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domingo, 8 de junho de 2025

Em 28 de Junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, da Áustria, e sua esposa Sophie foram mortos a tiros por um estudante sérvio separatista durante uma visita oficial à capital da Bósnia, Sarajevo

 Em 28 de Junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, da Áustria, e sua esposa Sophie foram mortos a tiros por um estudante sérvio separatista durante uma visita oficial à capital da Bósnia, Sarajevo.


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Os assassinatos provocaram uma onda de eventos que culminaram no estouro da Primeira Guerra Mundial, no começo de agosto.

O arquiduque havia viajado para Sarajevo em junho de 1914 para inspecionar as forças armadas imperiais na Bósnia e Herzegóvina, anexadas pelo Império Austro-Húngaro, em 1908. A anexação causou fúria entre os nacionalistas sérvios, que acreditavam que os territórios eram parte da Sérvia. Um grupo de jovens nacionalistas (mão morta) armou um plano para matar o arquiduque durante a sua visita a Sarajevo e, depois de alguns erros, Gavrilo Princip, um jovem estudante de 19 anos, conseguiu atirar no casal real à queima-roupa, enquanto eles faziam sua jornada oficial. As últimas palavras do arquiduque foram em resposta ao conde que viajava com eles. O homem perguntou “Vossa Alteza está sentindo muita dor?”, ao que Francisco respondeu “Não é nada, não é nada”, logo antes de perder a consciência. Os dois morreram praticamente na hora do atentado.
O assassinato desencadeou rapidamente vários eventos, e o Império Austro-húngaro culpou o governo sérvio pelo ataque. Como a Sérvia era apoiada pela grande e poderosa Rússia (segundo a política das alianças), a Áustria pediu garantias de que a Alemanha estaria ao seu lado contra os russos e seus aliados, incluindo a França e, possivelmente, o Reino Unido. No dia 28 de julho de 1914, os austro-húngaros declararam guerra contra a Sérvia e a frágil paz entre as potências europeias ruiu completamente, dando início um conflito devastador, a Primeira Guerra Mundial.
Na conferência de paz em Paris, em 1919, os líderes dos Aliados enfatizariam o desejo de construir uma paz mundial após a guerra para nunca mais ocorressem novos conflitos em grande escala. O Tratado de Versalhes, contudo, falhou neste objetivo.
O sonho do então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, para a construção de uma organização mundial para a preservação da paz também falhou quando a Liga das Nações foi instituída.
Após quatro anos de derramamento de sangue, a Primeira Guerra Mundial terminou no dia 11 de novembro de 1918, depois que a Alemanha se rendeu aos aliados. Coincidentemente, cinco anos após a morte de Francisco Ferdinando, Alemanha e as Forças Aliadas assinariam o Tratado de Versalhes, encerrando oficialmente a Primeira Guerra Mundial (dia 28 de junho de 1919). Os duros termos punitivos impostos pelo Tratado à Alemanha, a grande perdedora da guerra, levou a uma onda de ressentimentos contra o tratado e seus autores, um sentimento que culminou na eclosão da Segunda Guerra Mundial.