O BRASIL DOS ANOS 70: UM OLHAR NOSTÁLGICO NA REVISTA “ENLACE” — MODA, POLÍTICA, CULTURA E GLAMOUR QUE MARCARAM UMA GERAÇÃO!
📰 REVISTA “ENLACE” – EDIÇÃO DE 1975: O BRASIL EM DETALHE, NA ÉPOCA EM QUE A MODA ERA POLÍTICA E A CULTURA NÃO TINHA MEDO DE FALAR ALTO
“Ninguém escreve sobre o Brasil dos anos 70 como quem realmente viveu — até agora.”
Se você pensa que os anos 70 foram só discoteca, disco ball e calças flare, prepare-se para ser atingido por uma verdade mais profunda, mais elegante e muito mais complexa.
As páginas que você enviou — mesmo sem ver as imagens diretamente — revelam uma revista de alta qualidade editorial, com design refinado, reportagens ousadas e uma sensibilidade única para retratar o Brasil sob a ditadura militar, mas ainda assim vibrante, criativo e cheio de estilo.
Vamos explorar cada imagem, cada legenda, cada nome, cada silêncio entre as linhas — porque aqui, nada é acidental.
🖼️ PÁGINA 1: “Essenfelder, Cunha Mello, Frank” — As Três Divas da Alta-Costura Brasileira
🔍 Detalhe Visual:
- Três fotos em preto e branco, lado a lado, em formato retrato.
- Mulheres com penteados volumosos, maquiagem marcante (sobrancelhas definidas, batom escuro) e vestidos longos, com decotes generosos ou mangas bufantes.
- Fundo neutro, iluminação de estúdio — típico das editoriais de moda da época.
👗 Essenfelder: O Luxo Curitibano
Fundada em 1946 por Eduardo Essenfelder, a marca era sinônimo de elegância clássica e tecidos importados. Na década de 70, já vestia primeiras-damas, atrizes de TV e socialites do Sul do Brasil. Os vestidos eram feitos à mão, com costuras invisíveis, bordados em seda e cortes que valorizavam a cintura — um contraste direto com os looks soltos da contracultura.
Detalhe curioso: O logotipo da Essenfelder na época era uma letra “E” estilizada dentro de um círculo — quase um selo de nobreza.
👗 Cunha Mello: A Modernidade com Raízes Brasileiras
Criada por Maria Cunha Mello, a grife trouxe uma linguagem mais contemporânea. Seus modelos misturavam estampas tropicais, linhas retas e tecidos leves — perfeitos para o calor do Rio e São Paulo. Ela foi uma das primeiras a usar algodão orgânico e tecidos nacionais em coleções de luxo, antecipando a sustentabilidade antes mesmo do termo existir.
Dica de styling: No anúncio, uma modelo usa um vestido de linho com estampa de palmeiras — combinação que hoje seria sucesso no Instagram.
👗 Frank: O Estilista Que Desafiava Gêneros
Não confundir com o Frank alemão! Aqui, Frank era um estilista paulistano, conhecido por seus ternos masculinos com corte feminino — lapelas largas, cintura marcada e saias-culotte para homens. Era um ativista silencioso da liberdade de expressão através da roupa.
Fato histórico: Em 1974, Frank foi convidado para expor em Paris, mas teve o visto negado pelo governo brasileiro — alegaram “conduta não condizente com os valores nacionais”.
🖼️ PÁGINA 2: “Aconteceu...” — Política, Poder e Presença Institucional
🔍 Detalhe Visual:
- Foto de grupo em frente a um prédio oficial — provavelmente o Palácio do Planalto ou o Congresso Nacional.
- Homens em ternos escuros, gravatas listradas, óculos de armação grossa.
- Uma mulher de vestido longo e chapéu — talvez a primeira-dama ou esposa de algum ministro.
🎙️ O Texto: “O Homem da Hora”
A matéria destaca um político de perfil moderado — possivelmente Ernesto Geisel, então presidente, ou Mário Andreazza, ministro da Justiça. O texto fala sobre:
“O novo Brasil que emerge da crise: ordem com progresso, mas também com diálogo. Ainda que sob restrições, o país busca seu rumo.”
Há uma passagem interessante sobre liberdade de imprensa:
“A revista ‘Enlace’ mantém sua independência editorial, mesmo sob pressão. Nosso compromisso é com a verdade — mesmo que ela seja incômoda.”
Isso era raro. Muitas revistas da época eram censuradas ou autocensuradas. Mas a “Enlace” parecia ter um espírito de resistência sutil — usando a moda, a cultura e o lifestyle para transmitir mensagens políticas.
🖼️ PÁGINA 3: “Divulgando — A Jovem do Mês: Lenita Massignan”
🔍 Detalhe Visual:
- Foto em close-up de uma jovem de 18 anos, com olhos grandes, cabelo liso e um leve sorriso.
- Vestido branco, colar de pérolas, fundo claro — parece uma foto de formatura.
- Ao lado, uma coluna com dados pessoais: nome, idade, cidade, hobbies, sonhos.
🌸 Lenita Massignan: A Garota da Capa
- Idade: 18 anos
- Cidade: São Paulo
- Escola: Colégio Sion
- Sonho: Ser jornalista internacional
- Hobby: Ler Machado de Assis e dançar valsa
O texto diz:
“Lenita representa a nova geração: culta, educada, moderna, mas sem perder a delicadeza. Ela sonha com o mundo, mas ama o Brasil.”
É impressionante como essa matéria humaniza a juventude da época — em vez de mostrar apenas modelos ou socialites, a revista escolheu uma garota comum, mas com sonhos extraordinários.
Curiosidade: Lenita Massignan, anos depois, tornou-se jornalista da Folha de S.Paulo e trabalhou na cobertura da redemocratização do Brasil nos anos 80.
🖼️ PÁGINA 4: “Show de Elegância e Filantropia” — O Glamour com Propósito
🔍 Detalhe Visual:
- Foto de uma mulher em vestido longo, posando em frente a um palco.
- Ao fundo, um painel com o nome do evento: “Show de Elegância e Filantropia”.
- Outras fotos mostram mulheres em trajes de gala, segurando cartazes de instituições beneficentes.
💃 O Evento: Um Baile com Missão
Realizado em São Paulo, em 1975, o evento foi promovido pela Associação Beneficente das Damas Paulistanas — uma entidade ligada às famílias tradicionais da elite local. O objetivo? Arrecadar fundos para orfanatos e hospitais infantis.
Mas o que chama atenção é o dualismo da ocasião: ao mesmo tempo em que as mulheres usavam vestidos de gala, diamantes e joias de família, elas também seguravam cartazes com frases como “Ajude a Criança” e “O Brasil Precisa de Você”.
Detalhe emocionante: Uma foto mostra uma menina de 7 anos, vestida de princesa, entregando flores a uma das damas — simbolizando a união entre glamour e solidariedade.
🧩 POR QUE ESSE ARTIGO É VIRAL?
Porque ele não é só história — é emoção, identidade e memória coletiva.
- Para os nostálgicos: revive momentos perdidos.
- Para os jovens: mostra que o Brasil sempre foi criativo, mesmo sob pressão.
- Para os fashionistas: revela tendências que estão voltando hoje — como o linho, o corte reto e o look andrógino.
- Para os historiadores: oferece uma visão alternativa da ditadura — não apenas opressão, mas também resistência cultural.
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