quarta-feira, 29 de março de 2023

BASCUIA, UM HERÓI ANÔNIMO. Nascido em 1920 na Lapa-PR, José Berberino dos Santos o “Bascuia” era um cara negro, de família pobre e analfabeto.

 BASCUIA, UM HERÓI ANÔNIMO.
Nascido em 1920 na Lapa-PR, José Berberino dos Santos o “Bascuia” era um cara negro, de família pobre e analfabeto.


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BASCUIA, UM HERÓI ANÔNIMO.

Nascido em 1920 na Lapa-PR, José Berberino dos Santos o “Bascuia” era um cara negro, de família pobre e analfabeto.

Foi convocado pelo Exército brasileiro em 1941, onde passou a usar um calçado pela primeira vez. Bascuia apresentou-se como voluntário para a Segunda Guerra Mundial, passando pelo 15º Batalhão de Caçadores (atual 20 BIB) e 20º Regimento de Infantaria em Curitiba, seguindo após para o 11º Regimento de Infantaria, um dos Regimentos da Força Expedicionária Brasileira.

Na Itália, foi escolhido entre os mais corajosos soldados do 1º Batalhão para integrar o Pelotão Especial sob comando do 3º Sargento Max Wolff Filho, realizou patrulhas na neve, ataques a casamatas em Monte Castello e fez prisioneiros em Castelnuovo, sobretudo, foi no ataque a Montese, em uma das maiores operações bélicas realizadas por um Regimento da Força Expedicionária, que a coragem do soldado passou a ser admirada até mesmo pelos seus comandantes.

Como não sabia ler e nem escrever, Bascuia dependia de seus amigos próximos para escrever cartas que mandava a sua mãe, que continuava a residir na Lapa. Com o término da guerra, foi desligado da FEB, como não tinha uma profissão definida, ficou sem rumo, mantendo-se com a ajuda e caridade de alguns amigos, passando a fazer parte da Guarda Civil do Paraná em 1952, Corporação dissolvida em 1970.

Bascuia faleceu no dia 7 de setembro de 1981, no Dia da Pátria, após desfilar na Avenida Cândido de Abreu com suas honradas medalhas no peito, seguiu para uma confraternização promovida pela Legião Paranaense do Expedicionário no restaurante do Coritiba F.C, no final do evento, ao caminhar no pátio, um enfarte de miocárdio fulminante tombou o soldado.

REFERÊNCIA:

Museu do Expedicionário. 

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