Emilia Dorothea LUBNOW Nascida a 26 de fevereiro de 1879 (quarta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil Falecida a 10 de abril de 1953 (sexta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 74 anos

Emilia Dorothea LUBNOW: Uma Vida de Amor, Perdas e Legado em Curitiba

No coração da capital paranaense, sob o céu generoso de Curitiba, nasceu, em 26 de fevereiro de 1879, uma mulher cuja vida seria marcada pela força silenciosa do amor materno, pela dor das perdas e pela construção de uma linhagem que ecoa até os dias de hoje: Emilia Dorothea LUBNOW. Filha de uma época em que o Brasil ainda moldava suas identidades entre tradições europeias e raízes sulistas, Emilia carregou em si a essência da resistência feminina e da devoção familiar.

Casou-se com Gustav August Heinrich HOELTGBAUM, um homem de origem germânica cuja presença foi pilar na vida doméstica e emocional de Emilia. Juntos, ergueram um lar em meio às ruas de paralelepípedos e casarões de madeira da Curitiba do início do século XX — uma cidade em transformação, assim como suas próprias vidas. Dessa união nasceu, em 7 de junho de 1902, sua única filha conhecida: Amanda Tante HOELTGBAUM, que herdaria não apenas traços físicos, mas também a força moral e a profundidade emocional de sua mãe.

A vida de Emilia, embora centrada no lar, foi testemunha de eventos que moldariam gerações. Em 1920, aos 41 anos, viu com orgulho — e talvez um misto de nostalgia — o casamento de Amanda com Afonso Guilherme “Tio Chico” BÜST, um homem cuja presença marcante se estenderia por décadas na história familiar. Esse matrimônio inaugurou uma nova ramificação do legado de Emilia, agora avó: em 28 de novembro de 1920, nasceu Dorothy Carmelita BÜST, a primeira neta, seguida por Leonira BÜST, em 1º de abril de 1922.

Mas a vida, em sua crueza e beleza, também trouxe luto precoce. Em 1º de novembro de 1923, apenas um ano e sete meses após seu nascimento, Leonira partiu — deixando um vazio que nenhum tempo inteiramente preenche. A dor de enterrar um neto tão jovem certamente marcou profundamente Emilia, que já havia aprendido, como tantas mulheres de sua geração, a carregar sofrimento com dignidade silenciosa.

Ainda assim, a vida continuou. Em 6 de janeiro de 1924, nasceu Haroldo BÜST, trazendo novo alento à família. Mais tarde, outros netos viriam — Norma, Milton Douglas e Leonira (homenagem à primeira) — ampliando a árvore genealógica com ramos fortes, diversos e enraizados na memória de quem os antecedeu.

Em 1931, aos 52 anos, Emilia enfrentou outra grande perda: a morte de seu esposo, Gustav. Viúva, seguiu em frente, sustentando a memória do casal e o afeto pelos filhos e netos. Por mais de duas décadas viveu como matriarca, guardiã de histórias, receitas, retratos desbotados e ensinamentos transmitidos em cochichos ao pé do fogão a lenha.

Faleceu em 10 de abril de 1953, aos 74 anos, na mesma cidade onde nasceu, amou, perdeu e criou. Curitiba, sua eterna morada, guardou sua essência nas ruas onde caminhou, nas janelas onde espiou o mundo e, sobretudo, nos olhos de seus descendentes.

Hoje, ao lembrarmos Emilia Dorothea LUBNOW, não evocamos apenas datas e nomes — mas o espírito de uma mulher que viveu com profundidade, mesmo em tempos que pouco valorizavam a voz feminina. Sua história é costurada com lágrimas silenciosas, sorrisos contidos, abraços apertados e o legado invisível, mas indestrutível, do amor familiar.

Que sua memória inspire respeito pelas raízes, cuidado com os mais velhos e reverência pela força das mulheres que, sem holofotes, constroem nações dentro de quatro paredes.

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🜂 Em memória de todas as Emílias cujos nomes não estão em livros, mas estão em nós.

Emilia Dorothea LUBNOW

Nascida a 26 de fevereiro de 1879 (quarta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil
Falecida a 10 de abril de 1953 (sexta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 74 anos

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