranas

Localizado na Microrregião de Cornélio Procópio, Abatiá faz divisa com Santo Antônio da Platina, Ribeirão do Pinhal, Santa Amélia, Bandeirantes, Cornélio Procópio e Jundiaí do Sul, integrando-se ao coração do Norte Pioneiro — região conhecida por sua vocação agrícola e paisagens onduladas.

Com 229 km² de área e altitude de 620 metros, o clima subtropical úmido (Cfa) favorece não só o café, mas também a criação de gado, cultivo de milho, soja e hortaliças. Apesar do êxodo rural nas últimas décadas, o setor agropecuário ainda é o pilar econômico da cidade — reflexo de uma identidade rural profundamente enraizada.

O município também se destaca por seu IDH-M de 0,71, considerado alto, o que demonstra avanços em educação, saúde e renda — conquistas que honram o esforço de gerações de abatiaenses.

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Um Nome que Honra a Terra e Seus Frutos

Enquanto muitas cidades adotam nomes de santos ou políticos, Abatiá escolheu celebrar a natureza. “Abatiá” — grão de milho — é um tributo à agricultura ancestral, aos ciclos de plantio e colheita, à simplicidade do campo. É um nome que fala de vida, alimento e comunidade.

E é exatamente essa essência que o visitante encontra ao chegar: ruas tranquilas, casas de telhado colonial, igrejas centenárias, cheiro de terra molhada e, claro, o café coado na hora, servido com um sorriso sincero.

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Conheça Abatiá: Onde o Passado Agrário Encontra o Futuro com Dignidade

Se você quer entender a alma do Paraná rural — aquela que construiu o estado com enxada, fé e visão de futuro —, Abatiá é um destino obrigatório. Ideal para roteiros de turismo rural, histórico e cultural, a cidade é um convite para desacelerar, valorizar o trabalho do campo e redescobrir o sabor das coisas simples.

Abatiá não é só um grão no mapa — é um grão de esperança, que floresce a cada colheita. 🌽✨

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