POUSO DE EMERGÊNCIA NA ILHA DO MEL
"(*) No idos de 1932, existiu o primeiro correio aéreo entre a França e a América Latina , chamado Aeropostale . Tal correio aéreo usava aviões providos de rodado, ou seja, não podiam aterrizar nos oceanos e rios.
Avião da Aeropostale logo que pousou na água com problemas.
Foto: Alfredo Venske / Acervo Luiz Venske
Foto: Alfredo Venske / Acervo Luiz Venske
Um mutirão formou-se conseguiram resgatar a aeronave
Foto: Alfredo Venske / Acervo Luiz Venske
Foto: Alfredo Venske / Acervo Luiz Venske
Apos o resgate, outros dois aviões da empresa pousaram nas areias da praia para dar socorro.
Foto: Alfredo Venske, Luis Venske.
Foto: Alfredo Venske, Luis Venske.
POUSO DE EMERGÊNCIA NA ILHA DO MEL
"(*) No idos de 1932, existiu o primeiro correio aéreo entre a França e a América Latina , chamado Aeropostale . Tal correio aéreo usava aviões providos de rodado, ou seja, não podiam aterrizar nos oceanos e rios. Nessa rota trabalhou, também o piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro 'O Pequeno Príncipe'.
Numa manhã de junho , estava Olavo na casa de seu avô na Ilha do Mel. Era uma manhã de tempo muito fechado e pesadas nuvens. Um ruído de aeronave foi ouvido! Nessa época, contava a Aeropostale com uma pista para emergências em Pontal do Sul, pois a rota não contemplava a cidade de Paranaguá e as aeronaves rumavam diretamente de Florianópolis para Santos. O ruído era cada vez mais próximo, de repente a surpresa... o pequeno avião fazia uma aterragem de emergência.
Como a maré estava alta, o pequeno aeroplano teve uma desastrada aterrissagem indo parar dentro da água. Houve uma correria dos ilhéus e de todos os que faziam temporada na ilha. Com uma canoa , uma corda foi estendida e o avião rebocado pelos populares até terra. Havia na época na Ilha do Mel, um posto de correios e uma estação de telégrafo , local onde o piloto se dirigiu para pedir ajuda.
Dias mais tarde apareceu outro avião que veio com as peças sobressalentes para os reparos. Parecia que a onda de azar estava só começando... eis que quando da aterrissagem do segundo aeroplano, apesar da maré favorecer uma extensa faixa de areia, o piloto da segunda aeronave bateu em um toco de árvore e praticamente capotou. Mais uma vez foi acionado o telégrafo para pedir ajuda.
Enquanto esperavam, foram feitos os reparos no primeiro avião, e logo tínhamos um terceiro, maior e cabinado para o transporte de passageiros. Os reparos foram concretizados com sucesso e os pilotos partiram com seus respectivos aparelhos.
Fato curioso! Apesar da Ilha do Mel nem aeroporto ter, em uma só temporada reuniu-se três aviões ao mesmo tempo."
(*) Relato de Olavo Scherrer, que estava na Ilha do Mel durante os acontecimentos.
SAINT-EXUPÉRY PILOTAVA ENTRE A FRANÇA E BRASIL/ARGENTINA
"Entre 1929 e 1931, Antoine, nascido em Lyon em 29/06/1900, na altura dos seus 30 anos, era aviador e voava entre a França, o Marrocos e o Senegal. Como era, também, ótimo escritor, estreou em 1929 com seu primeiro romance, "Correio Sul".
Em seguida, passou a fazer parte da Compagnie Générale Aéropostale, companhia de aviação pioneira dedicada à entrega de correspondências, nas linhas de serviço postal na América do Sul, rota que incluía voos para cidades brasileiras, como Recife, Rio de Janeiro, Santos, Florianópolis e Porto Alegre, e depois rumo a Buenos Aires e ao extremo sul argentino. Nas passagens por Porto Alegre, era comum que Saint-Exupéry e seus colegas, como os igualmente pioneiros Mermoz e Guillaumet, fossem vistos circulando pela Rua da Praia, no início da década de 30.
O jornalista gaúcho Nilo Ruschel, nascido em Estrela em 1911 e que se mudou para Porto Alegre em 1922, cita em seu livro de memórias 'Rua da Praia', fatos pitorescos da mais popular via pública da capital gaúcha, onde menciona que Saint-Exupéry podia ser visto instalado a uma mesa no Café Colombo, que funcionava na esquina da Rua da Praia com a Ladeira, imediatamente à esquerda, tomando uma hidrolitol, espécie de refrigerante da época. Ao lado de seus conhecidos, chamava a atenção com seu clássico casaco de couro que os aviadores usavam.
Em outra ocasião, teria sido convidado para um churrasco na zona sul da cidade, além de ter dado um mergulho no Rio Gravataí. Saint-Exupéry gostava muito do céu de Porto Alegre – enquanto, acrescenta, Mermoz gostava era das mulheres da capital. Porto Alegre é referida, por exemplo, em seu segundo romance, Voo noturno, lançado em 1931, quando, em viagem à noite, vindo de Buenos Aires (a orientação noturna ainda era quase tabu mundial para a aviação), um piloto diz já enxergar 'as brumas para o lado de Porto Alegre'." (Condensado de gaz.com.br)
Paulo Grani
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