quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

A ARQUITETURA MODERNISTA DE CURITIBA - VILANOVA ARTIGAS

 

A ARQUITETURA MODERNISTA DE CURITIBA - VILANOVA ARTIGAS

Artigas nasceu em Curitiba em 23 de junho de 1915, e muito cedo perdeu o pai. Obteve sólida formação no segundo grau, pela ação de sua mãe, professora da rede estadual. Também foi seu mestre o poeta Dario Veloso. Ingressou no curso de Engenharia da UFPR em 1932, mas se transferiu para São Paulo, onde freqüentou o curso noturno de desenho artístico da Escola de Belas Artes. O estágio com Oswaldo Bratke consolidou o seu aprendizado como engenheiro-arquiteto da Escola Politécnica da USP, onde obteve o diploma em 1937. Passou o ano de 1947 no Massachusetts Institute of Technology, MIT, com bolsa da Fundação Guggenhein, mantendo contato com a arquitetura de Frank Lloyd Wright.


Casa João Bettega, hoje Instituto Artigas (1944).
Rua da Paz quase Av. Sete de Setembro.
A Casa João Bettega contém, em pequena escala, o vocabulário do arquiteto, que inclui a promenade architectural e o uso de cores vivas. A casa foi implantada em terreno alto e criticada pela população. Artigas procurou interferir o mínimo no terreno natural. A casa foi resolvida dentro de um prisma retangular, com distribuição modulada de pilares, em dois pavimentos, com espaços integrados por pés-direitos duplos e interligados por rampas, de maneira a permitir que todos os ambientes ficassem voltados para o norte. Restaurada em 2004, foi transformada na sede do Instituto Artigas.


Hospital São Lucas (1945).
Avenida João Gualberto.
Em seu projeto para o Hospital São Lucas em Curitiba, uma de suas primeiras obras de porte, Artigas interpreta as concepções puristas de Le Corbusier, como estrutura independente, janelas em fita e blocos interligados por rampas. Sua localização, em terreno alto e de esquina, marca a paisagem urbana.


Casa Edgard Niclewicz (1978).
Rua Lourenço Mourão próximo à Mario Tourinho.
Vinte e cinco anos depois da Casa João Bettega, Artigas projetou a casa Edgard Niclewicz, uma de suas últimas obras. Com linguagem semelhante, novamente o programa se desenvolve dentro de um prisma retangular, com uma empena cega de concreto voltada para a rua.

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