domingo, 22 de janeiro de 2023

Casa Johannes Garbers

 

Casa Johannes Garbers


Casa Johannes Garbers

Casa Johannes Garbers

Casa Johannes Garbers

Casa Johannes Garbers

Essa casa, localizada na Rua Benjamin Constant, esquina com a Rua General Carneiro, foi construída em 1927 pelo imigrante alemão e comerciante de tecidos, Johannes Garbers (1886-1942), para residência de sua família. O nome de sua esposa era Annaliese.

Com quatro andares, a casa que é bem grande, lembra um castelo europeu. O andar térreo é de pedras, com janelas em forma de arcos.

Encontrei duas histórias interessantes sobre o Sr. Johannes. Uma delas em uma reportagem da “Gazeta do Povo” que trata da perseguição sofrida pelo imigrantes durante a ditadura de Getúlio Vargas que diz o seguinte:

“As medidas de nacionalização compulsória foram intensificadas com a declaração de guerra do Brasil à Alemanha, em agosto de 1942. Nessa época, tornaram-se comuns as prisões de pessoas de origem alemã, italiana ou japonesa, geralmente por motivos fúteis, não raro motivadas por vinganças pessoais. É o caso do pai de Hans Klaus Garbers, Johannes Garbers, que foi levado de casa não se sabe o porquê. Logo depois que ficou detido, Johannes morreu de complicações no coração, segundo o filho, provavelmente em decorrência das restrições da época. “Eles invadiram a casa onde eu nasci e levaram livros, fotografias e meu pai”, conta Hans, que na época tinha 18 anos. Johannes era conhecido como João Garbers – adotou o nome brasileiro porque adorava morar no Brasil. Ele foi presidente do atual Clube Concórdia e tinha uma distribuidora de tecidos no interior do Paraná.”

Outra passagem é um artigo de Aramis Millarch originalmente publicado no jornal “Estado do Paraná” que diz o seguinte:

“Durante quase 50 anos, o velho João Garbers (1886-1942) não permitiu que uma única árvore dos 700 alqueires que adquiriu em 1907 na Serra do Mar fosse derrubada. Ecologista antes que esta palavra sequer fosse inventada, o velho Garbers, imigrante alemão que chegou ao Brasil ainda no século passado, transmitiu aos seus filhos - Hans e Diether - o amor pela natureza. Enquanto vizinhos de suas terras aproveitaram a época em que o desmatamento era livre e venderam a madeira de lei que florescia na Serra do Mar, as terras da família Garbers preservaram a mata nativa. … O tempo passou, a Serra do Mar sofreu desmatamentos criminosos - com sérias consequências no meio ambiente - mas os 700 alqueires da família mantiveram-se intocáveis. Assim, quando em 1978 o então governador Jayme Canet Jr. criou o tão reclamado Parque Estadual do Marumbi, a propriedade da família Garbers foi totalmente incluída na reserva.”

Referências:

Palacete Wolf, o local da prisão do Barão do Serro Azul

 

Palacete Wolf, o local da prisão do Barão do Serro Azul


Palacete Wolf, o local da prisão do Barão do Serro Azul

Palacete Wolf, o local da prisão do Barão do Serro Azul

Palacete Wolf, o local da prisão do Barão do Serro Azul

Palacete Wolf, o local da prisão do Barão do Serro Azul

Pesquisando sobre o Palacete Wolf encontrei informação desencontrada. Algumas fontes indicam que foi construído por Joseph Wolf. Outras dizem que foi construída por Friedolin Wolf (filho de Joseph e pai de Fredolin Wolf).
Aparentemente foi construído por Friedolin em 1880.
Portanto, o que vou escrever aqui é baseado em informações que encontrei na rede, sem consultar fontes primárias e sujeitas a futuras correções, o que farei se encontrar novos dados.

Joseph Wolf, imigrante de origem austríaca, que chegou em Curitiba em 1858 instalou, naquele mesmo ano, uma cervejaria, a primeira da cidade. Em 1875 ele requereu no Largo da Igreja do Rosário “cem palmos” de terra para construir um edifício. Aparentemente este primeiro edifício foi mais tarde demolido para dar lugar ao palacete. Em 20 de abril de 1877, ainda na casa antiga, realizou-se a cerimônia de regularização da Loja Maçônica Concórdia IV (que havia sido fundada em 24 de janeiro). Encontra-se registrado em ata que “Com um muito obrigado os Irr.´. aceitaram e agradeceram a oferta do Ir.´. Wolff, que colocou a sua Instalação durante 6 meses gratuitamente a disposição da Loja.”
O jornal “Dezenove de Dezembro” do dia 21 de abril de 1877 publicou a seguinte notícia:
“ LOJA MAÇONICA – Regularisou-se hontem a loja maçonica – Concordia 4 – composta de allemaes residentes nesta capital.
Á cerimonia, que de effectuou na casa do Sr. Wolf, ao alto de S. Francisco, compareceram …”

O local da prisão do Barão do Serro Azul antes de ser embarcado no fatídico trem

Entre 1889 e 1895 o prédio foi ocupado pelo quartel-general do 5° Distrito do Exército Brasileiro, e sede do 17º Batalhão da Infantaria e Regimento de Segurança. Após a retomada da cidade pelas tropas republicanas (que tinha sido ocupada pelos federalista) o Barão do Serro Azul ficou preso nesse local, acusado de colaboração com os maragatos durante a Revolução Federalista. Na noite de 20 de maio de 1894 o Barão, junto com outros cinco companheiros (Prisciliano Correia, José Lourenço Schleder, José Joaquim Ferreira de Moura, Rodrigo de Matos Guedes e Balbino de Mendonça) foram retirados da prisão, levados a Estação Ferroviária e, no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, foram arrastados para fora do vagão e brutalmente assassinados, sendo os corpos abandonados no local.

Outras ocupações

Entre 1897 e 1900 foi sede do Quartel da Força Policial.
Mais tarde o prédio foi alugado pelos padres franciscanos, que instalaram no local a seção alemã do Colégio Bom Jesus;
Entre 1911 e 1913 foi sede a Prefeitura e da Câmara Municipal.
Em 1914 o andar superior foi ocupado por uma loja maçônica e no térreo instalou-se o ateliê de pintura da professora Gina Bianchi, que teve como aluno, entre outros, Theodoro de Bona.
Com a mudança da Loja Maçônica, a família Bianchi transferiu-se para o andar superior e sublocou a parte térrea, lá permanecendo até 1956.
Entre os anos de 1958 e o início dos anos 1970, o prédio foi ocupado pela Livraria Otto Braun.
Em 1973 a prefeitura desapropriou o imóvel e instalou no local a sede da Fundação Cultural de Curitiba, mais tarde transferida desse local.
Atualmente o prédio continua sob a responsabilidade da Fundação Cultural, que mantém no local a Coordenação de Literatura, com uma livraria e sala de leitura, que levam o nome da Dario Vellozo (fundador do Instituto Neo-Pictório, com sede do Templo das Musas, na Vila Isabel).

A lenda urbana

Há quem acredite que o local é “mal-assombrado”. Outros dizem que é cheio de “cargas negativas” por ter sido o local da prisão do Barão e de tantos outros que acabaram covardemente assassinados.

O prédio em si

A descrição dele encontrada no livro “Espirais do Tempo” diz o seguinte:

“Ocupando uma área de esquina de 300 m², em frente à Igreja de N. Sra. do Rosário, exemplifica esse monumento a arquitetura nobre urbana de residência da segunda metade do século XIX.
O ecletismo de sua arquitetura é expresso pela convivência de influências do neoclássico, urbano por excelência, com elementos culturais de origem germânica típicos de suas edificações rurais. Neoclássica é a composição das fachadas. Na principal, o eixo de simetria, marcado pela superposição da porta de entrada, sacada e porta superior, divide duas sequências ritmadas, iguais, de janelões flanqueados por pilastras de fuste canelado. Ressaltos almofadados em ponta de diamante ornamentam os paramentos de alvenaria, abaixo e acima das aberturas. A tradição germânica se faz presente na cobertura, de telhas cerâmicas, em forma de escama, ditas alemãs; na técnica construtiva do enxaimel das paredes dos fundos e nos lambrequins de madeira recortada que enfeitam os beirais das varandas internas.
A disposição do espaço, em L, proporciona um pequeno pátio interno. A distribuição dos aposentos é comandada por um corredor central, ligando em ambos os andares a frente da casa à varanda dos fundos. Para esse corredor se abrem os aposentos principais – as salas maiores voltadas para o exterior, as menores, para o pátio. Na extremidade direita da casa a antiga garagem é vazada por arcos, sendo o exterior aberto para a praça e o interior para o pátio. O tratamento interno segue a sobriedade característica da moradia tradicional brasileira, destacando-se, porém, a qualidade do trabalho de marcenaria nas esquadrias, na escada e nos detalhes da varanda.”

Gosto da casa, que é um bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e uma Unidade de Interesse de Preservação e está localizada na Rua do Rosário, com frente para a Praça Garibaldi.

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Solar da Baronesa
A casa de Vicente Machado, aquele que fugiu


Referências:

Os japoneses que possuíam granjas na Fazendinha foram os únicos a contar com energia elétrica na década de 1960,

 Os japoneses que possuíam granjas na Fazendinha foram os únicos a contar com energia elétrica na década de 1960,

Os japoneses da Fazendinha
A população de Araucária configura-se como uma bela mistura étnica formada por diversos povos. Quando o governo brasileiro empreendeu a política imigratória, iniciada no século XIX, que visava à colonização e produção de alimentos - e que no Paraná foi
responsável pela criação das diversas colônias de imigrantes, os japoneses foram uma das últimas levas que chegaram ao Brasil, em 1908.
De início estabeleceram-se no interior de São Paulo, onde trabalhavam com produção de café e algodão, e na década de 1950 algumas famílias se aventuraram até Araucária, instalando-se na região da Fazendinha. Chegando ali encontraram muitas dificuldades. De início apenas duas famílias possuíam caminhão para levar a produção para ser comercializada, porém, as estradas ainda eram carroçáveis, por isso levavam até 3 horas para chegar à cidade de Araucária. Começaram plantando tomates, depois frutas
e acabaram sendo os responsáveis pelas maiores granjas de avicultura do município.
Foram tão bem-sucedidos na produção de frutas que em 1971 organizaram na colônia Fazendinha a Primeira Festa do Pêssego. E, como também se destacavam na produção avícola, em 1974
realizaram a Segunda Festa do Pêssego e a Primeira Festa do Ovo, ambas na colônia Fazendinha. Em 1975 essas festividades se uniram dando origem à Festa do Pêssego e do Ovo, e no ano de 1976 a prefeitura municipal assumiu a parceria com a comunidade e o local da festa deixou de ser a Fazendinha, tornando-se uma grande festividade que passou a identificar Araucária.
Os japoneses que possuíam granjas na Fazendinha foram os únicos a contar com energia elétrica na década de 1960, comprada da Companhia Força e Luz e paga em dez anos. A eletricidade de forma geral só iria começar a chegar à região na década de 1970.
Na colônia também existiu o Araucária Nipon Tinkai ou Clube Nipo-Brasileiro Fazendinha, onde eram realizadas festas com comidas típicas japonesas, brincadeiras e peças teatrais organizadas pelos próprios moradores, além de aulas em japonês e atividades esportivas, como beisebol e atletismo. Com o passar dos anos a maioria de seus descendentes partiu para os centros urbanos em busca de condições melhores de estudo e trabalho, restando a cada “batian” e “ditian” (avó e avô em japonês) as memórias dos tempos passados.
(Texto escrito por Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono, historiadoras)
(Legendas da fotografias:
1- Irene Midori Seima, rainha da Primeira Festa do Ovo, 1974. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
2 - Família Tanaka em lavoura de tomates na Fazendinha, em 1958. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres)

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Irene Midori Seima, rainha da Primeira Festa do Ovo, 1974. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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Família Tanaka em lavoura de tomates na Fazendinha, em 1958. Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

A cultura ucraniana no município de Araucária e seus costumes de Natal

 A cultura ucraniana no município de Araucária e seus costumes de Natal

A população de Araucária configura-se como uma bela mistura étnica formada por diversos povos. Quando o governo brasileiro empreendeu a política imigratória, iniciada no século XIX, que visava à colonização e produção de alimentos, criou algumas colônias para onde direcionou imigrantes de várias partes da Europa. Mas alguns, no entanto, conforme o tempo foi passando, acabaram escolhendo espontaneamente outros lugares para se estabelecer. E foi assim que muitos ucranianos partiram de onde hoje é o município de São José dos Pinhais e, em 1895, escolheram a colônia Ipiranga, em Araucária, para fixar suas raízes e dar continuidade à sua história.
De início muito sofreram até se adaptar à língua, à forma de plantio, aos poucos materiais disponíveis para a construção de suas casas, mas perseveraram e prosperaram. Atualmente já são algumas gerações de descendentes de ucranianos que vivem na região e mantém os costumes vivos.
Junto com eles, os ucranianos trouxeram sua fé ortodoxa, que de início na colônia Ipiranga era celebrada ao ar livre, mas em poucos anos se empenharam na construção de uma igreja, finalizada 1899. Por ser de madeira teve de ser reconstruída uma segunda vez. Em 1982 foi erguida em alvenaria a capela Assunção de Nossa Senhora, em arquitetura religiosa ortodoxa. O seu campanário foi construído em louvor à Santa Ana, e no cemitério ainda existem muitos túmulos com inscrições em ucraniano.
Muitas tradições ucranianas continuaram sendo mantidas na comunidade, como as festas promovidas no salão paroquial da igreja, onde são servidos pratos típicos da culinária tradicional ucraniana; a missa em língua ucraniana, celebrada uma vez ao mês, na qual o padre reza a maior parte do tempo de frente para o altar e de costas para o povo; os casamentos nos quais os noivos usam uma guirlanda de alecrim; os bordados com formas geométricas; o costume de confeccionar a pessanki, um ovo de galinha pintado com coloridas formas geométricas; e a brincadeira em forma de dança chamada Haiuka, que se celebra na segunda e terça-feira depois do domingo de Páscoa e ainda por mais dois domingos seguidos; e o uso da língua ucraniana no cotidiano da comunidade – muitos moradores contam que ainda falam muito em ucraniano, rezam e até se confessam em ucraniano.
O período que antecede o Natal é considerado pelos ucranianos como quaresma, a Pelêpivka, um período de jejum, por isso, na noite de Natal os descendentes de ucranianos não consomem carne, e para a ceia preparam doze pratos (que na era anterior ao cristianismo, quando a ceia celebrava o solstício de inverno, representavam os doze meses do ano, e atualmente representam os doze apóstolos). São eles: o trigo cozido em forma de sobremesa - kutiá, milho cozido, pepino em forma de salada, beterraba em forma de sopa – borstch, repolho cozido - kapusniak, charuto de repolho - holopti, pêssego em calda, pastel de requeijão cozido - perohê, nata, queijo, uva e tomate. Somente no dia de Natal é que eles consomem carne.
Alguns moradores mais antigos contam que quando eram crianças faziam na noite de Natal o costume do didukh, que era um feixe de centeio colocado em um dos cantos da casa para ser reverenciado. Com palha faziam um tipo de ninho que era colocado debaixo da cama, para que durante a noite didukh deixasse ali alguns presentes. Esse feixe, na noite de virada de ano, antes de clarear o dia do novo ano, deveria ser levado para o paiol. Esse é um costume ainda seguido pela fé cristã ortodoxa na Ucrânia, e, segundo a tradição, na noite de Natal quando todos estão já reunidos, o dono da casa – hospódar– traz um feixe de trigo, para dentro da casa. Dá-se a este feixe de trigo o nome de ‘didukh’. Representa ele os antepassados, os falecidos, bem como a fartura, a boa colheita, o progresso, o bem estar das pessoas. O ‘didukh’ é trazido para dentro de casa como um ritual sagrado, com respeito e colocado, então, em um lugar de destaque, anteriormente preparado.
(Texto escrito por Luciane Czelusniak Obrzut Ono - historiadora)
(Legenda das imagens:
1 - Didukh
2 - Primeira igreja ucraniana da colônia Ipiranga, 1922.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
3 - Lápide no cemitério da colônia Ipiranga, 2012
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres)

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Primeira igreja ucraniana da colônia Ipiranga, 1922.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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Lápide no cemitério da colônia Ipiranga, 2012
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

Em novembro de 1979, o Jornal dos Pinheirais publicou uma coluna com o título: “Monumentos históricos as margens do Ingwas”(rio Iguaçu), assinada por Romão Wachowicz.

 Em novembro de 1979, o Jornal dos Pinheirais publicou uma coluna com o título: “Monumentos históricos as margens do Ingwas”(rio Iguaçu), assinada por Romão Wachowicz.

No exercício do olhar: conhecer para pertencer
A destruição e/ou demolição do patrimônio histórico edificado não deveria interessar a ninguém, em época alguma!
Em novembro de 1979, o Jornal dos Pinheirais publicou uma coluna com o título: “Monumentos históricos as margens do Ingwas”(rio Iguaçu), assinada por Romão Wachowicz. A preocupação em divulgar a história das pontes sob o rio Iguaçu foi gerada pela possibilidade de desmonte e transposição das mesmas para Curitiba, o que segundo Wachowicz, seria um absurdo, pois era parte da história de Araucária, testemunho de gerações. Já na década de 1970, o Sr. Romão trabalhou com as fontes possíveis para convencer os leitores sobre a importância da preservação do patrimônio histórico municipal.
A ideia de revisitar os modos de vida de diversas épocas debruçando o olhar sobre nosso patrimônio edificado é extremamente pertinente, pode e deve ser um exercício prazeroso, pois ao observarmos e pesquisarmos casas, monumentos, templos e até túmulos antigos, fazemos um caminho em busca do passado e do conhecimento que nos move para manter vivo o sentimento de pertencimento de um povo.
Sobre as Pontes:
Sabe-se que no final do século XIX, o inglês Walter Joslin projetou uma ponte de madeira sobre o leito do Rio Iguaçu, e que na mesma época, também foi construída uma ponte seca, destinada a dar passagem a veículos puxados a cavalo por ocasião de enchentes menores.
Em diário de visita de Dom Pedro II à Província do Paraná em 1880, menciona-se:
(...)“Às 9 horas seguiram viagem para Curitiba. A estrada é em alguns lugares boa, devido ao construtor Walter Joslim, que ainda trabalha tendo já apontado uma extensa ponte sobre o rio Iguaçu.”(...)
Depois de mais de três décadas, a ponte de madeira começou a
apodrecer e em seu lugar, foi providenciada a construção de duas pontes metálicas. Entre 1912 e 1915, superestruturas metálicas foram importadas da Bélgica sendo transportadas via marítima até o Porto de Paranaguá, e via férrea até Araucária. Da estação Araucária as estruturas foram puxadas por carroças até as margens do Rio Iguaçu. As duas pontes foram exclusivas por aproximadamente 50 anos, até que em 1966 todo o movimento foi
direcionado à outra ponte de concreto no atual traçado da rodovia.
As pontes metálicas foram tombadas pelo Decreto Municipal n°
2.580/81 e resistem ao tempo testemunhando nosso vínculo com tempos mais remotos.
(Texto escrito por Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono - historiadoras)
(Legendas das fotos:
1 - Pintura da primeira ponte sobre o rio Iguaçu, s/d
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
2 - Construção das cabeceiras das pontes, déc. 1910
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres
3 - Ponte sobre o rio Iguaçu, s/d
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres)

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Pintura da primeira ponte sobre o rio Iguaçu, s/d
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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Construção das cabeceiras das pontes, déc. 1910
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

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Ponte sobre o rio Iguaçu, s/d
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres

CHOPINZINHO P.R. História

 CHOPINZINHO P.R. História


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A região dos Campos de Palmas, onde encontra-se o atual município de Chopinzinho, foi descoberta em 1726 por Zacarias Dias Côrtes e seu povoado teve início em 1855, com a chegada dos expedicionários Joaquim Ferreira dos Santos e Pedro Siqueira Côrtes, fundando a freguesia de Palmas em 28 de fevereiro de 1855 e elevada à condição de município em 1877.
O atual município de Chopinzinho foi uma colônia militar, a Colônia Militar do Chopim, criada por ordem do imperador D. Pedro II, em 16 de novembro de 1859 pelo decreto n.º 2.502, com o objetivo principal de defender a região sudoeste do Paraná da Argentina, que reivindicava essas terras. Esta foi fundada pelo Coronel Francisco Clemente de Santiago Dantas em 27 de dezembro de 1882, segundo Ata de Fundação. Os trabalhos, no entanto, iniciaram em novembro de 1881, com a chegada dos militares e colonos, que imediatamente iniciaram os trabalhos de abertura da mata, construção das casas e exploração dos arredores como o Rio Dório, assim como a abertura de estradas como a que havia para o Distrito de Mangueirinha.
Em 30 de abril de 1909 a colônia militar passa para o domínio civil, passando a se chamar Distrito Policial de Chopim, pertencente ao município de Palmas. Com o progresso alcançado no decorrer dos anos, o Município de Mangueirinha sofreu alteração administrativa, sendo o seu território desdobrado em outras comunidades municipais. Assim, o atual Município de Chopinzinho é uma decorrência dessa alteração, Chopinzinho tem sua origem na Colônia Militar “Coronel Santiago Dantas”, que foifundada pelo seu patrono, no lugar denominado Chopin. É a esse militar que se deve a idéia e a concretização da fundação do primitivo povoado de que resultou o atual Município de Chopinzinho.
Em 1920, foi criado o Distrito Judiciário; em 1938 passou a Distrito Administrativo e Judiciário e, em 1954, foi elevado a município.
A construção de estradas de rodagem, ligando a localidade aos Municípios de Mangueirinha, Laranjeiras do Sul e outros, contribuiu de maneira ponderável para o progresso e evolução da nova unidade administrativa.
A designação “Chopinzinho”, adveio da existência no município, de um ribeirão com esse nome, afluente do Rio “Chopin”.Formação Administrativa
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-9-1920, figura no município de Palmas o distrito de Colônia Chopin.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-12-1938 e 31-12-1937.
Pelo decreto-lei estadual n.º 7573, de 20-10-1938, o distrito de Colônia Chopin passou a denominar-se Chopin.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Chopin permanece no município de Palmas.
Pelo decreto-lei estadual n.º 199, de 30-12-1943, transfere o distrito de Chopin do município de Palmas para o de Iguaçu.
Pelo decreto-lei federal n.º 6550, de 31-05-1944, confirmado pelo decreto-lei 6887, de 21-09-1944, transfere o distrito de Chopin do município de Iguaçu para o de Mangueirinha.Em divisão territorial datada de 1-7-1950, o distrito de Chopin permanece no município de Mangueirinha.
Pela lei estadual n.º 790, de 14-11-1951, o distrito de Chopin passou a denominar-se Chopinzinho.
Elevado à categoria de município com a denominação de Chopinzinho, pela lei estadual n.º 253, de 26-11-1954, desmembrado de Mangueirinha. Sede no atual distrito de Chopinzinho. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-12-1955.
Em divisão territorial datada de 1-7-1955, o município é constituído do distrito sedePela lei municipal n.º 18, de 06-05-1960, é criado o distrito de São Luiz e anexado ao município de Chopinzinho.
Pela lei estadual n.º 4776, de 21-11-1963, é criado o distrito de Sede Sulina e anexado ao município de Chopinzinho.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 3 distritos: Chopinzinho, São Luís e Sede Sulina.
Pela lei estadual n.º 5227, de 31-12-1965, é criado o distrito de São Francisco e anexado ao município de Chopinzinho.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 4 distritos: Chopinzinho, São Francisco, São Luís e Sede Sulina.
Pela lei estadual n.º 8467, de 21-01-1987, desmembra do município de Chopinzinho
o distrito de Sulina (ex-Sede Sulina). Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-6-1995, o município é constituído de 3 distritos:.Chopinzinho, São Francisco e São Luís. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-5-2001.
Alterações Toponímicas Distritais:
Colônia Chopin para Chopin alterado, pelo decreto-lei estadual n.º 7573, de 20-10-1938.
Chopin para Copinzinho alterada, pela lei estadual n.º 790, de 14-11-1951.Transferência Distrital:
Pelo decreto-lei estadual n.º 199, de 30-12-1943, transfere o distrito de Chopin do município de Palmas para o de Iguaçu :

CORONÉL VIVIDA P.R.História

 CORONÉL VIVIDA P.R.História


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Apesar de acompanhar a movimentação da frente povoadora de Palmas, a partir de meados do século XIX, o território vividense só foi oficialmente colonizado após 1918. Antes somente pequenos ranchos de caboclos pontilhavam em alguns lugares da área que hoje compreende o município.
Descendentes de alemães e italianos vindos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul estabeleceram-se na região cultivando o solo e explorando a madeira e erva-mate. A partir de 1940, o governo federal estimulou a política de ocupação de espaços vazios. Desta forma intensificou-se a colonização, com mais levas de gaúchos e catarinenses e paranaenses de outras regiões do Estado.
A primeira denominação do povoado em formação foi Barro Preto. Conforme relato dos colonizadores João Polese e Pedro Polese, a cidade se formou à beira de um rio que tinha um lodo preto como carvão. João Pimpão Ferreira, que se destacou na política regional foi neto de Firmino Teixeira Baptista - o Coronel Vivida, foi também prefeito de Mangueirinha, cidade da qual a localidade de Barro Preto pertenceria como distrito. No governo estadual também havia parentes do Coronel Vivida que se interessaram em homenagear o parente. Firmino Teixeira Baptista, o Coronel Vivida, nasceu em Ponta Grossa a 05 de maio de 1834 e faleceu em 1903, em Palmas. Durante sua vida foi empresário de sucesso e político prestigiado. Participou como chefe da Revolução Federalista, em 1893/94. Era irmão do Barão de Monte Carmelo e foi prefeito de Palmas .Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Coronel Vivida ex-povoado de Barro Preto, com terras do distrito de Chopinzinho (ex-Chopin), pela lei estadual n.º 790, de 14-11-­1951, no município de Mangueirinha.
Elevado à categoria de município com a denominação de Coronel Vivida, pela lei estadual n.º 253, de 26-11-1954, desmembrado de Mangueirinha. Sede no antigo distrito de Coronel Vivida. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-12-1955.
Em divisão territorial datada de 1-7-1960, o município é constituído do distrito sede.
Pela lei municipal n.º 113, de 20-08-1961, é criado o distrito de Barra Verde e anexado ao município de Coronel Vivida.
Pela lei municipal n.º 112, de 20-08-1961, é criado o distrito de Vista Alegre e anexado ao município de Coronel Vivida.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 3 distritos: Coronel Vivida, Barra Verde e Vista Alegre.
Pela lei 359, de 14-08-1968, o distrito de Barra Verde é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede de Coronel Vivida.
Em divisão territorial datada de 1-1-1979, o município é constituído de 2 distritos: Coronel Vivida e Vista Alegre.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-5-2001.Distrito extinto:
Barra Verde extinto, pela lei municipal n.º 359, de 14-08-1968.)

ITAPEJARA D'OESTE P.R. História

 ITAPEJARA D'OESTE P.R. História


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Por volta de 1937, chegaram à localidade que hoje constitui o município de Itapejara D′Oeste, na região de Pato Branco, entre outras, as famílias de Simplício de Paula Guedes, Acre de Paula Guedes e Antônio Galdino, todas procedentes do Rio Grande do Sul e que verificando a situação topográfica favorável do local, ali se instalaram e deram à formação de um povoado.
Em 1947, chegaram, também, Ledovício Pereira de Lima, Alziro Alves da Rocha e Dario Alves da Rocha, vindos de Santa Catarina.
Somente em 1950, o lugarejo recebeu a sua primeira denominação e que foi ″Chá de Gralha″, sendo alterado em 1951 para ″Tapejara″.
Todavia, em vista da existência de idêntico nome em outro lugar do Paraná, passou à denominação de Itapejara, que em tupi - foi elevada à categoria de distrito administrativo do município de Pato Branco e, em 1964, passou a município de Pato Branco e, em 1964, passou a município autônomo com a denominação de Itapejara D′Oeste.
Em 30 de Dezembro de 1961, a localidade
guarani quer dizer ″caminho de pedra no alto″.Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Itapejara, pela lei municipal nº 27, de 30-12-1961, subordinado ao município de Pato Branco.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o distrito de Itapejara. Figura no município de Pato Branco.
Elevado à categoria de município com a denominação de Itapejara dOeste, pela lei estadual nº 4859, de 28-04-1964, desmembrado do municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão. Sede no atual distrito de Itapejara dOeste (ex-Itapejara). Constituído de 3 distritos: Itapejara dOeste e Coxila Rica, desmembrados de Pato Branco Rica e Barra Grande, desmebrado do município de Francisco Beltrão. Instalado em 14-12-1964. Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 3 distritos: Itapejara dOeste, Barra Grande e Coxila Rica.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 2007.)

— O Guarda Civil controla o Trânsito em um dos primeiros sinaleiros de Trânsito instalado na Rua XV de Novembro em 1948 —

 — O Guarda Civil controla o Trânsito em um dos primeiros sinaleiros de Trânsito instalado na Rua XV de Novembro em 1948 —


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