PRIMEIRO VOO EM UM BALÃO EM CURITIBA
Despreocupada e corajosa ela segura-se no trapézio improvisado.
PRIMEIRO VOO EM UM BALÃO EM CURITIBA
A balonista foi a atração das comemorações de Tiradentes às quatro da tarde no Passeio Público, e meia hora depois, ao comando da voz do controlador em terra, ao gritar "larga tudo", deu-se a ascensão, enquanto ele, agitando uma bandeira nacional, dava vivas ao Brasil.
A multidão se deslocou dos jardins para acompanhar nas ruas a trajetória da arrojada pioneira do espaço. Ao aproximar-se da Praça Tiradentes, o "Granada", em descida acentuada, foi cair justamente na flexa do lanternin central da Catedral Metropolitana.
Quando o balão tomou aquela direção, Maria Aida, mostrando sangue frio, deixou-se cair no telhado da igreja, escorregando num tobogã de telhões de cobre, descendo pela clarabóia e percorrendo a parte interior do telhado até chegar às escadas da torre ocidental, como descreveu o jornal "A República".
Na praça, boa parte da multidão que ali se encontrava se deslocou até o interior da igreja. Quando a heroína apareceu, houve muita vibração e ela teve grande dificuldade para tomar o seu "lan-deau" e vencer a travessia apinhada de gente que a aclamava em palmas e vivas.
O balão permaneceu 34 minutos no espaço, tempo suficiente para que a aeronauta se declarasse extasiada com o panorama avistado do alto, bem mais ecológico do que hoje, mas de qualquer forma apontando uma vocação.".
A Prefeitura de Curitiba erigiu um brinquedo no parquinho das crianças do Passeio Público, com o formato de um balão, em homenagem à Maria Aída. À ela coube, também, o mérito de ter sido a primeira mulher a voar num balão no Brasil.
(Adaptado do texto de Luiz Geraldo Mazza. Fotos: recortedepapelblogspot.com)
Paulo Grani.
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