terça-feira, 3 de janeiro de 2023

CASA DO BURRO BRABO

 

CASA DO BURRO BRABO

Foto do Ministério Público do Estado do Paraná



A volta do Burro Brabo

Publicado na Gazeta do Povo em 11/09/2010

O Burro Brabo está em pé outra vez. Aos desavisados, não se trata de um animal, mas de uma residência que em 1992 foi tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual do Paraná. Era para ser restaurada logo em seguida, quando ainda tinha as paredes, mas o reconhecimento histórico criou desentendimentos porque os proprietários do local não queriam restaurá-la. Uma ação civil pública (que durou 11 anos), movida pelo Ministério Público do Paraná, garantiu que a madeira e o barro do pau a pique não virassem pó. No último dia 26 de agosto a vistoria comprovou que o antigo casarão, um dos últimos exemplares da arquitetura rural de Curitiba, está novamente dando ares de sua graça na Rua Erasto Gaertner, n.º 2.035. Ela chegou a virar ruínas no final da década de 1990 em diante e mocó para drogados. Hoje está para alugar, infelizmente, ainda sem chances de virar um museu e ficar aberta para visitação.

Há muitas dúvidas sobre a história do casarão de cerca de dez cômodos e uma varanda de dar inveja. Acredita-se que ela foi construída por volta de 1860, no tempo em que o bairro Bacacheri era mais conhecido como Colônia Argelina – local de 118 imigrantes de 39 famílias francesas. Na lenda popular, o nome Burro Brabo pegou quando ali ficavam os burros que andavam pela antiga Estrada da Graciosa, a qual margeava a casa e era destino de viajantes tropeiros da cidade ao litoral. Os animais que paravam aos montes na frente do imóvel, porque ali era pousada e armazém, eram tão ariscos que ninguém conseguia chegar perto. Não deu outra: a casa levou o apelido. Há quem diga ainda que dom Pedro II, durante suas andanças por aqui, chegou a pernoitar no local.

De Burro Brabo, anos depois, o imóvel recebeu outro nome mais sofisticado, “Casa das Francesas”, porque de secos e molhados passou a ser lugar de damas de companhia dos homens e entre elas estavam algumas francesas. A casa é tida ainda como o primeiro bordel de Curitiba, onde homens levavam discretamente suas companheiras para um drinque e um pouco de amor. O jornalista Aramis Millarch escreveu, em 1989, que no interior da residência existiam salas individuais onde os casais ficavam em completa tranqüilidade. “O garçom, de elegante smoking, só incomodava se os amantes quisessem mais alguma bebida. Não havia propriamente camas nas pequenas salas, mas poltronas que ofereciam um certo conforto.”

A fama da casa chegou também aos ouvidos do vampiro de Curitiba. Quem diria, Dalton Trevisan se inspirou no Burro Brabo em alguns de seus contos, entre eles Em busca da Curitiba Perdida. “Curitiba, aquela do Burro Brabo, um cidadão misterioso morreu nos braços da Rosicler, quem foi? quem não foi?”. Resta a dúvida, afinal não se sabe a quem pertenceu a casa, quantos anos foi cabaré e quem de fato a freqüentou.

Link para o artigo de Aramis Millarch: www.millarch.org/artigo/burro-brabo-o-avo-dos-nossos-moteis

BAR CANA BENTA

 

BAR CANA BENTA





Boteco/restaurante, que assim como o pioneiro Beto Batata, mudou o perfil noturno do Alto da XV, o Cana Benta representa hoje uma da melhores opções para um grande Happy Hour em Curitiba. Recomenda-se chegar cedo pois fica complicado conseguir uma mesa e as filas são inevitáveis.
Parceiro da Cantina do Délio e da Confeitaria Bella Banoffi, o Cana Benta tem como inspiração os armazéns que faziam parte da história de Curitiba e que hoje são muito raros (conheço dois que espero registrar num futuro próximo), assim, a casa e a decoração remete a essa época. O cardápio procura ser simples, mas com muito capricho na qualidade. Lá você pode almoçar, tendo sempre os pratos do dia que lembram comida mineira ou da fazenda ou da vó, sei lá, pratos como Feijão Tropeiro, Costelinha de Porco, Galinha Caipira, Porco no Tacho (dentre outros).
No Happy Hour, além das bebidas tradicionais de qualquer bar, você encontrará cachaças famosas como a Anísio Santiago (conhecida antigamente como Havana) e petiscos pouco comuns como Rã, Moela, Caldo de Mocotó e Dobradinha, e também, os "beliscos" como a Carne de Onça, Rollmops, Bolovo e Torresmo.
Para a ficha completa do Cana Benta, visite o site www.canabenta.com.br e se não conhece, vá no almoço, na janta, no Happy Hour ou no sábado (a feijoada deles é danada de boa!!).

CASA GOMM

 

CASA GOMM




Em 1906, após se casar com Isabel Withers, Harry Gomm compra na região do Batel um terreno de  20.000m². No mesmo ano, contrata a Brazilin Lumber Company, com serraria em Três Barras, que projeta e constrói para a família Gomm uma residência seguindo a tendência arquitetônica das construções existentes na região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. A “Casa do Batel”, como é conhecida, é toda construída em pinho Araucária, com paredes duplas, sendo a maior casa de madeira de que se tem conhecimento na cidade de Curitiba. Em dezembro de 1946, um incêndio destruiu parte da residência que foi imediatamente restaurada, respeitando o projeto arquitetônico original. Nas décadas de 50 e 60, a “Casa do Batel” viveu seu apogeu transformando-se em sede da Embaixada Inglesa local e sendo palco de recepções e festas.

Hoje tombada pela Coordenadoria do Patrimonio Cultural e propriedade do Governo do Estado, até muito recentemente, a Casa Gomm era utilizada como uma das sedes da EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná). No momento porém, encontra-se fechada para, segundo fui informado, uma grande reforma que a transformará num museu.

Como as fotos que fiz mostram apenas parcialmente essa impressionante casa (fotografei como pude por cima do muro e através de uma grade), vou tentar tão logo seja possível, uma autorização para visitar o local e fazer todas as fotos que gostaria e possivelmente, postar aqui na série Casas de Madeira de Curitiba.

A Casa Gomm fica na Avenida do Batel, 1829 (as fotos fiz a partir da Bruno Filgueira, quase esquina com a Carmelo Rangel).

CLUBE CONCÓRDIA

 

CLUBE CONCÓRDIA


O texto à seguir foi obtido integralmente do site do Clube Concórdia (http://www.clubeconcordiacuritiba.com.br/index.php?modulo=3). O texto conta um pouco da história desse clube e da imigração alemã para Curitiba. Interessante e triste o período vivido pelos imigrantes alemães durante a segunda grande guerra.
Na fachada do clube está gravada a frase "Deutscher Sängerbund" que no google traduz-se como algo próximo a Associação Coral Alemão.

O gosto pelas artes, especialmente música, foi uma característica que os imigrantes germânicos trouxeram e mantiveram. Exatamente com este espírito é que fundaram em 4 de abril de 1869 o Gesangverein Germânia estabelecendo como objetivos a musica, a cultura, o divertimento e uma caixa de socorro a sócios indigentes e enfermos. Somente após 1915, foram admitidos sócios que não dominavam o idioma alemão.
Antes de 1926, mais de 50 entidades foram criadas em Curitiba, muitas destas sociedades se fundiram e outras foram extintas durante o Estado Novo e Segunda Guerra (1937-1945). O Clube Concórdia é resultado de diversas fusões, a primeira delas em 1884 com o Gesangverein Concórdia adotando então o nome de Verein Deutcher Saegerbund. Logo a seguir, em 1885 houve uma nova fusão, desta vez com o Gesangverein Frohsinn e, em 1887, outra com o Deutcher Turverein – primeira sociedade de ginástica de Curitiba. Muito mais tarde, em 1970 houve a fusão com a Sociedade de Tiro ao Alvo de Curitiba, fundada em 1º de março de 1886, também por imigrantes alemães.
O primeiro ponto de reunião foi o “Palácio de Crystal”, parte superior da ferraria de Augusto Schutze na Rua Lustoza ( atual Inácio Lustoza ). Em 1884, o Clube alugou uma propriedade do Sr. Josef Wolf, no Alto de São Francisco e logo em 1885 passou para uma propriedade maior, da Família Osternack e neste mesmo ano adquiriu o terreno da atual sede. Já no ano seguinte, lançou a pedra fundamental do predio que ocupa até hoje na Rua Carlos Cavalcanti. Estas instalações foram ampliadas no inicio dos anos 20, adquirindo a estrutura que vemos atualmente. O Clube recebeu luz elétrica em 1901.

O Regime do Estado Novo decretou mudança na estrutura das sociedades com denominação estrangeira e, em 1938, o Verein Deutcher Saegerbund passou a se chamar Club Concórdia. Por ordem do Governo Brasileiro foram afastados da direção os sócios “não brasileiros”, substituídos por uma junta governativa.
Em 1942 foram proibidas as reuniões sociais de entidades italianas e germânicas. O prédio do Clube Concórdia foi chamado de “Casa Olavo Bilac” e entregue Cruz Vermelha, posteriormente abrigou também a Liga de Defesa Nacional e, mais tarde ainda foi entregue ao Clube Atlético Paranaense. O Clube foi devolvido aos associados somente em final de 1945, por um decreto do Interventor Manoel Ribas. Grande parte da documentação e registros foi extraviada neste período.
O Clube, fundado inicialmente como clube de cantores, foi palco de grandes concertos, como os regidos pelo Maestro Ludovico Seyer, apresentações de peças teatrais e cinema, graças a excelente acústica de seu salão. Aconteceram também memoráveis reuniões sociais, bailes, salões de arte, como o Salão da Primavera. Destaca-se que em 1893 criou-se uma seção de ginástica para moças.
A primeira Festa da Cerveja do Brasil aconteceu em 1961, no Clube Concórdia, lançando uma idéia que se espalhou pelo País, Para este evento foi criado um Grupo Folclórico Germânico resgatando mais uma parte da cultura dos imigrantes fundadores. Este grupo esteve sempre atuante e assim permanecerá.
Outra festa tradicional, sempre presente no Calendário do Clube é a Festa da Matança ( Schlachtfest ), atualmente com uma denominação : Festa da Colheita ( Bauernball).

CASAS DO BATEL: FAMÍLIA REBELLO

 

CASAS DO BATEL: FAMÍLIA REBELLO





Residência desenhada e arquitetada pela proprietária Rosa e construída entre 1937 e 1939 pelo engenheiro Parolin. Seu estilo é influenciado pelas arquiteturas italiana e árabe. Em 1940, foi adquirida pelo Dr. Joaquim Pinto Rebello, um dos fundadores da Universidade do Paraná e membro da expedição Rondon. O branco é a sua cor original. Sua fachada possui entalhes de águias, um símbolo do fascismo durante a 2a. Guerra Mundial. Possui um dos jardins mais bem cuidados da cidade. Fica na Avenida Bispo Dom José, 2349.

DIDI CAILLET

 

DIDI CAILLET






Estou lendo (quase terminando) um livro fantástico intitulado "Uma Crônica - Curitiba e sua história" do jornalista Eddy Antonio Franciosi (1930-1990), publicado pela Editora Esplendor. Nesse livro você acompanhará a história de Curitiba desde o Alvorecer até os dias recentes. Nesse livro, que o autor em vários momentos diz não tratar-se de um livro de história, mas uma crônica, um bom trecho é dedicado à Didi Caillet. Nesse ponto o autor assim relata a façanha de Didi Caillet:

"Façanha foi a de Didi Caillet, que em 1929 concorreu no Rio de Janeiro ao título de miss Brasil e... quase venceu! Perdeu para a carioca Olga Bergamini. Para justificar sua derrota foi utilizado o mesmo argumento com o qual os americanos explicaram a desclassificação de Marta Rocha... duas polegadas. Só que as de Marta eram "a mais" nos quadris, e as de Didi "a menos" na altura...
Mas nem po isso foi ela menos homenageada, fotografada, louvada, paparicada. Cantada em prosa e verso pelos poetas da terra, que se esmeraram no achado das melhores rimas. Moça de estirpe, recatada, de família tradicional, integrante do Grêmio das Violetas, quando desembarcou na estação da estrada de ferro a quase vencedora quase foi sufocada pela chuva de rosas, cravos, margaridas e, naturalmente, violetas, a flor preferida dessa fina flor da melhor sociedade curitibana.
Havia faixas na ruas e nas sacadas e janelas dos edifícios, estas disputadas pelas pessoas que se comprimiam e acotovelavam ao longo das calçadas para conseguir melhor ângulo de visão...
...jogou beijos e retribuiu acenos desde a Estação até a rua XV devidamente acomodada entre almofadas num elegante carro aberto seguido de um cortejo calculado em 30 mil pessoas!"

E por aí segue o relato dessa que foi a maior manifestação pública em Curitiba por muito tempo.

Na Gazeta do Povo de 26/04/2009, no caderno Viver Bem o perfil "Didi Caillet, a melindrosa do Paraná", assinado por Adriana Czelusniak, relata que:

"Enquanto a maioria das meninas da cidade sonhava em conseguir um bom marido e lindos filhos, na Curitiba de 80 anos atrás, uma jovem de 19 anos largou o noivo e foi para o Rio de Janeiro, como a primeira paranaense a disputar o concurso de Miss Brasil. Voltou solteira, mas foi recepcionada na estação ferroviária com festa, banda e mais de 30 mil pessoas. Em uma movimentação que acabou virando um filme.
Quando perguntamos o que Didi tinha de tão especial, as respostas de quem a conheceu parecem não ter fim. Ela era bonita, culta e fazia parte da elite curitibana. Filha de uma italiana com um francês, era a mais bonita entre as três irmãs, falava vários idiomas e tinha um carisma incomum. Didi foi a primeira mulher a gravar um disco de poesia no Brasil e não se tem registro de quantas músicas foram compostas em sua homenagem.
Quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do país, ela ajudou o Paraná a ser reconhecido como um estado emergente, conta o psicanalista Paulo Soares Koehler, pesquisador da história da Miss Paraná. “Ela promoveu a imagem do estado, que era considerado um sítio, uma extensão de São Paulo”, diz. Didi era a preferida para o título de Miss Brasil e, quando anunciaram a filha do dono do jornal patrocinador do evento como vencedora, um dia depois do previsto, houve tumulto e confusão. “O público não se conformou. Houve um momento em que todos ficaram pasmos e sem reação, e a Didi é quem teve a iniciativa de pegar a faixa e coroar a primeira colocada. Isso foi mais uma prova de sua nobreza”, afirma Paulo.
Em Curitiba, Didi era a personalidade ideal para promover artigos de luxo – fossem carros, perfumes ou tecidos finos – e sabia alimentar sua imagem na mídia, participando de eventos da alta-sociedade ou lançando argumentos sobre assuntos polêmicos, como o voto feminino. Na moda, também teve papel significativo. Até então, ou se usava cabelo longo, ou curtinho. O cabelo dela era de cumprimento médio e serviu de modelo para muitas jovens.
Além de frequentar as conversas masculinas sobre política e economia, Didi também se destacava por desfilar pelas ruas em sua “baratinha”, um carro importado da Nash que havia ganhado do pai, numa época em que era incomum mulheres dirigirem.
Arrependido por ter deixado o relacionamento com Didi chegar ao fim, Luís Ermelino de Leão a procurou depois de ter passado dois anos na Europa e a reconquistou. “Ele foi até a casa dela e entregou à futura sogra um rosário de Lurdes. Em 1933 eles resolveram se casar”, conta um dos filhos de Didi, Luís Gil de Leão Filho. Didi teve outros três filhos e passou a se dedicar à família. O passado glamuroso, estampado em três grandes livros com recortes de jornal, ficou de lado. Viúva de Luís, casou-se com o banqueiro e empresário José Gonçalves de Sá, em 1953. Ela e os filhos foram morar no Rio de Janeiro e por lá ficaram durante 22 anos. Quando o segundo marido faleceu, Didi retornou a Curitiba, onde passou seus últimos oito anos e escreveu três livros. Na cidade, a praça que leva o seu nome continua sob a sombra de uma intocável nogueira, e permanece impecável, relembrando a grandeza da paranaense."
Mais informações em http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/conteudo.phtml?id=880702.

Enfim, uma grande personalidade da Curitiba das primeiras décadas do século passado, que é desconhecida para a maioria dos que aqui moram. Mesmo a praça que leva o seu nome, cujas fotos ilustram o post de hoje, não há sequer uma placa com seu nome (seu nome está gravado apenas no prédio que divide a sua entrada com a praça) ou qualquer referência de quem teria sido Didi Caillet.

A foto de Didi Caillet desse post eu extraí da internet e pela indicação, foi publicada no Jornal Progresso de São Paulo em data que não pude precisar.

Ah! E quem tiver dificuldades em localizar a praça, essa fica exatamente ao lado do Memorial Árabe, que por sua vez, fica ao lado do Passeio Público. Nessa praça encontra-se uma bela Nogueira, que é uma das 51 Árvores Imunes de Corte de Curitiba

MERCEARIA ZEQUINÃO

 

MERCEARIA ZEQUINÃO





Houve um tempo, poucas décadas, em que a mercearia do bairro era local de encontro e prosa com o dono do estabelecimento e com as mesmas pessoas que freqüentavam o local. Nesse tempo, as grandes, estéreis e impessoais cadeias de super-mercados não existiam e todas as compras da casa eram feitas nas mercearias, quitandas, açougues, feiras e no Mercado Municipal. Com freqüência as compras eram feitas nessas mercearias e a conta era anotada no caderninho, para ser paga futuramente e o dono da mercearia conhecia pelo nome todos os moradores do bairro. A concorrência com os super-mercados foi uma batalha desleal para esses pequenos estabelecimentos, que com o tempo foram desaparecendo dos bairros, restando apenas alguns poucos que continuam funcionando mais pela teimosia de seus antigos donos do que propriamente como um bom negócio.
Na rua Fagundes Varela, 261 no Bairro Jardim Social, temos um desses últimos estabelecimentos que resistem ao tempo e à modernidade. Nesse endereço funciona a Mercearia Zequinão, onde mora e trabalha há mais de 50 anos o Sr. Gabriel Alceu Zequinão. Curitibano, descendente de italianos, cuja grafia do sobrenome acabou sofrendo uma alteração em algum dado momento da história. Sua mercearia foi por um curto período administrada pelo seu pai e pelo irmão, mas logo passada para ele, que a mantém até hoje. Em razão da proximidade com grandes super-mercados, hoje ele mantém à venda apenas alguns itens que eventualmente seus ainda fregueses habituais e outros passantes procuram, tais como carvão, lingüiça, ovos (não como aqueles de super-mercado do tamanho de uma bolinha de gude, são grandes e com preço melhor) e claro, uma grande variedade de bebidas.
Enquanto conversávamos, dois de seus sobrinhos apareceram e constam de uma das fotos de hoje.
Disse o Sr. Zequinão (cujo apelido é Varanda e que ele não tem idéia do motivo), que sua família foi proprietária de muitos terrenos na região do Jardim Social e Bacacheri, numa época em que as pessoas duvidavam que Curitiba fosse alcançar essa região que era inclusive conhecida como Planta Florestal.
Enfim, bons tempos que não voltam mais, mas que felizmente deixaram alguns remanescentes como o Zequinão para contar história.

CASAS DO BATEL: FAMÍLIA BITTAR

 

CASAS DO BATEL: FAMÍLIA BITTAR



Construída pela família Virmond no início dos anos 30, foi adquirida em 1935 pelo 1o. Cônsul da Síria para o Paraná e Santa Catarina, senhor Elias Abrad Bittar. Mantém a cor e a arquitetura originais. Sua arquitetura tem influência francesa da época da Renascença. Fica na Av. Batel, 935. Hoje é ocupada por um banco.

MUSEU DO AUTOMÓVEL

 

MUSEU DO AUTOMÓVEL








A história do Museu do Automóvel iniciou em 1968, quando um grupo de entusiastas por automóveis antigos, fundou o Clube de Automóveis e Antiguidades Mecânicas do Paraná – CAAMP, com o intuito de congregar os apreciadores destas máquinas antigas, incentivando a sua preservação.
Após oito anos de atividade, foi fundado em 1976 o Museu do Automóvel (atualmente um dos mais expressivos do gênero no país), para expor ao público o acervo de mais 150 veículos pertencentes aos sócios do CAAMP, constantemente alternados nas 80 vagas do Museu e divididos nas categoria antique, vintage, milestones e classic.
Merecem destaque entre outros: o FORD T Sport Runabout 1926, ERSKINE, FIAT 520 e STUDEBACKER 1928, HUPMOBILE Sport Roadster 1930, FORD Roadster e CHEVROLET Sedan Máster 1933, JEEP Anfíbio e PEUGEOT 202B 1942, CHEVROLET Style Line Station 1950, CADILLAC Presidencial 1952 e Eldorado 1953 único modelo existente no Brasil.
Destacam-se ainda, uma caleça francesa Rotschil de 1910, clássicos como o LINCOLN Continental 1947, o McLaren M23 (doado pela Philip Morris) com o qual Emerson Fittipaldi sagrou-se campeão mundial de Fórmula 1 em 1974, bicicletas, motocicletas e diversas curiosidades mecânicas.
Faça uma viagem ao passado visitando o Museu do Automóvel e conheça estas máquinas que marcaram o século XX.
Fonte: http://www.museuautomovel.com.br/

O Museu do Automóvel fica na Av. Cândido Hartmann, 2300 - Parque Barigui.