terça-feira, 3 de maio de 2022

QUE BELO GATO A SENHORA TEM " No fim da década de 1950 era crítico o abastecimento de energia elétrica em Curitiba. Com o passar dos anos a situação se agravou. Houve necessidade de rigoroso racionamento.

 QUE BELO GATO A SENHORA TEM
" No fim da década de 1950 era crítico o abastecimento de energia elétrica em Curitiba. Com o passar dos anos a situação se agravou. Houve necessidade de rigoroso racionamento.


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" No fim da década de 1950 era crítico o abastecimento de energia elétrica em Curitiba. Com o passar dos anos a situação se agravou. Houve necessidade de rigoroso racionamento. O quadro só modificou depois que Ney Braga encampou a "Força e Luz" e a Copel instalou as usinas diesel no Capanema. A solução definitiva só veio mais tarde, com as hidrelétricas do rio Iguaçu.

Em 1962, um dos internos do corpo clínico do Hospital N. Sr das Graças foi acometido por uma neuro-virose com paralisia da musculatura respiratória. Felizmente, dispunha-se de um pulmão de aço onde o moço foi colocado. O mecanismo podia mantê-lo respirando artificialmente.

Num sábado ao meio-dia, entretanto, teria início o racionamento de energia na zona das Mercês. Fizeram, o impossível para sustá-lo!

"Mr. Brown", o diretor da Companhia "Força e Luz", mostrou-se irredutível. Foi acionado, então, o último cartucho: o governador. Ney tinha ido almoçar no Cangüiri...

Chamado ao telefone, às 11:30, inteirou-se da situação e agiu. Teve de apelar para sua autoridade a fim de demover o gringo. O racionamento foi suspenso e o rapaz se salvou. É hoje um dos mais brilhantes radiologistas de Curitiba.

Uma das causas para termos chegado a tão grave situação - afora o natural e previsível aumento da demanda energética - deve ter sido o costume, generalizado a partir dos últimos anos de 1930 e que adentrou a década de 1940: Uma pessoa contava para a outra... Indicava... Providenciava... finalmente vinha o "técnico" (em geral funcionário da própria empresa, interessado em traí-la por alguns cruzeiros).

Estava instalado o "gato": um pedaço de arame ou de celofane introduzido no "contador", de modo a sustar o consumo de quilowates. Dentro em pouco era difícil encontrar uma casa em que o "gato"não funcionasse. E aconteciam casos!...

O fiscal, certa vez, interpelou com energia um descuidado proprietário que esquecera de remover o "gato" no tempo devido:
- "O senhor não gastou sequer um quilovate?!"
O cidadão, desajeitado, procurava justificar:
_ "É que passamos o mês inteiro fora... viajando...". E arrematava, generoso: - "O senhor pode cobrar a taxa mínima...".

Outra vez o funcionário foi recebido por uma senhora, atenciosa e tensa, que o acompanhou enquanto procedia a leitura do contador e anotava o consumo. Pela porta entreaberta divisava-se o interior da sala, onde um magnífico siamês, nédio e tranqüilo, ronronava satisfeito sobre uma poltrona.

O fiscal, querendo ser amável, comentou: - "Bonito gato tem a senhora!..."
Ela empalideceu, vacilou e tombou desmaiada sobre o sofá..."

(Texto do medico curitibano Ayrton Ricardo dos Santos, publicado em Trezentas Historias de Curitiba)

Paulo Grani

ACONTECEU NA ANTIGA TV IGUAÇU " Era uma moça bonita, de sorriso largo, olhos grandes e muita dificuldade para decorar um texto. Foi a primeira garota propaganda contratada pela TV Iguaçú. Seu primeiro trabalho foi fazer as chamadas de programas, nos intervalos comerciais, ao vivo.

 ACONTECEU NA ANTIGA TV IGUAÇU
" Era uma moça bonita, de sorriso largo, olhos grandes e muita dificuldade para decorar um texto. Foi a primeira garota propaganda contratada pela TV Iguaçú. Seu primeiro trabalho foi fazer as chamadas de programas, nos intervalos comerciais, ao vivo.


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" Era uma moça bonita, de sorriso largo, olhos grandes e muita dificuldade para decorar um texto. Foi a primeira garota propaganda contratada pela TV Iguaçú. Seu primeiro trabalho foi fazer as chamadas de programas, nos intervalos comerciais, ao vivo.

Das mãos de Hiran de Holanda recebeu o texto de chamada de programa "Família Trapo", um dos campeões de audiência da Record. O programa tinha Golias, Jô Soares, Renata Fronzi, e Zeloni como figuras principais.

O texto de chamada era simples: "Hoje, às oito da noite, no quatro, a "Família Trapo". Não perca". A moça passou grande parte da tarde decorando. De quando e quando pedia a alguém que "tomasse"o texto. E perguntava: "Estou bem?"

Sete da noite, finalmente a garota propaganda retoca a maquiagem para a estréia.
Bastante nervosa no estúdio, aguarda o sinal da câmera.

- Atenção. "No ar".

A garota propaganda olha firme para a lente da câmera e recita o texto:
"Hoje no Trapo a família Quatro. Não perca". [...]

Texto (parcial) do jornalista Jamur Júnior publicado em Histórias de Curitiba/ Foto: Elenco da Família Trapo na antiga TV Record)

Paulo Grani 

A CHEGADA DO CINEMA FALADO EM CURITIBA "Em 23 de outubro de 1929, o Cine Theatro Palace (mais tarde Palácio) alardeava a maior sensação de todos os tempos: a estreia do cinema falado em Curitiba.

 A CHEGADA DO CINEMA FALADO EM CURITIBA
"Em 23 de outubro de 1929, o Cine Theatro Palace (mais tarde Palácio) alardeava a maior sensação de todos os tempos: a estreia do cinema falado em Curitiba.

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A CHEGADA DO CINEMA FALADO EM CURITIBA
"Em 23 de outubro de 1929, o Cine Theatro Palace (mais tarde Palácio) alardeava a maior sensação de todos os tempos: a estreia do cinema falado em Curitiba. Os jornais da época publicaram anúncios de meia página divulgando a estreia de “O cantor de Jazz”, um filme sonoro, cantado, dançado e falado. The Jazz singer, com Al Jolson, o maior astro cantor da Broadway, May Avoy e direção de Allan Crossland, Warner Brothers, 1927. Com alguns diálogos e músicas, o restante do filme conservava a linguagem dos mudos, inclusive com as legendas interrompendo a cena.
O aparelhamento sonoro foi montado por um engenheiro americano, auxiliado por um brasileiro da Cia. Força e Luz e mais 10 técnicos de “comprovada competência”.
O Cine Avenida, por problemas técnicos, inaugurou o “sonoro” dois dias depois, pela manhã, com a presença do presidente do Estado, Sr. Affonso Alves de Camargo, exibindo o filme “Divina Dama”, com Corinne Griffith e Victor Varloni, Oscar de direção em 1928 para Frank Lloyd (Divine Lady – Paramount). No programa, alguns complementos com trechos da ópera Carmen de Bizet e do Tanhauser de Wagner. Administrado por Luiz Muzzilo, concorrente de Mattos Azeredo.
A publicidade alardeava “a primazia não consiste em ser o primeiro: Ella ressalta para quem pode e sabe ser o melhor”, (na grafia da época). Os dois cinemas continuaram a lançar filmes da nova fase do cinema, alguns até da UFA (Universum Film Aktiengesellschaft) alemã. Durante semanas seguidas, nos cafés, nas residências, nas ruas, o assunto era a maravilha do cinema falado.
O projetor (da foto) com o toca-discos Vitaphone acoplado, o sistema usado então, o Vitaphone, consistia de discos de 16 polegadas, rodando a 33 1/3 rpm (o que deu origem aos Lps de vinil nesta rotação) em toca-discos acoplados ao projetor, acionados pelo mesmo motor garantindo a sincronização da imagem com o som. O filme tinha no início do rolo a marca “start”para ser colocado na janela do projetor e no disco também, onde a agulha teria que estar ao ser ligado o conjunto projetor e toca-discos. Se o filme arrebentasse ou o a agulha pulasse o sulco, teria que recomeçar o rolo de filme novamente, pois não havia como sincronizar no meio da parte projetada. Os filmes vinham em pequenos rolos, que eram projetados em dois projetores alternadamente, cada rolo com seu disco respectivo, e a habilidade dos operadores consistia em se notar minimamente as passagens. Também havia o problema do desgaste dos discos, poderiam quebrar no manuseio ou transporte, com a demora na reposição, impossibilitando a sessão.
No início dos anos 1930, difundiu-se o sistema “Movietone” em que o som vinha impresso na própria película, ao lado da imagem, sem problemas de sincronização. O sistema Vitaphone foi abandonado e o Movietone é usado até hoje, quando se projetam películas."
(Adaptado de: revistaideias.com.br)
Paulo Grani

ENTRANDO NO ANTIGO "THEATRO SÃO THEODORO" Esta histórica foto de 19/12/1927, registrou a realização da 1ª Conferência Nacional de Educação realizada em Curitiba, nas dependências do antigo "Theatro Guayra", antes "Theatro São Theodoro", sito à Rua Doutor Muricy.

ENTRANDO NO ANTIGO "THEATRO SÃO THEODORO"
Esta histórica foto de 19/12/1927, registrou a realização da 1ª Conferência Nacional de Educação realizada em Curitiba, nas dependências do antigo "Theatro Guayra", antes "Theatro São Theodoro", sito à Rua Doutor Muricy.


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Com sua fachada já reformada, na década de 1930, agora funcionava o Teatro Guairá.
Foto: gazetadopovo.com.br

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Foto-composição feita por Marcos Nogueira, mostrando o exato local onde o teatro ficava na rua Dr. Muricy.

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No guarda-corpo entalhado em madeira, uma sequência de lindas harpas, um dos ícones representativos das artes.

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A primeira fachada do Theatro São Theodoro.
Foto: Curitiba.pr.gov.br

ENTRANDO NO ANTIGO "THEATRO SÃO THEODORO"
Esta histórica foto de 19/12/1927, registrou a realização da 1ª Conferência Nacional de Educação realizada em Curitiba, nas dependências do antigo "Theatro Guayra", antes "Theatro São Theodoro", sito à Rua Doutor Muricy.
O teatro funcionava em um edifício cujo interior foi adequado especificamente para essa função, com ricos detalhes arquitetônicos em seus balcões, camarotes, auditório e palco, como se constata na foto.
O imóvel situava-se no local onde hoje está o prédio da Biblioteca Pública do Paraná, na Rua Dr. Muricy, quase esquina com Rua Cândido Lopes, e sua abertura estava marcada para o dia 28/09/1884, com o nome de "Theatro São Theodoro", em homenagem a Theodoro Ébano Pereira, fundador de Curitiba.
A inauguração foi cancelada pela eclosão da Revolução Federalista, que utilizou o prédio como prisão política. Somente dezesseis anos mais tarde, em 03/11/1900, após obras de reforma, ampliação e instalação de iluminação elétrica, o teatro foi finalmente inaugurado, recebendo o nome de Theatro Guayra.
As instalações foram redecoradas e ampliadas em 1915. O prefeito Aluízio França ordenou a demolição da edificação em 1937, alegando perigo de desabamento.
(Fonte: IHGP / Foto: Acervo Paulo José da Costa)
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BOLA AO CAMPO No dia da inauguração do antigo Estádio Belford Duart, hoje Couto Pereira, em 1932, sob o olhar da massiva torcida alviverde, um avião lançou ao campo a bola do jogo. O Coritiba ganhou de 4 x 2 do América do Rio. (Foto: Arthur Wischral) Paulo Grani

 BOLA AO CAMPO
No dia da inauguração do antigo Estádio Belford Duart, hoje Couto Pereira, em 1932, sob o olhar da massiva torcida alviverde, um avião lançou ao campo a bola do jogo.
O Coritiba ganhou de 4 x 2 do América do Rio.
(Foto: Arthur Wischral)
Paulo Grani


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HISTORIANDO A PRAÇA CARLOS GOMES " Lá pelos idos de 1870, o logradouro ficava além dos limites urbanos e era ponto de passagem para os viajantes que adentravam a cidade, pelo sul.

 HISTORIANDO A PRAÇA CARLOS GOMES
" Lá pelos idos de 1870, o logradouro ficava além dos limites urbanos e era ponto de passagem para os viajantes que adentravam a cidade, pelo sul. 


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A área da Praça vista do alto, em foto da profª Julia Wanderley, em 1901.
Foto: Acervo Casa da Memória de Curitiba

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Busto do músico e compositor Carlos Gomes instalado no meio da praça, em sua homenagem.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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A Praça Carlos Gomes com seu projeto concluído, em 1914.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
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Início das obras de "melhoramentos", em 1913.
Foto: Arquivo Público do Paraná

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A Praça Carlos Gomes com seu projeto concluído, em 1914.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
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A área da Praça Carlos Gomes em 1907, ainda sem benfeitorias servia como área de lazer às çrianças.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
HISTORIANDO A PRAÇA CARLOS GOMES

" Lá pelos idos de 1870, o logradouro ficava além dos limites urbanos e era ponto de passagem para os viajantes que adentravam a cidade, pelo sul. Conta-se que havia uma cruz de madeira – a Cruz das Almas – em um ponto da praça, fazendo com que a região fosse conhecida como 'Campo da Cruz das Almas'.

A primeira ocupação do local é datada da década de 1870, quando teriam fixado residência no local o engenheiro americano Maurício Lee Swain e sua esposa Sophia.

Em 1884 – após a desapropriação do imóvel – ali seria demarcado a então Praça Sete de Setembro, mais tarde Praça da Proclamação em referência a República; e em 1896 ganharia a denominação atual como forma de homenagear o compositor Carlos Gomes.

Intervenções de fato no local começariam em 1903 – durante a gestão municipal de Luiz Xavier. A ideia era realizar estudos e levantamentos com o intuito de embelezar o logradouro. Os anos posteriores foram marcados pela formação de um comércio diversificado na região e também o processo de ajardinamento.

A Praça Carlos Gomes abrigou o Quartel General do Quinto Distrito e tempos depois, na mesma construção, a Escola de Aprendizes e Artífices (atual Universidade Tecnológica Federal do Paraná). O embelezamento do local teve continuidade com o prefeito Cândido de Abreu. As melhorias – que incluíram lago (com uma queda d’ água) e um abrigo para cisnes – foram entregues acompanhadas de um grande público.

Obras gerais (limpeza, conservação, e arborização) também receberam a devida atenção. Em 1925, o local ganhou uma escultura em bronze de Carlos Gomes realizada por João Turin; fato que representou uma conquista do Grêmio Musical Carlos Gomes – grupo de destaque para o progresso musical da capital paranaense.

No decorrer dos anos, a Praça Carlos Gomes ganhou destaque com a urbanização; revestimento em petit-pavê; além de se tornar atrativo para comerciantes e moradores. As construções eram de variados estilos e funcionalidades. Um dos exemplos é o Pavilhão Carlos Gomes – que teve a inauguração em 1942 com a presença dos Irmãos Queirolo – e se tornou um espaço para espetáculos populares e frequentados por milhares de curitibanos."
(Extraído de Curitiba Space)

Paulo Grani

CURITYBA NOS IDOS DE 1850 Que tal conhecer o pequeno povoado de Curitiba, da década de 1850, com suas poucas ruas, cerca de 3.000 habitantes e pouco mais de 250 casas?

 CURITYBA NOS IDOS DE 1850
Que tal conhecer o pequeno povoado de Curitiba, da década de 1850, com suas poucas ruas, cerca de 3.000 habitantes e pouco mais de 250 casas?

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Que tal conhecer o pequeno povoado de Curitiba, da década de 1850, com suas poucas ruas, cerca de 3.000 habitantes e pouco mais de 250 casas?

A tela de 1852, do pintor A. Derder, a outra de 1855, do pintor J. H. Elliot e a planta da cidade, datada de 1857, relíquias históricas da cidade, nos retratam o incipiente vilarejo formado por aquele grupo de desbravadores que vieram da antiga Vilinha (hoje Bairro Alto), onde tinham se estabelecido em busca de ouro.

A planta nos mostra as poucas ruas que compunham o vilarejo naquela época e, Infelizmente, das treze ruas nela nominadas, somente uma permaneceu com seu nome original até hoje, a "Rua do Rosário".

As outras doze chamavam-se:
Rua da Carioca (hoje Riachuelo)
Rua do Fogo (hoje São Francisco)
Rua das Flores (hoje XV de Novembro)
Rua do Commércio (hoje Marechal Deodoro)
Rua da Assembléa (hoje Doutor Muricy)
Rua do Nogueira (hoje Barao do Serro Azul)
Rua Dereita (hoje Treze de Maio)
Rua do Saldanha (hoje Pres. Carlos Cavalcanti)
Rua Fexada (hoje José Bonifácio)
Estrada da Marinha (hoje Av. João Gualberto)
Rua da Entrada - Caminho de Castro (hoje Emiliano Perneta).

(Fotos: Acervo Paulo José Costa e Acervo CEP / Mapa: Curitiba.pr.gov.br)
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Paulo Grani. 

Nesta foto da década de 1950, o antigo bebedouro que havia na Av. Sete de Setembro esquina com a Rua Tibagi, hoje Praça Baden Powel.

 Nesta foto da década de 1950, o antigo bebedouro que havia na Av. Sete de Setembro esquina com a Rua Tibagi, hoje Praça Baden Powel.


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Nesta foto da década de 1950, o antigo bebedouro que havia na Av. Sete de Setembro esquina com a Rua Tibagi, hoje Praça Baden Powel.
Ele era de ferro fundido em forma de cálice, semelhante ao do Largo da Ordem. No momento da foto, ele já havia sido encapsulado com paralelepípedos por alguma justificativa esdrúxula que não levou em consideração seu valor artístico.
Esse bebedouro atendia aos muares dos carroceiros que ali faziam ponto de fretes até início da década de 1970. Com a chegada da modernidade, veículos automotores passaram a fazer fretes, em substituição aos veículos de tração animal, tornando o bebedouro sem utilidade, o que ocasionou sua remoção.
Paulo Grani

segunda-feira, 2 de maio de 2022

UMA VISÃO DA CURITIBA DE 1912 A publicação "Impressões do Brazil no Seculo Vinte", editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mostra o Brasil daquela época em texto e fotos das diversas regiões e as cidades mais importantes.

 UMA VISÃO DA CURITIBA DE 1912
A publicação "Impressões do Brazil no Seculo Vinte", editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mostra o Brasil daquela época em texto e fotos das diversas regiões e as cidades mais importantes.


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A publicação "Impressões do Brazil no Seculo Vinte", editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mostra o Brasil daquela época em texto e fotos das diversas regiões e as cidades mais importantes.

Destaquei o histórico trecho nela contido, acerca de Curitiba:

"Curitiba, capital do estado do Paraná, fica situada 900 metros acima do nível do mar e é cortada por três pequenos tributários do Rio Iguaçu. As terras em volta da cidade são ligeiramente onduladas e de assombrosa fertilidade. O clima, conquanto sujeito a grandes variações de temperatura, é todavia salubre e admiravelmente apropriado ao pinho brasileiro (Araucaria brasiliensis). Estas terras produzem também abundantemente os frutos europeus, cereais etc.

Curitiba foi elevada vila nos últimos anos do século XVII e, com o advento do Império do Brasil, recebeu o título de cidade. Atualmente, a população de Curitiba orça por 50.000 habitantes. Nos últimos dez anos, foram notáveis os progressos realizados por esta importante cidade do Sul do Brasil. Atualmente é uma cidade moderna, com ruas largas e bem calçadas, iluminada à luz elétrica e servida por uma boa rede de tramways elétricos.

Os edifícios públicos, todos de belo aspecto, estão muito bem situados. Entre eles, convém mencionar o palácio do governo, o Congresso Estadual, a Câmara Municipal, o hospital, a penitenciária, o Correio e várias escolas públicas que sobremodo honram a capital paranaense. A instrução pública merece dos governos estadual e municipal a maior atenção, como provam cerca de 500 escolas espalhadas por todo o estado. Em Curitiba, as escolas primárias são cuidadas com desvelo, pois que as autoridades têm em mira oferecer as maiores vantagens para a instrução gratuita da população.

Entre os estabelecimentos de ensino de Curitiba, são dignos de nota o Jardim da Infância, a Escola de Artes e Ofícios, denominada Escola Carvalho, e o Ginásio Paranaense. A Escola Americana é um notável instituto de ensino particular, dirigido por duas senhoras norte-americanas. Possui também a cidade uma biblioteca e um museu.

Os parque e jardins são belíssimos, pela exuberância de vegetação como pelo bom gosto com que andam tratados. Das praças e ruas da cidade, cumpre destacar a Praça General Osório e a Rua 15 de Novembro, pela beleza dos edifícios que as margeiam. O Jardim Botânico, que constitui um dos mais lindos e freqüentados pontos da cidade, possui valiosas coleções botânicas. Entre as igrejas sobressai a Catedral, com soberbas linhas arquitetônicas e admiravelmente situada. Como instituições de caridade, há a Santa Casa da Misericórdia, que presta os mais relevantes serviços, e um bom asilo para alienados.

Atualmente, acha-se Curitiba ligada por estrada de ferro a São Paulo e Rio de Janeiro, aos estados do Sul e a Paranaguá. Este e o de Antonina são os portos de mar para saída de seus produtos.

Curitiba possui um indústria muito progressiva, sobressaindo os engenhos para o beneficiamento de mate e as serrarias onde as excelentes madeiras do estado são desdobradas para a exportação.

O comércio é como a indústria, muito importante, contando-se várias casas notáveis pelo seu capital e avultadas transações que efetuam. Concluídas as numerosas linhas férreas agora em via de construção, e que ligarão Curitiba às riquíssimas zonas do interior do estado, mais ainda se acentuará o progresso, já tão notável, da capital até Paranaguá."

(Foto: Fotocomposição publicada no livro citado)

Paulo Grani