fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
quarta-feira, 15 de março de 2023
Caetano Munhoz da Rocha nasceu em Antonina, em 14 de maio de 1879. Era filho de Bento Rocha e Maria Leocádia Munhoz Carneiro.
Caetano Munhoz da Rocha nasceu em Antonina, em 14 de maio de 1879. Era filho de Bento Rocha e Maria Leocádia Munhoz Carneiro.
Caetano Munhoz da Rocha nasceu em Antonina, em 14 de maio de 1879. Era filho de Bento Rocha e Maria Leocádia Munhoz Carneiro.
Ainda jovem, mudou-se para São Paulo, onde se matriculou no Colégio São Luiz, em Itu, e em seguida conclui o curso de Humanidades. Próxima a virada de século, ingressou na Faculdade Nacional de Medicina, formando-se em 1902. No ano seguinte, retornou ao Paraná, para ser médico na Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá e trabalhar na Inspetoria de Saúde dos Portos.
Em 1904, Rocha foi eleito para o Congresso Legislativo estadual, cargo que, após sucessivas reeleições, ocupou até 1917. Nesse período, por uma permissão na lei, foi também Prefeito de Paranaguá, de 1908 a 1915. Foi Vice-Governador do Estado, no mandato de Affonso Camargo. O sucesso foi tanto, que quatro anos depois se tornou Governador do Paraná, em 1920.
Empenhou-se na construção do Porto de Paranaguá, em retirar o estado de uma significativa dívida e em reduzir os custos do setor, durante o seu mandato, que durou até 1928.
Após sair do posto de Governador, Caetano elegeu-se Senador, cargo que ocupou até a eleição de Getúlio Vargas, em 1930.
Caetano Munhoz da Rocha faleceu no dia 23 de abril de 1944, em Curitiba. Na cidade, o político recebeu várias homenagens. Uma das mais fáceis de encontrar é um prédio do Governo do Estado, localizado ao lado do Museu Oscar Niemeyer. Inaugurado durante o governo de Jayme Canet, o Edifício Caetano Munhoz da Rocha é sede da Secretaria de Estado da Administração, da Secretaria de Turismo, da Empresa de Obras Públicas do Paraná e de alguns outros setores administrativos. O prédio fica na Rua Deputado Mário de Barros, no Centro Cívico. Caetano Munhoz da Rocha ainda foi homenageado em Paranaguá com o Instituto de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha, localizado na rua João Eugênio, bairro Costeira.
Fonte: História Biográfica da República no Paraná. David Carneiro; Túlio Vargas.
No dia 21 de agosto de 1879, bem antes da inauguração da ferrovia Paranaguá – Curitiba, o Pico Marumbi, com 1547 metros, foi escalado pela primeira vez por Joaquim Olympio de Miranda, Bento Manoel de Leão, Antônio Silva e Antônio Messias.
No dia 21 de agosto de 1879, bem antes da inauguração da ferrovia Paranaguá – Curitiba, o Pico Marumbi, com 1547 metros, foi escalado pela primeira vez por Joaquim Olympio de Miranda, Bento Manoel de Leão, Antônio Silva e Antônio Messias.
No dia 21 de agosto de 1879, bem antes da inauguração da ferrovia Paranaguá – Curitiba, o Pico Marumbi, com 1547 metros, foi escalado pela primeira vez por Joaquim Olympio de Miranda, Bento Manoel de Leão, Antônio Silva e Antônio Messias.
Em maio de 1902, um grupo de amigos partiu de Morretes com o propósito de escalar a montanha, o que foi realizado com sucesso, e para comprovarem o feito, os intrépidos marumbinistas resolveram atear fogo na mata. O fogaréu foi visto pelos moradores de Paranaguá, Antonina e Morretes, levando pânico às populações, pois pensavam tratar-se de um vulcão em erupção.
Esta façanha foi contada pelo Sr. Olympio Trombini, que participou da expedição, e transmitida pelo neto, o Sr. Italo Trombini, ao repórter e pesquisador Henrique Schmidlin, o "Vitamina", em 1979, ano do centenário da primeira escalada. O repórter teve ensejo de apreciar uma fotografia da ocasião, na qual estão impressos os seguintes dizeres: "Foi esta expedição, que em maio de 1902, deitou fogo à macega, na serra do Marumbi, o que ocasionou o povo a supor um vulcão, e Paranaguá a entoar a canção TE DEUM, por esse motivo".
O chefe da equipe foi obrigado a publicar no Jornal A REPÚBLICA uma nota de esclarecimento assumindo a responsabilidade do "causo".
Fonte: Blog de Bona Tenho Dito
A Igreja do Senhor Bom Jesus do Saivá da cidade de Antonina teve sua construção datada, provavelmente, entre o final do século XVIII e início do século XIX.
A Igreja do Senhor Bom Jesus do Saivá da cidade de Antonina teve sua construção datada, provavelmente, entre o final do século XVIII e início do século XIX.
A Igreja do Senhor Bom Jesus do Saivá da cidade de Antonina teve sua construção datada, provavelmente, entre o final do século XVIII e início do século XIX.
A construção da igreja se deu por uma promessa feita pela mulher do senhor Manoel José Alves, capitão-mor da cidade. Se ela obtivesse a cura de uma grave doença, então, doaria os recursos para a construção da capela. Contudo, a igreja somente foi totalmente terminada anos mais tarde.
No século XX, houve o desabamento da sua fachada, o que forçou o fechamento de suas portas, somente retornando a abri-las após a primeira restauração da igreja, em 1976.
A estrutura da igreja acabou se deteriorando com o passar dos anos, acarretando novo fechamento, até que no começo do ano de 2019, deu-se início a segunda restauração.
Em seu anexo também há um cemitério.
Uma história curiosa sobre essa igreja é o local onde está sepultado um dos fundadores e também padre da capela. A história que se conta é que a irmandade católica sepultou, no século XIX, o fundador da igreja logo na entrada da igreja, em seu lado direito, ao lado da escadaria. Tal homenagem foi para coroar o trabalho e o legado deste santo homem.
Mas há uma lenda na cidade que diz que a pessoa que pisar em cima desse jazigo, não demora muito a morrer.
Albertino Barbosa foi o protagonista de uma das histórias mais afamadas de Guaraqueçaba.
Albertino Barbosa foi o protagonista de uma das histórias mais afamadas de Guaraqueçaba.
Albertino Barbosa foi o protagonista de uma das histórias mais afamadas de Guaraqueçaba.
Albertino tinha um sonho, como todo o pescador, de pegar um peixe muito maior do que ele próprio, e dizia pra quem quisesse ouvir que não iria morrer antes de cumprir o feito, depois, morreria feliz.
Na manhã do dia 16 de Novembro de 1980, saiu para pescar, como sempre fazia, na própria baía de Guaraqueçaba. Já tinha 62 anos de idade, quando foi olhar o seu espinhel, fundeado na baía, e percebeu que lá estava um peixe dos grandes, só não pensou que era o que tanto esperava, um Badejo de 162kg. E não é história de pescador, pois toda a cidade parou pra ver o grandioso peixe.
O Sr. Albertino veio a falecer no mesmo dia, em decorrência de problemas cardíacos, concretizando a sua "profecia". O peixe foi vendido para pagar o seu funeral.
Entrou para o imaginário da cidade, e hoje é contado por muitas pessoas, que aumentam ou diminuem os quilos do peixe, mas não deixam de falar sobre o acontecido.
Mário Alves Monteiro Tourinho nasceu em Antonina, no dia 12 de setembro de 1871, passando parte de sua infância nesta terra.
Mário Alves Monteiro Tourinho nasceu em Antonina, no dia 12 de setembro de 1871, passando parte de sua infância nesta terra.
Mário Alves Monteiro Tourinho nasceu em Antonina, no dia 12 de setembro de 1871, passando parte de sua infância nesta terra.
General Mário Tourinho, como ficou mais conhecido, entrou para o Exército Brasileiro em 29 de maio de 1886, com 14 anos de idade. Prestou serviço militar no 2° Corpo da Cavalaria, em Curitiba. Em março de 1889 foi transferido para o 8º Corpo de Cavalaria, no Rio de Janeiro, a fim de matricular-se na Escola Militar.
O ilustre antoninense esteve presente no ato da Proclamação da República do Brasil, em 15 de novembro de 1889, enquanto era servente de metralhadora no Rio de Janeiro.
Ao eclodir a Revolução Federalista em 1893, encontrava-se em período de férias no Paraná; sendo então destacado para Paranaguá para reforçar a defesa do litoral.
Por convite do General Francisco de Paula Argolo, incorporou as forças que se destinavam a operar em Santa Catarina, integrando a arma de artilharia. E após a tomada de Santa Catarina pelos federalistas, voltou ao Paraná colocando-se sob o comando do Coronel Gomes Carneiro na Lapa, onde tomou parte dos combates contra o General Piragibe.
Em 1915, participou da Guerra do Contestado como comandante da 2ª Bateria de Obuses.
Em 27 de junho de 1918, assumiu o Comando Geral da Polícia Militar do Paraná, permanecendo até 22 de novembro de 1919.
Na Revolta de 1924, Tourinho comandou um grupamento de artilharia no cerco à cidade de São Paulo, ocupada pelos revolucionários do General Isidoro Lopes.
Em outubro de 1928, o antoninense pediu reforma militar.
Na Revolução de 1930, por indicação dos revolucionários, assumiu em 5 de outubro, o Governo do Estado do Paraná; sendo a seguir nomeado interventor federal. Entretanto, devido a estar habituado à disciplina militar, sem nunca ter se envolvido em política, adotou procedimentos que acabaram por desencadear o descontentamento dos revolucionários, o que o levou à renúncia do cargo em 29 de dezembro de 1931.
Em Curitiba e em muitos outros municípios, há ruas e avenidas com seu nome.
Faleceu na cidade de Curitiba em 25 de outubro de 1964, com 93 anos.
Aguinaldo Vieira da Silva, nascido em 28 de abril de 1914, era um nordestino que veio morar em Paranaguá quando adolescente, onde trabalhou como engraxate. Ele possuía uma deficiência no braço direito. Em determinado momento, morando em Paranaguá, Aguinaldo tentou tirar a própria vida.
Aguinaldo Vieira da Silva, nascido em 28 de abril de 1914, era um nordestino que veio morar em Paranaguá quando adolescente, onde trabalhou como engraxate. Ele possuía uma deficiência no braço direito. Em determinado momento, morando em Paranaguá, Aguinaldo tentou tirar a própria vida.
Aguinaldo Vieira da Silva, nascido em 28 de abril de 1914, era um nordestino que veio morar em Paranaguá quando adolescente, onde trabalhou como engraxate. Ele possuía uma deficiência no braço direito. Em determinado momento, morando em Paranaguá, Aguinaldo tentou tirar a própria vida.
Numa madrugada, o adolescente teve uma experiência sobrenatural no quarto onde dormia. De acordo com seu próprio relato, uma luz invadiu seu quarto, e ele, muito assustado, saltou da cama e algo como uma mão de homem o segurou. Nesse momento, Aguinaldo teria entrado em êxtase e em seguida o rapaz perdeu a consciência e caiu no chão.
Recuperado o estado normal, ele se viu curado da deficiência em seu braço.
Após o episódio sobrenatural, no dia seguinte, ele percebeu uma cruz marcada em seu punho direito, onde dizia "profeta". Segundo relato de amigos do rapaz, em um sonho, ele foi avisado por um anjo que recebera o dom da cura.
Curou muitas pessoas em Paranaguá. Mas por causa da notoriedade na cidade, muitas pessoas o perseguiam. Foi aí que o então profeta resolveu vir morar em Antonina, uma cidade menos visada, que poderia lhe trazer maior tranquilidade.
Com 18 anos, o profeta se mudou para Antonina, onde viveu por mais 3 anos. Em Antonina, ele não ficou no anonimato. Inúmeras pessoas rogavam a ele o milagre da cura para as mais diversas doenças: tuberculose, hepatite, lepra, paralisias...
E assim seguia o profeta em sua jornada, dando às pessoas a possível cura das enfermidades.
Tudo estava indo bem, até que em 21 de junho de 1935, o corpo sem vida do jovem foi encontrado em sua casa. Aguinaldo "Profeta" havia morrido. A causa da morte nunca foi sabida.
Centenas de pessoas foram às ruas para o sepultamento do profeta. De acordo com pessoas que testemunharam o fato, nunca se tinha visto tanta tristeza de uma vez só em Antonina.
O caixão com Aguinaldo foi carregado nos braços da multidão, que saiu caminhando do centro da cidade até o cemitério São Manoel, no Batel, cantando canções fúnebres.
Nos dias que se seguiram, muitas pessoas se dedicaram a fazer petições no túmulo de Aguinaldo "Profeta", rogando cura.
A igreja de São Benedito de Antonina começou a ser construída no final do século XIX, a pedido do Capitão Antônio Ferreira do Amaral, o qual deixou em testamento a quantia de 300 mil réis para que a igreja fosse erguida, mas essa quantia não seria o suficiente para a conclusão da obra.
A igreja de São Benedito de Antonina começou a ser construída no final do século XIX, a pedido do Capitão Antônio Ferreira do Amaral, o qual deixou em testamento a quantia de 300 mil réis para que a igreja fosse erguida, mas essa quantia não seria o suficiente para a conclusão da obra.
A igreja de São Benedito de Antonina começou a ser construída no final do século XIX, a pedido do Capitão Antônio Ferreira do Amaral, o qual deixou em testamento a quantia de 300 mil réis para que a igreja fosse erguida, mas essa quantia não seria o suficiente para a conclusão da obra.
A construção foi iniciada pouco antes da abolição da escravatura, sendo concretizada anos depois. E quem eram os operários? Sim, os próprios escravos, que viam o lugar como um refúgio, já que havia muita perseguição na época.
Os escravos já tinham sido alforriados quando concluíram a obra. Eles, além de levantarem com as próprias mãos as paredes da igreja, gastaram o dinheiro de suas cartas de alforria para concluírem.
O lugar recebeu o nome de São Benedito justamente pelo fato de este santo, na tradição da Igreja Católica, ser o protetor dos escravos.
Infelizmente, devido à escassa segurança à época, dois ou três escravos acabaram morrendo tragicamente durante a construção. Como forma de homenagem, os corpos foram sepultados nas paredes da própria igreja. Por isso, ainda hoje, há quem diga que vê e ouve os escravos dentro do templo.
20/02/1862 - O CAPITÃO DO PORTO ENVIA OFICIO COM INFORMAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DO FAROL DAS CONCHAS.
20/02/1862 - O CAPITÃO DO PORTO ENVIA OFICIO COM INFORMAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DO FAROL DAS CONCHAS.
20/02/1862 - O CAPITÃO DO PORTO ENVIA OFICIO COM INFORMAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DO FAROL DAS CONCHAS.
Dez anos antes da sua construção (o Farol das Conchas foi inaugurado em 25 de março de 1872), o capitão do porto Gabriel Ferreira da Cruz enviou um ofício ao Presidente de Província, Antonio Barboza Gomes Nogueira, com informações sobre a Ilha do Mel e o local onde construir o farol.
Transcrição abaixo, cujo original (foto) encontra-se no Arquivo Público do Paraná:
"Em desempenho do que V. Exª me ordenou em officio de 12 do corrente mez, acompanhando copia do trecho da consulta do Conselho Naval nº 541, de 24 de Dezembro do anno proximo passado, cumpre-me informar á V. Exª que a ilha do Mel é de feito baixa e apresenta na face que está lançada sobre a costa cinco monticulos, que vistos ao longe pelo navegador que a demanda, principalmente com a latitude exacta, parecem outros tantos ilhotes, por estarem todos na direção s4 s0, pouco mais ou menos; e é o primeiro destes
monticulos, a contar no N, e que fica junto á entrada da barra, denominado morro das Conchas, que a commissão escolheo para collocação do pharol, e de cuja escolha deve lisongear-se, tanto por ser justamente o ponto N.E. da ilha, de que trata a consulta, como por ser opinião de todos os homens conhecedores desta parte da nossa Costa, que nenhum lugar existe aqui que melhor possa satisfazer o fim; porquanto, qualquer que seja a posição do navio, quer vindo do N ou do S, e por mais aterrado que esteja deve ver necessariamente o pharol.
Agora permitta V. Exª que declare, que ligo um interesse tão intimo a este negocio, que não éra possível deixar de encaral-o sob o ponto mais serio de vista.
Deus Guarde a V Exª
Capitania do Porto da Provincia do Paraná, em Paranaguá, 20 de Fevereiro de 1862.
Illmo e Exmo Snr Don Antonio Barboza Gomes Nogueira
Presidente da Provincia.
Gabriel Ferreira da Cruz
Capitão do Porto
Referência - BR PR APPR PB 001 - AP 133, páginas 146 e 147 - Livro de Ofícios ao Presidente da Província do Paraná – Ofício do Capitão do Porto ao Presidência
da Província do Paraná em 22 de fevereiro de 1862
Fotos: Acervo digital IHGP (Arquivo Publico do Paraná - Rodolfo Doubek)
Pesquisado por: Almir SS - #IHGP - 2022