Ponta Grossa – Formação da Cidade
A Formação da Cidade, em Ponta Grossa-PR, foi registrada por sua importância histórica para a cidade.
Prefeitura Municipal Ponta Grossa-PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Formação da Cidade
Localização: “Topo do morro”, onde está localizada a Catedral – Ponta Grossa-PR
Descrição:
O processo histórico de Ponta Grossa tem seus primeiros passos marcados pelas concessões das Sesmarias e pelos caminhos abertos através do tropeirismo. A cidade surgiu no “Topo do morro”, onde está localizada a Catedral, segundo o Álbum de Ponta Grossa de 1936, os tropeiros construíram um tosco rancho de pousada, junto a uma Mangueira, onde havia uma velha figueira e colocaram uma cruz, ali era o ponto de parada das tropas e viajantes.
E foi a partir deste “pouso” que se desenvolveu a cidade de Ponta Grossa; inicialmente sob a jurisdição da Vila de Castro e em 1862 reconhecida como cidade pela lei nº 82.
Mais foi no século XIX que o tropeirismo atingiu seu ápice, trazendo amplo progresso a Ponta Grossa. Seguido da chegada dos imigrantes, na segunda metade do século. Em 1894 teve o início da construção da linha férrea e inauguração do trecho ferroviário de Curitiba a Ponta Grossa.
Ponta Grossa na virada do Século XIX para o XX passava por transformações sócio – econômicas e inovações tecnológicas, acompanhando o processo de urbanização que acontecia com a chegada da linha férrea e do imigrante europeu, modificando costumes e apontando para um “desenvolvimento” da cidade. Leonel Brizolla Monastirsky, afirma que, “a instalação do complexo da ferrovia em Ponta Grossa determinou a configuração da estrutura urbana da cidade” e “contribuiu para que a sociedade ponta-grossense vivenciasse um rápido processo de modernização urbana”.
Em 1936 a cidade possuía 162 ruas denominadas, 317 sem denominação, 12 avenidas, 4 praças e 1 largo. Sendo as principais ruas, a XV de Novembro, Augusto Ribas, Balduíno Taques, 7 de Setembro, Cel. Claudio, Benjamin Constant, Santos Dumont, Dr. Collares, Sant’Ana, Marechal Deodoro, Tiradentes e General Carneiro; As avenidas: Vicente Machado, Francisco Burzio, Com. Bonifácio Villela, Fernandes Pinheiro, Carlos Cavalcante e Ernesto Villela.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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