segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Quem foi: Caetano Munhoz da Rocha

 

Quem foi: Caetano Munhoz da Rocha

O político foi Governador do Paraná na década de 20

Caetano Munhoz da Rocha (1879 – 1944) nasceu em Antonina, litoral do Paraná, uma das cidades mais antigas do Estado. Era filho de Bento Rocha e Maria Leocádia Munhoz Carneiro.

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Seus primeiros estudos aconteceram nos colégios Parthenon Paranaense e Arthur Loyola. Ainda jovem, se mudou para São Paulo, onde se matriculou no Colégio São Luiz, em Itu, e em seguida conclui o curso de humanidades. Próxima a virada de século, ingressou na Faculdade Nacional de Medicina, se formando em 1902. No ano seguinte, retornou ao Paraná, para ser médico na Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá e trabalhar na Inspetoria de Saúde dos Portos.

Em 1904, Rocha foi eleito para o Congresso Legislativo estadual, cargo que, após sucessivas reeleições, ocupou até 1917. Nesse período, por uma permissão na lei, foi também Prefeito de Paranaguá, de 1908 a 1915, ano que se mudou para Curitiba. Na capital, foi convidado para ser 1º vice-presidente do Estado, no mandato de Affonso Camargo. O sucesso foi tanto, que quatro anos depois o único candidato para a sucessão de Camargo era o próprio Caetano, que se tornou Presidente do Paraná em 1920 – cargo correspondente ao de Governador do Paraná. Empenhou-se na construção do Porto de Paranaguá, em retirar o estado de uma significativa dívida e em reduzir os custos do setor. Durante o seu mandato, que durou até 1928, aboliu a Bandeira e o Hino do Paraná, que só foram restabelecidas em 1950, no governo de Lupion.

Após sair do posto de Presidente, Caetano elegeu-se Senador do Estado, cargo que ocupou até a eleição de Getúlio Vargas, em 1930.

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Caetano Munhoz da Rocha faleceu no dia 23 de abril de 1944, em Curitiba. Na cidade, o político recebeu várias homenagens. Uma das mais fáceis de encontrar é um prédio do Governo do Estado, localizado ao lado do Museu Oscar Niemeyer. Inaugurada durante o governo de Jayme Canet, o Edifício Caetano Munhoz da Rocha é sede da Secretaria de Estado da Administração, da Secretaria de Turismo, da Empresa de Obras Públicas do Paraná e de alguns outros setores administrativos. O prédio fica na Rua Deputado Mário de Barros, 1290, no Centro Cívico.

Referências:
SEEG. Caetano Munhoz da Rocha. Disponível em <http://www.seeg.pr.gov.br>.

Quem foi: Bento Munhoz da Rocha Neto

 

Quem foi: Bento Munhoz da Rocha Neto

Foi Governador do Paraná e inaugurou obras importantes em Curitiba durante sua gestão

Bento Munhoz da Rocha Neto (1905 – 1973) foi um grande personagem da política paranaense, e nasceu no dia 17 de dezembro. Filho de Caetano Munhoz da Rocha, que foi duas vezes Presidente da Província do Paraná da década de 20, Bento foi governador do estado do dia 31 de janeiro de 1951 a 3 de abril de 1955.

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Nascido em Paranaguá, e formado pela Escola de Engenharia da UFPR, Bento fez várias atividades durante sua vida. Além de político, foi professor, presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná, ensaísta e era considerado um grande intelectual na época. Antes de ser governador, foi deputado federal constituinte de 1946 a 1950 e, após passar o comando do Estado a Antônio Anibelli, assumiu o Ministério da Agricultura. Bento renunciou ao cargo de Governador para ser candidato à vice-presidência da República, fato que não se concretizou. Após o Ministério, foi eleito deputado federal, ficando no cargo até 1962.

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Durante seus pouco mais de quatro anos no Governo, suas principais atribuições foram a criação do Teatro Guaíra, em sua forma atual, da Fundação de Assistência ao Trabalhador e do primeiro Plano Estadual Rodoviário do Paraná Rural; a construção da Biblioteca Pública do Paraná e do Centro Cívico; fundação da Copel, de parte da Estrada do Café e de Casas Rurais; e a edificação do Palácio Iguaçu. Além disso, iniciou a construção da Usina Termelétrica de Figueira e de algumas vias importante, como a que liga Londrina e Apucarana. Durante seu mandato, foi o Governador nas comemorações do Centenário da Emancipação do Estado, em 1953.

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Na sua carreira literária, escreveu 14 obras, com destaque para “Uma Interpretação das Américas”, “Radiografia de Novembro” e “Mensagem da América”. Bento faleceu em 12 de novembro de 1973, aos 67 anos de vida. Segundo um jornal do estado, é a personalidade mais importante do Paraná.

Em Curitiba, várias homenagens a Bento Munhoz podem ser vistas. Um dos auditórios do Teatro Guaíra, uma praça na Av. Presidente Kennedy e um colégio estadual levam o seu nome. Além disso, um Memorial em frente ao Palácio Iguaçu (foto) e um busto na Praça Nossa Senhora da Salete (foto) completam as homenagens de Curitiba a esse grande personagem da nossa história.

Especial Palácios em Curitiba - Palácio Iguaçu - Curitiba Space

Referências:
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p
GAZETA DO POVO. Bento Munhoz da Rocha, o unificador do Estado. Disponível em <http://www.gazetadopovo.com.br/>.
PARANÁ ONLINE. Memorial no Palácio Iguaçu homenageia Bento Munhoz da Rocha. Disponível em <http://www.parana-online.com.br/>

Quem foi: Barão e Visconde de Nacar

 

Quem foi: Barão e Visconde de Nacar

Manuel Guimarães recebe o título de Barão em 1876 - e de Visconde em 1880

Nascido em Paranaguá,  Manuel Antônio Guimarães (1813 – 1893) teve várias funções em sua cidade natal. Foi camarista, Presidente da Câmara Municipal, Delegado de Polícia, Juiz Municipal, comandante da Guarda Nacional, chefe do Partido Conservador e um dos maiores exportadores de erva-mate do Paraná. Na região, ainda era dono da maior importadora da cidade, a Guimarães e Cia.; de residências; escravos; iates e algumas outras terras.

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Fora do litoral, foi eleito Vice-Presidente da província do Paraná e por duas vezes exerceu o cargo “maior” da região, nos anos de 1873 e 1877. Alguns anos depois, foi Deputado Geral e deputado na assembleia Provincial de São Paulo.

No dia 21 de julho de 1876, Manuel Antônio Guimarães recebe o título de Barão e quatro anos depois o de Visconde. Antes disso, o político recebeu o “Hábito de Cristo”, foi comendador e dignitário da Ordem da Rosa e cavaleiro imperial da Ordem do Cruzeiro. Outra curiosidade sobre o Visconde, é que em 1950 ele foi testemunha ocular da disputa entre a fortaleza de Paranaguá e o vapor inglês HMS Cormorant, no conflito que ficou conhecido como o “Incidente de Paranaguá”. O Barão faleceu no dia 16 de outubro de 1893, em sua cidade natal.

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Em Curitiba, o nome do parnanguara é famoso pela rua que o homenageia. Começando no bairro Mercês, mais especificamente na Avenida Manoel Ribas, e passando por boa parte do centro de Curitiba, a Rua Visconde de Nacar se estende até a Praça Rui Barbosa. A via é famosa por abrigar a entrada da Rua 24 Horas.

Referências:
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p
UEPG. Visconde de Nácar. Disponível em <http://www.uepg.br>.

A CASA DE MARITA FRANÇA

 

A CASA DE MARITA FRANÇA





Durante nossa caminhada passamos por essa casa que fica na Av. Mal Floriano, quase na Praça Carlos Gomes. Já havia fotografado e postado essa e outras casas no começo de 2010 para mostrar um pouco a arquitetura da Marechal Floriano.
Considero essa, uma das mais belas casas que existe em Curitiba e por muito tempo, ficava imaginando quem poderia ter morado numa casa tão fabulosa, num endereço desses. Pensava que só poderia ser uma pessoa extraordinária.
Pois graças à um caro leitor desse blog, que frequentava a casa e conhecia sua moradora, pude finalmente descobrir um pouco sobre essa casa e de sua ilustre moradora, uma curitibana chamada Marita França.

Segue um pouco que descobri no site Paranáonline e no blog Simutaneidades:

Marita França (Maria Aparecida Taborda França) nasceu em Curitiba a 01 de julho de 1915. Filha do ilustre poeta paranense Heitor Stockler de França e Brasília Taborda Ribas de França. Faleceu a 27 de julho de 2009.
Foi advogada e tinha uma veia voltada às artes e a cultura, cuja intensidade nortearam o curso de toda a sua vida. Mais do que advogada, foi musicista, poeta, pertencendo a inúmeras agremiações culturais de Curitiba. 
Em 1978 foi escolhida pela Socipar como a Advogada do Ano. Como Poeta e musicista, recebeu diversas premiações. Foi colaboradora assídua das revistas da Academia Feminina de Letras do Paraná e do Centro Paranaense Feminino de Cultura.
No casarão, construído por seus pais na Rua Marechal Floriano, quase na Praça Carlos Gomes, viveu seus 92 anos e exerceu sua melhor arte com singular maestria e distinção.
Marita morou sempre ali, embora solteira, cercada por uma imensa família de curitibanos que por lá passavam, sem cerimônia, todas as quintas-feiras, para almoçar com ela.
Ela seguiu uma tradição familiar de convivência social, que hoje, não existe mais. Por ali circularam políticos, artistas, funcionários, morretenses, socialites e alguém que conhece alguém daquela família formidável e desejasse partilhar uma hora de pura celebração à vida.
Todos se encantavam com sua cordialidade e com o carinho dispensado à família e aos amigos. Um traço marcante foi o desenvolvimento de uma atividade profissional pioneira sem assumir ares de “dona do mundo”: Marita não se anunciava como grande sumidade surgia discretamente e todos percebiam seu elevado nível intelectual, seu profissionalismo e suas qualidades morais. Sua trajetória poderia ser resumida como uma vida longa, de muito trabalho, muitas alegrias e muito amor.

Referências: http://www.parana-online.com.br/ - artigo de Bebel Ritzmann em 09/10/2009 e 

CASA DE ANTÔNIO ESCORSIN

 

CASA DE ANTÔNIO ESCORSIN







Possivelmente em 2008, a rede de farmácias Droga Raia restaurou ao longo de quatro meses, um antigo imóvel que estava em ruínas no bairro São Brás, que pertenceu à Antônio Escorsin (que dá nome à rua). No local (atrás da casa restaurada) foi inaugurada mais uma filial da rede de farmácias, numa ação que provavelmente contou com o apoio da prefeitura, pois o imóvel certamente é uma Unidade de Interesse de Preservação.
A casa abriga uma exposição de fotografias de seu antigo morador e sobre a formação do bairro São Brás. Presente no bairro desde o século XIX, o casarão representa uma história de solidariedade entre os moradores, que, juntos, levaram educação, saneamento básico e saúde para a comunidade. “Antônio Escorsin foi um dos primeiros moradores do São Brás e uma pessoa fundamental no desenvolvimento de toda a região. Identificamos na sua história um personagem transformador e, em retribuição a seus esforços do passado, decidimos restaurar sua antiga morada”, explica Cristiana Pipponzi, diretora de Marketing da Droga Raia.
A ocupação do São Brás teve início no final do século XIX, com camponeses brasileiros e imigrantes, entre duas importantes áreas: Santa Felicidade e Orleans. Os primeiros a habitar a região foram os irmãos Chagas Lima, que herdaram 50 alqueires de terra no local, então chamado Quarteirão de São Brás. Aos poucos, outras famílias de imigrantes foram chegando, em sua maior parte italianos, poloneses e ucranianos. Em 1º de fevereiro de 1920, foi fundada a Sociedade Operária e Beneficente Internacional São Brás, com uma doação de terras feita por Antônio Escorsin.
Em 1951, o primeiro grupo escolar foi fundado, graças a uma arrecadação de dinheiro feita pelos moradores e a uma nova doação de terras feita por Antônio Escorsin. A atitude foi reconhecida e valorizada pela comunidade, que passou a homenagear seu patrono todos os anos, na data de seu aniversário. A partir dessa década, o bairro começou a ser intensamente ocupado. Antigos moradores lotearam suas chácaras a preços baixos, o que atraiu camponeses e famílias de baixa renda para a região. Nessa época, surgiram as vilas: Vila Helena, Vila Rica, Vila Maria, Vila São Brás, entre outras.
Somente em 21 de outubro de 1975, São Brás foi reconhecido como bairro, pelo Decreto-Lei 774. E, em meados da década de 80, investimentos públicos em infraestrutura tornaram o bairro um local atraente para os empreendimentos imobiliários. Nessa época, foram construídos diversos condomínios residenciais fechados, que atraíram um público de alto poder aquisitivo e configuraram o bairro como é conhecido nos dias de hoje.
Fonte: http://www.rp1.com.br/redator/item27540.shtml

Conheça 10 filmes que foram feitos em Curitiba

 

Conheça 10 filmes que foram feitos em Curitiba

Curitiba Zero Grau

Filme que tem no título o nome da capital (e também o clima que muitos curitibanos sentem na pele quase todos os dias do ano), conta a história da luta diária e sobrevivência de quatro personagens – um catador de papel, um comerciante, um motoboy e um motorista de ônibus – que se conhecem e acabam tendo seus destinos entrelaçados.

Assista ao trailer:

Corpos Celestes

Corpos Celestes conta a história de um astrônomo que deixa a vida pessoal para se dedicar ao trabalho e estudos sobre os astros. Além de Curitiba, o filme é ambientado em Araucária, Castro, Piraquara e Ponta Grossa.

Assista ao trailer:

Espaço Além – Marina Abramović e o Brasil

Seguindo a linha do documentário, o filme mostra a artista plástica Marina Abramović viajando para o Brasil em busca de conhecer pessoas, locais e experimentos espirituais.

Assista ao trailer:

Estômago

Estômago conta a história de Raimundo Nonato, com sonho de conhecer uma cidade grande. Nonato consegue emprego de faxineiro em um bar, logo descobre que tem aptidão para a culinária. Com a criação de suas deliciosas coxinhas, Raimundo transforma o bar em que trabalhava em um grande sucesso. Após aceitar a proposta de trabalhar em uma cozinha italiana, Nonato conhece uma prostituta que vai mexer com sua cabeça.

Estômago foi dirigido pelo curitibano Marcos Jorge e tem no elenco a também curitibana Fabiula Nascimento (Tá no Ar: A TV na TV).

Assista ao trailer:

O Preço da Paz

A Revolução Federalista faz com que uma equipe de gaúchos sejam considerados heroicos, os “Maragatos”. Revoltados com as ordens do então presidente Marechal Floriano, Maragatos seguem em direção ao Rio de Janeiro com objetivo de se juntar com às tropas do Almirante Saldanha para juntos deporem o presidente.

Assista ao trailer:

Lance Maior

Um clássico do cinema nacional. Filme conta a história de Mário, um bancário e estudante universitário que enfrenta o desemprego, crise existencial e vida afetiva. Mário não sabe com quem se relacionar, se é com a jovem, rica, feliz Cristina ou a comerciária frustada sexualmente Neusa. O longa retrata a inquietude do jovem da época a procura de “um lugar ao sol”.

Assista a um trecho do filme:

Mulheres do Brasil

Esse filme não só conta a história de uma mulher curitibana, mas também a vida de uma baiana, paulistana, carioca e maceioense. Thelma é porta-bandeira e tenta manter a tradição da família para ser a melhor carnavalesca do Rio. Laura é uma mulher que vive em São Paulo e tenta entrar ao mercado de trabalho, mesmo tendo 45 anos. Esmeralda é uma baiana cristã que é perseguida pelas tentações. Ana é uma universitária que conhece um casal simples e que passa a rever seus valores de vida. E Martileide é uma pobre garçonete curitibana que tenta esquecer a vida e vive em sonhos após ouvir uma voz de um locutor de rádio.

Assista ao trailer:

Oriundi

Filme conta a história de Giuseppe Padovani, um migrante italiano que está completando 93 anos. Porém, não há motivo para comemoração. Padovani está com a saúde frágil, a família desmoronando e sua fábrica está à vendas. Na festa de aniversário, Giuseppe conhece uma jovem parente e se espanta com a semelhante dela com a sua falecida esposa.

Assista ao trailer:

Para Minha Amada Morta

Fernando se torna um homem calado, solitário após a morte de sua mulher. Cuidando do seu filho sozinho. Todas as noites Fernando recorda a sua vivência com a falecida esposa mexendo em coisas dela. Porém, em um dia descobre uma fita de VHS e, ao assistir, descobre que a esposa era infiel. Fernando então tenta procurar o homem que arruinou a imagem da sua cônjuge.

Assista ao trailer:

Polícia Federal – A Lei é para Todos

Não podemos deixar de citar o famoso filme que, segundo alguns especialistas, retrata o maior esquema de corrupção do Brasil. Pelo ponto de vista do delegado Ivan e de sua equipe de policiais federais em conjunto com a força-tarefa do Ministério Público Federal. A trama mostra a difícil jornada para desvendar o esquema de lavagem de dinheiro. O longa ainda mostra a batalha na justiça para que não fosse destruída a investigação por políticos.

Assista ao trailer:

O INTERIOR DO PALÁCIO RIO BRANCO E SUA HISTÓRIA

 

O INTERIOR DO PALÁCIO RIO BRANCO E SUA HISTÓRIA








Creio que como eu, muita gente não conhecia o interior do Palácio Rio Branco, sede da Câmara Municipal de Curitiba. Solicitei acesso ao local para fazer as fotos que apresento hoje, ao que fui atendido pela direção da casa, sendo gentilmente recebido no dia por uma pessoa do cerimonial.
O edifício acabou de passar por uma reforma, que trabalhou a sua pintura e a modernização de sua infraestrutura. No momento, o plenário está sendo preparado para voltar a receber as seções da casa.
Para saber a história do Palácio Rio Branco e um pouco sobre o seu construtor, siga lendo.

A construção do Palácio do Congresso, situado à Praça Eufrásio Correia, foi contratada em 25/10/1890 com o Engenheiro Ernesto Guaita, e sua destinação seria para acomodar a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.
A data da conclusão da obra não é precisa, variando entre os anos de 1895 a 1896, mas há evidências (documentos com previsão de orçamento para conservação do edifício) de que a ocupação do prédio foi gradativa e além disso, não há menção da sua inauguração oficial nos Anais do Congresso, nem na imprensa da época.
A Assembléia Legislativa Estadual, foi instalada no Palácio do Congresso logo após a proclamação da República, segundo o Professor Julio Estrella Moreira, e ali permaneceu até sua transferência para o Centro Cívico.
As primeiras reformas foram realizadas já no início do Século XX.
Em 1900, foi construída, por ordem do Secretário de Obras Públicas e Colonização, uma edícula para abrigar as latrinas que foram retiradas do interior do edifício, em virtude das mesmas não oferecerem as devidas condições de comodidade e asseio.
Em 1º de julho de 1913, uma explosão ocorrida na estação da estrada de ferro danificou seriamente o edifício, sendo que diversos reparos tiveram que ser realizados.
Durante o Governo de Getúlio Vargas, a Assembléia Legislativa foi fechada e o prédio foi ocupado pelo Conselho Deliberativo do Estado.
Em 1957, o Palácio do Congresso foi cedido como sede da Câmara Municipal de Curitiba, sendo que sua instalação definitiva ocorreu em 1963, inclusive com a alteração de sua denominação para Palácio Rio Branco.
O Palácio Rio Branco, por sua vinculação à história política do Paraná e por sua expressividade exemplar de arquitetura oitocentista da Capital, assumiu lugar entre os mais importantes edifícios históricos do Estado do Paraná.
Sobre o Engenheiro Ernesto Guaita, Construtor do Prédio, sabe-se que: Nasceu em Turim, a 04 de fevereiro de 1843. Recebeu o diploma de Engenheiro Militar, pela Academia Militar de Turim, em 1867, quando foi confirmado Subtenente na arma de Artilharia.
Em 1870, pediu demissão do exército, dedicando-se exclusivamente à arquitetura. Poucos anos depois, integrou missão técnica, enviada ao Brasil, pelo Governo Italiano. Finda a tarefa, decidiu permanecer no País, optando por domiciliar-se em Curitiba, onde veio residir aproximadamente no ano de 1875.
Por volta de 1882, montou escritório de engenharia e projetos, em sociedade com Ludovico Taddei.
Em 1891, foi escolhido pelo Presidente do Estado Generoso Marques dos Santos, para elaborar o projeto do novo Palácio Legislativo, na forma do contrato firmado a 6 de maio daquele ano.
Passou a ser, desde então, o arquiteto mais solicitado da cidade, projetando edifícios tanto residenciais quanto comerciais.
Não se tem confirmação da data em que faleceu, presume-se que tenha ocorrido por volta de 1914 ou 1915.