sexta-feira, 26 de abril de 2019

Colonos/colonas de Santa Felicidade, em 1959, conduzem suas carroças pela Av. Manoel Ribas em direção ao centro da cidade.
Foto: Curitiba.pr.gov.br
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Em 1890, o fotógrafo Max Kopf fez uma série de fotos documentando toda a extensão da Estrada de Ferro Paranaguá -Curitiba.
Nesta foto ele anotou: "Túnel da Sanga Grande, quilômetro 53,700, altura (altitude) 313 metros.
No vagonete, à frente da Maria Fumaça, seus assistentes.
Foto: Acervo Arquivo Público do Paraná.
Paulo Grani.
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Essa histórica foto foi publicada pela revista Manchete, em 1957, dizendo:
"O império do fordeco passou sem afetar os hábitos da gente de Santa Felicidade, quecoalha Curitiba com suas carroças eternas".
Milhares dessas rodas amassaram o barro dos caminhos, vielas e ruas de Curitiba e região, levando e trazendo riquezas que propiciaram a realização do bom sistema viário que hoje existe, porém, a modernidade não tolerou sua coexistência como vemos em muitos países do Primeiro Mundo.
Infelizmente a previsão da revista - "com suas carroças eternas" - não realizou-se.
Paulo Grani.
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"Roça Nova no quilômetro 80,600, altitude 950 metros. Vistas panorâmicas da pitoresca estação, apanhadas de dois lado desse belo trecho onde se encontra o pórtico da serra e se inicia a descida dela, encontrando-se no leito do túnel a mais alta cota da linha", foram as anotações deixadas pelo fotógrafo Arthur Wischral ao realizar esta foto, em 1929, da Estrada de Ferro Paranaguá -Curitiba.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani.
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O GUARDA-FREIOS, DE POTY LAZZAROTTO

Nenhuma descrição de foto disponível."No começo do século 20, uma das mais arriscadas profissões ferroviárias era a de guarda-freios. Sua tarefa era andar sobre o trem em movimento apertando e afrouxando os freios de cada vagão. Isaac Lazzarotto foi um guarda-freios que, após se aposentar, abriu um pequeno armazém no início do ramal ferroviário Curitiba-Rio Branco, no bairro Capanema, hoje Jardim Botânico, na capital paranaense.

Em 1937, Issac e a esposa, Júlia, começaram a servir refeições em uma pequena cantina no fundo da propriedade. A comida agradou tanto a freguesia que ilustres personalidades começaram a frequentar o local, dentre elas o interventor Manoel Ribas, na época governante do Paraná. Certa vez o interventor observou um dos filhos de Issac desenhando. Percebendo que o garoto realmente gostava daquilo decidiu presenteá-lo com uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Foi assim que começou a carreira de Poty Lazzarotto, artista plástico consagrado por suas ilustrações, gravuras e murais."

Garoto esperto e de grande percepção, criou-se ouvindo o pai relatar as peripécias dele sobre os trens em sua labuta diária na arriscada profissão, foi que, em 1960, pintou a "O Guarda-Freios".

"Mas não somente personalidades políticas frequentavam o estabelecimento de Júlia e Isaac, além da nata política da época, batiam ponto no local cantores de rádio e artistas de teatro, em visita a Curitiba. A lista é um palco iluminado – passaram pela cantina Vicente Celestino, o Ébrio; Sílvio Caldas, o Caboclinho Querido; as irmãs Linda e Dircinha Batista; a bela Maria Della Costa e seu marido, Sandro Polloni. Inclua-se Hebe Camargo e Cecília Meirelles, sem falar as damas da sociedade curitibana, vestidas como se estivessem no salão azul do Clube Curitibano. Alguns cantores davam palhinha, mas quem mandava no território era o gaiteiro do bairro, Zé Pequeno. Os ilustres em visita viravam retratos na parede. Todos deixavam a assinatura num livro de ouro – documento desaparecido, para tristeza geral."
(Adaptado de: gazetadopovo.com.br)
(Foto: Museu Ferroviário).

Paulo Grani.
Magnífico registro do fotógrafo Max Kopf, realizado em 1890 na Serra do Mar, o qual ele intitulou "Valle do Ipiranga no Pico do Diabo ... mostrando a bocca superior do 3° tunnel do pico", no km 65,332 da ferrovia Paranaguá -Curitiba.
A exuberante mata do local dá uma idéia da peripécia do fotógrafo ao embrenhar-se nela para mostrar a façanha realizada pelos engenheiros e trabalhadores na construção da ferrovia, vencendo o desafio da subida da serra, tendo, naquele ponto, 650 metros de altitude.
Foto: Acervo I.H.G.Pr.
Paulo Grani.

Casa do austríaco Gustav Bernert (Freiwaldau,1866 - Curitiba, 1944)

A imagem pode conter: céu, casa, atividades ao ar livre e naturezaA imagem pode conter: casa, céu, atividades ao ar livre e naturezaEdificada em 1887 (iniciada em 1881), sobre terreno rural que conta-se adquirido de um certo cabo José Souza, provavelmente gaúcho, voluntário da pátria na guerra do Paraguai que recebeu o lote como presente de guerra, (pertencendo ao 25° e ao 31° CVP). Verificar obra de David Carneiro acerca do militar.
Área total original do terreno era de 116.421,00 m2 (hoje é 1.061 m2) e circundante a casa utilizada até meados dos anos 50 para cultivo de cereais.
A edificação em tela é típica da paisagem rural dos arrabaldes de Curitiba, servindo de guarda da colheita e habitação familiar, tendo por observações técnicas: Edificação vernacular térrea em madeira com porão alto e aproveitamento de sótão; Cobertura com acabamento em beiral com galbo e fechamento frontal tipo oitão com aberturas; Janelas em madeira, guilhotina, com venezianas, em verga reta; Entrada lateral com alpendre.
Foi adquirida em 1972 pela Companhia Auxiliar de Viação e Obras - Cavo, a fim de servir como sede campestre de lazer a seus funcionários. Inscrita como Unidade de Interesse de Preservação em 1974, desde 2003 há plano de desapropriação por parte do municipio a fim de implementar o sistema de preservação parque linear do Rio Barigüi e praça.
Há engano em atribuir o imóvel ao filho outro imigrante austríaco Fredolin (Fredolino) Wolf, (filho do imigrado José Wolf e casado com Ludovica Wolf) uma vez que a família Wolf habitou, ainda que por pouco tempo, o Palacete que leva o nome familiar, erguido em 1880 no Largo da Ordem - Praça Garibaldi, primeira sede da Fundação Cultural de Curitiba. José Wolf chegou em Curitiba em 1854 e arava terras em propriedade próxima à capela do pilar, edificada e 1782 e demolida em 1932 (na atual rua São Salvador), portanto distante da casa dos Bernet. A filha de Fredolin, Maria Edithe Wolf Neves, faleceu no Rio de Janeiro em 2008, aos 73 anos.
 O imóvel fica localizado na Avenida Fredolin Wolf próximo ao final da Rua Raposo Tavares - Pilarzinho.