Desculpe te informar, mas, não foi Cabral que descobriu o Brasil.
Como assim?

Bom dia nação Tupi-Guarani e Macro-gê, em primeiro lugar "salve o dia das crianças e de Nossa Senhora de Aparecida", e salve os índigenas, esse povo incrível, que já estava aqui quando os Europeus chegaram. Mas, não vou entrar no assunto de onde os índigenas chegaram, pois ainda é assunto muito polêmico, historiadores dizem que vieram do Estreito de Bheringer em uma fase de maré baixa, mas cientistas já provaram que não. Outros dizem que vieram pelo mar, sendo descendentes dos Japas, outros que já estavam no Chile, desbancando a origem da Cultura Pré Histórica de Clóvis, onde há 14 mil anos já tinham índigemas na ilha de Páscoa e ainda tínhamos o crânio Negróide de Luzia, pra aumentar a confusão colocando a África na jogada, achado em Minas Gerais e destruído quase que em sua totalidade no incêndio do Museu Nacional, passamos a saber oficialmente que brasileiro era Índigena em abril de 1500 e Europeu era Europeu em abril de 1500, mas, já é mais que provado que antes de Cabral bater nas portas Tupiniquins outro cara, não menos valente, navegador,importante e imponente, já tinha passado por aqui e inclusive, entrado no Rio Amazonas. És Mole? Ou Quieres más?

Vou tentar ser rápida dessa vez, pois hoje é feriado!

Você deve estar pensando, essa doida vai dizer que foi Bartolomeu Dias que descobriu o Brasil, mas pá, burra, isso nunca foi provado. Foi então o Duarte Pacheco Pereira? Não, também nunca foi oficialmente comprovado. Mas, não gente, quem chegou aqui primeiro foi Vicente Yãnes Pizón, como assim? Pega o livro de história do Brasil, lê de cabo a rabo, não achou? Não é de se estranhar, como o Brasil seria de Portugal se fosse descoberto por um espanhol? Que treta estranha né? Pois bem, eu já fiz um post sobre o "descobrimento do Brasil", que todo mundo sabe que não foi tão acidental como pregam alguns livros, mas que realmente o foco da expedição de Cabral era chegar às Índias, isso não quer dizer que ele não tenha desviado propositalmente o leme nessa direção, eu só estou dizendo que a meta final, realmente eram as Índias, mas, quem quiser saber dessa parte eu deixo o link. O Pinzón é documentalmente comprovado, o descobridor do Brasil. Em 26 de janeiro de 1500, três meses antes de Cabral chegar aqui, uns caras estavam em apuros, já não sabiam se abraçavam os barris ou se pulavam no mar, dez dias de tormenta, nevoeiro denso, não viam nada, vomitar? Vomitar o quê? Se já não tinham o que comer. Só esta⁵vam esperando Netuno aparecer e dizer:"Já deu pra vocês, bora pro fundo do mar". Foi quando as nuvens começaram a se dissipar, o sol surgiu no horizonte e eles avistam um Cabo, aquele Cabo seria a salvação (Não era o Cabo Daciolo, calma), o Cabo com aquela costa verde linda, eles atracam, descem, terra firme, com pegadas, mas já estavam acostumados a verem pegadas por onde passavam. Então, solenemente e oficialmente, pregam uma plaquinha em uma árvore, dizendo que aquele lugar agora era da Coroa Espanhola e quem assina? Vicente Pinzón.

Meu Deus eu não sei a história do meu país?

, calma, você não está sozinho

Vicente Pinzón, afirma que chegou no Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, lugar paradisíaco que hoje se encontra devastado pelo turismo, industrialização, depredação etc... Mas, historiadores que hoje analisam as cartas náuticas da época, juram que ele chegou no Mucuripe no Ceará, sabe aquele Mucuripe da música? Das jangadas? Do Raimundo Fagner? Aquele mesmo. Não parou nada mal. Isso foi documentado pelo maior especialista em História da navegação do século XVI e descobrimento do Brasil, já falecido, Almirante Max Justo Guedes.

Mas, porque essa confusão toda? Porque a Espanha não pegou logo o Brasil todo pra ela, se chegou antes. Vamos lá... Esse período de navegação e conquistas europeias era muito louco. Todo mundo queria chegar, botar bandeira, tomar posse, escravizar e dizer é meu e ninguém tasca. Mas, os países não eram organizados como são hoje, não existia uma ONU, centralizadora, pra dizer você pode isso, você pode aquilo, era tudo meio que terra de ninguém até que se provasse o contrário, o único país da Europa que não estava em Guerra com ninguém naquele momento, era justamente Portugal. Ele estava ali na dele, fazendo parceria com todo mundo, de boa na lagoa, pegava um dinheiro daqui e dali, vendia lá e acolá, achava um escravinho, um ourinho, uma prata, uma Índipelada, uma pimentinha, vendia pra todo mundo, descobria, conquistava e pronto. Era um Estado, já havia acontecido a unificação e já tinha uma Coroa centralizada, já tinham decidido que eram a Dinastia de Avis que é a que precede a Casa dos Bragança, já tínham uma Coroa conquistada por Dom Afonso Henriques, após a Revolução de Avis, que aconteceu em Guimarães, onde eu deveria ter feito um lindo evento em Junho e por causa da Pandemia, maldita Pandemia, não aconteceu

e pronto.

A Espanha estava de olho na América do Norte e esse babado de terem chegado aqui só aconteceu em defesa de quem? De Cristóvão Colombo. Como assim, doida? Colombo veio aqui? Calma... Vamos por partes como diria Jack o "Estripador".

Entre dezembro de 1512 e agosto de 1515, ou seja por três longos anos, houve um complicado tribunal criado para defender os direitos do filho de Cristóvão Colombo. Pinzón e Colombo, eram parceiros, foi quando, em defesa do Capitão, Pinzón foi chamado para depor contra a Coroa Espanhola e essa história veio à tona e foi documentada.

Chamou-se "Probanzas del Fiscal", o Colombo tinha morrido em 1506, e a Coroa tomou tudo o que era dele, inclusive a América, seu filho, Diogo Colombo, entrou com um processo contra a Coroa e esse processo, convocou todos os grandes navegadores da época para testemunharem sobre o que realmente era de Diogo por Direito. Pinźon, foi um desses que depôs duas vezes.

Pinzón era um puta navegador, respeitadíssimo, ele foi o Capitão da Caravela Nina, em 1492, na viagem de Colombo às Américas, vocês lembram desse nome né? Santa Maria, Pinta e Nina. Ele nasceu em 1450 em Palos de La Fronteira, na Espanha, e conheceu Colombo em 1489 e foi quem conseguiu convencer e recrutar a galera pra essa viagem, pois ninguém queria ir pro lado oeste do mar, pois muitos eram os relatos, desde os tempos das navegações Vikings, que não chegavam ao outro lado, achavam que a Terra era plana e que lá era o fim, tipo, vamos pegar uma onda e cair fora do Planeta quando chegar a ponta. Então Pinzón, levou inclusive os irmãos pra provar, que se ele arriscaria a família, era porque ele estava seguro da viagem. Mas, voltemos ao Brasil, todo mundo que fez parte dessa expedição com Colombo, ganhou uma grana preta, inclusive Pinzón, e este decidiu que faria sua própria expedição com esse dinheiro. Ele era um aventureiro inquieto, não conseguia viver sossegado, então em 18 de novembro de 1499, com quatro caravelas e uma tripulação de cento e sessenta homens, ele parte da Espanha pra tentar descobrir a parte sul das Américas. Não pensando em tão ao Sul, pensando em Caribe, México, coisa assim, bem pertinho.

Em dezembro de 1499, ele para nas Ilhas Canárias, depois segue pra Cabo Verde e se joga em direção à América, só que em janeiro ele pega essa tempestade gigantesca, que dura dez dias, com ondas de cinco metros de altura, chacoalhando todo mundo pra lá e pra cá, ninguém sabia o que era gente e o que era barril de rum, naquela altura, todos já tinham pedido perdão pelos pecados e pelos diários já tinham certeza de suas mortes, foi quando, alguém deve ter feito um sol no chão do barco com sal (simpatia) ou pedido ao Padre Ciço, antes de sua encarnação no Ceará tempos depois, pra dar uma força, só sei que o céu se abriu e eles viram o Cabo e pá, chegaram, só que graças à tempestade e esses ventos uivantes, ele fez em treze dias o que faria em uns quarenta, olha que absurdo? Ele percorreu Dois mil e trezentos quilômetros, em treze dias. O que pra época era um feito no mínimo aterrorizador, eles deviam estar naquela curva máxima da montanha russa que a gente não sabe onde é o intestino e a garganta.

Então ele chegou ali no Mucuripe e à noite, como avistaram grandes fogueiras, viram que podia ter muitos nativos, zarparam novamente e avistaram o que chamaram de Rio Hermoso, que aliás ainda existe, hoje é o Rio Curu.

E no processo da herança do Diogo ele conhece o Pietro Marques D'anhanghiera que foi contratado pra pegar os depoimentos de todos esses navegadores e escrever o registro dos dez primeiros anos do Novo Mundo, e no depoimento do Pinzón ele diz que desceram de bote pra ir à terra e foram atacados por índigenas nus, com lanças e mesmo diante das espadas espanholas, não botaram galho dentro, que eles mataram uns quarenta índios que se agarravam nos botes tentando virá-los e perderam seis homens, esses índigenas eram os Potiguares (Comedores de camarão) esse foi o primeiro encontro do Potiguar com o homem branco.

Engraçado que os Potiguares hoje são a galera do Rio Grande do Norte e não do Ceará, aliás, amo os dois Estados. Tenho uma turma Potiguar me seguindo aqui, adorooooo! (Nordestinos são muito estudiosos, ao contrário do que muita gente nega por aí)

Eles seguem viagem e se deparam com um lugar de areia branquíssima e uma pedra furada, que eles chamam de "Cara bonita", Rosto Hermoso, enfim, só pode ser Jeri, eu não conheço outro lugar no Nordeste com essa descrição e pelo mapa náutico, certamente, antes do Hollywoodiano Danny Glover abocanhar sua nativa de Jericoacoara, pois, pra quem não sabe, ele é casado com uma brasileira de Jeri, Pínzon passou por lá e viu o furo na pedra. Mas, seguindo viagem, por essas terras lindas, ele vai se maravilhar e se assustar com a próxima parada.

Pinzón narra que de repente, ouviram um barulho ensurdecedor e acharam mesmo que estavam chegando no fim do mundo, as águas de repente mudaram de cor, eles jogavam os baldes no mar, pra ver o que era aquilo e vinha água doce, eles ficaram apavorados e o barulho só aumentava, adivinhem só, eles estavam surfando na Pororoca, gente, no Rio Amazonas.

A tripulação avista a Boca do Rio com noventa quilômetros e fica chocada e deixa todos na Espanha chocados ao voltarem e contarem que a Boca do Rio tinha 15 léguas, eles então, decidem entrar boca a dentro do que eles chamam de "Santa Maria do Rio Dulce" e ele é o primeiro Europeu a explorar o Rio Amazonas. Esses relatos são registrados e informam nas cartas que as margens eram muito mais populosas que das outras praias, que o barco ficou parecendo um porco espinho de tanta flecha que os índios lançaram e à noite, a fauna era assustadora, barulhos que nunca tinham ouvido antes, macacos passeavam na proa, eles capturaram vários animais, mas, esses não resistiram à viagem, muitos eles tentaram comer e também registraram que não eram suaves ao paladar. Informaram que chegaram no lugar que apelidaram de "As Índias depois do Ganges" e disseram que encontraram o Rio do Paraíso, mas chegaram no Amazonas, cara. Depois disso ele encontra o cartógrafo Juan de La Cosa, que estava também na expedição de Colombo às Américas e Juan faz com ele o primeiro mapa em que o Brasil aparece e foi com esse mapa que o Guedes, conseguiu provar que ele havia chegado em Mucuripe e não no Cabo de Santo Agostinho.

Um historiador português tentou contestar essa chegada dizendo que Pinzón havia chegado no Cabo Orange, na Guiana Francesa, o que foi comprovado não ser verdade.

Então, caia pra trás, deveríamos todos estar falando espanhol, nosso descobridor não é Cabral, ele tentou contestar oficialmente, mas eram outros tempos, não tinham Drones, GPS, Google Maps, o Tratado de Tordesilhas era só um risco a lápis que ninguém sabia ao certo onde começava e terminava, enfim, mais uma pra sua conta que você não sabia e por ser curioso e seguir a página Izabelle Valladares e A história para Curiosos te conta, porque ela não sabia disso tudo também, mas, já desconfiava.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Desculpe te informar, mas, não foi Cabral que descobriu o Brasil. Como assim?

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Desculpe te informar, mas, não foi Cabral que descobriu o Brasil.
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