sábado, 20 de fevereiro de 2021

AS CARRETEIRAS DE CURITIBA ANTIGAMENTE - PARTE 6

 Paulo José Buso ou simplesmente Paulo Buso. Este foi um dos mais destacados senão o mais importante dos pilotos de carreteira paranaenses, cuja carreira chegou ao auge na década de 1950.

Tri-campeão da prova Curitiba-Ponta Grossa-Curitiba pela antiga estrada pavimentada com saibro, entre outros feitos. Faleceu a 25 de fevereiro de 2002. Não é necessário dizer mais nada.
Simplesmente vamos transcrever crônica que fizemos logo após o seu falecimento: “Senhores, desliguem seus motores. Desliguem todos, por favor, apenas por algum tempo, os de 4, os de 6, principalmente os de 8 em V e, se houver, os de 12 cilindros também. Que se faça silêncio. Que os pistões fiquem quietos, as bielas e os virabrequins descansem em seus mancais e bronzinas.
Deixem que o combustível, como se sangue fosse, permaneça sereno em seu depósito e não circule pelas veias do carro, como de um corpo, levando o alimento que faz pulsar o motor, o coração. Que as bobinas as velas não emitam a centelha que dá vida à máquina.
E que os escapes não cuspam fogo nem fumaça, apenas esperando. Isto porque, as rodas dianteiras da carreteira Ford número 10 não terão mais que acertar, em alta velocidade, os dois pranchões colocados sobre as precárias pontes de madeira de rios como o Barigui, o Passaúna, o Verde e outros, na estrada Curitiba-Ponta Grossa. O combustível preparado com benzol não terá mais que passar pelos três carburadores e derreter as velas do motor Mercury 51, comprimido contra os cabeçotes de alumínio Edelbrock.
O comando de válvulas artesanal, confeccionado com muito trabalho nas altas horas da noite, não será ais acionado. A engrenagem da segunda marcha não terá mais que aguentar todo o esforço do motor para que o carro vença a subida da Serra de São Luiz do Purunã.
Ali, as pedras do chão de macadame permanecerão inertes agora, pois, não serão arremessadas para longe pelas rodas traseiras da carreteira. Nem mais a poeira do saibro será levantada, para depois pousar suavemente, levada pelo vento frio, sobre as folhas verdes das árvores, tingindo-as de branco.
Na verdade, nem mais a água das chuvas terá o trabalho de retirar essa poeira, devolvendo o verde à mata. Mas, se apurarmos o ouvido, talvez ainda seja possível detectarmos o eco refletido pelos paredões rochosos, nas profundezas das grotas, do som grave saído dos escapes do motor.
Mais acima, já nos Campos Gerais, no caminho de Porto Amazonas, as pombas rolas não levantarão vôo e se perderão no horizonte, aos bandos, assustadas pelo barulho de um motor a mais de 6.000 giros.
Saindo das casas à margem da estrada, a gurizada curiosa não subirá mais nos barrancos, para ver passar aquele carro esquisito e barulhento. As touceiras de capim, as paineiras, não se curvarão, como num cumprimento, empurradas pelo ar deslocado pelo carro. Na ponte do Rio dos Papagaios só haverá silêncio, sem derrapagens.
Em Palmeira, ninguém estará esperando para ver quem vem na frente e, dali a Ponta Grossa, nas grandes retas, ninguém mais baterá o recorde de 12 minutos. Aliás, ninguém mais acenará com o boné branco para o público, na pista de Interlagos, nem passará voando sobre os trilhos do trem da rua Marechal Floriano Peixoto, não haverá mais comemoração na chegada, na praça General Osório.
Morreu Paulo Buso, Paulo José Buso, o “gentleman”, o tricampeão. Serenamente, como ele demonstrava ser sereno ao segurar um copo de água com uma das mãos, sem fazer o líquido tremer e dizia: “Piloto de carro de corrida tem que ser assim”.
O Leão da Estrada, como era chamado pelo jornal Paraná Esportivo, não rugirá mais. Calaram-se para sempre, ele e sua carreteira com a imagem do leão pintada nas portas. Disse o seu amigo e companheiro de corridas Paulo Silva: “Parece que Buso não morreu e sim recebeu a bandeirada final”. (Por Ari Moro)
Paulo Grani



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Paranaguá - Casa Monsenhor Celso e Brasílio Itiberê

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: Multimeios

Construído em fins do século XVIII era morada do músico Brasílio Itiberê da Cunha e seu irmão Celso Itiberê da Cunha (Monsenhor Celso). O monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1972. Esta casa está ladeada por um conjunto de construções coloniais. São ao todo três casas térreas e dois sobrados dos quais se destaca um setentista que pode ser considerado a melhor obra de resistência colonial da cidade.

Paranaguá - Casa Veiga

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: Multimeios

A Casa Veiga foi de propriedade particular por mais de um século. Nela viveu a família Veiga até os anos 70. Foi construída com pedras de um forte que tinha naquela região, as mesmas pedras também foram utilizadas para fazer a Igreja do Bom Jesus, destruída em 1938.

Paranaguá - Clube Literário

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: Multimeios

O Clube Literário de Paranaguá foi fundado em 09 de agosto de 1872, teve várias sedes, até chegar a atual em 1930, onde se instalou após ter sido devastado por incêndio. Por seus salões passaram Dom Pedro II e a Princesa Isabel.

Paranaguá - Estação Ferroviária

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: Acervo do Portal

A estação de Paranaguá foi inaugurada em 1883 juntamente com o curto trecho Morretes-Paranaguá, estendido até Curitiba dois anos depois. Paranaguá venceu a disputa com a cidade de Antonina, também um porto, e que reivindicava a linha até lá. Até hoje a estação de Paranaguá recebe trens de passageiros, que vão quase todos os dias desde Curitiba para apreciar as maravilhosas paisagens da descida da Serra do Mar pelo trem que é um dos poucos do Brasil que ainda atendem passageiros. Mais modesta no início, a estação foi ampliada em 1922 e ganhou as feições atuais.

Paranaguá - Palacete Visconde de Nacar

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: Acervo do Portal

Mais que pela opulência e luxo original, o palacete é um referencial da história do Paraná e do Visconde de Nacar como um de seus expoentes. Na primeira metade do século XIX formou-se uma burguesia comercial e industrial paranaense calcada principalmente na produção e exportação da erva mate. Manoel Antônio Guimarães, o Visconde de Nacar, nascido em 1813, foi até seu falecimento em 1893 o senhor do comércio de Paranaguá, a ponto de somente seus negócios serem suficientes para justificar a instalação de uma casa de cobrança de impostos no município.

Palavras-chave: relações culturais, patrimônio histórico, Paranaguá, centro histórico, Visconde de Nacar, Arquitetura neoclássica, burguesia, comércio, indústria, erva mate.

Paranaguá - Palácio Mathias Böhn

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: Acervo do Portal

Construído no final do século XVIII, o local teve sua fachada reformada no estilo historicista, no final do século XIX, para se tornar Palácio Mathias Böhn, rico comerciante alemão, que se estabeleceu em Paranaguá. O Palacete Barbosa era comércio forte da Rua da Praia. Foi ocupado pela antiga Agência de Rendas, atualmente abriga a estação Náutica e posto de informações turísticas. Palavras-chave: relações culturais, patrimônio histórico, Paranaguá, Palácio, Centro Histórico, arquitetura neoclássica.

Seleção campeã da Copa de 1970

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/

A Copa do Mundo FIFA de 1970, a nona edição do torneio, foi disputada no México, de 31 de maio até 21 de junho. O torneio de 1970 foi a primeira Copa do Mundo disputada na América do Norte, e a primeira disputada fora da América do Sul e da Europa. O Brasil bateu a Itália por 4 a 1 e se tornou a primeira equipe a ter o título de campeão mundial por três vezes, sendo permitida a posse definitiva da Taça Jules Rimet.

Theodoro de Bona - Curitiba (1925

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: http://www.pedrohauck.net/

Theodoro de Bona (Morretes PR 1904 - Curitiba PR 1990). Pintor, escritor e professor. Inicia o contato com as artes por volta de 1912, no Colégio Bom Jesus, Curitiba, onde seu professor de desenho o incentiva a tomar aulas de pintura. Entre os anos de 1919 e 1927, dedica-se à sua formação, estudando com Gina Bianchi, Ercília Cecchi, Alfredo Andersen (1860 - 1935) e convivendo com Estanislau Traple (1898 - 1958) e Waldemar Freyesleben (1899 - 1970). Em 1925, integra pela primeira vez uma exposição coletiva de pintura, organizada pela Associação Comercial do Paraná. Em 1927, realiza sua primeira individual, com a intenção de ajudar nos custos da viagem à Itália que iniciaria nesse mesmo ano. Ganha bolsa de estudos do Estado do Paraná e vai para a Itália cursar a Academia de Belas Artes de Veneza.

 


Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.<br><br/>
Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, Paraná, Curitiba, século XX.

Fonte: http://bndigital.bn.br/

Fotografia do Acervo Julia Wanderley da Fundação Cultural de Curitiba.