quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

a imigração judaica em Curitiba

 a imigração judaica em Curitiba


A trajetória da comunidade judaica no Brasil remonta ao período de colonização. Foram muitos os que chegaram da Europa, mas sob a nomenclatura de “cristãos-novos”. Este era o nome dos judeus que, espontânea ou forçadamente, batizaram-se no cristianismo para poder permanecer em território ibérico - os que não aceitavam a conversão eram convidados a se retirar ou encaminhados para a fogueira.


Na colônia portuguesa, contudo, não foram poucos os casos de judeus convertidos que mantiveram a prática judaica. Residentes nas principais cidades, como Rio de Janeiro, Salvador, Ouro Preto, Recife e Olinda, os “cristãos-novos” eram denunciados ao Tribunal do Santo Ofício. Alguns foram presos, outros foram torturados e dezenas foram queimados nos Autos de Fé. 


Este foi o caso, por exemplo, de um imigrante holandês residente em Recife, no século XVII. Seu nome era Izaque de Castro. Segundo consta, ele foi denunciado por “judaizar”, e por isso foi preso e levado para Lisboa. Lá, o rebelde foi interrogado pelo Santo Ofício e obrigado a parar de professar a sua fé. Izaque, porém, negou veementemente. O desfecho: aos 21 anos, o Menocchio judeu foi queimado vivo num Auto de Fé.

CONTEXTUALIZANDO A IMIGRAÇÃO JUDAICA CONTEMPORÂNEA


Foi somente no século XIX que os judeus imigraram ao Brasil podendo se identificar como judeus. E, também, foi a partir do final desse século que eles migraram de forma numerosa e coesa de seus países.


Já na década de 1880, milhares saíram da Europa Oriental (como do Império Russo e do Império Austro-húngaro) em direção a nações que cresciam economicamente e que possuíam grandes núcleos urbanos. Na América, os principais destinos foram os Estados Unidos, o Canadá e a Argentina.


Nessa história, o Brasil não ficou de fora. Como mostra a tabela abaixo, em 1926 se registrou, pelo menos, 600 imigrantes judeus no país. Eles escolheram as grandes cidades que representassem possibilidades mercantis e, sobretudo, onde o risco da xenofobia fosse menor.


CUIDADOS COM OS CONCEITOS



No artigo sobre o judaísmo escrevemos sobre isso. O judeu, em si, pode ser:


  • a pessoa que possuiu maternidade judia (conforme é entendido no judaísmo);
  • a que professa o judaísmo; a que encara os valores judaicos como modo de vida;
  • a que é oriunda de Israel;
  • e, também, a que se considera judia pelo sentimento de pertencimento histórico;


Por vezes, um judeu pode se encaixar em todos esses critérios, mas isso não e majoritário – existem judeus ateus ou que não reconhecem o estado de Israel, por exemplo. Seja como for, qualquer um que se encaixe em pelo menos uma dessas características é entendido como integrante da comunidade judaica.


A CHEGADA AO PARANÁ


Os imigrantes judeus pioneiros no Paraná se estabeleceram na Colônia polonesa Thomaz Coelho [1], em 1889. Eram cinco homens e três mulheres da família Flask, e mais dois irmãos da família Rosenmann, todos provenientes da Galícia Austríaca (região que, atualmente, compreende o extremo sudeste da Polônia e o extremo oeste da Ucrânia). Provavelmente, todos professavam o judaísmo.


Por que foram parar numa colônia polonesa?


Os motivos são históricos. No final do século XIX, o antissemitismo no Império Austro-húngaro e no Império Russo era latente. Na Rússia czarista, por exemplo, eram frequentes os ataques e massacres contra judeus, fato este chamado de “pogrom” (que em russo significa destruição ou massacre). O mesmo ocorria nos atuais territórios da Polônia e Ucrânia. [2]


Mais tarde, a partir de 1918, os contrarrevolucionários russos iniciaram uma matança de judeus no país (do qual fazia parte a Ucrânia), sob a justificativa de que estes apoiavam os revolucionários bolcheviques. Já na década de 20, o movimento nacionalista alemão e de outros países da Europa oriental, como a Hungria e a Romênia, difundiu ainda mais o antissemitismo na sociedade.


Ou seja, a imigração dos judeus ao Brasil e ao Paraná, que se intensificou principalmente na década de 1920, esteve diretamente relacionada com as políticas de ódio na Europa.


Mas isso não explica como os judeus chegaram na Colônia Thomaz Coelho em 1889. Para entender, precisamos analisar o contexto da imigração polonesa e ucraniana no Paraná.

[1] A Colônia Thomaz Coelho foi criada em 1876, pelo presidente da província do Paraná, Lamenha Lins. Localizada em Araucária, ela foi o destino de centenas de famílias polonesa, vindas principalmente da Galícia. Com o tempo, mais de 270 lotes foram criados na região, nos quais as famílias cultivavam alimentos para abastecer o mercado consumidor de Curitiba. Na década de 1980, porém, centenas de famílias foram deslojadas do local para o represamento do Passaúna. Desde 1995, há em Thomaz Coelho o Memorial da Imigração Polonesa Parque Romão Wachowicz, que mantém viva a memória dos colonos poloneses estabelecidos ali.

[2] Os pogroms foram comuns nos séculos XIX e XX, mesmo após o Holocausto. As regiões do leste europeu, principalmente Polônia, Ucrânia e Rússia foram as mais atingidas por esses atos de ódio. Por isso, muitos judeus emigraram desses locais. É bem provável, inclusive, que os judeus pioneiros do Paraná tenham vindo por esse motivo, já que tanto a Galícia quanto os seus arredores foram atingidos por pogroms nas décadas de 1880 em diante

 

IMIGRAÇÕES
 

Uma grande leva de imigrantes poloneses veio ao Paraná em 1876, com a criação da Colônia Thomaz Coelho, na região de Araucária. Paralelamente, desde a década de 1890, outra leva de imigrantes, dessa vez ucranianos, estabeleceu-se em Mellet (e posteriormente em Prudentópolis). Junto desses grupos, vieram os judeus. O que esses imigrantes tinham em comum? A região de origem.


As famílias Flask e Rosenmann, as pioneiras da comunidade judaica do Paraná, eram provenientes da Galícia Austríaca, que ficava ao norte do Império Austro-húngaro. Curiosamente, essa era a região de origem da maioria dos poloneses de Thomaz Coelho e dos ucranianos de Mallet. A única diferença entre eles era a religião professada – foi por isso que os judeus vieram em um navio de imigrantes cristãos que partiu do território austro-húngaro. 


Isso nos leva dizer que originariamente a comunidade judaica no Paraná teve um pé na Polônia e outro na Ucrânia. Certamente, os Flask e Rosenmann foram influenciados pela propaganda do governo brasileiro e pelas notícias de seus conterrâneos que aqui chegaram, e migraram ao Brasil crentes nas possibilidade de construir uma vida estável.


OCUPANDO CURITIBA

 

Os formadores da comunidade judaica em solo paranaense eram de origem rural, de pequenas aldeias. Entretanto, como característica primordial, eles comercializam na cidade os produtos agrícolas que cultivavam. Assim era na Galícia Austríaca, e assim o foi na Colônia Thomaz Coelho.


Em pouco tempo, porém, os imigrantes foram se vinculando à atividade urbana no centro de Curitiba. Por isso, eles deixaram a colônia polonesa e criaram comércios na região central, principalmente nas proximidades da Praça Tiradentes, na rua Candido de Abreu, Cruz Machado e Saldanha Marinho. Com isso, mais imigrantes se juntaram à comunidade.


De acordo com Regina Rotenberg Gouvêa, no ano de 1913 já se encontravam em Curitiba 12 famílias judias e mais 17 homens, solteiros e casados. Neste ano, para institucionalizar a comunidade, eles fundaram a União Israelita do Paraná (onde eram amarrados os laços comunitários e feitas as celebrações judaicas). 

A EXPANSÃO

 

Na década de 1920, o número de imigrantes explodiu. Além dos motivos de perseguição, desde 1918 a Galícia Austríaca era palco de guerras. A primeira delas foi entre a Polônia e Ucrânia, chamada de Guerra Polaco-ucraniana, motivada pelo interesse de ambos os países pelo domínio da Galícia. A disputa terminou em 1919 com a divisão da região em duas.


Já a segunda foi entre a Polônia e a Ucrânia contra a União Soviética, a Guerra Polaco -soviética, que se iniciou em 1919 e terminou em 1921; o conflito, gerado pelo interesse da URSS em dominar esses países, finalizou-se com a transformação da Ucrânia em domínio soviético. Nessa história, a Galícia Austríaca se tornou a fronteira da Polônia com a URSS.[3]

[3] Clarice Lispector e sua família são um dos exemplos de judeus ucranianos que vieram ao Brasil depois da conquista do território da Ucrânia pelos soviéticos. Eles eram da aldeia de Chechelnyk, região vizinha à Galícia Austríaica, mas tiveram que fugir de lá por conta das perseguições contra os judeus, os pogroms. Clarice e a família chegaram a Maceió em 1922.

Em decorrência disso, desde 1920 Curitiba recebeu milhares de imigrantes judeus provenientes dessas regiões da Europa Oriental. Eles se estabeleceram, majoritariamente, nos bairros centrais, como o São Francisco, o Batel, o Água Verde, o Alto da XV, entre outros. A maioria se inseriu no ramo comercial.


Já nas décadas de 30 e 40, apesar da diminuição da imigração, especialmente dos judeus, pelo governo de Getúlio Vargas (que mantinha estreitas ligações com os países fascistas), a comunidade judaica continuou a crescer. Estima-se que, em 1930, estavam na capital mais de 900 imigrantes, número que, no pós-guerra, chegou a 1500. 


Nessa época, a cidade recebia não só judeus da Polônia e da Ucrânia, como também da URSS, da Hungria e Eslováquia, e outros, que fugiam da repressão e do ódio.


Não é por menos, segundo Gouvêa, que até 1970 mais de 82% da comunidade judaica de Curitiba era oriunda da Europa Oriental. Além disso, mais da metade dos 1500 residentes em Curitiba chegou entre 1920 e 1940, auge das guerras e da repressão.

CURITIBA E O HOLOCAUSTO


Cerca de 80 famílias judias vieram ao Paraná após o Holocausto. Dessas, o Museu do Holocausto de Curitiba catalogou mais de 100 histórias de sobreviventes da Shoá. Atualmente, seis deles vivem em Curitiba.

A história desses resistentes você pode conferir aqui.


Umas dessas pessoas que resistiram ao Holocausto e vieram à Curitiba foi Eva Hohane. Natural da Polônia, ela teve a sua família assassinada e foi presa em Auschwitz, em 1942. Lá ficou até o final da guerra. No Pós-Guerra, Eva veio à Curitiba, onde faleceu em 2008, aos 87 anos.

A CONSOLIDAÇÃO

 

Mesmo com a xenofobia do período varguista, que limitou a entrada de vários imigrantes, dentre eles os judeus, e dos estereótipos criados contra a comunidade judaica, os judeus tiveram boa inserção na sociedade curitibana. Por isso, muitos tiveram prosperidade na cidade. 


Hoje, apesar da imigração ter enfraquecido e da comunidade se fragmentar em vários bairros, majoritariamente os judeus ocupam profissões liberais de classe média, e contribuem para o desenvolvimento histórico de Curitiba


Essa presença, é claro, veio acompanhada de uma série de instituições que fortaleceram a isenção dos judeus em Curitiba.

ININSTITUIÇÕES

 

Além da União Israelita do Paraná, fundada na rua Cândido de Abreu em 1913, a comunidade judaica teve, em 1917, um Comitê Feminino formado pelas esposas dos primeiros imigrantes judeus, que tinha como objetivo integrar aqueles que chegavam à cidade.

 

Depois, em 1938, a UIP foi transferida para a Cruz Machado, número 45. Nessa época, a União já se chamava Centro Israelita do Paraná (nome que permanece até hoje). Mais adiante, outras instituições foram criadas, como o primeiro cemitério judaico, no bairro Água Verde, em 1925 (atualmente, a comunidade possui outros dois cemitérios, um no bairro Santa Cândida e outro no bairro Umbará).

 

Além disso, também foi fundada a Escola Israelita, no ano de 1935, que primeiro se localizou na Rua Lourenço Pinto (e que na década de 70 foi transferida para a Rua Nilo Peçanha).

 

Já em 1959, finalmente foi construída a Sinagoga Francisco Frischmann, primeira sinagoga de Curitiba. Até então, as cerimonias religiosas eram feitas no Centro Israelita.

 

Nos dias de hoje, porém, tanto o Centro Israelita do Paraná quanto a nova Sinagoga Beit Yaacov e a escola foram transplantadas para um complexo arquitetônico no Bom Retiro, onde há, afinal, o Museu do Holocausto, inaugurado em 2011 (o único museu do holocausto do Brasil).



Essas instituições, enfim, consagram uma longa histórica da comunidade judaica em Curitiba. Um história que, felizmente, não é de Autos de Fé, e nem de pogroms, e sim de presença, interação, contribuição e estabelecimento. A trajetória que se iniciou com um pequeno núcleo familiar na Colônia Thomaz Coelho, hoje é continuada por milhares de imigrantes e descendentes judeus espalhados pela cidade. 



Texto e pesquisa: Gustavo Pitz


PARA CITAR: PITZ, Gustavo. "Conhecer para respeitar: a imigração judaica em Curitiba". Turistória, Curitiba, 2021.  Disponível em: <http://turistoria.com.br/imigracao-arabe-em-curitiba-entre-o-esquecimento-e-o-pertencimento>.

A história do Solar do Rosário de Curitiba

 A história do Solar do Rosário de Curitiba

“Regina, comprei aquela casa velha lá do centro!” – foi isso que ela ouviu surpresa, quando o marido chegou em casa numa tarde de maio de 1989.


Três anos depois, surgiria na “casa velha” um dos espaços culturais mais acolhedores e bem restaurados da cidade, no coração do centro histórico de Curitiba. Foi uma festa e tanto a inauguração da casa em 19 de maio de 1992, depois de uma longa e cuidadosa reforma de 3 anos - afinal a casa já completava um século de existência!


No final dos anos 1800, no auge do ciclo da erva-mate e da chegada de imigrantes vindos do mundo todo, o proprietário de uma indústria de cerâmica, o senhor Ignácio de Paula França, construiu a residência de sua família no local mais abençoado da cidade, entre as duas igrejas católicas que funcionavam na Vila (a da Ordem e a do Rosário) e a duas quadras do primeiro templo da comunidade luterana que ficava na Rua América, atual Dr. Trajano Reis.


Nessa época, as missas e celebrações da Matriz aconteciam na Igreja da Ordem (como é chamada a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas), porque a Catedral estava sendo reconstruída. Bem do ladinho da casa, fica a Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito (veja foto antiga dessa época – imagem 1). Tanto as obras da matriz como as da igreja luterana acabaram em 1893 (veja imagem da primeira igreja, demolida – imagem 2).



Bem... a família do seu Ignácio se mudou para o solar mais ou menos nessa época e o povo passou a chamar a casa de “Solar de Sinhá França”. Durante décadas, por ali passaram várias procissões, como a registrada em outra das poucas imagens antigas, essa de 1918, ano da epidemia da “gripe espanhola” (imagem 3).




A família França deixou o imóvel logo após o falecimento de seu Ignácio, que aconteceu em 29 de abril de 1919. A casa foi adquirida muito tempo depois pelo advogado e político paranaense Newton Carneiro, irmão do historiador Davi Carneiro (este 10 anos mais velho e herdeiro do nome do pai, que foi ervateiro e coronel). Newton chegou a idealizar uma pousada no local, com projeto do arquiteto Cyro Correa de Oliveira Lyra, encontrado na Casa da Memória de Curitiba.


Nos anos 60, porém, acabou alugando o imóvel ao Instituto Goethe do Paraná, que funcionou ali por mais de 25 anos. O Goethe é uma instituição que atua no mundo todo promovendo a cultura e o idioma alemães, o que estaria em sintonia com um dos estilos arquitetônicos representados pelas entradas laterais da casa.


Na página do Solar do Rosário na internet, encontramos que “(...) é uma casa assobradada de arquitetura eclética porque, como em todas as casas senhoriais do fim do século XIX, havia uma mistura de estilos: colonial português, francês, alemão, acrescido de características neoclássicas como o frontão com suas volutas curvas, janelas e sacadas. Síntese de estilos que retrata o espírito da terra paranaense: acolhedora de todas as etnias, terra de todas as gentes”.


Ou seja, passou-se um século de muita história até que fosse inaugurado o Solar do Rosário, assim batizado em homenagem à vizinha Igreja do Rosário por Regina de Barros Correia Casillo, que foi quem recebeu a “casa velha” como um presente de seu marido, João Casillo.


Ele mesmo disse à equipe Turistória: “Eu entrei com os tijolos, mas a alma quem deu a tudo foi a Regina!”

E desde então lá se vão mais quase 30 anos de muitas histórias. As salas do Solar, que no início funcionaram como galeria de arte, viram passar mais de 100 exposições de artistas, a maioria paranaenses, todas registradas em azulejos decorativos. Uma dessas salas foi batizada pelo curitibano Poty Lazzarotto como “Sala do Artista” e ali o grande muralista e pintor pôde criar e produzir muito. 


Uma de suas obras mais famosas é a da imagem 4. Sobre essa obra (hoje um dos cartões postais da cidade), Regina conta que viu o artista sentado em frente ao Solar numa noite fria observando e desenhando a casa. Sem mais, em determinado momento, levantou-se, pegou seu cavalete, o resto de seu material e foi embora.


Dias depois Lazzarotto entregou a ela o resultado e explicou a presença de duas figuras bem representativas da cultura curitibana: a de um tropeiro passando em frente à casa com seu cavalo, e vultos de sinistras figuras masculinas nas três janelas superiores: seriam eles “vampiros de Curitiba”, em referência ao famoso e polêmico escritor Dalton Trevisan, por causa de um de seus livros mais famosos, publicado em 1965 com esse título: “O Vampiro de Curitiba”.


Muitos artistas eternizaram o Solar do Rosário com suas artes: são 104 obras nas mais diversas técnicas! Quando o Solar completou 25 anos, em 2017, foi realizada uma exposição no Memorial de Curitiba (seu vizinho de frente, na Rua Claudino dos Santos, Centro Histórico), a convite da Prefeitura da capital paranaense. Mas isso é surpresa para outra publicação!


Seguem algumas dessas obras:

Cada uma dessas exposições mereceria uma homenagem ou um artigo exclusivo contando a história de cada artista. Mas são muitos e nem só de arte viveu o Solar. Até o início da pandemia da Covid-19 no ano de 2020, o Solar contou com um restaurante e casa de chá, conduzido pela dona Dorothéa por quase 30 anos. Mas, com as medidas de restrições necessárias para a contenção da doença, ela resolveu fechar as portas.


Durante o isolamento que 2020 impôs ao mundo, os cursos foram oferecidos em plataformas virtuais e alunos do mundo todo puderam participar, agregando muitas contribuições que presencialmente não teriam sido possíveis. Algumas oficinas e workshops também seguiram, sempre com muito cuidado sanitário.


Muitas outras mudanças ainda virão, mas o Solar ou mesmo o Novo Solar do Rosário continuarão sendo um complexo cultural fascinante, cada vez com maior destaque para os cursos, eventos, palestras nas mais diversas áreas da cultura, desde História, Arte e Patrimônio até Música e Literatura.


A nós paranaenses, só nos resta agradecer João Casillo, não pelos tijolos que tanto contribuíram para a cultura do Estado do Paraná, mas por ter nos abençoado com a presença da Regina, sua esposa há mais de 50 anos e que, sendo carioca de nascimento, veio por amor tornar essa cidade plena de sua alma cultural.

Texto e pesquisa: Cyntia Wachowicz

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