segunda-feira, 9 de maio de 2022

"Em 07/11/1746, moradores de um bairro da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, chamado Tinguiquera (onde hoje é a cidade de Araucária), vieram à Câmara protestar contra moradores do Passaúna que queriam abrir um caminho que interligasse as duas localidades.

 "Em 07/11/1746, moradores de um bairro da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, chamado Tinguiquera (onde hoje é a cidade de Araucária), vieram à Câmara protestar contra moradores do Passaúna que queriam abrir um caminho que interligasse as duas localidades.


Nenhuma descrição de foto disponível.
Praça central de Araucária, início século 20.
Foto: autor desconhecido.
UM LUGAR CHAMADO TINGUIQUERA
"Em 07/11/1746, moradores de um bairro da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, chamado Tinguiquera (onde hoje é a cidade de Araucária), vieram à Câmara protestar contra moradores do Passaúna que queriam abrir um caminho que interligasse as duas localidades.
Alegavam que não conseguiam nem sustentar o caminho que levava ao núcleo da vila de Curitiba, tampouco um novo. De acordo com a legislação vigente na época, imposta pelo rei de Portugal, Dom João V, era a comunidade quem deveria construir e manter as vias do povoado." (1)
"As primeiras movimentações do homem branco no local remontam ao ano de 1668, período em que Domingos Rodrigues da Cunha recebeu uma sesmaria, doada pelo Capitão Povoador, Gabriel de Lara, o homem forte do Paraná daquele período.
Outras sesmarias foram doadas a seus filhos Luíz e Garcia Rodrigues Velho, e situavam-se na Passagem de Apiaúna, fazendo divisas com o Rio Iguaçu, que naquela época recebia a denominação de Rio Grande de Curitiba.
Estas famílias iniciaram roçadas, lançaram as primeiras sementes e o lugar passou a ser ponto de referência. Alguns anos após desenvolveu-se um povoado que recebeu a denominação de "Tinguiquera". A ocupação foi relativamente rápida e ali se estabeleceram o cirurgião Paschoal Fernandes Leite, capitão Manoel Picam de Carvalho e muitos outros.
A origem histórica de Tinguiquera, de onde provém o município de Araucária, merece um capítulo à parte na historiografia paranaense, pela sua riqueza. Consta que residia na pequena Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, mais tarde Curitiba, a numerosa família dos Maia, de homens valentes e impetuosos e que mantinham relações conturbadas com as autoridades e outros povoadores do lugar. seguidos incidentes deram-lhes a condição de personas non gratas na incipiente Curitiba, chegando ao ponto de serem obrigados a se afastar da vila e a refugiarem-se em lugar distante, a fim de evitar a ação da justiça, que os perseguia, assim como a vingança do povo. O local escolhido pela numerosa família Maia foi exatamente o povoado de Tinguiquera, situado às margens do Iguaçu e bem em cima de uma antiga aldeia indígena.
Em 1876 a região recebeu forte fluxo imigratório de russos, poloneses e alemães, que numa ação conjunta deram progresso ao lugar através da Colônia Thomaz Coelho.
O advento da República encorajou a comunidade a elaborar um abaixo-assinado, que foi devidamente encaminhado ao governo do estado, através do deputado Victor Ferreira do Amaral.
Em 11 de fevereiro de 1890, pelo Decreto Estadual nº 40, sancionado pelo governador José Marques Guimarães, foi criado o município, com território desmembrado dos municípios de Curitiba e São José dos Pinhais, e com denominação alterada para Araucária. A instalação oficial deu-se no dia 1 de março de 1890. O primeiro prefeito eleito do município foi Manuel Gonçalves Ferreira." (2)
(Fonte: (1) cmc.pr.gov.br; (2) Wikipédia)
Paulo Grani

Histórica foto obtida no dia 07/09/1893, durante inauguração da Catedral Metropolitana de Curitiba, mostrando as solenidades havidas na ocasião. (Foto: J.G. Vasquez / Fonte: bndigitado.bn.org.br) Paulo Grani.

 Histórica foto obtida no dia 07/09/1893, durante inauguração da Catedral Metropolitana de Curitiba, mostrando as solenidades havidas na ocasião.
(Foto: J.G. Vasquez / Fonte: bndigitado.bn.org.br)
Paulo Grani.


Nenhuma descrição de foto disponível.

POUSO DE EMERGÊNCIA NA ILHA DO MEL "(*) No idos de 1932, existiu o primeiro correio aéreo entre a França e a América Latina , chamado Aeropostale . Tal correio aéreo usava aviões providos de rodado, ou seja, não podiam aterrizar nos oceanos e rios.

 POUSO DE EMERGÊNCIA NA ILHA DO MEL
"(*) No idos de 1932, existiu o primeiro correio aéreo entre a França e a América Latina , chamado Aeropostale . Tal correio aéreo usava aviões providos de rodado, ou seja, não podiam aterrizar nos oceanos e rios.


Nenhuma descrição de foto disponível.
Avião da Aeropostale logo que pousou na água com problemas.
Foto: Alfredo Venske / Acervo Luiz Venske

Nenhuma descrição de foto disponível.
Um mutirão formou-se conseguiram resgatar a aeronave
Foto: Alfredo Venske / Acervo Luiz Venske

Nenhuma descrição de foto disponível.
Apos o resgate, outros dois aviões da empresa pousaram nas areias da praia para dar socorro.
Foto: Alfredo Venske, Luis Venske.
POUSO DE EMERGÊNCIA NA ILHA DO MEL
"(*) No idos de 1932, existiu o primeiro correio aéreo entre a França e a América Latina , chamado Aeropostale . Tal correio aéreo usava aviões providos de rodado, ou seja, não podiam aterrizar nos oceanos e rios. Nessa rota trabalhou, também o piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro 'O Pequeno Príncipe'.
Numa manhã de junho , estava Olavo na casa de seu avô na Ilha do Mel. Era uma manhã de tempo muito fechado e pesadas nuvens. Um ruído de aeronave foi ouvido! Nessa época, contava a Aeropostale com uma pista para emergências em Pontal do Sul, pois a rota não contemplava a cidade de Paranaguá e as aeronaves rumavam diretamente de Florianópolis para Santos. O ruído era cada vez mais próximo, de repente a surpresa... o pequeno avião fazia uma aterragem de emergência.
Como a maré estava alta, o pequeno aeroplano teve uma desastrada aterrissagem indo parar dentro da água. Houve uma correria dos ilhéus e de todos os que faziam temporada na ilha. Com uma canoa , uma corda foi estendida e o avião rebocado pelos populares até terra. Havia na época na Ilha do Mel, um posto de correios e uma estação de telégrafo , local onde o piloto se dirigiu para pedir ajuda.
Dias mais tarde apareceu outro avião que veio com as peças sobressalentes para os reparos. Parecia que a onda de azar estava só começando... eis que quando da aterrissagem do segundo aeroplano, apesar da maré favorecer uma extensa faixa de areia, o piloto da segunda aeronave bateu em um toco de árvore e praticamente capotou. Mais uma vez foi acionado o telégrafo para pedir ajuda.
Enquanto esperavam, foram feitos os reparos no primeiro avião, e logo tínhamos um terceiro, maior e cabinado para o transporte de passageiros. Os reparos foram concretizados com sucesso e os pilotos partiram com seus respectivos aparelhos.
Fato curioso! Apesar da Ilha do Mel nem aeroporto ter, em uma só temporada reuniu-se três aviões ao mesmo tempo."
(*) Relato de Olavo Scherrer, que estava na Ilha do Mel durante os acontecimentos.
SAINT-EXUPÉRY PILOTAVA ENTRE A FRANÇA E BRASIL/ARGENTINA
"Entre 1929 e 1931, Antoine, nascido em Lyon em 29/06/1900, na altura dos seus 30 anos, era aviador e voava entre a França, o Marrocos e o Senegal. Como era, também, ótimo escritor, estreou em 1929 com seu primeiro romance, "Correio Sul".
Em seguida, passou a fazer parte da Compagnie Générale Aéropostale, companhia de aviação pioneira dedicada à entrega de correspondências, nas linhas de serviço postal na América do Sul, rota que incluía voos para cidades brasileiras, como Recife, Rio de Janeiro, Santos, Florianópolis e Porto Alegre, e depois rumo a Buenos Aires e ao extremo sul argentino. Nas passagens por Porto Alegre, era comum que Saint-Exupéry e seus colegas, como os igualmente pioneiros Mermoz e Guillaumet, fossem vistos circulando pela Rua da Praia, no início da década de 30.
O jornalista gaúcho Nilo Ruschel, nascido em Estrela em 1911 e que se mudou para Porto Alegre em 1922, cita em seu livro de memórias 'Rua da Praia', fatos pitorescos da mais popular via pública da capital gaúcha, onde menciona que Saint-Exupéry podia ser visto instalado a uma mesa no Café Colombo, que funcionava na esquina da Rua da Praia com a Ladeira, imediatamente à esquerda, tomando uma hidrolitol, espécie de refrigerante da época. Ao lado de seus conhecidos, chamava a atenção com seu clássico casaco de couro que os aviadores usavam.
Em outra ocasião, teria sido convidado para um churrasco na zona sul da cidade, além de ter dado um mergulho no Rio Gravataí. Saint-Exupéry gostava muito do céu de Porto Alegre – enquanto, acrescenta, Mermoz gostava era das mulheres da capital. Porto Alegre é referida, por exemplo, em seu segundo romance, Voo noturno, lançado em 1931, quando, em viagem à noite, vindo de Buenos Aires (a orientação noturna ainda era quase tabu mundial para a aviação), um piloto diz já enxergar 'as brumas para o lado de Porto Alegre'." (Condensado de gaz.com.br)
Paulo Grani

domingo, 8 de maio de 2022

(O prédio da UFPR com as ampliações laterais feitas em 1940). Sua construção foi iniciada em 1913. O projeto foi do engenheiro Baeta de Faria, em estilo neoclássico. A cúpula foi retirada durante as reformas de 1954. O Prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Fonte - UFPR.

 (O prédio da UFPR com as ampliações laterais feitas em 1940).
Sua construção foi iniciada em 1913. O projeto foi do engenheiro Baeta de Faria, em estilo neoclássico. A cúpula foi retirada durante as reformas de 1954. O Prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná.
Fonte - UFPR.


Pode ser uma imagem de 1 pessoa, ao ar livre e monumento

Praça Rui Barbosa em (12OUT1921)

 Praça Rui Barbosa em (12OUT1921)


Pode ser uma imagem de em pé, ao ar livre, monumento e texto que diz "JURAMENTO DE BANDEIRA EM (12 DE OUTUBRO DE 1921) CURITYBA"

Houve um tempo em que para circular de bicicleta pelas ruas de Curitiba era preciso ter documento, placas e até habilitação. A norma vigorava em todo o País, mas eram os próprios municípios os responsáveis pela expedição dos documentos e emplacamento das magrelas.

 Houve um tempo em que para circular de bicicleta pelas ruas de Curitiba era preciso ter documento, placas e até habilitação. A norma vigorava em todo o País, mas eram os próprios municípios os responsáveis pela expedição dos documentos e emplacamento das magrelas.


Nenhuma descrição de foto disponível.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Pode ser uma imagem de texto que diz "Castrense de Artefatos Indlustia Utensilios Domesticos Cabos "INCAMA" e Madeirns Tornearia Cadeiras Ripinhas Fabrica Móvels, Rua Benjamin Constant. 148 Caira estal.57 Telefone, CASTRO PARANÁ. RECIBO:- CR$ 2.000,00- Recebi đo snr. João Muraski importancia supra de CR$ 2.000,00 Dois mil cruzeiros) proveniente de minha venda de uma bicicleta marca Husqwarna, da qual dou plena e geral quitação. selado com 1,00 E.S.- arep de 1953"
Pode ser uma imagem de texto que diz "I0E-Mod. 0/4-48 M-025-H D.S.T. Série A TRAÇÃO HUMANA Boletim de Vistoria N. Placa N..O . Prop. Res. ..Cond. Zona Tipo de Veiculo Marca anam N.° da fabrica 95400 Utilizado para transportar Licenciado c/ guia பOU Curitiba, co de 195 PERITO"
Pode ser uma imagem de área interna
Pode ser uma imagem de bicicleta
AS BICICLETAS, ANTIGAMENTE.
Houve um tempo em que para circular de bicicleta pelas ruas de Curitiba era preciso ter documento, placas e até habilitação. A norma vigorava em todo o País, mas eram os próprios municípios os responsáveis pela expedição dos documentos e emplacamento das magrelas.
Estas exigências perduraram até início dos anos 1960, quando foram abolidas em grande parte do território brasileiro. No entanto, em algumas cidades há políticos tentando legislar para a volta do emplacamento e tal, alegando questões de segurança dos usuários.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
-------------------------------------------------------------------------
APÓS A PUBLICAÇÃO DO TEXTO ...
tomamos conhecimento que a bicicleta da foto publicada pertence ao sr. Eduardo Muraski o qual nos enviou fotos de toda documentação dela, e ainda, nos relatou a história do contexto dela, conforme texto a seguir:
"Meu avô (sr. João Muraski) comprou ela na cidade em que morava (Castro) em 1953, logo depois se mudou para Curitiba. Sempre foi um homem muito correto e organizado, por isso deixava seu meio de transporte sempre em dia conforme as legislações vigentes.
Na década de 60, quando morava no São Braz, meu pai contou que meu avô liberava a bicicleta para ele ir buscar frango frito no Madalosso, nos domingos. Contou também que ia pela Toaldo Túlio quando ainda era estrada de chão e que a sorte dele é que não havia radar naquela época pois senão a bicicleta estaria cheia de multas (kkkkk).
Após meu avô falecer em 1994, ela ficou guardada até os dias atuais. Foi então que decidimos dar um destino pra ela. Queríamos que ficasse com algum historiador ou uma pessoa que tivesse pleno conhecimento da história desta bicicleta, já que era inteiramente original e com acessórios da época. Junto com ela, tem até uma espécie de bracelete pra colocar na canela para que a calça não prenda na corrente.
Após muito conversarmos tivemos a ideia de que ela voltasse para sua origem. Entramos em contato com a Husqvarna na Suécia e no Brasil. O departamento de marketing em São Paulo nos atendeu prontamente. E resumindo, ela vai voltar para a marca que a produziu. Acreditamos que seria um orgulho para o velho Sr João Muraski. - Texto de Eduardo Muraski, neto do sr. João".
Paulo Grani

"Guimarães & Cia. - Esta importante casa de Paranaguá foi fundada em 1833 e faz largo negócio em comissões, consignações, importação de gêneros e exportação de erva-mate. A casa tem também grande depósito de sal, açúcar, arroz e farinha de trigo.

 "Guimarães & Cia. - Esta importante casa de Paranaguá foi fundada em 1833 e faz largo negócio em comissões, consignações, importação de gêneros e exportação de erva-mate. A casa tem também grande depósito de sal, açúcar, arroz e farinha de trigo.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Engenho Santa Clotilde, da empresa Guimarães & Cia, na Vila Guimarães, em Paranaguá, década de 1910.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Vista dos trapiches da empresa Guimarães & Cia, na Vila Guimarães, junto ao Porto D Pedro II, em Paranaguá, na década de 1910, por onde eram exportados a erva mate e outros produtos produzidos e comercializados pela empresa.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Escritórios e Fabrica da empresa Guimarães & Cia., na vila Guimarães, em Paranaguá, na década de 1910.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Vista dos trapiches da empresa Guimarães & Cia, na Vila Guimarães, junto ao Porto D Pedro II, em Paranaguá, década de 1910, por onde eram exportados a erva mate e outros produtos produzidos e comercializados pela empresa.
A EMPRESA GUIMARÃES & CIA , NOS IDOS DE 1900
O livro "Impressões do Brazil no Seculo Vinte", editado em 1913 e impresso na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP., traz um excelente texto e fotos acerca da sociedade, comércio e indústrias do Paraná, nos primeiros anos do século 20, do qual destacamos:
"Guimarães & Cia. - Esta importante casa de Paranaguá foi fundada em 1833 e faz largo negócio em comissões, consignações, importação de gêneros e exportação de erva-mate. A casa tem também grande depósito de sal, açúcar, arroz e farinha de trigo.
Os srs. Guimarães & Cia. são agentes de companhias de vapores nacionais entre Santos, Rio de Janeiro e Pernambuco, da Sociedad Anónima de Navegación Sud-Atlántica, empresa A. Lafranco & Cia., para o Rio da Prata, Lamport & Holt Line, Companhia de Seguros Contra Fogo, Guardian Insurance Co., de Londres etc.
A firma possui na Vila Guimarães, no porto de Dom Pedro II, um engenho de beneficiar mate, e os seus produtos têm obtido medalhas de ouro e prata e diplomas de honra em várias exposições, tanto nacionais como estrangeiras.
Além da casa matriz situada em Paranaguá, no porto de Dom Pedro II, tem a firma sucursais em Curitiba, à Rua Dr. Muricy, 105, e em Antonina, à Rua Ypiranga, além dum representante na cidade de Ponta Grossa.
A exportação de mate beneficiado nas fábricas da firma atinge a 6.000.000 de quilos, enviados em sua maioria para a República Argentina e Uruguai. Os sócios da firma, atualmente, são o comendador João Guilherme Guimarães e o sr. Agostinho Lima.".
(Fonte/Fotos: novomilenio.inf.br).
Paulo Grani.

" Quando o sr. Leopoldo Mehl desmanchou a parceria com seu irmão Afonso, no Bar Stuart, resolveu montar a Confeitaria Iguaçu. Esta foi inaugurada em 12/02/1958, na sobreloja do Edifício Arthur Hauer, na praça Osório, esquina com a avenida João Pessoa, hoje, Luiz Xavier.

" Quando o sr. Leopoldo Mehl desmanchou a parceria com seu irmão Afonso, no Bar Stuart, resolveu montar a Confeitaria Iguaçu. Esta foi inaugurada em 12/02/1958, na sobreloja do Edifício Arthur Hauer, na praça Osório, esquina com a avenida João Pessoa, hoje, Luiz Xavier.


Pode ser uma imagem de arranha-céu
O Restaurante e Confeitaria Iguaçu funcionava nesta sobreloja do edifício Arthur Hauer, na praça Osório.

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e sentada
Martha Rocha, miss Brasil 1954.

Pode ser uma imagem de 3 pessoas e pessoas em pé
Interior do salão do Restaurante e Confeitaria Iguaçu, por ocasião do lançamento de um livro do sr. Serafim França.
Foto: Acervo pessoal de Isabela França.

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e pessoas em pé
Interior do salão do Restaurante e Confeitaria Iguaçu, por ocasião do lançamento de um livro do sr. Serafim França.
Foto: Acervo pessoal de Isabela França.

RELEMBRANDO O INÍCIO DA CONFEITARIA IGUAÇÚ
" Quando o sr. Leopoldo Mehl desmanchou a parceria com seu irmão Afonso, no Bar Stuart, resolveu montar a Confeitaria Iguaçu. Esta foi inaugurada em 12/02/1958, na sobreloja do Edifício Arthur Hauer, na praça Osório, esquina com a avenida João Pessoa, hoje, Luiz Xavier.
A imprensa destacou, naquela ocasião, a inauguração da confeitaria: ' Ponto elegante de uma cidade 'CONFEITARIA IGUAÇU'. Hoje, mais um estabelecimento de classe será entregue à sociedade curitibana. Trata-se da magnífica Confeitaria Iguaçu, situada num dos pontos mais luminosos da Cinelândia deste Planalto. O novo 'cercle' especialmente destinado às famílias de Curitiba, que tão reduzido número de locais dispõem para algumas horas de lazer em ambiente selecionado e fino, virá preencher um vácuo que há muito se vinha observando.' (Tribuna do Paraná, 12/02/1958).
A Tribuna do Paraná, destacou: 'Curitiba ganha uma Confeitaria de classe. Sem dúvida um acontecimento da mais autêntica expressão a solenidade inaugural, ontem sucedida, da Confeitaria Iguaçu, novo estabelecimento que surgiu para engrandecer nossa grande e luminosa Capital. Efetivamente, a cidade se ressentia de uma confeitaria altamente especializada como é essa e onde as famílias pudessem encontrar ambiente para seus lanches, seus pontos de encontro, suas horas de tão necessário lazer. Preenchendo essa lacuna, a Confeitaria Iguaçu aí está, bem no coração da trepidante Curitiba, praça General Osório, esquina da movimentada Cinelândia, no primeiro andar de grande edifício recentemente construído ... (Tribuna do Paraná. 13/02/1958).
Apesar de muitas opiniões contrárias, que consideravam "uma loucura" abrir uma casa no primeiro andar, "ninguém iria frequentá-la", o sr. Leopoldo, fã incondicional da Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro, procurou fazer a Iguaçu nos mesmos moldes, uma confeitaria-restaurante que servisse doces, salgados, lanches, chás, refeições rápidas e que tivesse requinte.
Montou uma casa que impressionou por suas inovações, como as luzes coloridas sob os apliques de gesso, o imenso mural com a pintura das Cataratas do Iguaçu, além dos mármores, das porcelanas da melhor qualidade e cristais das melhores procedências. As toalhas eram de pano branco engomadas e na louçaria estava gravado o nome da Confeitaria Iguaçu.
Segundo Dona Dib, esposa do Sr.Leopoldo e uma das responsáveis pelo sucesso da Confeitaria Iguaçu, pois estava à frente da elaboração dos pratos, do cuidado e da limpeza impecável de tudo, relembra: 'A Confeitaria Iguaçu começou com dois garçons, no dia da inauguração; e no dia seguinte teve que contratar mais dois, tal o número de clientes. Não passou muito tempo a Confeitaria foi fazendo sucesso com o funcionamento também do restaurante, que servia almoço e jantar.'
Em termos de Confeitaria, as tortas feitas por um confeiteiro alemão, "seo" Bruno, marcaram a Iguaçu. Eram tortas de nozes, morango, crocante, que chegavam a ser exportadas para outros estados. Dona Dib e suas auxiliares faziam os salgadinhos, os canapés, as pizzas, os sorvetes, além de diversos tipos de bolos e bolachas que compunham os famosos chás servidos para as senhoras que se reuniam na Iguaçu.
Os pratos à la carte preferidos pela clientela eram: Minhom acebolado, Camarão à Martha Rocha, Filé Iguaçu, Peixe recheado Iguaçu, Língua à caçarola, Espetinho completo Peixada ao forno.
O prato Camarão à Martha Rocha foi elaborado em homenagem à Martha Rocha, quando sagrou-se Miss Brasil no ano de 1954. Ela veio à Curitiba e no Country Club foi homenageada com um prato feito à base de camarão, por um cozinheiro que depois veio trabalhar no restaurante Iguaçu e continuou fazendo o mesmo prato.
Alguns requisitos foram impostos pelo sr. Leopoldo para os seus clientes, tais como: senhoras desacompanhadas eram impedidas de freqüentar a Confeitaria à noite, e em hipótese alguma lhes seria servido bebida alcóolica; namorados não podiam ficar se beijando no salão. Gabriel Luís Lass, um dos primeiros garçons da Iguaçu, disse em entrevista à Revista do Curitibano: 'Se no passado um freguês não se cuidasse ao se vestir perdia facilmente para o traje dos garçons, pois nos vestíamos muito bem, de acordo com o gabarito da casa'.
Em seu depoimento, Ligeirinho fez o seguinte comentário:
O Leopoldo queria fazer da Iguaçu uma das melhores casas de Curitiba. E de fato fez. Naquele tempo, o cara que chegasse lá em cima tinha que estar de sapato engraxado e de gravata, senão, não entrava. E não era servido. Isso era lei, o Leopoldo impôs aquele padrão dele.
Dona Dib, na entrevista, recordou os fregueses assíduos que faziam da Iguaçu o seu ponto de encontro e que gostavam, inclusive, de sentar sempre na mesma mesa e ser atendidos pelo mesmo garçom. Lembrou também de muitos casais que freqüentavam a Iguaçu com seus filhos pequenos. Esses filhos cresceram, noivaram lá dentro e continuaram freqüentando a Iguaçu, agora, com os seus respectivos filhos.
(Extraído de: acervodigital.ufpr.br / livro: Gosto, Prazer e Sociabilidade - Bares e Restaurantes de Curitiba, 1950-60, de Maria do Carmo Marcondes Brandão Rolim)
Paulo Grani

UM ANTIGO LUGAR CHAMADO "QUEREITIBA" As primeiras menções ditas pelos faiscadores de ouro que aqui chegaram, foram que o lugar era chamado "Quereitiba". O termo indígena, fluente entre os silvícolas da região, foi transmitido aos garimpeiros que passaram a usá-lo e assim escrevê-lo.

UM ANTIGO LUGAR CHAMADO "QUEREITIBA"
As primeiras menções ditas pelos faiscadores de ouro que aqui chegaram, foram que o lugar era chamado "Quereitiba". O termo indígena, fluente entre os silvícolas da região, foi transmitido aos garimpeiros que passaram a usá-lo e assim escrevê-lo.

UM ANTIGO LUGAR CHAMADO "QUEREITIBA"
As primeiras menções ditas pelos faiscadores de ouro que aqui chegaram, foram que o lugar era chamado "Quereitiba". O termo indígena, fluente entre os silvícolas da região, foi transmitido aos garimpeiros que passaram a usá-lo e assim escrevê-lo.
Em 1653, Pedro Pereira de Souza, nomeado provedor-mor das minas, mapeia todo o litoral do Paraná e adjacências do primeiro planalto, registrando no mapa todos os topônimos da região.
Nota-se no mapa que, partindo do litoral, o primeiro caminho em direção ao planalto, anotado com a letra "R", chamava-se "Caminho de Quereitiba".
No local, o administrador das minas teve o cuidado de identificar a localização do pequeno núcleo de "Quereytiba" como já possuindo uma igreja, um pelourinho e duas pequenas casas. Com a letra "Q", ele anota "Casa Donde Comesao as Minas".
Consagrando a existência do claro e inconfundível topônimo, o autor anota com a letra "T" - "Campos de Quereytiba".
Na época, Paranaguá era sede da Comarca e detinha a administração das terras de toda a região e, nas correspondências oficiais o nome da localidade era ....
Confirmando o costumeiro uso desse topônimo, ele também é encontrado em diversos registros históricos da Capitania de Paranaguá, então mandatária da região nessa epoca.
(Mapa/Cortes: pinterest)
Paulo Grani.

Nenhuma descrição de foto disponível.
R= início do "Caminho de Quereitiba".

Nenhuma descrição de foto disponível.
Q = "Casa Donde Comesao as Minas".

Nenhuma descrição de foto disponível.
Mapa de Pedro Pereira de Souza, considerado o mapa mais antigo do Brasil acerca de ocorrências mineralógicas.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Legenda ao rodapé do mapa contendo 21 topônimos da região.

CURITIBANOS NA FORÇA INTERNACIONAL DE PAZ Militares brasileiros embarcam em um Fairchild P82 da Forca Aérea Brasileira pousado Aeroporto do Bacacheri de Curitiba, em 1956, com destino ao Canal de Suez.

 CURITIBANOS NA FORÇA INTERNACIONAL DE PAZ
Militares brasileiros embarcam em um Fairchild P82 da Forca Aérea Brasileira pousado Aeroporto do Bacacheri de Curitiba, em 1956, com destino ao Canal de Suez.


Nenhuma descrição de foto disponível.
CURITIBANOS NA FORÇA INTERNACIONAL DE PAZ
Militares brasileiros embarcam em um Fairchild P82 da Forca Aérea Brasileira pousado Aeroporto do Bacacheri de Curitiba, em 1956, com destino ao Canal de Suez.
O Brasil integrou o grupo de dez países designados pela ONU para compor a "Força de Emergência das Nações Unidas":
Foi uma força internacional de paz da ONU criada para garantir o cessar fogo e evitar nova guerra entre árabes e israelitas, e assim manter a paz no Oriente Médio, cujo conflito ameaçava a paz mundial, devido às tensões em tempos de "guerra fria". E o epicentro das atenções era a ameaça de interceptação do Canal de Suez.
A chamada Força Internacional de Paz, foi composta pelo Brasil - Canadá - Colômbia- Dinamarca - Finlândia - Índia - Indonésia - Iugoslávia - Noruega - e Suécia, e instalou-se na Faixa de Gaza, criando uma zona neutra e estabelecendo a LDA - Linha de Demarcação de Armistício, que nada mais era do que a divisa física entre Egito e Israel.
Todo o efetivo da Força Internacional de Paz da ONU tinha como principal missão impedir a transposição da LDA, quer por israelitas quer por árabes e, caso “houvesse uma agressão, tentar interpor-se, e impedir o agressor. Para isso o Comando Geral da Força, dividiu a Faixa de Gaza em seções atribuídas a cada um dos diferentes batalhões formados pelos dez países integrantes.
(Foto: Acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani