quarta-feira, 15 de junho de 2022

O INÍCIO DA IMIGRAÇÃO POLONESA EM CURITIBA Por volta de 1840, as Américas começavam a investir em políticas de imigração.

 O INÍCIO DA IMIGRAÇÃO POLONESA EM CURITIBA
Por volta de 1840, as Américas começavam a investir em políticas de imigração.

O INÍCIO DA IMIGRAÇÃO POLONESA EM CURITIBA
Por volta de 1840, as Américas começavam a investir em políticas de imigração. O Governo Imperial do Brasil tinha interesse em povoar os vazios demográficos do país e ainda suprir as lavouras de trabalhadores, visando substituir a mão de obra que rareava com a abolição do tráfico de pessoas negras escravizadas. A Lei Orçamentária brasileira de 1842 concedia terras devolutas para a criação de núcleos coloniais.
Em 1884, era publicado o “Guia do Emigrante para o Imperio do Brazil”, com o intuito de vertê-lo para o francês, o alemão e o italiano, a fim de fazer propaganda do Brasil nos países europeus.
Para um jovem de 20 e poucos anos, sem poder vislumbrar qualquer perspectiva em sua terra natal sufocada por estrangeiros, só restava tentar a vida em outras paragens. Assim, em junho de 1867, Sebastião Edmundo Wós Saporski alcançou terras brasileiras. O veleiro “Emma” atracou no porto de Paranaguá, no litoral do Estado do Paraná. Mas ele não desceu aí num primeiro momento. Decidiu continuar no navio, que seguiria para o Uruguai.
Em Montevidéu conheceu o Sr. Frederico, um alemão que estava indo para o Brasil. Saporski acabou aceitando seu convite para voltar e se fixar na Colônia Blumenau, no Estado de Santa Catarina. Numa localidade próxima à Colônia Blumenau chamada Gaspar, conheceu o Padre Antônio Zielinsli, que viria a ser um grande aliado no processo de imigração dos poloneses. O padre havia sido apresentado ao Imperador do Brasil, Dom Pedro II, e gozava da amizade do seu genro, o Conde d’Eu, conseguida graças ao Bispo do Rio de Janeiro. Diante desse fato, Saporski convenceu o amigo a tentar junto à corte uma concessão para a colonização de terrenos brasileiros por imigrantes poloneses. Recebendo resposta afirmativa do Imperador, Saporski e o padre Zielinski descobriram que as terras e o clima do Paraná seriam mais adequados aos colonos poloneses do que aquelas do litoral de Santa Catarina.
Portanto, em 1869, quando Saporski soube que dezesseis famílias polonesas da Alta Silésia haviam chegado à Colônia Brusque, vindas do porto de Itajaí, decidiu ir ao encontro delas. Ficou profundamente compadecido com as difíceis condições em que se achavam, pois se alojavam numa região montanhosa e árida. Inconformado com a situação de seus conterrâneos decidiu fazer o possível para levá-los às novas terras paranaenses cedidas pelo imperador do Brasil.
Em 1870, Saporski chegou a Curitiba, capital do Estado do Paraná. Lá teve contato com o Padre Agostinho Lima, vigário da cidade, que levou suas intenções a Ermelino de Leão, Vice-Presidente do Estado. Em seguida, o próprio Presidente da Província do Paraná, Venâncio de Lisboa, mostrou interesse na proposta e garantiu a disponibilização de verbas públicas para o transporte e a acomodação dos imigrantes no Estado. Sendo assim, os colonos foram avisados e iniciaram a sua partida de Brusque em direção a Curitiba. A esse grupo se uniram mais outras 16 famílias de poloneses vindas do porto de Itajaí, em Santa Catarina.
Em setembro de 1871, os colonos poloneses chegaram a Curitiba e se instalaram nos arredores da cidade, nos terrenos oferecidos pela Câmara Municipal de Curitiba, nos bairros Pilarzinho e Mercês.
As 32 famílias, formadas por 164 pessoas, fundaram a Colônia Pilarzinho e são consideradas as pioneiras na história da imigração polonesa para o Paraná.
Em 1873, mais 64 famílias de imigrantes poloneses vindos da Prússia Ocidental, contando 258 pessoas, chegaram ao Brasil via Porto de São Francisco, em Santa Catarina. Sabendo das colônias dos conterrâneos no Paraná, pediram autorização para também se instalarem nesse Estado. Dessa vez foram cedidos terrenos no bairro do Ahú, em Curitiba, e a colônia recebeu o nome de Abranches, em homenagem ao Presidente do Paraná na época, Frederico Abranches, grande incentivador da imigração polonesa para o Estado.
Nos primeiros anos no Brasil e antes de se formar engenheiro agrimensor, Saporski foi professor na Colônia Blumenau e em Curitiba. Lecionava matemática, geometria e “as línguas de alcance mundial”.
Em 1874, Saporski prestou exames no Ministério da Agricultura, no Rio de Janeiro, e recebeu o título de engenheiro agrimensor. A partir daí essa foi sua profissão. Por intermédio dela abriu dezenas de estradas, mediu lotes de terras e preparou o lar paranaense de centenas de colonos poloneses e europeus. Trabalhou na construção de ferrovias, com destaque para a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, na qual foi responsável pelos vinte quilômetros de mais difícil execução. Tanto que uma das inflexões da ferrovia foi denominada “Volta Saporski", em sua homenagem.
Em 15 de junho de 1890, foi fundada a Sociedade Polonesa Tadeusz Kościuszko, e Saporski estava lá como sócio fundador. Anos mais tarde, com mais seis poloneses, também fundou a Sociedade Editora Gazeta Polskaw Brazylii, cujo objetivo era administrar e redigir o primeiro jornal em língua polonesa no Brasil, com tiragem de 500 exemplares. A Gazeta Polska e a Sociedade Tadeusz Kościuszko colaboravam entre si na meta de apoiar e unir o povo polonês no novo país.
Em 1912, Saporski foi eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Paranaense, tendo sido o primeiro deputado de origem polonesa no parlamento do Paraná.
Em 1920, Sebastião Edmundo Woś Saporski recebeu o título de “Pai da Imigração Polonesa no Brasil” do primeiro cônsul polonês em Curitiba, Kazimierz Głuchowski.
Saporski recebeu, no dia 05/10/1924, nos salões do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, a Cruz da “Polonia Restituta”. Tal condecoração é uma distinção outorgada pelo governo polonês em reconhecimento a grandes realizações em prol do país.
Em 1953, foi inaugurado um obelisco em pedra na Praça Irmã Teresa, em frente à Igreja de Sant’Ana, no bairro Abranches, região da antiga colônia. Em 1971, o obelisco recebeu um respeitoso busto em bronze de Saporski, de autoria do escultor Adolph David.
Em 2012, por ocasião do 78° aniversário do falecimento de Saporski, seu túmulo no Cemitério Municipal de Curitiba foi restaurado por sua família, com apoio do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba.
No bairro Mercês, onde construiu a residência de sua família e viveu até o fim de seus dias, encontra-se a Rua Edmundo Saporski. Há também uma escola em sua homenagem, o Colégio Estadual Sebastião Saporski, no bairro Taboão.
Saporski era um homem honesto, altruísta, sempre pronto a ajudar os conterrâneos e um. grande patriota polonês. Era um senhor fransino e tímido, usava um amplo bigode e sua principal característica era a humildade."
(Extraído de: poloniabrasil.org.br)
Paulo Grani

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Grupo de alunos do Instituto São José, familiares e professoras (Irmãs da Caridade). Ao fundo, a igreja de Sant’Ana do Abranches. Fonte: Acervo Casa da Memória/Fundação Cultural de Curitiba.

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Vista da Praça João Cândido e Sociedade Polono-Brasileira Tadeusz Kościuszko, Curitiba/PR. Fonte: Acervo Casa da Memória/Fundação Cultural de Curitiba.

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Residência de Estanislau Mickosz, por volta de 1920. No local atualmente está o Colégio Sebastião Saporski. Bairro Abranches/Taboão, Curitiba/PR. Fonte: Acervo Casa da Memória/Fundação Cultural de Curitiba.

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Família de Sebastião Saporski, reunida no quintal da casa dele.

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Sebastião Edmundo Woś Saporski e seus familiares na última residência no bairro Mercês, em Curitiba. Fonte: Acervo Denise Saporski/Sebastian Edmund Woś Saporski.

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Em 1884, era publicado o “Guia do Emigrante para o Imperio do Brazil”, com o intuito de vertê-lo para o francês, o alemão e o italiano, a fim de fazer propaganda do Brasil nos países europeus.

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Poloneses realizam ato litúrgico à bordo de navio, durante viagem de travessia ao Brasil

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Escola Polonesa. Bairro Abranches, 1904, Curitiba/PR. Fonte: Acervo Casa da Memória/Fundação Cultural de Curitiba.

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Igreja Polonesa. Bairro Abranches, 1906, Curitiba/PR. Fonte: Acervo Casa da Memória/ Fundação Cultural de Curitiba.

CONHECENDO A "GOTA DE LEITE" DE CURITIBA A "Gota de Leite" foi fundada em Curitiba, em 24 de dezembro de 1913, pela Prefeitura Municipal.

 CONHECENDO A "GOTA DE LEITE" DE CURITIBA
A "Gota de Leite" foi fundada em Curitiba, em 24 de dezembro de 1913, pela Prefeitura Municipal.

CONHECENDO A "GOTA DE LEITE" DE CURITIBA
A "Gota de Leite" foi fundada em Curitiba, em 24 de dezembro de 1913, pela Prefeitura Municipal.
As origens mais remotas da Gota de Leite encontravam-se na França. Em 1894, o puericultor Léon Dufour pela primeira vez deu o nome de Gota de Leite, criando uma organização completa com a finalidade de contribuir para a puericultura do país. A Gota de Leite, do Dr. Dufour, foi ao mesmo tempo um consultório destinado a guiar o aleitamento materno e artificial e um centro de distribuição de leite esterilizado. O médico desejava animar as mães a amamentarem seus filhos, ' por isso cobrava uma quantia módica pelo leite vendido às mães pobres. O resultado desse trabalho foi a redução, em 3 anos, da mortalidade infantil por gastro-enterite, que era em 1894 de 14,87%, baixou, em 1899-1900, para 1,11%.
A criação dessa instituição em Curitiba permitiu o estabelecimento do diálogo entre mães e médicos, com a finalidade de mudar as práticas maternas avalizadas pelo conhecimento dos médicos.
Faziam parte das suas funções as consultas aos lactentes, princípios de higiene às mães, incentivo ao aleitamento natural, realização de concursos de robustez infantil, exame das amas de leite, bem como a distribuição de leite esterilizado para as crianças pobres e a venda do mesmo para as abastadas, a fiscalização do serviço sanitário do leite, a turberculinização das vacas leiteiras e a vistoria dos estábulos.
Para o médico homeopata Dr. Nilo Cairo, as diarréias nas crianças ocorriam devido ao descuido das mães que por ignorância alimentavam erroneamente seus filhos e, ao manifestar-se a doença, em vez de procurar imediatamente os socorros médicos contentavam-se com os chás caseiros que habitualmente eram usados.
Segundo ele, as principais causas da mortalidade infantil eram a falta de higiene do corpo e da habitação dos pobres, o uso inadequado da chupeta, a ausência de método na alimentação infantil. A ignorância levava muitas mães a darem aos seus filhos alimentos em quantidade e qualidade impróprios à idade, sendo que a miséria era responsável por uma grande parte dos males da infância. As irregularidades na alimentação infantil levavam a desarranjos gastro-intestinais que vitimavam as crianças, principalmente por falta de tratamento médico conveniente. Para ele, cabia aos médicos dar conselhos sobre o regime alimentar e o tratamento das crianças doentes para por um paradeiro à mortalidade de crianças vitimadas por moléstias ocasionadas por deficiência de alimentação.
Em cinco meses de funcionamento, entre 90 crianças matriculadas, apenas 12 faleceram, das quais 9 por gastro-enterite, uma por escarlatina, outra por meningite e outra por bronquite, sendo que foram atendidas em adiantado estado da moléstia. Das crianças sadias registradas, nenhuma foi acometida por moléstia do tubo gastro-intestinal.
Por ser uma instituição de incentivo às práticas de puericultura, o serviço de Consultas aos Lactentes era gratuito, funcionando todos os sábados e atraindo muitas crianças que eram pesadas, detectando-se assim o regime alimentar a que estavam submetidas e distribuindo-se medicamentos gratuitos. O médico não se poupava em ministrar conselhos sobre higiene infantil que eram sempre bem recebidos pelas mães.
A questão do aleitamento materno, artificial ou mercenário, preocupava os médicos. A instituição foi acusada de incentivar o aleitamento artificial através da distribuição de leite de vaca esterilizado, facilitando a substituição do leite materno. Porém, ela justificou que "o aleitamento artificiai só seria utilizado, quando as crianças não pudessem ser amamentadas pelas mães e necessitassem de leite em condições de lhe ocasionar o menor mal possível".
Os médicos admitiam até o uso do leite condensado na falta do leite de vaca esterilizado, administrado na sede da instituição, pois preferiam esta prática aos mingaus e pirões que as mães davam aos filhos.
Apesar de a Gota de Leite incentivar a prática do aleitamento natural, que na sua fôrma materna era incalculavelmente superior á modalidade mercenária, as mães de todas as camadas sociais também costumavam recorrer à ajuda das amas de leite.
O prédio destinado ao seu funcionamento, na Rua Ermelino de Leão, 188, tinha o seu espaço distribuído em 4 compartimentos: um deles usado para a esterilização do leite, o segundo, local para a lavagem dos frascos de leite, o terceiro, para a sala de espera das mães com seus filhos e o último, para gabinete médico.
Durante as décadas de 10 e 20, apesar da existência social da instituição, as discussões sobre os problemas alimentares da criança, falsificação do leite e as causas da mortalidade infantil continuaram a ser discutidas pela imprensa, principalmente através dos médicos.
No decorrer da década de 1910, havia muita expectativa entre os médicos e também entre a sociedade de que a Gota de Leite fosse um instrumento capaz de combater as práticas inadequadas das mães sobre a alimentação dos filhos, colaborando para que os índices de mortalidade infantil baixassem. Havia uma esperança para a solução deste problema através da sua presença.
Na década de 1920, a Gota de Leite mergulhou em um marasmo. Os problemas com a alimentação e a mortalidade infantil continuaram a afligir mães e médicos. Entretanto, os jornais demonstraram a decepção que a sociedade e os médicos tiveram com a instituição, pois os artigos sobre a mesma não faziam mais parte de suas manchetes como antes, quando ocupavam as primeiras páginas com títulos em destaque. Agora, raramente, apareciam pequenos artigos ligados à fiscalização do leite.
A Gota de Leite, esquecida pela imprensa, pouco a pouco foi perdendo sua importância médico-social em Curitiba, pois o brilho dos primeiros tempos, foi sendo ofuscado por outros meios de divulgação de conselhos às mães. Os médicos vão em busca, então, de outras práticas de convencimento materno.
(Fonte: acervodigital.ufpr.br / foto da web)
Paulo Grani

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As páginas seguintes, do Almanach do Paraná, de 1896, relataram em ordem cronológica, os acontecimentos da Revolução Federalista, em solo Curitibano e demais cidades paranaenses. Paulo Grani

 As páginas seguintes, do Almanach do Paraná, de 1896, relataram em ordem cronológica, os acontecimentos da Revolução Federalista, em solo Curitibano e demais cidades paranaenses.
Paulo Grani


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AS PASSAGENS DO BONDINHO PUXADO A MULAS "O preço da passagem de bonde de primeira classe, em que as pessoas só podiam "viajar calçadas", começou, em 1887, em 200 réis até o Batel e em 100 réis nas outras linhas.

 AS PASSAGENS DO BONDINHO PUXADO A MULAS
"O preço da passagem de bonde de primeira classe, em que as pessoas só podiam "viajar calçadas", começou, em 1887, em 200 réis até o Batel e em 100 réis nas outras linhas.

AS PASSAGENS DO BONDINHO PUXADO A MULAS
"O preço da passagem de bonde de primeira classe, em que as pessoas só podiam "viajar calçadas", começou, em 1887, em 200 réis até o Batel e em 100 réis nas outras linhas. Nos vagões mistos, em que os passageiros dividiam espaços com as cargas, o “coupon” custava 100 réis. Mas logo surgiram reajustes e questionamentos, que confrontavam os valores devido à qualidade do serviço ofertado.
A Ferro Carril publicou na imprensa, em 30 de setembro de 1896, um aviso de reajuste da passagem, que a partir de 1º de outubro seria de 200 réis nas linhas Batel e Aquidaban. “Este augmento é rigorosamente motivado pela actual crise que passa o commercio. […] A alfafa e outras forragens, artigos necessarios para os animaes dos serviços das linhas dos bonds, têm acompanhado essa elevação”, justificou. Em julho de 1898, a Câmara divulgou a aprovação do reajuste das tarifas, que passaria a vigorar no dia seguinte. Todas as linhas diretas, por exemplo, foram fixadas em 200 réis.
Em junho de 1900, o jornal “A Republica” publicou um artigo sobre a tarifa dos bondes, em que criticava o contrato entre a empresa Ferro Carril Curitybana e a Câmara Municipal, acusada de tratar as deficiências do sistema com clemência, em prejuízo da população. “Verificamos que pelo primeiro additamento feito ao primeiro contrato, é a companhia obrigada a fazer o calçamento entre os trilhos e mais 0,30 a margem. No emtanto, quem percorrer as linhas do Batel e Aquidaban se certificará inteiramente do contrario”, alertou.
O artigo também apontou irregularidades nos horários e falta de asseio nos bondes, dentre outras questões, normatizadas tanto pelo contrato quanto por um regulamento aprovado pela Câmara em 1897. A Ferro Carril Curitybana, continuou “A Republica”, tentava aprovar uma nova tarifa para o trecho entre o Teatro Hauer e o Quartel do Regimento de Segurança. “Até o quartel, este preço não poderá exceder os 100 reis a partir do theatro Hauer, ou 200 reis a partir do Matadouro”, opinou.
A publicação também contestava declarações dos gestores da empresa de bondes, de que as linhas Aquidaban, Fontana e Matadouro eram mantidas por patriotismo: “É puro gracejo. […] O publico não tem obrigação de sacrificar o ser dinheiro e portanto suas economias para enriquecer uma empreza”.
(Fonte: cmc.pr.gov.br)
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Frente da Estação Ferroviária de Curitiba. Após sua inauguração, a Estação tornou-se o centro do desenvolvimento comercial de Curitiba cumprindo sua função de transporte de riquezas. Os bondinhos postados à sua frente, percorriam os trilhos das primeiras linhas de bonde implantadas.

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A população recebeu com alegria o primeiro serviço de transporte coletivo implantado na cidade, cujos bondes eram tracionados por mulas.
Foto: curitiba.pr.gov.br

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O bondinho da linha Estacao-Fontana faz uma parada em algum lugar do trajeto.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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A quantia de carros dos bondes estacionados na frente da Hervateira Tibagi, no Batel, por volta de 1905, dá uma ideia da importância da linha implantada para transporte de pessoas e mercadorias. Essas barricas eram levadas à Estação Ferroviária, de trem, encaminhadas a outras regiões e, principalmente, exportados para o Uruguai, Argentina, Chile e, posteriormente, Paraguai.
Foto: cmc.pr.gov.br

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O bondinho puxado por mulas, chegando no Batel nas proximidades do ponto final, após cumprir a distância da linha Estação -Batel.

(Foto: Júlio Langer, Acervo Paulo José Costa)

Paulo Grani

QUANDO OS ESTUDANTES TOMBARAM UM BONDE EM CURITIBA Em 1945, Curitiba tinha um sistema de transporte precário, realizado por bondes, administrado pela Ferro Carril Curitybano

QUANDO OS ESTUDANTES TOMBARAM UM BONDE EM CURITIBA
Em 1945, Curitiba tinha um sistema de transporte precário, realizado por bondes, administrado pela Ferro Carril Curitybano

QUANDO OS ESTUDANTES TOMBARAM UM BONDE EM CURITIBA
Em 1945, Curitiba tinha um sistema de transporte precário, realizado por bondes, administrado pela Ferro Carril Curitybano cuja tarifa era cobrada em "réis", através de "coupons".
Em 31/05/1945, houve a mudança de gestão do sistema de transporte o qual foi assumido pela Companhia Força e Luz do Paraná (CFLP), tendo ela anunciado, no mesmo dia, um reajuste de 10 centavos nas tarifas, momento em que passou de réis para cruzeiro. O comunicado dizia o seguinte:
"A Companhia Força e Luz do Paraná (CFLP), na contingência de fazer vigorar para seus empregados a tabela de reajustamento de salários comunica ao público que a partir de junho de 1945, fará cobrar nos serviços de transporte coletivo a seu cargo (ônibus e bondes) a taxa adicional de Cr$ 0,10 (dez centavos) por passagem, pelo qual serão observadas as seguintes tarifas devidamente aprovadas pela prefeitura:
Linhas de Bondes:
- Praça Tiradentes à Água Verde: Cr$0,30
- Água Verde ao Portão: Cr$0,30
- Praça Tiradentes ao Portão (direto): Cr$ 0,50
- Praça Tiradentes ao Juvevê: Cr$0,30
- Juvevê ao Bacacheri: Cr$ 0,30
- Praça Tiradentes ao Bacacheri (direto): Cr$ 0,50
- Praça Zacarias ao Batel: Cr$ 0,30
- Batel ao seminário: Cr$0,20
- Praça Zacarias ao Seminário (direto): Cr$0,40
- Trajano Reis ao Asilo Cr$ 0,30
- Asilo ao Prado: Cr$0,30
- Praça Tiradentes ao Prado (direto): Cr$0,50
- Linha de ônibus Alto da Rua XV ao Hospital Militar: R$ 0,40".
“Foi o estopim com retardo para o que iria acontecer no dia 3 de junho, quando à noite, por volta das 21 horas, começaram os protestos dos estudantes universitários que em número aproximado de uma centena fizeram uma viagem de bonde da praça Zacarias ao Seminário, retornando ao ponto de partida, onde retiveram o veículo até as 23 horas. À frente da multidão os diretores da União Paranaense dos Estudantes [UPE], cujo presidente Francisco Oswaldo Costelucci falou às pessoas ali reunidas, atacando os lucros das passagens e os altos lucros auferidos pela CFLP. O manifesto foi pacífico, contando com a presença de policiais”, escreveu o jornalista Cid Destefani, em 1993.
No dia 5, disse a coluna, “as manifestações começaram a tomar o rumo da violência, apesar do manifesto publicado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Carris de Curitiba, apelando ao povo que apoiasse o aumento que iria trazer melhorias aos trabalhadores e que a situação dos salários, como estava, era insustentável”. Os estudantes, contou Destefani, lotavam os bondes e se negavam a pagar as passagens.
“No dia 6, pela manhã, foi tombado um bonde da linha Juvevê, na avenida João Gualberto. […] Em resposta às reivindicações estudantis, o governo mandou, à noite, piquetes de cavalaria da Força Policial para a frente dos colégios Iguaçu e Novo Ateneu, quando os milicianos deram cargas com suas espadas desembainhadas contra os estudantes que saíam das provas parciais de meio de ano. Vários foram feridos, tendo inclusive cavalarianos tentado adentrar com suas montarias no Colégio Iguaçu. Foi uma verdadeira operação 'matar no ninho', para impedir que os colegiais voltassem a atacar os coletivos. Motivados por esta agressão, os estudantes criariam poucos dias depois a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas”, relatou.
Os protestos seguiram até o dia 15 de junho e foram apoiados por operários e professores. As manifestações só terminaram quando Manoel Ribas voltou da viagem que fizera ao Rio de Janeiro, reassumindo a Interventoria do Paraná. De todo aquele movimento realizado pela UPE ficaram as imagens: policiais protegendo a Estação de Bondes da Força e Luz, na Barão do Rio Branco e o bonde tombado na Avenida João Gualberto quando as passagens dos coletivos, depois de se manterem durante anos em custos estáveis, subiram dez centavos."
(Extraído da Gazeta do Povo)
Paulo Grani.

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O bonde derrubado por estudantes na Avenida João Gualberto.
Foto: Domingos Foggiato, 06/06/1945.
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O bonde derrubado por estudantes na Avenida João Gualberto.
Foto: Domingos Foggiato, 06/06/1945.
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Em junho de 1945, policiais vigiavam a entrada da garagem de bondes da Companhia Força e Luz do Paraná, em frente ao prédio da Assembléia Legislativa (hoje sede da Câmara).
Foto: Domingos Foggiato, 06/06/1945.

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Cupom usado pela Ferro Carril Curitybano usado durante anos, ao custo de 100 réis.
Foto: Coleção Alen Morrison.

terça-feira, 14 de junho de 2022

Casarão que existia na Alameda Carlos de Carvalho 663 Anos 70 Fonte - Memória Urbana.

 Casarão que existia na Alameda Carlos de Carvalho 663
Anos 70
Fonte - Memória Urbana.


Pode ser uma imagem de ao ar livre

***Imagem da Vila Olga, na mesma década de sua construção 1920. Foi Residência do SR. Caetano Munhoz da Rocha, Ficava na Avenida Munhoz da Rocha, no juveve. ***

 ***Imagem da Vila Olga, na mesma década de sua construção 1920. Foi Residência do SR. Caetano Munhoz da Rocha, Ficava na Avenida Munhoz da Rocha, no juveve. ***


Pode ser uma imagem de ao ar livre e texto que diz "CURITYBA ESTRADA GRACIOSA 65 255"

***Prédio que existia na Rua Ébano Pereira *** Imagem da década de 60/70 Fonte - https://www.memoriaurbana.com.br/.../019-antonio-de.../

 ***Prédio que existia na Rua Ébano Pereira ***
Imagem da década de 60/70
Fonte - https://www.memoriaurbana.com.br/.../019-antonio-de.../


Pode ser uma imagem em preto e branco de 3 pessoas e rua