domingo, 1 de janeiro de 2023

“Sonho Meu”, a única novela ambientada em Curitiba até hoje

 “Sonho Meu”, a única novela ambientada em Curitiba até hoje

O tempo passa, o tempo voa, já dizia o jingle de um antigo banco do Paraná. E lá se vão 22 anos desde que “Sonho Meu” estreou no horário das seis da Globo. E a novela é especial por ter sido ambientada em nossas praças, parques e estações-tubo.

A novela Sonho Meu é a única até hoje ambientada em Curitiba

Patrícia França e Carolina Pavanelli em gravação no Parque Barigui em 1993. (Foto: Cedoc/Globo)

 

Enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul receberam outras produções ao longo dos anos, Curitiba teve apenas “Sonho Meu” ambientada por aqui – estamos, neste caso, desconsiderando tramas que tiveram breve cenas gravadas por aqui, como foi o caso de “O Astro”, que teve externas no Presídio do Ahu.

“Sonho Meu” foi protagonizada por Patricia França e Leonardo Vieira (que tinham saído do sucesso da primeira fase de “Renascer”) e era inspirada em “A Pequena Órfã”, de Teixeira Filho e trazia a pequena Carolina Pavanelli, que encantou o público como a órfã da história. Os galãs Fábio Assunção e Leonardo Vieira, além da protagonista Patrícia França, eram alguns dos artistas que batiam cartão em Curitiba para a gravação de cenas externas da trama, que contava com coprodução da RPC (então TV Paranaense). Só para entrar no clima do post, a abertura tinha o tema cantado por Xuxa e José Augusto, lembra?

Vasculhando algumas matérias antigas – assinadas pelas jornalistas Elza Oliveira Filha, na época correspondente do jornal O Globo na capital – e de Martha Feldens, do Correio Braziliense, descobri que a ideia de usar Curitiba como cenário foi do diretor Reynaldo Boury, após passar férias na capital, em abril de 1993. “Curitiba parece uma cidade de primeiro mundo, é muito bonita e organizada”, declarou à reportagem.

Locações

Na fase inicial da novela, a equipe comandada por Reynaldo Boury gravou muito na  Ópera de Arame, o Parque Barigui, o Jardim Botânico, a Rua das Flores, a Universidade Livre do Meio Ambiente e os calçadões do centro.

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O ator Elias Gleizer, que interpretou o querido Tio Zé, em uma gravação externa em Curitiba. (Foto: Cedoc/TV Globo)

Um curtume desativado no Alto da Rua XV serviu de cenário para o incêndio do Lar de Cecília e entre os figurantes estavam 30 crianças, filhas de funcionários da TV Paranaense e uma equipe de 15 soldados do Corpo de Bombeiros. A presença dos atores Patrícia França e Leonardo Vieira – além das labaredas – atraiu um grande público ao local.

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A atriz Gisele Reiman na gravação de uma cena externa da novela “Sonho Meu” em Curitiba em agosto de 1993. (Foto: Cedoc/TV Globo)

“O mais difícil, entretanto, foi a gravação na ópera de Arame. Eram duas mil pessoas, principalmente mulheres, querendo ver de perto seus ídolos e eu tive medo de não controlar. Mas as pessoas foram supereducadas “, contou Roberto Naar, citando que Leonardo Vieira e Fábio Assunção levaram as tietes ao delírio quando apareceram.

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Fábio Assunção interpretava seu primeiro vilão na telinha. Em uma cena dos primeiros capítulos, Jorge, seu personagem, recebe um prêmio de medicina na Ópera de Arame. (Foto: Cedoc/TV Globo)

 

A boa vontade, o espírito de colaboração e a educação dos figurantes curitibanos foram elogiadas pelos diretores em matéria publicada no jornal O Globo e assinada pela jornalista Elza de Oliveira Filha em 12 de setembro de 1993:

“A gente grava na rua, faz cenas em pontos de ônibus e outros locais públicos sem qualquer policiamento e sem enfrentar problemas , contou Roberto Naaar, um dos diretores da novela.

Paixão por Curitiba

Ao Sintonizando,  Reynaldo Boury, diretor geral de “Sonho Meu” e que hoje comanda o núcleo de teledramaturgia do SBT, revela que se surpreendeu com a colaboração e receptividade que recebeu dos curitibanos. “Gravavamos sempre às segundas e terças, de 15 em 15 dias, e tivemos muitas cenas noturnas ali na Rua XV, perto do bondinho. Os curitibanos se reuniam para ver os artistas, mas era só eu dizer ‘Silêncio!’ que não se ouvia uma mosca”, relembra, contando que é um apaixonado pela capital e confidenciando que deseja realizar outro trabalho por aqui.

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A atriz Françoise Fourton esperando para gravar na Ópera de Arame em agosto de 1993. (Foto: Cedoc/TV Globo)

O diretor também contou que, logo nos primeiros capítulos, havia uma cena gravada em que o personagem de Fábio Assunção recebia um prêmio e a atriz Debora Duarte participava dessa gravação. “O povo lotou a Ópera de Arame, a Débora Duarte desceria pelo corredor para ir até o palco e eu disse: olha, ela  vai descer por ali, mas vocês estão vendo um espetáculo, então, não olhem para ela, não comentem, é uma senhora descendo normalmente. Foi uma maravilha, um comportamento exemplar”, destacou Boury.  Além das externas aqui, uma cidade cenográfica no Projac reproduzia uma vila polonesa.

E, se na época não existia o Terrazza 40, restaurante panorâmico que hoje faz sucesso, a solução foi improvisar: e a então Torre de Telepar (nos Mercês e hoje Torre da Oi) serviu de cenário para um almoço envolvendo os personagens de Patrícia França e Fábio Assunção com Curitiba ao fundo.

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Patrícia França e Fábio Assunção gravam cenas na então torre da Telepar, no Mercês, que serviu como um restaurante panorâmico na história da trama. (Foto: Cedoc/TV Globo)

A novela estreou em setembro de 1993, substituindo o grande sucesso de “Mulheres de Areia” e com um elenco de responsabilidade. Beatriz Segall, por exemplo, lembrava muito Odete Roitman, seu papel de sucesso em “Vale tudo” (1988).

Sucesso no horário das seis, “Sonho Meu” teve a última cena gravada na Ópera de Arame com um show de Xuxa e José Augusto, que reuniu mais 2 mil pessoas e 10 mil do lado de fora. O “Vídeo Show” mostrou os bastidores:

Mesmo tendo sido um sucesso de audiência, “Sonho Meu” nunca ganhou uma reprise na Globo. Boury acredita que um dos motivos é pela qualidade da novela – gravada em tempos pré-HD. Outro motivo também, na opinião deste blogueiro, é o fato de Patrícia França e Leonardo Vieira terem ficado anos na Record.

Independente dos motivos, a torcida do Sintonizando é dupla: que a Globo redescubra a novela no Vale a Pena Ver de Novo ou no Canal Viva. Também torcemos para que a Globo traga outra produção para ser ambientada em terras curitibanas. Porque a gente também merece, né?

Quem foi: Alfredo Romário Martins

 

Quem foi: Alfredo Romário Martins

Foi um importante historiador do Estado, com destaque para o clássico "História do Paraná"

Alfredo Romário Martins (1874-1948) teve uma vida dedicada ao estudo da história paranaense. Natural de CuritibaMartins é oriundo de família tradicional. Seu avô Manoel Felix Martins, por exemplo, foi comendador, enquanto o pai José Antônio Martins, teve ligação importante com o Museu Paranaense e se tornou administrador do Correio Geral do Paraná.

Desde cedo, o historiador compartilhou de um ambiente extremamente intelectual. De sua geração, no Colégio Curitibano, saíram nomes como Ermelino Leão, João Pernetta, Julia Wanderley, entre outros. Ao cursar jornalismo e ser pai de oito filhos originários do casamento com Ana Fausta de Menezes, Romário Martins teve início a sua carreira profissional como tipógrafo, e posteriormente jornalista de meios de comunicação como o Dezenove de Dezembro, A República e a Ilustração Paranaense.

Quem foi: Alfredo Romário Martins - Curitiba Space

O período fez com que surgisse um movimento ufanista no Estado do Paraná. Fatores como ideais simbolistas, consolidação do cenário de exportação da erva-mate, construção da Estrada de Ferro ligando Curitiba a Paranaguá garantiam uma nova ideologia na região. No contexto, Romário Martins procurou estar presente em praticamente todas novas publicações e se aproximou de personagens como Emiliano Perneta e Rocha Pombo. Iniciando na poesia e passando pela sociologia, o historiador deu início – juntamente com o próprio Rocha Pombo – a uma intensa crítica ao governo estadual pela falta de cuidado com os índios paranaenses.

Quem foi: Alfredo Romário Martins - Curitiba Space

Como historiador, Romário Martins teve como pontapé inicial a publicação de “Fatos e Tradições Paranaenses”, em 1896, e que mais tarde viria a ser incorporada em seu clássico “História do Paraná”. Obra que seria lançada em três edições (1899, 1937, 1995), se tornando uma referência para o Estado no gênero. Ao defender o ParanáMartins também exerceu importante papel ao reunir uma série de documentos argumentando que o Paraná seria o detentor das terras contestadas por Santa Catarina, fato que reforçava sua opinião de que para defender a região era preciso estar inserido no âmbito político.

Casa Romário Martins - Curitiba Space

Considerado o fundador do Movimento Paranista – responsável por criar uma valorização ao Estado – o historiador também foi deputado estadual em oito oportunidades; obteve participação na criação das bandeiras do Paraná e de Curitiba; membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e fundador do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense; participação na constituição da Universidade do Paraná (atual UFPR); e diretor do Museu ParanaenseRomário Martins faleceu em 10 de setembro de 1948 deixando um legado histórico para o Paraná.

Casa Romário Martins - Curitiba Space

Em Curitiba, o historiador é lembrado de diversas formas. Destaque para a Rua Romário Martins – no Jardim Social -, o busto na Praça Santos Dumont, e ao dar nome a uma conhecida residência no Centro Histórico de Curitiba, a Casa Romário Martins.

Referências:
IURKIV, José Erondy. Romário Martins e a Historiografia Paranaense. Disponível em <http://revistas.unipar.br />.

Quem foi: Alfredo de Assis Gonçalves

 

Quem foi: Alfredo de Assis Gonçalves

Foi nome importante na história da UFPR e tem um busto ao lado do Prédio Histórico

Nascido em Canasvieiras (Bahia), Alfredo de Assis Gonçalves (1884 – 1984) foi médico, professor da Universidade Federal do Paraná e Diretor da Faculdade de Medicina. Teve destaque na já centenária história da UFPR por ter sido o principal personagem na criação do Hospital de Clínicas da UFPR, o famoso HC.

Quem foi: Alfredo de Assis Gonçalves - Curitiba Space

Médico e farmacêutico pela Faculdade de Medicina de Salvador, Alfredo de Assis Gonçalves trabalhou em vários locais do Brasil e da Europa, e chegou em Curitiba para atuar como médico legista. Antes disso, trabalhou no apoio para vitimas das enchentes do Rio São Francisco. Na capital paranaense, ingressou na principal universidade do estado, a UFPR. Na instituição, ocupou cadeiras das Faculdades de Medicina, Farmácia, Odontologia e Direito, até se tornar Diretor da Faculdade de Medicina. No cargo, teve destaque na concepção do Hospital de Clínicas, sendo inclusive o doador do terreno.

Quem foi: Alfredo de Assis Gonçalves - Curitiba Space

Em Curitiba, o baiano recebe algumas homenagens. Ao lado do Prédio Histórico da UFPR, uma estátua celebra o seu centenário, comemorado em 1984. O busto foi idealizado pela Prefeitura de Curitiba em parceria com a Universidade Federal do Paraná. Há também na cidade duas vias com o nome do professor, a Rua Assis Gonçalves, no Água Verde, e a Rua Prof. Assis Gonçalves, no Parolin.

Referências:
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p

Quem foi: Alfredo Andersen

 

Quem foi: Alfredo Andersen

O artista norueguês é considerado o pai da pintura paranaense

Alfredo Andersen (1860 – 1935) nasceu no dia 03 de novembro,na Noruega, porém se tornou paranaense por adoção. Andersen se destacou como pintor, escultor, decorador, cenógrafo, desenhista e professor.

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Alfredo Andersen teve sua formação artística realizada no continente europeu. O cenário da independência cultural e política norueguesa e a intensa movimentação nacionalista do término do século XIX foram fatores que estimularam a criação artística na região. Filho de capitão da marinha mercante, o artista pautou sua rotina em viagens pelo mundo. No ano de 1892, Alfredo Andersen desembarcou no Paraná para fixar residência em Paranaguá. O início em terras brasileiras com o total desconhecimento da língua portuguesa não foi problema para o talento do artista norueguês. Na primeira década, instalado no litoral do Estado, se manteve financeiramente através de retratos e de decorações cênicas para casas. A vinda para a capital paranaense aconteceu em 1902. Em Curitiba, o pintor deu início a um atelier na atual Rua Marechal Deodoro. O espaço serviu para exposições individuais, além do ensino de desenho e pintura.

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A consolidação profissional em Curitiba veio a partir de 1910. Na época, o do “pai da pintura paranaense” passou a lecionar desenho em instituições como a Escola Alemã, o Colégio Paranaense, e a Escola de Belas Artes e Indústrias. Na época, também se aproximou do Governo do Estado ao ser o responsável pelo primeiro projeto de brasão do Paraná. Em 1915, Alfredo Andersen mudou atelier para o endereço onde atualmente se encontra o museu em sua homenagem, localizado na Rua Mateus Leme.

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O reconhecimento pelo belo trabalho realizado em terras paranaenses, principalmente ao simbolizar o gosto europeu da burguesia curitibana da época, possibilitou que o artista recebesse homenagens como o título de Cidadão Honorário de Curitiba, em 1931.

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Alfredo Andersen faleceu em Curitiba no dia 09 de agosto de 1935. O artista também dá nome uma praça localizada no bairro Bigorrilho.

Referências:
ITAU CULTURAL. Andersen, Alfredo (1860)-1935). Disponível em <http://www.itaucultural.org.br>.
MAA. Biografia. Disponível em <http://www.maa.pr.gov.br>.

Quem foi: Alcebíades Plaisant

 

Quem foi: Alcebíades Plaisant

O paranguara foi um dos fundadores do Centro de Letras do Paraná

Nascido em Paranaguá, Alcebíades Cezar Plaisant (1851 – 1947) era filho do Comendador Carlos Augusto Cezar Plaisant e de Baselina Blanco Plaisant. Em 1887, casou-se com uma das filhas do Visconde de Nacar.

Quem foi: Alcebíades Plaisant - Curitiba Space

Na história do Estado, uma de suas participações mais significativas foi a fundação do Centro de Letras do Paraná, juntamente com outros membros – como Emiliano Perneta. Antes disso, era sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro no Paraná e estudou na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.

Plaisant obteve destaque no meio cultural paranaense. Além de ser colaborador ativo da imprensa curitibana, publicou as obras “Antologia Paranaense” e “Sanário Paranaense”, esta última fortemente criticada. Alcebíades Cezar Plaisant faleceu no dia 28 de julho de 1947.

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A via em sua homenagem tem aproximadamente 1,5 km e fica entre as avenidas Água Verde e dos Estados, no bairro Água Verde.

Referências:
IPPUC. Nome de Rua. Disponível em <http://ippucweb.ippuc.org.br>.
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p

Quem foi: Affonso Camargo

 

Quem foi: Affonso Camargo

Ocupou vários cargos públicos, com destaque para o de Presidente da Província do Paraná

Nascido em Guarapuava,  Affonso Alves de Camargo (1873 – 1958) veio cedo para Curitiba, onde foi promotor público, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná e, por pouco tempo, chefe de polícia. Com 23 anos, foi eleito deputado estadual, cargo que ocupou por cinco legislaturas. Em 1908, chegou a vice-presidência do Paraná, ao lado de Carlos Cavalcanti, e oito anos depois foi eleito presidente do Paraná – cargo que representa o atual governador do estado.

Quem foi Affonso Camargo - Curitiba Space

Após os quatro anos de seu mandato à frente do Estado, Affonso Camargo rumou para o Congresso Nacional, como deputado federal (1921 – 1922) e senador (1922 – 1927). Em 1928, retornou ao cargo de presidente do estado, ficando até 1930. Durante seus períodos no governo do estado, suas principais ações foram: a criação da rodovia Curitiba – Foz do Iguaçu; a construção do ramal ferroviário de Jaguariaiva e Jacarezinho; a abertura da linha férrea até Guarapuava; melhorias no Porto de Paranaguá; a elevação do ensino, tendo o Ginásio Paranaense equiparado ao Colégio D. Pedro II; a fundação do Banco do Estado do Paraná; a criação de políticas para incentivar o plantio de café; apoio às atividades culturais, promovendo alguns literatos e músicos aos cargos eletivos, como Nestor Victor, Rocha Pombo e Léo Kessler; a instalação da Granja do Canguiri, da Bolsa de Títulos de Valores e da Câmara Sindical; e o início da construção da estrada da Ribeira.

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Affonso Camargo faleceu dia 16 de abril de 1959, em Curitiba. A avenida que leva seu nome, em Curitiba, tem cerca de 7 km de extensão e passa por importantes pontos da cidade, como a Rodoviária, o Mercado Municipal, o Cartório do Cajuru, o Viaduto do Capanema, o Hospital Cajuru, a Linha Verde, o Terminal do Capão da Imbuia e o Autódromo Internacional de Curitiba.

Referências:
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p.

IGREJA ORTODOXA SÃO JORGE

 

IGREJA ORTODOXA SÃO JORGE















No último domingo tive a grata oportunidade de poder conhecer a Igreja Ortodoxa São Jorge no bairro Mercês, na rua Brigadeiro Franco, 375. Um dos fiéis da igreja sugeriu que eu subisse no mezanino de onde eu pude ver ainda mais de perto o interior dessa bela igreja. 
As informações a seguir eu obtive no site Igreja Ortodoxa Antioquia.
Nos primeiros anos da década de 50 a comunidade ortodoxa antioquina de Curitiba decidiu que era o momento propício para a construção de sua própria Igreja.
Assim, em 17 de fevereiro de 1954 comprou-se um terreno onde foi construída uma casa de madeira onde, com o apoio dos fiéis, o pároco podia celebrar a Divina Liturgia (que até então era realizada nas casas de membros da comunidade), se reunir e cumprir todos os preceitos religiosos e espirituais.
A construção da atual igreja, dedicada a São Jorge, teve seu início em 1954. Em 1960 foi o templo concluído, mas a consagração oficial foi realizada somente em 1962 pelo Metropolita Dom Ignátios Ferzly.
A semente da construção do templo foi plantada pelo Padre Lázaro Nehme, sucedido posteriormente pelo Padre Antonio Ward, o qual  permaneceu à frente da paróquia de 1965 a 1998; ele empreendeu todos os esforços no sentido de embelezar a igreja, com detalhes arquitetônicos externos e internos nesse maravilhoso templo.
A Igreja, que em seu início estava intrinsecamente ligada à comunidade árabe ortodoxa, hoje se abre também a novos membros oriundos de outras etnias, principalmente brasileiros que veem na fé ortodoxa sua ligação de vida com Deus. Hoje em dia além de ser a única Igreja Ortodoxa Antioquina do sul do Brasil, a igreja de São Jorge de Curitiba é considerada uma das mais belas construções arquitetônicas do Estado do Paraná.