sexta-feira, 5 de maio de 2023

Antonio Ricardo do Nascimento

 

Antonio Ricardo do Nascimento

Antônio do Nascimento foi abastado industrial progressista, destacando-se nas incansáveis campanhas republicanas e um dos membros do Club Literário de Paranaguá.

Antônio Ricardo do Nascimento foi um comercial abastado e industrial progressista. Exerceu cargos de nomeação e de eleição popular, entre os quais o de camarista (Dic. Michaelis: Vereador municipal), presidente da Câmara Municipal de Curitiba e deputado da Assembleia Legislativa.
O major destacou-se como batalhador incansável nas campanhas emancipadora e republicana.

  Foi secretário da “Sociedade Emancipadora Paranaense” em 1883, falou na fundação da mesma conforme relato no periódico “Gazeta Paranaense” edição 262.

1883 Gazeta Paranaense 29 de Setembro n 272 pag 08.

Estas atividades se entrecruzavam com a presidência da Sociedade Secreta Ultimatum.

Em 1887 Foi Presidente da Sociedade Secreta Ultimatum, que tinha por objetivo a libertação de negros cativos, seu codinome na sociedade era “São Pedro”, também no mesmo ano discursou na inauguração da linha de bondes de Curitiba.

Nos informa a Gazeta Paranaense em sua edição 43 de 25 de Fevereiro de 1887, fez parte da comissão nomeada pelo presidente da província, inspetor de higiene para verificar doentes de varíola que se encontravam no Umbara em Curitiba.

Fato curioso,, em 1889 passando pela Rua de Matto Grosso em Curitiba em frente a empresa engenho da viúva do Comendador Araujo, ouviram gritos vindo de dentro onde espoucava um incêndio e que se encontravam os empregados daquele comercio tentando extinguir o incêndio ele e seus companheiros conseguiram por meio de escadas derrubar as vigas que começavam a se incendiar,  podendo então os funcionários com baldes de agua debelar o incêndio,  nesta ocasião o Sr Nascimento caiu da escada ferindo a cabeça.

Casado a primeira vez com  Hermancia Borges Guimarães em 4 de Janeiro de 1881.

Family Search Dispensas Matrimoniais do Paraná.

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Esteve a frente da “Comissão de Hygiene” da Camara Municipal de Curitiba comissão esta encarregada de montar um “Lazareto” para tratar os doentes de varíola.

1887 Diário do Comércio 4 de março edição 63 página 1

Exerceu cargos de nomeação e de eleição, entre os quais o de camarista, vice presidente da câmara e depois presidente da Câmara Municipal de Curitiba e deputado à Assembléia Legislativa do Paraná.

Em 1889 era Presidente da Camara de Vereadores de Curitiba.

1888 Der Pionier Itaciano Pereira edição 2   de 14 de Janeiro pág 9.

Em 1890 morava na Vila de Tamandaré, era Vereador em Curitiba e foi participante de uma das subscrições para arrecadar fundos para a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.

1893 A República 29 de Novembro de 1893.

Em 1894 encontramos registros de Antonio como sócio do Clube Curitibano.

A República 29 de Novembro de 1893.

Em 22 de Janeiro de 1894, foi nomeado Coronel Comandante do “Batalhão Menezes Dória”

1894 A Federação 26 de Janeiro.

1896 edição 1 Almanake do Parana página 77.

Interessante relato acima sobre a perseguição ao General Pego Junior e o Governador Vicente Machado, quando decidiram abandonar as posições em Curitiba.

Segundo encontramos no periódico A República em edição de 6 de Junho de 1894 em sua terceira página, o cidadão Celidonio Rodrigues de Mello e o Senhor Saldavor Gonçalves de Oliveira, nos descreve abaixo.

Os abaixo assinados, vem pela primeira vez ocupar as colunas do vosso criterioso jornal, simplesmente no intuito de levar ao conhecimento do publico, os seguintes fatos:

Quando aqui chegou o tão conhecido e improvisado Coronel Antonio Ricarod do Nascimento, que primeiro tratou de formar a oficialidade da quadrilha que se dizia “Libertadora”, houve muita coisa digna de nota, sendo logo ele subsituido por falta de confiança.

Chegou então o verdadeiro chefe JocelyM Borba, que muito bem parecia um carnavalesco pelo seu uniforme gaiato.

Trajava umas calças de chita, um dolmam da mesma fazenda, litado de caredaço branco e um chpá de abas largas, rodeado de uma fita branca, onde se lima em letras douradas “exercito nacional”.

Mas, Deus que nos defenda de semelhante exercito.

Este chefe mandava arrebanhar gado para arrecadar dinheiro para a revolução.

Em 1896 foi presidente do Clube dos Boemios

1898 A Republica 3 de Junho número 119.

Após o final da Revolução, após a Anistia Antonio esteve à frente da construção de uma estrada que ligaria Paraná a Mato Grosso.

1898 A Republica 20 de Janeiro núme

Casou-se a segunda vez com Maria Rosalina Calnet Nascimento em 31 de março de 1898 após ter ficado viúvo.

Antonio era membro do partido Republicano, em 1900 vivia em Campo Largo aonde foi Vereador.

1901 A Republica 19 de Outubro edição 237 página 2.

1901 Diário da Tarde 10 Agosto edição 741 pág 2.

Fato interessante aconteceu em 1901, quando Antonio chegou a Camara Municipal de Campo Largo ele e mais dois amigos sendo um Presidente da Camara e outro vereador, foram recebidos a tiros, Antonio foi ferido de raspão.

1901 A Republica 24 de Outubro edição 241 página 1.

O Maçom

Era Delegado do “Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho”, potência criada no Paraná em 1902, com o auxílio do Grande Oriente Independente do Rio Grande do Sul.

1913 A Republica 4 de Dezembro edição 271 página 1.

1913 A Republica 13 de Fevereiro edição 36 página 1.

Tivemos no Paraná nesta época muita atividade maçônica, principalmente entre 1910-1914 co  a inauguração de diversas lojas sob a égide do “Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho”, esta atividade visava dar sustentação e viabilização a este Conselho Dissidente.

1913 A Republica 10 de Março edição 56 página 1.

1913 A Republica 18 de Julho ediç 155  página 1.

Somente notem que este “Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho” foi uma potência dissidente do Grande Oriente do Brasil e existiu entre 1902 e 1920.

1913 A Republica 28 de Outubro  edição 240 página 1.

Várias Lojas sendo inauguradas no período pela potência dissidente, cujo objetivo claro era dar sustentação a esta situação.

Documentos encontrados na área pública do Museu Maçônico Paranaense, nos informa sobre os decretos emanados desta potência, 1913 ATO 72 exonera Antonio de Delegado da potência no Paraná.

Entre o Compasso e o Esquadro Genese das Lojas Maçonicas no Parana de 1830 a 1930 página 326.

Museu Maçônico Paranaense área pública.

Fez parte da Loja Luz Invisível dissidente ao Grande Oriente do Brasil, isso em 1914.

1914 A Republica 11 de Maio ediçaõ 108

Esteve na regularização da Loja Jayme Reis, filiado ao Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho “Dissidente” em Araucária, fez parte da comissão regularizadora.

1914 A Republica 28 de agosto edição 202.

Em 1914 esteve em Deodoro (Piraquara)  como Delegado do Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho, potência dissidente ao Grande Oriente do Brasil, subvencionada pelo Grande Oriente do Rio Grande do Sul para a regularização da Loja “Affonso Camargo”, ele foi inclusive em Deodoro (Piarquara) Vogal do Club de Tiro “Eneas Marques” em 1917.

Faleceu em dezembro de 1926, em Curitiba.


Informações obtidas no livro “130 anos de vida Parlamentar Paranaense”, 1954, de Maria Nicolas.

Antônio faleceu na capital paranaense dezembro de 1926.

* (As informações contidas no perfil do deputado são de responsabilidade da assessoria do próprio parlamentar)

Referencias:

JUNIOR, Hamilton. Entre o Compasso e o Esquadro: Gênese da Formação das Lojas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE o Compasso e o Esquadro. 1. ed. Curitiba: [s. n.], 2019. v. 20, cap. 1, p. 177. ISBN 978-65-900604-0-2.

NEGRAO, Francisco. GENEALOGIA PARANAENSE: GENEALOGIA PARANAENSE. In: GENEALOGIA PARANAENSE: GENEALOGIA PARANAENSE. 1. ed. Curitiba: Impresora paranaense, 1926. v. 1, cap. 1, p. 169. ISBN 000000000000000000000000.

↑ Ir para: a b c d e f g h i j k Alessandro Cavassin Alves (2014). «A Província do Paraná (1853-1889) a classe política. A parentela no governo.» (PDF). Universidade Federal do Paraná – Tese de Doutorado em Sociologia. Consultado em 26 de junho de 2018

 «Catálogo seletivo de documentos referentes aos africanos e afrodescendentes livres e escravos» (PDF). Arquivo Público do Paraná. 2005. Consultado em 26 de junho de 2018

JUNIOR, Vicente Nascimento. História Crónicas e Lendas: História Crónicas e Lendas. In: JUNIOR, Vicente Nascimento. História Crónicas e Lendas: História Crónicas e Lendas. 1. ed. Paranaguá: Paranaguá, 1980. v. 1, cap. 1, p. 169. ISBN 000000000000000000000000.

Deputado provincial biênio 1888 e 1889

https://www.assembleia.pr.leg.br/deputados/legislatura/bienio-1888-1889

O PRIMEIRO CAMBURÃO NO BRASIL. CURITIBA PR. 1.909. Veículo para o transporte de presos do antigo Presídio do Ahú - 1909. Essa viatura foi adquirida em 1904 e permaneceu em uso até 1924.

 O PRIMEIRO CAMBURÃO NO BRASIL. CURITIBA PR. 1.909.
Veículo para o transporte de presos do antigo Presídio do Ahú - 1909.
Essa viatura foi adquirida em 1904 e permaneceu em uso até 1924.


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Vapor Pery, que está exposto em Sao Mateus do Sul, PR. Em um viagem sobre o rio “Iguassu” na região de Porto Amazonas, PR em 1924.

 Vapor Pery, que está exposto em Sao Mateus do Sul, PR. Em um viagem sobre o rio “Iguassu” na região de Porto Amazonas, PR em 1924.


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Avenida República Argentina - Bairro Capão Raso, em frente ao Posto Gasparim, em 1958

 Avenida República Argentina - Bairro Capão Raso, em frente ao Posto Gasparim, em 1958


Pode ser uma imagem em preto e branco de 1 pessoa, estrada, rua e texto que diz "P.M. DO Av. REPUBLICA ARGENTINA PROLONGAMENTO CAPÃO RASO ASFALTAMENTO ASFALT MARCO DE 1958"

*** O Edifício Garcez aparece com andaimes, durante sua edificação, por volta de 1930+ou-***

 *** O Edifício Garcez aparece com andaimes, durante sua edificação, por volta de 1930+ou-***


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Desfile militar, na então Avenida João Pessoa (Avenida Luiz Xavier). Década de 1930

 Desfile militar, na então Avenida João Pessoa (Avenida Luiz Xavier). Década de 1930


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*** No Dia 7 de Setembro de 1922, cinco mil crianças de Grupos Escolares diversos, desfilaram pela Rua XV de Novembro*** Copyright © Gazeta do Povo.

 *** No Dia 7 de Setembro de 1922, cinco mil crianças de Grupos Escolares diversos, desfilaram pela Rua XV de Novembro***
Copyright © Gazeta do Povo.


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***Em primeiro plano, a Rua São Francisco. Avista-se na esquina o Prédio que sediou o Clube Curitibano - Sede 1 *** Primeira década de 1900

 ***Em primeiro plano, a Rua São Francisco. Avista-se na esquina o Prédio que sediou o Clube Curitibano - Sede 1 ***
Primeira década de 1900


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No Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curitiba, já nas primeiras quadras do cemitério, uma escultura em mármore de Carrara perenizou uma breve, mas marcante história. Trata-se da menina Lucy,

 No Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curitiba, já nas primeiras quadras do cemitério, uma escultura em mármore de Carrara perenizou uma breve, mas marcante história. Trata-se da menina Lucy,


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A MENINA LUCY
" ... No Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curitiba, já nas primeiras quadras do cemitério, uma escultura em mármore de Carrara perenizou uma breve, mas marcante história. Trata-se da menina Lucy, filha do imigrante alemão e comerciante Carlos Meissner e de sua esposa, Elisa.
A história, passada entre as gerações da família Meissner, conta que seus pais ganharam mudas de flores vindas de Buenos Aires. Tão logo Elisa as recebeu, plantou-as no jardim. Lucy, encantada com o colorido das flores, decidiu colher todas, usando a barra de seu vestido para carregá-las. Entrou em casa correndo e foi mostrar aos pais o mais novo achado. Sua mãe, ao perceber a destruição do belo jardim, pensou em repreendê-la, mas diante da alegria e da inocência de Lucy, não teve coragem. O pai ria da travessura da filha.
Dias depois, Lucy adoeceu, morrendo vítima do crupe, em junho de 1895.
A imagem da cena vivida pela menina, sua alegria e inocência, marcou profundamente seus pais. Em uma das viagens de negócio que fazia à Europa, para trazer produtos para a Casa da Louça, da qual era proprietário, Carlos foi à Itália e encomendou a escultura que figurava o momento vivido por Lucy. Diferentemente das famílias que encomendavam a feitura dos túmulos via catálogos ou diretamente dos artistas, decidiu ele mesmo trazer a escultura durante a viagem de navio.
Para um visitante no cemitério, a escultura pode sugerir apenas a cena em que uma criança presta homenagem aos seus entes queridos. Para a família Meissner, representa uma história marcante, passada de pai para filho, ultrapassando já a terceira geração. As flores carregadas em seu vestido não deixam de sugerir o gesto da homenagem e da rememoração dos mortos.
É possível encontrar réplicas de esculturas como a de Lucy em outros cemitérios, principalmente em países europeus, mas nenhuma outra representa uma história tão singela e marcante. Nenhuma outra é Lucy.".
(Extraído de Xixo.com.b /Texto original de Clarissa Grassi)
Paulo Grani