quinta-feira, 11 de agosto de 2022

CONHECENDO A HISTÓRIA DO JOCKEY CLUB DO PARANÁ

 CONHECENDO A HISTÓRIA DO JOCKEY CLUB DO PARANÁ

CONHECENDO A HISTÓRIA DO JOCKEY CLUB DO PARANÁ
A história do Jockey Club do Paraná, inicia-se por ocasião de sua fundação que ocorreu em 02/12/1873, pelo capitão Luis Jácomo, então oficial da cavalaria imperial que atendendo à determinação de Dom Pedro II, veio à Capital da Província para estimular a eqüinocultura no sul do país e permaneceu em Curitiba por 73 dias, tempo suficiente para organizar e oficializar a fundação do "Clube de Corridas Corytibano".
A localização inicial da sede do Clube de Corridas deu-se na antiga chácara do major Manoel Assumpção, na margem direita do Rio Água Verde, no prolongamento da Av. São José (atual Av. Marechal Floriano), onde atualmente encontra-se o Hospital Nossa Senhora da Luz. O prado então fundado, também conhecido como "Prado Jácomo", possuía uma pista de 1.700 metros e foi oficialmente inaugurado em 29/01/1874, com instalações adequadas quando então foi realizada a primeira corrida, a qual teve como vencedor a égua Garça.
Dez anos após, em 24/10/1884, a Assembleia Provincial doa ao Clube um terreno no prolongamento da Rua São José, no qual se constrói outro Prado de Corridas.
Como o decorrer do tempo, o espaço até então utilizado pela entidade, tornou-se insuficiente e o Jockey Club do Paraná mudou-se para o bairro Guabirotuba, local onde hoje se situa a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e, neste local, funcionou até 1955.
A mudança de sede foi influenciada pela idéia de um novo hipódromo, com espaços mais amplos, em condições melhores tanto para as corridas quanto para os espectadores. Nesse contexto, explica-se como deu-se a troca de endereço, com a inauguração do novo prado em 25/06/1899:
"O Clube de Corridas Curytibano que havia ganho 5.184 m2 de terreno (adjunto ao terreno do asilo) e nele construídas benfeitorias, iniciou negociação com o governo do estado para uma permuta com outra área. O negocio realizado foi bom para as duas partes. As inúmeras e sólidas benfeitorias da pequena área, compensaram o ganho de uma maior, localizada no bairro do Guabirotuba, beirando a estrada que demandava ao lugarejo de São José dos Pinhais, limitada ao fundo com o Rio Belém."
Com a venda do terreno do "Prado Jácomo", tem início a construção da segunda sede do Jockey Club na cidade, o "Prado do Guabirotuba".
Feita em alvenaria, a arquibancada oferecia acomodações mais confortáveis aos espectadores e dispunha de um “pavilhão central para as autoridades”, formando um “conjunto elegantíssimo”, como descreveu o jornal 'A República' em edição que circulou após a inauguração do espaço, em 25/06/1899.
O agora chamado "Prado Guabirotuba" representou uma nova fase do turfe paranaense, mostrando rápido desenvolvimento desta prática, fazendo que o público adepto deste esporte crescesse também, contudo não perdendo as características pertinentes do mesmo.
Neste local, ocorreram fatos históricos para Curitiba, como o primeiro grande evento de futebol da cidade, em 1909. Inicialmente houve uma disputa de futebol, na cidade de Ponta Grossa, num combinado de descendentes de alemães de Curitiba, contra ingleses que construíam uma estrada de ferro em Ponta Grossa. Após o jogo ocorrido em Ponta Grossa, estes curitibanos criaram o Coritiba Foot Ball Club (o primeiro clube do estado) e receberam os ingleses para sua primeira partida de um clube paranaense, utilizando o gramado do Jockey, no dito "Prado do Guabirotuba".
Em 1914, um fato histórico marcou o Prado Velho, o primeiro voo e pouso de um avião na cidade. O piloto era Cícero Marques, que usou o Prado do Guabirotuba como palco de sua façanha. Para homenagear o feito, o então prefeito da cidade, Cândido de Abreu, o presenteou com um prêmio de mil réis.
A presença de personalidades femininas no Jockey Club do Paraná era destacada pela imprensa, conforme constou no jornal Estado do Paraná, onde ressalta a presença da miss Paraná, Didi Carllet, no Prado, em 1929:
"No dia 2 de julho de 1929 registrou-se o primeiro grande acontecimento da temporada. O clássico 'Dr Benjamin Pessoa', reservado para animais mestiços de 2 anos, marcou a vitória de Rica. Naquele dia, a srta. Didi Carllet, miss Paraná recebeu uma homenagem do Jockey Club Paranaense, tendo o jornal ' O Dia', comentado: ' momento antes de ter largado o segundo páreo, a fulgurante senhorita Didi Carllet, acompanhada de seus dignos progenitores e pela senhorita Fernandina Marques, chegou ao Prado'. A prova em homenagem a Miss Paraná marcou a vitória de Inimigo, que defendeu as cores do sr. Edgard Guimarães, vice presidente do Jóquei Clube. Após a carreira a senhorita Didi Carllet ofereceu ao jóquei Eduardo Ferreira um 'rica e linda' medalha de ouro, com os "cumprimentos de Miss Paraná - 1929".
Ainda sobre a presença feminina no Jockey, é retratada a presença da então Miss Brasil, Marta Rocha, em um dia de espetáculo, no ano de 1954:
"A sensação dos festejos do G.P. 'Paraná' de 1954, sem dúvida foi a presença de Marta Rocha, Miss Brasil, que havia conquistado o título da '2ª mulher mais bonita do mundo'. Temos a impressão que todas as promoções sociais até hoje realizadas pelo Jockey Club, a vinda de Marta Rocha foi a que teve maior repercussão. O público que compareceu ao Guabirotuba foi tão numeroso, que chegou a prejudicar o movimento de apostas."
A partir de 1955 o Jockey Club do Paraná transferiu-se para a sua atual sede, localizada na Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Bairro do Tarumã.A partir de então o Prado do Guabirotuba passou a ser chamado de "Prado Velho".
(Fontes: efdesportes.com.br / Gazeta do Povo / Wikipédia / Memória Urbana)
Paulo Grani

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Nests Foto de 1916, as primitivas arquibancadas e coberturas ha havia my Sidon renovadas, ainda em madeira.
Foto: Arquivo Público do Paraná, acervo Julia Wanderley)

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Flagrante da partida de futebol ocorrida em 1909 entre jogadores ingleses, equipe chamada Internacional, e jogadores que formaram a primeira equipe do Coritiba Foot Ball Club.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

Pode ser uma imagem de texto que diz "Cinb de Corridas Paranaense Grandes corridas Maio de 1899 IMPRETERIVELMENTE Inauguração do Νόνο Prado PROGRAMMA DE INSCRIPÇÃO animaes kilos. animaes 60 kilos. kilos sangue. ção 08 idade, 120$000. sangue, kilos bangue. para inscripções Maio corrente maes, meio dia, (escriptorio). que inscrever sómente animaes, desconta. premio naquelle em que tomar parte mais ani- chegar e lugar correspondente ao pre- 08 Para inseriptores animaes nos pareos deverão affectuar inscripção, qualquer documento prove identidade seu Directoria p6e diaposição dos proprietarios de animaes, cocheiras bem localisada8, onde possam seus animaes. esclarecimentos Sra. inscriptores (escriptorio) todos 08 dias uteis das tarde. Curityba, Secretario, Bitteneourt."
Publicação do Jornal "A República", de 28/05/1889, o Clube de Corridas divulgava a inauguração do Novo Prado, chamado Prado Guabirotuba.

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Nesta foto da década de 1940, as novas arquibancadas já em alvenaria.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

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Nesta foto da década de 1940, as novas arquibancadas já em alvenaria.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
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As arquibancadas do Prado Guabirotuba, década de 1960, agora chamado Prado Velho.
(Foto: Pinterest)
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Nesta foto da década de 1990, as velhas arquibancadas receberam reforma e foram tombadas como Patrimônio Histórico de Curitiba. Hoje abriga o museu da PUC e suas arquibancadas são usadas para anfiteatro.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

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Em foto de junho de 1905, as instalações do antigo Prado do Clube de Corridas de Corytiba, com sua cancha reta.
(Foto: Arquivo Público do Paraná, acervo Julia Wanderley)

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O congestionamento de carruagens no Prado neste evento de 1916, demonstra a predominância da elite curitibana neste tipo de esporte.
(Foto: Arquivo Público do Paraná, acervo Julia Wanderley)

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Histórica foto da Praça Osório de Curitiba, década de 1930, flagrando a passagem do bondinho que fazia a linha do Batel. (Foto: Acervo Paulo José Costa) Paulo Grani

 Histórica foto da Praça Osório de Curitiba, década de 1930, flagrando a passagem do bondinho que fazia a linha do Batel.
(Foto: Acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani


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terça-feira, 9 de agosto de 2022

— Rua Comendador Araújo em direção à Praça Osório, tendo ao fundo a imponente Catedral. A foto (de 1905) foi tirada de mais ou menos, onde hoje está a Sociedade Thalia ***Copyright © Gazeta do Povo. ***

 — Rua Comendador Araújo em direção à Praça Osório, tendo ao fundo a imponente Catedral. A foto (de 1905) foi tirada de mais ou menos, onde hoje está a Sociedade Thalia
***Copyright © Gazeta do Povo. ***


Pode ser uma imagem em preto e branco de 4 pessoas e rua

***— ***𝑹𝒖𝒂 Riachuelo em obras, em 1904 ***Copyright © Gazeta do Povo. ***

 ***— ***𝑹𝒖𝒂 Riachuelo em obras, em 1904 ***Copyright © Gazeta do Povo. ***


Pode ser uma imagem em preto e branco de 1 pessoa, ao ar livre e texto que diz "RELOJDARIA"

— Casarão que existia, na esquina das atuais Alameda Dr. Muricy com Rua Cândido Lopes, e que também foi a Segunda sede do Museu Paranaense (1900-1913).

 — Casarão que existia, na esquina das atuais Alameda Dr. Muricy com Rua Cândido Lopes, e que também foi a Segunda sede do Museu Paranaense (1900-1913).


Pode ser uma imagem de 2 pessoas e ao ar livre

Rua Barão do Rio Branco, esquina com Marechal Deodoro. Ano - 1912

 Rua Barão do Rio Branco, esquina com Marechal Deodoro.
Ano - 1912


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UM BREVE OLHAR SOBRE A ANTIGA RUA IVAÍ, DE CURITIBA Nestas fotos de 1939 e 1941, contemplamos a então Rua Ivaí (atual Getulio Vargas)

 UM BREVE OLHAR SOBRE A ANTIGA RUA IVAÍ, DE CURITIBA
Nestas fotos de 1939 e 1941, contemplamos a então Rua Ivaí (atual Getulio Vargas)

UM BREVE OLHAR SOBRE A ANTIGA RUA IVAÍ, DE CURITIBA
Nestas fotos de 1939 e 1941, contemplamos a então Rua Ivaí (atual Getulio Vargas), de Curitiba, em dois momentos de sua existência quando, naqueles primórdios, estava recebendo as primeiras obras de urbanização, as quais a tornaram uma das mais importantes artérias da cidade, com seus 4 km de extensão, desde o bairro Rebouças, passando pelo Água Verde e finalizando na Vila Isabel, na rua Presidente Arthur Bernardes.
No início do século 20, ela era um pequeno caminho que partia das proximidades da atual avenida Republica Argentina, um pedaço da antiga Colônia Dantas, e descia até as proximidades de onde hoje está o campo do Atlético (Arena da Baixada). Sua abertura foi lenta e gradual, conforme mostram as fotos da virada da década de 1940 para 50.
Seu nome Ivaí ou Ivahy, permaneceu até início de 1957, quando os vereadores de Curitiba resolveram homenagear o ex-presidente Getulio Vargas, por seus feitos ao Paraná.
Em 24/02/1957, em homenagem a Vargas uma placa foi inaugurada na Praça Tiradentes com a inscrição no mármore branco: “ao mártir do nacionalismo da justiça social e da emancipação econômica da Pátria: Getúlio Vargas, homenagem dos trabalhistas e do povo de Curitiba". Naquela ocasião, a homenagem foi estendida para dar seu nome a uma rua de Curitiba, uma artéria de bom tamanho e de reconhecida importância à população. Desde então, a rua Ivaí passou a se chamar Av. Presidente Getúlio Vargas.
Hoje, a avenida Getulio Vargas parece uma grande artéria verde cortando um emaranhado de edifícios em sua extensão. Entre centenas de imóveis comerciais e residenciais, encontramos o Clube Curitibano, a Praça Afonso Botelho, a Igreja do Imaculado Coração de Maria, entre outras significativas construções.
Paulo Grani

Pode ser uma imagem de estrada
Asfaltamento da Rua Ivaí, em dezembro de 1939, trecho da Igreja do Imaculado Coração de Maria até a Dezembargador Westphalen.
Foto: Arthur Wischral , acervo Paulo José Costa

Pode ser uma imagem de árvore e ao ar livre
Rua Ivaí, esquina com a Brigadeiro Franco. A foto é de 1941, quando a mesma estava em obras.
Foto: Acervo Cid Destefani
Pode ser uma imagem de estrada e ferrovia
Rua Ivaí, esquina com a Rua Buenos Aires. A foto é de 1941, quando a mesma estava em obras.
Foto: Acervo Cid Destefani

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Os textos históricos sobre a emancipação política do Paraná costumam omitir como se deram os acontecimentos preliminares que levaram à ruptura política com a Capitania de São Paulo.

 Os textos históricos sobre a emancipação política do Paraná costumam omitir como se deram os acontecimentos preliminares que levaram à ruptura política com a Capitania de São Paulo.

POUCOS SABEM DISSO ...
Os textos históricos sobre a emancipação política do Paraná costumam omitir como se deram os acontecimentos preliminares que levaram à ruptura política com a Capitania de São Paulo.
No texto adiante, o historiador Aníbal Ribeiro Filho relata como se deram os acontecimentos ainda em solo parnanguara, que deflagraram a emancipação:
"A reunião para o juramento da Constituição serviu de ocasião para um acontecimento histórico, de grande importância para os destinos de Paranaguá e posteriormente do Paraná, que teve o nome de "Conjura Separatista".
De longa data vinha o povo da Vila de Paranaguá, descontente com a administração de vários governadores de São Paulo, a cujo governo pertencia a vila, bem como, pacientemente, agüentando o despotismo de Capitães-mores e Sargentos-mores e as arbitrariedades de Ouvidores Gerais, pessoas diretamente ligadas ao governo de São Paulo.
Esse descontentamento gerou a revolta, motivando uma representação feita ao Príncipe Regente D. João, em 13/07/1811, pedindo o desligamento de São Paulo, para se instituir uma nova Província com governador próprio e residente em Paranaguá, que era na ocasião a Vila mais importante com jurisdição sobre outras vilas.
Nada tendo conseguido da Corte nem dos governadores de São Paulo, com suas queixas e pedidos, resolveram os moradores de Paranaguá forçar a situação, proclamando o rompimento com São Paulo e criando governo próprio.
Em 14/07/1821, Floriano Bento Viana*, 1º sargento da 4ª Companhia do Regimento de Milícias, foi procurado pelo Sargento-mor das Ordenanças, Francisco Gonçalves da Rocha e Inácio Lustosa de Andrade, que o puzeram ciente da situação e das aspirações e o convidaram a participar de reuniões secretas junto as demais autoridades de Paranaguá que manifestavam o desejo de separar a Comarca de Curitiba e Paranaguá, da Capitania de São Paulo.
Juntos, depois de analisarem a gravidade e a responsabilidade do movimento separatista, combinaram que, aproveitando a concentração de tropa e povo para a cerimônia do juramento, Floriano Bento Viana desse o grito separatista, sendo nesse gesto apoiado pela Câmara, pela tropa e pelo povo.
Depois do juramento na sala da Câmara, tendo os Oficiais assumido o comando à frente das tropas da Milícia postadas diante do edifício, apareceram nas janelas do Paço o Juiz de Fora, Dr. Antônio de Azevedo Melo e Carvalho, autoridades e os membros da Câmara com o Real Estandarte, para se proceder o juramento da tropa e do povo.
Terminado esse ato, Floriano Bento Viana, adiantando-se à tropa, dirigiu-se à Câmara, em alta voz: "Ilustríssimos senhores, temos concluido o nosso juramento de fidelidade, agora quereremos que se nomeie um governo provisório para que nos governe em separado da Província. Tornam-se os nossos recursos demorados, e assim, cheios de desespero, pedimos que se dê parte de tudo a Sua Majestade".
Com presteza e serenidade, usando sua autoridade de magistrado, respondeu o Juiz de Fora que "ainda não é tempo e com vagar se há de representar a Sua Majestade".
Não querendo perder tão rara quanto preciosa oportunidade, Floriano Bento Viana retrucou, "que o remédio se aplica ao mal quando aparece e portanto não há ocasião melhor nem mais apropriada que agora".
Houve silêncio geral e a expectativa era augustiante, mas a autoridade do Juiz acalmou os ânimos e desarmou os espíritos. Dada a imponência do ato que se realizava, o respeito do povo e a disciplina da tropa, não houve qualquer gesto de rebelião.
Do fato ocorrido, ficou uma convicção - o patente destemor e a inabalável decisão que movia o povo da Vila de Paranaguá a lutar pela sua emancipação política.
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Pelo gesto desassombrado, a semente estava lançada e Francisco de Paula Gomes, aproveitando-se dele, desencadeou, numa série de artigos convincentes, pelas colunas do Jornal do Comércio, a campanha separatista na Corte do Rio de Janeiro. Dessa campanha, longa e trabalhosa resultaria a emancipação política com a criação da Província do Paraná em 1853."
* Mais tarde, Floriano Bento Viana foi elevado à Capitāo da Guarda Nacional e agraciado com a Imperial Ordem da Rosa.
(Extraído do livro Paranaguá na História de Portugal, de Aníbal Ribeiro Filho)
Paulo GraniNenhuma descrição de foto disponível.
Aquarela de 1834, apresenta as cercanias do rio Itiberê e suas margens com a, então, Vila de Paranaguá.

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Foto das águas do rio Itiberê e suas margens com a cidade e Paranaguá, primeira década de 1900.

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Rua XV de Novembro, Paranaguá, década de 1890.

Nesta foto de 1912, vemos ao fundo, o Mercado Municipal Provisório de Curitiba que funcionou na Praça 19 de Dezembro, entre 1912 e 1915.

 Nesta foto de 1912, vemos ao fundo, o Mercado Municipal Provisório de Curitiba que funcionou na Praça 19 de Dezembro, entre 1912 e 1915.

ANTIGO MERCADO MUNICIPAL PROVISÓRIO DE CURITIBA
Nesta foto de 1912, vemos ao fundo, o Mercado Municipal Provisório de Curitiba que funcionou na Praça 19 de Dezembro, entre 1912 e 1915.
Nesse período, o antigo Mercado que funcionava na atual Praça Generoso Marques foi demolido para dar espaço à construção do edifício que abrigaria a Prefeitura Municipal.
Á direita, vê-se a Escola Alemã, fundada em 1892 como "Deutsch Schulle", mais tarde seu nome foi mudado para "Escola Progresso". Foi demolida para alargamento da Av. Candido de Abreu.
(Foto: Curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani

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A ANTIGA PADARIA IRMÃOS BURGEL

 A ANTIGA PADARIA IRMÃOS BURGEL

A ANTIGA PADARIA IRMÃOS BURGEL
"A história da Família Bürgel no Brasil começa no final do século XIX. De origem austríaca, os primeiros Bürgel a imigrarem para o Brasil foram Johann Bürgel e sua esposa Marianna, pais de Franz e Johann Paul. Vieram de navio e passaram pelo Paraná (Paranaguá), mas não desembarcaram seguindo viagem para o Rio Grande do Sul. Johann Paul fixou residência no Rio Grande, tornando-se o patriarca do clã Bürgel gaúcho.
Após alguns anos, por volta de 1882, incentivados pelo presidente da Província do Paraná, Lamenha Lins, o casal Johann e Marianna Bürgel e seu filho Franz (1859/1909) decidiram mudar-se para Curitiba.
Chegando a Curitiba, a família Bürgel se instalou na região do Batel, bairro que reunia grande quantidade de imigrantes alemães e austríacos. Alguns anos mais tarde, o jovem Franz, já com seu nome abrasileirado para Francisco Bürgel, por influencia de seu pai, padeiro de profissão, fundou a Padaria Irmãos Burgel, mais tarde Padaria Batel, mantendo ainda um armazém de secos e molhados.
Quando vieram para o Brasil os Bürgel conheceram ainda no navio o casal Henrich e Guilhermina Thetken. Em Curitiba, os reencontram e o jovem Franz casa-se com a filha do casal, Mathilde Thetken (1874/1973). Desta união nasceriam seis filhos, sendo o primogênito Richard Bürgel (1894/1986), que logo a primeira grande guerra, teve seu nome alterado para Ricardo Bürgel.
Em 1909, no dia do nascimento de seu sexto filho, falece Francisco aos 50 anos. O jovem Ricardo com apenas 15 anos assume então a posição de seu pai como mantenedor da família e administrador da padaria, armazém e demais investimentos de Francisco. O bonde ainda dividia o espaço com os carroções dos colonos que, vindos de Campo Largo, entravam pelas atuais rua Bispo Dom José e avenida do Batel, vendendo mantimentos aos moradores e entregando o cereal no comércio da cidade, os carroceiros lanchavam na Padaria Batel dos Irmãos Bürgel e retornavam em direção à campanha. Alguns colonos ainda recolhiam roupas para lavar, trazendo-as limpas e engomadas na próxima viagem a Curitiba. Nesta época a Padaria Batel era um marco na região, que contava já com grandes mansões, algumas indústrias e muitas chácaras.
A padaria ocupava parte da quadra entre as ruas Bento Viana e Francisco Rocha, com seus dois prédios, o primeiro com dois andares abrigava no térreo uma loja de secos e molhados e no segundo andar a residência da viúva Bürgel.
No outro prédio, aos fundos do primeiro, encontrava-se a padaria com seus fornos, batedeiras, cilindros, massadeiras e demais equipamentos para elaboração de grande variedade de pães, bolos, bolachas e o famoso pão de mel Bürgel.
No endereço do mesmo prédio, uma ampla construção em três pavimentos, encontrava-se também uma sofisticada carpintaria na qual eram elaborados os utensílios para a confecção e distribuição dos produtos da padaria (pás, cestos, rolos, etc.) na época feitos de madeira; bem como a manutenção dos carroções que efetuavam a distribuição diária dos produtos por toda Curitiba. Estes carros (mais de 40) eram então puxados por cavalos e mulas.
A Padaria Batel que teve na década de 30 mais de 200 funcionários e foi um ponto de referência no bairro do Batel e na cidade de Curitiba, adquiria o trigo para seus produtos diretamente do Moinho do Comendador Francisco Matarazzo, em Antonina, que chegavam a Curitiba por trem em cargas fechadas , na época chegou abrir 60 sacas de 50kilos por dia.
Na frente à Padaria Batel, localizada na Avenida do Batel, nº 1448, Ricardo Bürgel construiu em 1921 a sua casa (Atual sede da Ecco Salva), tendo como construtor seu futuro sogro Walter Schult. Arquitetada em estilo francês . Tem porão com paredes inclinadas, telhado em mansarda (estilo afrancesado) e estrutura básica de duas águas.
Ricardo Bürgel casou-se em 1922 com Olga Schult (1903/1995) que também vivia no bairro. Ao registrar seu primeiro e único filho, em 1934, Ricardo e Olga se viram obrigados a abrasileirar o nome escolhido, Lothar, para Lotario. Novamente se presenciava a prepotente interferência dos cartorários na vida dos imigrantes no Brasil, em razão de muitos destes ainda não possuírem o domínio do nosso idioma.
A Padaria Batel foi administrada por Ricardo Bürgel e seus irmãos Arnoldo e Adolpho até os anos 70, quando Lotario e seu primo Léo Bürgel, filho de Arnoldo, assumiram o negócio. Em 1986, resolveram encerrar as atividades da Padaria Batel devido à proibição de queima de lenha em seus fornos, à alta do preço do cacau, bem como à necessidade de adaptação das embalagens ao peso impresso – naquela época ainda não existia a venda fracionada por peso.
A antiga construção da Padaria Batel, tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Curitiba, onde funcionou por mais de 100 anos, ficou fechada por alguns anos, sendo negociada com um grupo de empresários de Curitiba. Em março de 2013, se deu início à demolição da antiga fábrica, marco da panificação no Brasil, para a construção de um novo investimento imobiliário.
Termina assim, infelizmente, essa bela história dos pioneiros da indústria de Curitiba. Padaria Batel – Panificadora dos Bürgel no bairro do Batel.
Renato Munhoz Bürgel – Filho de Lothar, neto de Richard e bisneto de Franz Bürgel fundador da Padaria do Batel."
(Texto de Celina Ribello - Extraído de jornalfolhadobatel.com.br)
Paulo Grani.

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