quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Ernestina Gaertner Nascida a 16 de julho de 1875 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Baptizada a 16 de julho de 1875 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Falecida a 7 de fevereiro de 1930 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 54 anos

  Ernestina Gaertner Nascida a 16 de julho de 1875 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Baptizada a 16 de julho de 1875 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Falecida a 7 de fevereiro de 1930 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 54 anos

Ernestina Gaertner: Uma Vida de Fé, Família e Resiliência em Terras Paranaenses

Nascida sob os auspícios de uma sexta-feira, 16 de julho de 1875, em Curitiba — então uma cidade em plena formação, cercada por matas virgens e sonhos de pioneiros —, Ernestina Gaertner veio ao mundo no mesmo dia em que foi batizada, como era costume entre as famílias de tradição germânica que ajudaram a moldar a identidade cultural do Paraná. Filha de Wilhelm Ernest Ludwig Gaertner, imigrante alemão nascido em 1841, e de Ernestine Wilhelmine Marie Kalckmann, nascida em 1837, Ernestina cresceu em um lar marcado pela disciplina, pela fé luterana e pelo trabalho incansável nas terras do sul do Brasil.

Sua infância foi embalada pelos sussurros dos pinheirais e pelas vozes de uma comunidade imigrante que buscava, com unhas e dentes, construir um novo lar longe da Europa. Mas a vida, mesmo na mais tenra idade, já lhe ensinava lições duras: aos treze anos, em 22 de fevereiro de 1889, perdeu sua mãe, deixando-a sob os cuidados de um pai viúvo e provavelmente de irmãos mais velhos. Essa perda precoce talvez tenha forjado nela aquela força silenciosa que a acompanhou por toda a existência.

Com apenas vinte anos, em 28 de setembro de 1895, Ernestina uniu sua vida à de Augusto Stresser, homem também de origem germânica, nascido em 1871. O casamento, celebrado em Curitiba, marcou o início de uma jornada familiar intensa, repleta de amor, mas também de dor. Ao longo de pouco mais de duas décadas, o casal teve ao menos dez filhos — uma bênção e um fardo em tempos em que a mortalidade infantil era cruel e implacável.

Entre os braços de Ernestina nasceram vidas que floresceram e outras que se foram cedo demais:

  • Cecília, nascida em 1897 no Rio Negro, partiu ainda no mesmo ano;
  • Ary Gaertner Stresser, nascido em 1899, foi um dos que sobreviveram à infância e viveu até 1971, perpetuando a memória da família;
  • Jacy, nascido em maio de 1904, despediu-se do mundo em agosto do mesmo ano;
  • Dinorah, chegou em janeiro de 1906, mas foi levada em abril de 1907;
  • Adherbal, nascido em janeiro de 1908, também venceu as adversidades da época e faleceu em 1973;
  • Gastão, Sedéria, Guiomar (a primeira, nascida em 1909), Zuleica (cuja data de falecimento não consta), e outra Guiomar, nascida em 1916 em Curitiba;
  • Milton, nascido em 1911, partiu em 1912, aos poucos meses de vida.

Perder tantos filhos — ao menos quatro antes dos dois anos de idade — é uma dor que escapa às palavras. E, no entanto, Ernestina seguiu em frente. Cuidou dos que restaram com dedicação férrea, mantendo a casa, a fé e a dignidade. Quando, em 1918, seu marido Augusto faleceu em Curitiba, deixando-a viúva aos 43 anos, ela já era uma mulher marcada pela perda, mas também pela coragem.

Mesmo diante das sombras, houve luz: viu seu filho Ary casar-se em 1925 com Annita Wendt, e talvez tenha abraçado netos, colhido frutos tardios de tanto sacrifício. Seu pai, Wilhelm, partiu por volta de 1920, em Piraí do Sul — encerrando assim a geração dos pioneiros que plantaram raízes na terra paranaense.

Ernestina Gaertner encerrou sua própria jornada terrena em 7 de fevereiro de 1930, aos 54 anos, em Curitiba — a mesma cidade que a viu nascer, amar, sofrer e resistir. Sua vida foi um testemunho silencioso da força das mulheres do sul do Brasil: mães, esposas, guardiãs da memória familiar, muitas vezes esquecidas pela História, mas nunca por seus descendentes.

Hoje, ao resgatarmos sua história, honramos não apenas Ernestina, mas todas as mulheres que, com as mãos calejadas e o coração partido, ergueram famílias sobre os escombros da dor. Sua memória vive nos nomes dos filhos que sobreviveram, nos arquivos paroquiais, nas árvores genealógicas e, sobretudo, na alma coletiva de uma região que deve muito a essas heroínas anônimas.


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  • Nascida a 16 de julho de 1875 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil
  • Baptizada a 16 de julho de 1875 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil
  • Falecida a 7 de fevereiro de 1930 (sexta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 54 anos

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Notas

Notas individuais

 Fontes

  • Pessoa: FamilySearch Family Tree
  • Nascimento, baptismo, morte: FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 11 Jul 2023), entry for Ernestina Gaertner, person ID M5QB-GLC.
  • Casamento: FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 11 Jul 2023), entry for Augusto Stresser, person ID KZWN-854.

187516 jul.
187516 jul.
189528 set.
20 anos
1897
22 anos
189729 jun.
21 anos

Morte de uma filha

1899
24 anos
190411 maio
28 anos

Nascimento de um filho

190410 ago.
29 anos

Morte de um filho

190626 jan.
30 anos

Nascimento de uma filha

190716 abr.
31 anos

Morte de uma filha

19084 jan.
32 anos
1910
35 anos

Nascimento de uma filha

1911
36 anos
191222 jun.
36 anos

Morte de um filho

1916
41 anos
191818 nov.
43 anos
192015 jan.
44 anos
19255 dez.
50 anos

Casamento de um filho

19307 fev.
54 anos

Antepassados de Ernestina Gaertner


Descendentes de Ernestina Gaertner

  




















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