domingo, 9 de abril de 2023

Edifício El Cashbah, em Curitiba, é um verdadeiro castelo estilo marroquino: torres, vitrais, lendas e muita história!

 

Edifício El Cashbah, em Curitiba, é um verdadeiro castelo estilo marroquino: torres, vitrais, lendas e muita história!

Edifício El Cashbah chama atenção em Curitiba. Já pensou em morar em um castelo estilo marroquino?
Escrito por Gustavo Marques
A ideia de morar em um castelo como nos contos de fantasia e lições de História certamente já deve ter passado um dia por sua cabeça. Uma estrutura clássica com ares medievais, lendas e torres gigantes é um excelente campo fértil para a imaginação. Em Curitiba, 20 famílias têm a honra de residir em um edifício com estrutura fortificada e segura. O edifício El Cashbah, na Rua José de Alencar, quase esquina com a Rua Dr. Goulin, no encontro dos bairros Alto da XV e Juvevê, tem particularidades comparadas aos inúmeros existentes na cidade.A história do condomínio tem relação com uma viagem ao Marrocos realizada pelo engenheiro civil Munir Guérios, dono de inúmeros projetos arquitetônicos em Curitiba. De acordo com informações de moradores, ele viajou com a família para o norte da África na década de 1970 e, no trajeto de carro da cidade de Casablanca a Marrakesh, os brasileiros foram confundidos por terroristas. Chegaram a ficar detidos em um quartel, mas foram liberados horas depois.Apesar da confusão, Munir adorou a arquitetura das residências no Marrocos. No retorno ao Brasil, decidiu homenagear em um dos projetos o país visitado e, em 1976, iniciou a construção do castelo. O prédio tem quatro torres nas pontas, dois blocos com quatro andares em cada um, além de um terraço imenso e apartamentos com metragens variando de 50 m² a 70 m² de área total. Nas unidades das pontas, os banheiros ficam no interior das torres. Nos blocos, linhas curvas inspiradas em fortalezas antigas demonstram potência nas laterais, ou seja, pronta para a defesa de um possível “ataque do inimigo”. Já a cor branca do castelo reforça o lado raiz da construção.

Maíra dos Santos, 28 anos, jornalista, é natural de São Bento do Sul, em Santa Catarina. Mudou-se para Curitiba para estudar e residiu em outros bairros antes de mudar para o El Cashbah em 2016.“Eu passava por aqui e achava esquisito. Ficava na dúvida se era um prédio comercial ou residencial. Depois que conheci, vi toda a diferença e fiquei encantada. É espaçoso e a estrutura do prédio é bem-feita, uma construção perfeita. Os vitrais são lindos e os amigos não erram o endereço”, brinca Maíra, que paga mensalmente R$ 1300 com locação e condomínio para literalmente viver em um castelo.

Vitrais do El Cashbah

Vitrais do castelo chamam atenção por dentro e por fora. Peças são insubstituíveis.
Vitrais do castelo chamam atenção por dentro e por fora. Peças são insubstituíveis. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Os vitrais no El Cashbah também chamam a atenção pela delicadeza e formato. Em pontos estratégicos ele forma projeções que não são comuns em prédios no Brasil. É um tipo de vidraça composta por pedaços de vidros coloridos ou pinturas sobre vidro que geralmente representam cenas ou personagens. É visto normalmente em igrejas.

Uma das vantagens dos vitrais que o efeito da luz do sol quando penetra dá uma sensação de imponência e espiritualidade ao ambiente. Uma das curiosidades no El Cashbah é que se quebrar um pedaço colorido, é preciso substituir o vidro por um transparente. “Não se tem mais pessoas que fazem esse tipo de vitral ou não conhecemos. Tem essa regra por aqui”, disse a jornalista.

Quer morar no El Cashbah? Saiba como!

Para quem deseja morar no El Cashbah, a Imobiliária Basi possui três apartamentos para locação variando de preços (R$ 800 a R$ 1100 e R$ 200 de condomínio).  O Castelinho da Rua XV fica na Rua José de Alencar, 1839.

Estrutura por dentro também é diferenciada. O El Cashbah tem apartamentos com metragens variando de 50 m² a 70 m² de área total.
Estrutura por dentro também é diferenciada. O El Cashbah tem apartamentos com metragens variando de 50 m² a 70 m² de área total. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

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