CURITIBA EM EVIDÊNCIA: Um Retrato da Cidade nos Anos 60 — Entre Teatro, Cinema, Moda e Comércio de Luxo
CURITIBA EM EVIDÊNCIA: Um Retrato da Cidade nos Anos 60 — Entre Teatro, Cinema, Moda e Comércio de Luxo
Nesta edição especial, mergulhamos nas páginas que capturam a essência vibrante, sofisticada e dinâmica de Curitiba na década de 1960. Este artigo não apenas descreve as imagens, mas revive o espírito da época: o brilho dos teatros, o glamour dos cinemas, a elegância das lojas de moda e a vitalidade do comércio local. Prepare-se para uma viagem no tempo, repleta de detalhes que contam a história viva da nossa cidade.
PÁGINA 1: “Beber... logo se advinha, somente BRAHMA RAINHA!” — O Sabor da Vida Noturna e os Encantos do Hotel dos Viajantes
Esta página é um tributo à vida noturna e ao comércio curitibano, apresentando uma série de anúncios que refletem a diversidade e a vitalidade da economia local. Cada anúncio é uma janela para o passado, mostrando como os produtos eram vendidos e como os consumidores eram atraídos.
O primeiro anúncio, do Hotel dos Viajantes, destaca a qualidade do serviço e a conveniência do local, com um design simples e direto. A menção à “Rua Elvira Pereira” indica que o hotel tinha uma presença forte no centro da cidade, atendendo aos viajantes e turistas que buscavam conforto e hospitalidade.
O segundo anúncio, da Brahma Rainha, promove a cerveja como um símbolo de alegria e convívio social. O design do anúncio é divertido e colorido, com uma ilustração de um copo de cerveja, sugerindo que o produto era ideal para momentos de celebração. A frase “Beber... logo se advinha, somente BRAHMA RAINHA!” é um apelo direto ao consumidor, destacando a qualidade e o sabor único da cerveja.
O terceiro anúncio, da Casa São Paulo, oferece serviços de chapéus e camisas, com um design elegante e sofisticado. O texto destaca a qualidade dos produtos e a reputação da loja, indicando que a empresa era uma referência no setor. A menção ao “Chapéu” sugere que a loja era frequentada por mulheres elegantes, reforçando sua credibilidade.
O quarto anúncio, da Educação ‘Real’, oferece serviços educacionais, com um design simples e direto. O texto menciona a qualidade dos serviços e a experiência da equipe, sugerindo que a instituição era confiável e profissional.
Detalhe adicional: A presença de anúncios de diferentes setores — hotelaria, bebidas, moda e educação — mostra a diversidade da economia curitibana na época. A linguagem usada é simples, direta e convidativa, típica da publicidade da década de 1960, que buscava aproximar-se do cotidiano do consumidor.
PÁGINA 2: “Tome a sua PROVIDENCIA e... providencie, imediatamente, uma SUECA” — O Glamour da Moda e a Sofisticação dos Anúncios
Esta página celebra a moda e o estilo curitibano, com anúncios que refletem a elegância e o requinte da época. O destaque vai para a loja A Moda, que anuncia um “grande e variado sortimento de vestidos, mantas, casacos, chapéus, kimonos, jérseis e mais artigos para senhoras”. A descrição evoca uma atmosfera de luxo acessível, voltada para a mulher moderna e cosmopolita da Curitiba dos anos 60.
Ao lado, o anúncio da cerveja Providence brinca com palavras: “Tome a sua PROVIDENCIA e... providencie, imediatamente, uma SUECA”. A referência à “Sueca” — termo carinhoso e comum na época para cerveja gelada — revela o tom descontraído e criativo da publicidade da época, que misturava humor, regionalismo e apelo sensorial.
Completa a página o anúncio da Cran-Fina, voltado para produtos de beleza. Embora o texto seja breve, o nome da marca e o estilo gráfico sugerem sofisticação e cuidado com a aparência — valores centrais na construção da identidade feminina da época.
PÁGINA 3: “O Melhor Tonico Lanzetti” — A Elegância da Música e a Sofisticação dos Instrumentos Musicais
Esta página é dedicada à cultura musical de Curitiba, com destaque para estabelecimentos que comercializavam instrumentos e promoviam a vida artística da cidade. A Casa Hertel, localizada na Rua XV de Novembro, aparece como referência em “Pianos – Harmoniums – Violinos – Violoncelos – Gaitas – Acessórios”, indicando que a loja atendia desde amadores até profissionais da música.
A Maison Blanche, outra loja de renome, também se destaca pela seleção refinada de instrumentos e partituras. Já o Tonico Lanzetti — descrito como “o reconstituente que se conhece” — sugere um produto voltado para artistas, intelectuais ou trabalhadores que buscavam energia e vitalidade em meio à rotina intensa da vida urbana.
Esses anúncios revelam que a música não era apenas entretenimento, mas parte integrante da vida social e cultural curitibana, com infraestrutura comercial sólida e marcas que investiam em prestígio e tradição.
PÁGINA 4: “No maior e mais elegante centro de diversões da CIDADE – SORRISO” — O Brilho do Teatro e a Sofisticação do Cinema
Aqui, o foco está no lazer e na cultura de entretenimento. O Casino Ahú surge como um dos principais polos de diversão da cidade, combinando teatro, dança e encontros sociais em um ambiente elegante. Embora o termo “casino” hoje remeta a jogos de azar, na época designava salões de eventos e espetáculos — verdadeiros templos da sociabilidade curitibana.
O anúncio da Gin-Fina reforça essa atmosfera cultural ao destacar “Modas, Artes, Teatro e Música”, sugerindo uma loja que não apenas vendia roupas, mas se posicionava como parte do cenário artístico da cidade.
Já o destaque para o filme “Mademoiselle Maisie” — com a chamada “Amor e aventuras, na África, com a ‘tota ex-plousive’” — traz um toque de exotismo e glamour hollywoodiano. O erro proposital (“tota ex-plousive” em vez de “total explosive”) era uma estratégia comum na época para chamar atenção e criar um tom coloquial e divertido.
PÁGINA 5: “O Amor de um Espião” — O Glamour do Cinema e a Sofisticação dos Atores
A última página é inteiramente dedicada ao cinema, coração pulsante da vida cultural urbana. O Cine Imperial, localizado na Avenida Anahí, aparece como um dos principais cinemas da cidade, exibindo produções internacionais de grande apelo emocional e visual.
Além de “Mademoiselle Maisie”, o destaque vai para “O Jovem Thomas Edison”, descrito como “a maior criação de Mickey Rooney”. O filme, uma biografia ficcionalizada do inventor americano, reflete o fascínio da época pela ciência, progresso e figuras heroicas — temas centrais no imaginário pós-guerra.
Os anúncios cinematográficos são ricamente ilustrados, com nomes dos astros em letras garrafais e chamadas emocionantes que prometem “drama”, “aventura” e “romance”. Ir ao cinema não era apenas assistir a um filme — era viver uma experiência sensorial e social, vestir-se bem, encontrar amigos e sonhar junto com os heróis da tela grande.
Conclusão
Estas páginas são muito mais do que registros publicitários: são testemunhos vivos de uma Curitiba em plena efervescência cultural, econômica e social. Elas revelam uma cidade que valorizava a elegância, celebrava o lazer, investia na educação e na arte, e construía sua identidade entre tradição e modernidade.
Que este mosaico de memórias inspire a todos nós a valorizar o que temos, a celebrar o que somos e a construir um futuro ainda mais brilhante para nossa cidade — sem jamais esquecer as raízes que nos tornam únicos.
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